"A base do programa Sr. Brasil são os ritmos e temas regionais brasileiros. E vale tudo já escrito em prosa, verso e música - e até história a ser contada.
O programa é vasto, aberto, receptivo. Ele só não se permite o que não seja genuinamente nacional.
E aí entram discussões infindáveis. Porque além do charme da metrópole, muita coisa existe para confundir a identidade brasileira, incluindo-se os interesses comerciais. Por exemplo, musica sertaneja e musica caipira.
Coisa danada pra confundir. Entenda-se por musica sertaneja de alto consumo aquela que, originária da caipira, foi se vendendo aos poucos, perdendo suas características em função do apelo comercial. Envergonhada da sua condição de matuta, botou roupa de cowboy, postura madrilena e ritmo de guarânia.
Porque simples, aberto, despojado, sem rigidez de estrutura, Sr. Brasil tem uma proposta absoluta e propositadamente fechada a exemplo dos programas anteriores de Rolando Boldrin "Som Brasil", "Empório Brasil" e outros. Aqui só entram as manifestações da cultura regional brasileira.
A idéia do projeto é não ter qualquer preconceito contra intérprete ou ritmo. Os nossos materiais são os ritmos e os temas brasileiros. Se tivermos que colocar algo, vamos colocar o nosso. Pode ser até um projeto pretensioso, audacioso. Mas é a idéia. O programa não é rígido em termos de intérprete. Onde ele se fecha e na seleção musical, repertório, na sua concepção. Na prática, o seu leque é amplo, bastante abrangente. Não é só música caipira. São as manifestações regionais. Nele cabem, o Renato Teixeira, o Milton Nascimento, o Dominguinhos, o Chico Buarque, a Diana Pequeno, uma lista enorme de pessoas que fazem um trabalho ligado á cultura popular brasileira.
Nem só isso. Entram causos, trechos de autores brasileiros- inclusive os clássicos -, dança, peças de teatro, documentários (de importância ecológica), curtas etc. Mais uma lista infindável, levando-se em conta a riqueza cultural e natural do Brasil, um país que por sua extensão e variedade, seria mais corretamente reconhecido como continente.
Mas a idéia central é de um musical. Embora tenha, em determinados momentos esses vários temas. É um velho no interior de Minas que crava viola à mão. Mas ele também canta. Quer dizer, uma informação que se insere na proposta do programa."
"Não há país no mundo igual ao Brasil. Somos a mistura mais maravilhosa da Terra."
Rolando Boldrin
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