sexta-feira, 6 de maio de 2011

Declaração Política do Bureau Político do PCV



O Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da Venezuela (PCV), assumindo seu papel como instância de direção coletiva do destacamento marxista-leninista venezuelano perante as recentes declarações de altos funcionários do governo nacional, se vê na obrigação de expressar e esclarecer um conjunto de elementos aos distintos poderes públicos nacionais, às organizações políticas e sociais – das quais participa o PCV –, que impulsionam a revolução venezuelana tanto em nosso país, como no mundo inteiro, e ao povo trabalhador venezuelano.

Da parte do PCV, confiamos que a real e efetiva ativação de um espaço de discussão, articulação, coordenação e análise crítica e autocrítica entre todas as forças políticas e sociais – possibilitada pelo processo de construção do chamado “Pólo Patriótico” –, permite que inúmeras temáticas sejam ventiladas e sejam possíveis de serem resolvidas sem se converterem em debates ou boatos, difundidos através dos meios de comunicação. Esta prática espúria apenas beneficia os setores contra-revolucionários, debilitando a unidade das forças patrióticas com vistas à necessária direção eleitoral vitoriosa para 2012.

O cerne da detenção do jornalista sueco Joaquín Pérez Becerra – que igual a todo cidadão da Suécia não precisou de visto e nem convite para vir à Venezuela –, está no fato de, no sábado passado, 23 de abril, o Ministério do Poder Popular para Relações Interiores e Justiça ter emitido um comunicado. Nesse comunicado, o Ministério informava sobre a detenção, afirmando, erroneamente, que Joaquín Pérez Becerra possui nacionalidade colombiana, já que tem passaporte sueco. Afirmou, também, que ele era “procurado pelos órgãos de justiça da República da Colômbia, através da INTERPOL, com alerta vermelho”. No entanto, nenhuma pessoa que tenha buscado por seu nome na página oficial da INTERPOL, o encontrou. Em contrapartida, aparecem outras pessoas procuradas com alerta vermelho, como por exemplo, Manuel Marulanda (Pedro Marín), falecido em março de 2008, Salvatore Mancuso, extraditado para os Estados Unidos, em maio de 2008, país que tanto o queria. Finalmente, o Comunicado oficial afirmou que esta detenção foi ratificada por parte do governo venezuelano, dado o seu “compromisso inquebrantável na luta contra o terrorismo, a delinquência e crime organizado”, dando por certa a culpabilidade do jornalista e desviando olimpicamente o histórico e universalmente assumido princípio da presunção de inocência.

No domingo, 24 de abril, uma comissão integrada por dirigentes nacionais do PCV, personalidades políticas venezuelanas e uma equipe de advogados, se apresentou na sede do SEBIN (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional), na tentativa de constatar e velar pelo cumprimento dos princípios consagrados, tanto para os cidadãos e cidadãs venezuelanos, como para os de outra nacionalidade, no Direito Internacional, na Constituição Nacional e nas leis da República. Esta comissão foi impedida de ver ou falar com o jornalista detido, mantendo-o incomunicável de sua família e de seus advogados, violando a Constituição Nacional. Além disso, não se realizou a notificação consular, estabelecida nos Tratados Internacionais, já que é cidadão de outra nacionalidade. Também não se colocou à disposição o Ministério Público, como exige o Código Orgânico Processual Penal.

Estas denúncias foram relatadas pela equipe de advogados na segunda-feira, 25 de abril, às 9 da manhã, durante uma solicitação de Habeas Corpus perante o Juizado de Controle do Circuito Judiciário Penal da Área Metropolitana, apresentando “o restabelecimento de seus direitos e garantias constitucionais, próprias de um Estado democrático e social, de Direito e Justiça”.

No mesmo dia, uma comissão da Direção Nacional do PCV se reuniu com ampla maioria do Bureau Político do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), após tentar contatá-los por mais de 24 horas. Durante a reunião, eles estiveram cientes da falta de correspondência entre estas ações e todo o marco legal, assim como as possíveis repercussões políticas nacionais e internacionais. Com o avanço da reunião, a Direção do PSUV afirmou que a entrega do jornalista sueco ao Estado colombiano era uma decisão tomada. Informaram que a mesma já tinha acontecido e que o jornalista estava sendo trasladado ao país vizinho.

Frente a este conjunto de ações do governo nacional venezuelano, o PCV e dezenas de organizações sociais declararam total desacordo e a preocupação pelo que constitui um fato sumamente grave, que não corresponde com a legalidade vigente e, muito menos, com os princípios bolivarianos, revolucionários, antiimperialistas ou socialistas. Esta situação gerará diversos movimentos revolucionários pelo mundo, numa caravana à Venezuela, em manifestações contrárias ao ocorrido, assim como foi informado publicamente, se desenvolverão ações de denúncia sobre tais estas ações e petições pela liberdade do perseguido político entregue ao Estado perseguidor.

Na quinta-feira, 28 de abril, como expresso pelo Chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, no exercício “da liberdade que é dada pela democracia popular participativa da Venezuela para expressar suas opiniões”, teve início uma concentração em frente ao Ministério das Relações Exteriores, posteriormente trasladada ao Palácio Federal Legislativo. Nela, foram puxadas palavras de ordem e se promoveram ações que não estavam de acordo com os objetivos propostos e, por isso, o PCV não endossa, mas reconhece que as manifestações possuem sua origem na ilegal e indignante entrega de um revolucionário a um Estado terrorista.

Na véspera, na quarta-feira, 27 de abril, Elizabeth Romero, a décima sétima juíza de 1ª Instância, em função do controle do circuito jurídico penal da Área Metropolitana de Caracas, respondendo ao recurso solicitado dois dias antes, o declarou improcedente “ao não observar-se violação alguma do artigo 44 e 49 da Constituição (...), uma vez que o cidadão JOAQUIN PEREZ BECERRA foi detido em virtude de possuir um alerta vermelho da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), pelo qual foi posto à ordem das Autoridades da República Colombiana, sendo deportado à dita república”.

No sábado, 30 de abril, durante o lançamento da Missão Vivenda Venezuela, e no domingo, 1º de maio, utilizando sua palavra na concentração em homenagem ao dia internacional dos trabalhadores, o Presidente Hugo Chávez confirmou a posição pública sobre o ocorrido, afirmando: “o presidente da Colômbia me chamou e disse: olha, presidente, tenho a informação de que virá à Venezuela um senhor (...) que está sendo procurado pela Interpol (...). Quando ele chegou, o capturamos (...), avisamos ao governo solicitante e o entregamos ao governo da Colômbia. (…) eu dei a ordem porque ele estava sendo procurado pela Interpol”, e que “a única alternativa que eu tinha era entregá-lo ao governo que o solicitava”.

Estas duas posições estão de acordo com o afirmado pelo chanceler Maduro na sexta-feira, 29 de abril, referente ao fato da "Venezuela ter uma política exterior impecável, inquestionável, que respeita o direito internacional”.

Porém, nós comunistas venezuelanos, históricos marxistas-leninistas, consideramos fundamental, além de apresentar as importantes implicações políticas, pontuar a falta de sustento legal nas ações exercidas pelo governo venezuelano.

A Interpol – reiterando argumento para tentar justificar a entrega quase imediata do jornalista ao Estado colombiano –, estabelece em sua página oficial, sobre o Alerta Vermelho (Red Notice), que “o papel da Interpol é ajudar as forças nacionais da polícia a identificarem ou localizarem as pessoas, com vistas a sua detenção e extradição” e, seguidamente, afirma que o Alerta Vermelho é “como uma petição, para que a pessoa buscada seja detida com vistas à extradição”. Como se torna evidente, nunca se falou na obrigatoriedade da entrega imediata e sem mediação no devido processo, mas que se deve iniciar o processo de extradição, o qual está perfeita e claramente definido em nossa legislação vigente.

O Código Penal venezuelano, em seu artigo 6, estabelece que “A extradição de um estrangeiro não poderá (...) ser concedida por delitos políticos” e que “Em todo caso, feita a solicitação da extradição, cabe ao Executivo Nacional, segundo o mérito das provas que o acompanhem, resolver sobre a detenção preventiva do estrangeiro, antes de passar o assunto ao Tribunal Supremo de Justiça”.

O Código Orgânico Processual Penal venezuelano, em seu Título VI (Do procedimento de extradição), em seu Artigo 395 obriga, na íntegra, que “Se um governo estrangeiro solicita a extradição de alguma pessoa que esteja em território da Venezuela, o Poder Executivo remeterá a solicitação ao Tribunal Supremo de Justiça com a documentação recebida”. O Artigo seguinte estabelece que “Uma vez apreendido (...), deverá ser apresentado (...), dentro das quarenta e oito horas seguintes, ao Juiz ou Juíza que ordenou sua apreensão, para fins de ser informado (...) acerca dos motivos de sua detenção e dos direitos que o assistem”. No 399, reza que “O Tribunal Supremo de Justiça convocará uma audiência oral dentro dos trinta dias seguintes à notificação do solicitado ou solicitada. A esta audiência, estarão presentes o ou a representante do Ministério Público, o imputado ou imputada, seu defensor ou defensora e o representante do governo requerente, que exporá suas alegações. Concluída a audiência, caberá ao Tribunal Supremo de Justiça decidir num prazo de quinze dias”.

Com base nisto, fica absolutamente claro que não se pode utilizar a desculpa do Alerta Vermelho da Interpol na entrega que feita, pois este organismo internacional prevê um processo de extradição, o qual, evidentemente, neste caso, não foi cumprido.

Além disso, alguns setores empregam os termos – também estabelecidos na legislação venezuelana – deportação ou expulsão. Ambos se encontram na Lei de Estrangeiros e Migração, que estabelece em seu Título VII (Das infrações e sanções), Capítulo II (Da deportação e expulsão), em seus Artigos 38 e 39, as causas para aplicar ambas sanções a um estrangeiro, nenhuma das quais é atribuída ou atribuível à Pérez Becerra. Porém, supondo que tenham sido atribuídas causas, nesta Lei se estabelece um processo administrativo, que inclui: uma notificação escrita ao estrangeiro; seu acesso ao expediente administrativo podendo “estar assistido de advogado de sua confiança”; “comparecer ante a autoridade competente em matéria de estrangeiros e migração, ao terceiro dia hábil seguinte a sua notificação, aos fins de que se realize uma audiência oral na qual o estrangeiro (...) possa expor as alegações para exercer seu direito à defesa, para o qual poderá dispor de todos os meios de prova que considere pertinente”; também deixa claro que “Se o estrangeiro interessado (...) solicitar na dita audiência que se reconheça a condição de refugiado, o caso se tramitará conforme o procedimento estabelecido na lei orgânica que regula a matéria”. Em qualquer caso, já previamente, o Artigo 15 estabelece que os estrangeiros “possuem o direito à tutela judicial efetiva em todos os atos que a estes concernem ou se encontram envolvidos” e que para os processos administrativos se respeitarão “as garantias previstas na Constituição da República Bolivariana da Venezuela e nas leis”.

Tudo isto, sem entrar no mérito da Convenção sobre o estatuto dos refugiados, da Organização das Nações Unidas, da qual a Venezuela é signatária, em que se estabelece que “Nenhum Estado Contratante poderá, por expulsão ou devolução, colocar, de modo algum, um refugiado nas fronteiras dos territórios onde sua vida ou sua liberdade esteja em perigo”.

Então, fica absolutamente claro que o exercido contra o cidadão Joaquín Pérez Becerra não foi – segundo a legislação venezuelana – nem extradição, nem deportação, nem expulsão e, que “no que diz respeito ao respeito do direito internacional”, ao menos neste caso, a ação não é impecável e nem inquestionável. Além disso, demonstra que o governo venezuelano não tinha como “única alternativa (...) entregá-lo ao governo que o solicitava”, mas sim cumprir e garantir a aplicação soberana de nossas Leis.

Nós também, assim como afirmado pelo próprio presidente Hugo Chávez, respeitamos nossas Leis. Por isso, como marxista-leninistas, podemos reiterar que reconhecemos e valorizamos altamente o papel que vem desempenhando (e mais o que pode desempenhar) como liderança representativa do povo venezuelano, no que consiste nas suas aspirações de libertação e no apoio que em diversas ocasiões brindou ao movimento revolucionário mundial. E este reconhecimento não se expressa apenas nos doze anos de seu governo, mas, inclusive, quando, no ano de 1993, sem radicalismos e nem ultra-esquerdismos, apresentamos ao candidato presidencial Rafael Caldera uma condição para apoiá-lo nas eleições: libertar todos os presos pelas rebeliões militares de 1992.

O PCV, com 80 anos de vida orgânica e experiência combativa, como organização classista revolucionária, autônoma, crítica e propositiva, que combate e combaterá as forças reacionárias, conciliadoras e reformistas, seguirá aportando em todas as trincheiras necessárias para uma nova correlação de forças popular-revolucionária, para uma ampla frente nacional patriótica, para a tomada do poder político pela classe trabalhadora e para a construção da sociedade socialista.

Bureau Político do Comitê Central do Partido comunista da Venezuela – PCV

Caracas, 2 de maio de 2011.

Tradução: Maria Fernanda M. Scelza

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A INVERDADE DO GOVERNO VENEZUELANO

Clique a imagem para ampliar A mentira tem pernas curtas. Alega o governo venezuelano que cumpriu uma ordem da Interpol quando deteve o jornalista sueco Joaquín Pérez Becerra no aeroporto de Caracas. Diz ele que o referido jornalista estaria na "Lista Vermelha" da Interpol. Contudo, essa afirmação é desmentida pela própria Interpol. No sítio web dessa organização qualquer um pode aceder à base de dados da dita "Lista Vermelha" e fazer uma pesquisa. Basta inserir a palavra "Colombia" no campo que diz "Arrest Warrant Issued by" e organizá-la por ordem alfabética. Verifica-se então que Joaquín Pérez Becerra não consta ali. Até nomes de falecidos, como o do comandante Manuel Marulanda, ainda figuram na lista ( ver imagem ampliada ).
Pode-se concluir que o governo venezuelano deteve o director da ANNCOL e entregou-o aos seus algozes porque quiz. O governo Chávez não pode escudar-se atrás da Interpol na sua submissão ao governo terrorista e narco-fascista colombiano.

Apontamentos sobre as mudanças aprovadas no 6º congresso e os rumos da revolução cubana


Escrito por Editor em 04/25/2011

Artigo de: Juliano Medeiros publicado no: Unamérica

Terminou na última terça-feira, em Havana, o 6º Congresso do Partido Comunista de Cuba. Uma vez concluídas as discussões, é possível analisar mais concretamente os impactos da chamada reestruturação econômica sobre a revolução cubana e dialogar com as muitas preocupações que têm sido manifestadas em relação às mudanças no sistema econômico. Além das propostas na economia, o Congresso apontou ainda mudanças na estrutura política do partido e do Estado, que serão debatidas numa conferência específica, a realizar-se em janeiro do próximo ano, e que buscará colocar o partido e o Estado no ritmo da modernização proposta inicialmente no campo econômico. Portanto, atenho-me aqui apenas às mudanças previstas para a economia.

Antes, é preciso fazer uma preliminar. Muito se escreveu sobre o caráter do Congresso e o quão inócuo ele seria diante do poder concentrado nas mãos de uma “elite burocrática” que controla o partido e o Estado. Estive em Cuba entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano e pude atestar o engajamento da sociedade cubana nas discussões preparatórias ao Congresso. Em todos os bairros, nas escolas, nos CDRs, nas fábricas e nas organizações políticas – Federação de Estudantes Universitários, Central dos Trabalhadores de Cuba, Federação de Mulheres – discutia-se ativamente os impactos das medidas propostas pelo “Projeto de Lineamentos da Política Econômica e Social”.

Portanto, não procede a idéia de que o Congresso foi realizado apenas para aprovar aquilo que o Comitê Central já havia determinado. Definitivamente, em Cuba não se vive uma “democracia de fachada”. Aliás, as diferenças circulavam livremente no debate pré-congressual, e iam desde a proposta de abolição da famosa “libreta” até o regime de produtividade, passando pelo problemático bimonetarismo, e encontrando pouco consenso mesmo entre os quadros do partido. Aliás, fruto do debate realizado nos diversos segmentos da sociedade cubana, foi apresentada ao Congresso a proposta de reformulação de cerca de 68% das diretrizes apresentadas inicialmente, o que demonstra a força das organizações sociais no debate preparatório ao Congresso.

Os debates econômicos

Uma das críticas que o processo de reestruturação econômica tem recebido esta no fato de colocar a produtividade no centro do problema econômico. Sob a idéia de que “socialismo é igualdade de direitos e oportunidades, e não igualitarismo” o Congresso questionou o atual sistema econômico, inspirado no modelo soviético de Estado e de economia e baseado na estatização de todas as atividades econômicas. As soluções apontadas, apesar do temor de setores da esquerda latino-americana, em nada se parecem com a abertura chinesa ou vietnamita dos anos 70/80, muito menos podem ser anacronicamente comparadas a uma espécie de perestroika tardia.

A economia cubana sobrevive apesar de sua irracionalidade, mas sobrevive mal. Numa fazenda em que seriam necessários cinco trabalhadores para cumprir com qualidade as tarefas de produção, havia dez. Trabalhadores do serviço público, com jornada diária de oito horas, que vão embora no meio da jornada. Jovens completamente desinteressados por qualquer profissão que envolva tarefas braçais ou manuais. Menosprezo pelo trabalho no campo. Esses são apenas alguns dos sintomas identificados ao longo dos últimos anos.

Como enfrentar essa situação? É fato que Cuba necessita de recursos capazes de manter os excelentes serviços prestados pelo Estado. Mas o país não é auto-suficiente em praticamente nenhum ramo da economia. Para ter acesso a bens indispensáveis à sua sobrevivência, Cuba precisa recorrer ao mercado internacional, onde os preços são determinados pela concorrência entre grandes grupos econômicos e monopólios. Para ter acesso a esses bens, Cuba precisa comercializar seus excedentes, precisa produzir mais, vender mais; e para isso, tem de alcançar níveis máximos de produtividade. Essa explicação, um tanto prosaica, seria dispensável, não fosse o fato de grande parte das análises sobre as mudanças aprovadas pelo 6º Congresso do PCC desconsiderarem esta realidade. Em bom “economês”, Cuba precisa manter um saldo favorável de sua conta corrente, o que significa exportar mais, importar menos, gerando mais dividendos e remessas. A linguagem parece estranha à retórica da revolução cubana, mas está presente como meta dos Lineamentos (Capítulo II, item nº 40) que foram amplamente discutidos pela sociedade cubana.

Usemos um exemplo concreto. Digamos que em uma usina de açúcar, sejam necessários para cumprir as metas de produção um total de 30 trabalhadores. Porém, ao invés de 30, a usina emprega 50. Essa situação diminui a produtividade e gera vários outros problemas. A usina, assim, precisa diminuir seu quadro funcional de 50 para 30 trabalhadores para ajustar-se às metas de produtividade. Para isso, será composta uma comissão formada por trabalhadores e os diretores daquela unidade de produção. Essa comissão receberá dos trabalhadores uma proposta com os nomes dos 20 funcionários que deverão ser dispensados com base em critérios objetivos. Uma vez dispensados daquela unidade de produção, o Estado lhes oferecerá duas opções de reocupação laboral:

a) Receber crédito para a abertura de um pequeno negócio familiar (um restaurante, uma sapataria, uma marcenaria, etc.);

b) Recolocação em outro ramo da produção estatal – preferencialmente na agricultura.

Caso o trabalhador demitido não queira abrir seu próprio negócio e nem esteja disposto a seguir trabalhando em outro setor da produção estatal, ainda assim o Estado lhe oferecerá cinco meses de seguro-social. Isso, incrivelmente, não está presente na maioria das análises que tem sido publicadas. Reclamam que o Estado cubano não está disposto a manter indefinidamente os indivíduos que não querem trabalhar e não mencionam que ele, o Estado, oferecerá pelo menos duas alternativas de ocupação imediata ao trabalhador dispensado. Um estranho socialismo este defendido por certos analistas, onde o trabalho ocupa posição secundária em relação aos deveres de um Estado paternalista.

Concretamente, além da realocação de uma parte dos trabalhadores hoje localizados em setores estatais da economia, a proposta aprovada prevê que os trabalhadores que vierem a se tornar empreendedores por conta própria ou micro-empresários pagarão um imposto sobre os rendimentos que poderá chegar aos 50% para as receitas mais altas da tabela, evitando assim o surgimento de uma pequena-burguesia vinculada ao setor de serviços. Além disso, um decreto-lei do Conselho de Estado regulamentou recentemente a atuação das empresas mais eficientes, e determinou que cada unidade, de acordo com a sua tecnologia, elaborará a sua própria estrutura e organização, “redimensionando os processos que não atinjam os níveis de rentabilidade previstos, bem como os que perderam a sua competitividade”. Ou seja, a autonomia das unidades de produção será o elemento que garantirá um processo de reordenamento da força de trabalho o mais objetivo possível, evitando apadrinhamentos ou subjetivismos.

Assim, a idéia de uma abertura descontrolada da economia está completamente fora de questão, tanto quanto a idéia de um processo de demissões em massa, conforme tem sido divulgada pela imprensa burguesa e pelos oportunistas de plantão: os trabalhadores que serão dispensados de seus postos terão ao menos duas opções para seguirem ajudando seu país. Enquanto isso, ao contrário do que aconteceu em países como a China, o grande capital privado internacional não terá um milímetro a mais de espaço que aquele reservado a ele no setor de turismo hoje.

Por fim, é preciso lembrar que muitos analistas que oram criticam as mudanças aprovadas pelo 6º Congresso do Partido Comunista de Cuba, omitem de suas análises os impactos do bloqueio econômico imposto pelos EUA há mais de 50 anos. Informe publicado pelo governo de Cuba sobre a Resolução 64/6 da Assembléia Geral da ONU, revela os prejuízos do bloqueio à economia do país. Segundo o documento “os danos econômicos se devem fundamentalmente à necessidade de adquirir medicamentos, reativos, peças de reposição para equipamentos médicos, instrumentos e outros insumos em mercados distantes e muitas vezes com o uso de intermediários, o que traz um incremento nos preços”. Apenas entre abril de 2009 e março de 2010, o bloqueio trouxe um prejuízo de mais de U$ 155 milhões nas relações comerciais de Cuba com o exterior, valor irrisório considerando-se a balança comercial de países desenvolvidos, mas que afeta duramente a frágil economia cubana.

Por tudo isso, fica evidente que as mudanças aprovadas pelJustificaro Congresso não ameaçam as conquistas essenciais da revolução cubana nem interferem em seu caráter profundamente comprometido com o socialismo e a justiça social. Os problemas de Cuba são conhecidos e não é possível enfrentá-los com frases de efeito ou saídas de manual. É tarefa do povo cubano reinventar seu socialismo. Até lá, confiemos nos homens de Praia Girón.

Juliano Medeiros é Editor-Geral de Unamérica.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A segunda morte de Bin Laden


por Paul Craig Roberts

Fosse 1º de Abril e não 2 de Maio, podíamos ignorar como uma brincadeira a manchete desta manhã de que Osama Bin Laden foi morto num combate armado no Paquistão e rapidamente lançado ao mar. No actual estado de coisas, devemos considerar isto como prova adicional de que o governo estado-unidense tem uma fé ilimitada na credulidade dos americanos.

Pense nisso. Quais são as probabilidades de uma pessoa que alegadamente sofre dos rins e precisa de diálise, e que além disso é afligido por diabete e baixa tensão arterial, sobreviva em esconderijos na montanha durante uma década? Se Bin Laden fosse capaz de adquirir o equipamento de diálise e os cuidados médicos que as suas condições requeriam, será que o despacho do equipamento de diálise não apontaria a sua localização? Por que foram precisos dez anos para encontrá-lo?

Considere também as afirmações, repetidas pelos media triunfalistas dos EUA a celebrarem a morte de Bin Laden, que "Bin Laden utilizou seus milhões para financiar campos terroristas no Sudão, nas Filipinas e no Afeganistão, enviando 'guerreiros sagrados' para fomentar a revolução e combater com forças fundamentalistas muçulmanas no Norte da África, Chechénia, Tajiquistão e Bósnia". Isso é um bocado de actividade para ser financiado por uns meros milhões (talvez os EUA devessem tê-los colocado na conta do Pentágono), mas a questão principal é: como é que Bin Laden foi capaz de movimentar o seu dinheiro de um lado para o outro? Que sistema bancário o ajudou?

O governo estado-unidense tem êxito em apresar os activos de povos de países inteiros, sendo a Líbia o mais recente. Por que não os de Bin Laden? Estaria ele a carregar consigo US$100 milhões em moedas de ouro e a enviar emissários para distribuir os pagamentos das suas operações dispersas por lugares remotos?

A manchete desta manhã tem o odor de um evento encenado. O fedor emana dos noticiários triunfalistas carregados de exageros, dos celebrantes que ondeiam bandeiras e cantam "USA, USA". Poderia algo diferente estar em curso?

Não há dúvida de que o presidente Obama precisa desesperadamente de uma vitória. Ele cometeu o erro do idiota ou o recomeço da guerra no Afeganistão e agora, após uma década, os EUA enfrentam o impasse, se não a derrota. As guerras dos regimes Bush/Obama levaram os EUA à bancarrota, deixando no seu rastro enormes défices e um dólar em declínio. E o momento da re-eleição está a aproximar-se.

As várias mentiras e enganos, tais como "armas de destruição maciça", das últimas administrações têm consequências terríveis para os EUA e o mundo. Mas nem todos os enganos são o mesmo. Recordem, toda a razão para invadir o Afeganistão era em primeiro lugar para apanhar Bin Laden. Agora que o presidente Obama declarou que Bin Laden levou um tiro na cabeça, dado pelas forças especiais dos EUA a operarem num país independente e que estas o lançaram ao mar, não há razão para continuar a guerra.

Talvez o declínio precipitado do US dólar nos mercados de câmbio estrangeiros tenha forçado algumas reduções reais no orçamento, as quais só podem vir da travagem de guerra ilimitadas. Até o declínio do dólar ter atingido o ponto de ruptura, Osama Bin Laden, o qual muitos peritos acreditam ter sido morto há anos, era um bicho-papão útil para alimentar os lucros do complexo militar e de segurança dos EUA.

02/Maio/2011
Retirado daqui: http://resistir.info/eua/roberts_02mai11.html

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Julian Assange habla sobre las últimas publicaciones de WikiLeaks (Video)

Julian Assange

En esta nueva edición de Entrevista, Julian Assange, internacionalmente conocido por ser fundador y editor de la página web WikiLeaks especializada en documentos confidenciales, nos habla de las últimas publicaciones de esta web y de la situación actual por la que atraviesa.

Assange señaló que los aconteciemientos que se viven en el Medio Oriente, no es casual y aunque en algunos países existe un descontesnto real del pueblo, hay un juego por parte de los intereses de las potencias, al que hay que hacerle seguimiento.

En relación a los cables recientemente publicados de Guantánamo, donde se revela la detención de inocentes en esta prisión, Assange manifestó, que la revelación de esta información no obedece a a la cercanía de las elecciones precidenciales de Estados Unidos, sin embargo admitió que el momento en que salió este cable a luz pública fue bueno”

El fundador y editor de la página web WikiLeaks, afirmó que algunos medios que eligió para la publicación de los cables, violentaron el acuerdo inicial, “lo que hicieron al edictar fue de dimensiones desproporcionadas, ellos empujaron al derecho de la gente a saber al limite“.

Durante su entrevista destacó que los próximos cables a publicarse serán muy “significativos”.

http://www.youtube.com/watch?v=xIMDj-IO3S0&feature=player_embedded#at=14

Fuente: Patria Grande con información de Aporrea

O CRIADOR MATA A CRIATURA

Original em: http://resistir.info/

Com pompa e circunstância, o império anuncia a morte do sr. Bin Laden.
É caso para dizer que o criador mata a sua criatura.
O sr. Bin Laden era um dos "activos" da CIA.
A sua Al Qaeda foi organizada, financiada e armada pelos serviços secretos dos EUA.
Operacionais da Al Qaeda treinados pela CIA foram utilizados nas guerras da Jugoslávia e da Chechenia.
Mas a desinformação é tamanha que continuam a atribuir àquele indivíduo os atentados de 11/Setembro/2001.
Esquecem-se cuidadosamente de dizer que na vespera, dia 10 de Setembro, o sr. Bin Laden estava internado num hospital militar americano .
  • Se serve à Yeda, serve para o PDT: PROCEMPA – Ex-secretária do governo Yeda é a mais nova CC da Procempa


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    Escrito por Raquel Casiraghi
    Qua, 27 de Abril de 2011 15:59

    procempacabidemprego

    Ana Maria Pellini, ex-secretária geral de Governo e ex-diretora presidente da FEPAM (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) durante o governo de Yeda Crusius, é a mais nova CC da Procempa. Mais uma vez, a empresa torna-se um albergue de indicados políticos. Já os trabalhadores entram no 17º ano sem promoção.

    Entra ano, sai ano, e pouca coisa muda para os trabalhadores de carreira da Procempa. Agora em 2011, completam-se 17 anos sem promoção para os trabalhadores da empresa. Neste ano, também irá fazer 12 anos que a Prefeitura de Porto Alegre não realiza concurso público na Procempa.

    Em contrapartida, sempre há lugar para acomodar apadrinhados políticos ou amigos em CCs (Cargos em Comissão). A mais nova CC da empresa foi anunciada em uma Resolução de Diretoria divulgada por e-mail: Ana Maria Pellini, ex-secretária geral de Governo e ex-diretora presidente da FEPAM (Fundação Estadual de Proteção Ambiental), durante o governo de Yeda Crusius. Ela irá ocupar o cargo de Assessor de Projetos Especiais II, nível 122 – um dos mais altos salários da empresa – lotada no Gabinete da Presidência da Procempa.

    Levantamento feito pela própria empresa e divulgado pelo Sindppd/RS no ano passado mostra que mais da metade (56%) dos funcionários da Procempa não são de carreira. Do total de trabalhadores, na época, 52 eram CCs (Cargos em Comissão), 134 estagiários e 144 terceirizados – cargos que facilmente são usados como moeda de barganha política para indicações políticas.

    O resultado desta política é prejudicial para os trabalhadores de carreira (que não têm o seu trabalho e nem o seu salário valorizados) e para os terceirizados e estagiários (que não têm os mesmos direitos que os colegas de carreira, muitas vezes enfrentando uma jornada de trabalho precarizada). Também é negativo para a população de Porto Alegre, que não vê o dinheiro que paga ser revertido na expansão de serviços de qualidade, como o de TI, que a Procempa já realiza por conta do esforço e da dedicação de seus trabalhadores.

    O Sindppd/RS é contra o aumento de CCs, terceirizações e estagiários na empresa. Já denunciou esta política da Procempa nos Ministérios Públicos de Contas (MPC) e do Trabalho (MPT), bem como na Câmara de Vereadores da Capital. Exigimos que a direção da empresa e a Prefeitura Municipal revejam esta política imediatamente e voltem a fazer concurso público para contratar novos trabalhadores.


    Sindppd/RS

    domingo, 1 de maio de 2011

    PRIMEIRO DE MAIO: DIA DE LUTA E RESISTÊNCIA DA CLASSE TRABALHADORA



    Crescem os desafios da classe trabalhadora neste ano de 2011. A crise econômica mundial continua a fazer estragos em vários países, como resultado do regime de economia de mercado, o qual coloca em risco a sobrevivência da espécie humana, ao desprezar as necessidades básicas dos trabalhadores, apenas para garantir a manutenção dos enormes lucros obtidos por bancos e grandes corporações capitalistas. O recrudescimento da crise internacional do capitalismo deverá encontrar no Brasil um governo não mais disposto a liberar crédito para aumentar o consumo (na verdade, uma política de endividamento crescente da população em favor do lucro dos bancos e da cooptação das camadas populares para a ilusória sensação de melhoria das condições de vida).

    O Governo Dilma, em suas primeiras ações, voltou a atender prioritariamente as vontades e necessidades dos grandes banqueiros e empresas nacionais e multinacionais, optou por um salário mínimo de R$ 545,00 (praticamente 0% de reajuste, em termos reais) e, sob os argumentos de combate ao “retorno da inflação” e ao desequilíbrio das contas públicas, cortou cerca de R$ 50 bilhões no orçamento (atingindo, como sempre, as despesas com investimentos na área social) e aumentou as taxas de juros, jogando nas costas dos trabalhadores todo o peso dos efeitos do déficit promovido pelo governo.

    O que não se cortou e, pelo que tudo indica não será cortado, são os gastos com o pagamento de juros da dívida brasileira. Só no ano de 2010, o Brasil retirou cerca de 200 bilhões de reais dos cofres públicos para pagar a dívida interna, deixando de investir grande parte do PIB na melhoria das condições de vida da população. Se a economia brasileira cresceu a uma taxa recorde de 7,5% em 2010, conforme anunciado pelo IBGE, alçando o país ao posto de sétima economia do mundo, a desigualdade social aprofundou-se e o Brasil ocupa hoje a 70ª posição no ranking mundial do IDH (Índice do Desenvolvimento Humano).

    Lula deu continuidade à política macroeconômica da era FHC, aplicando apenas uma política compensatória mais agressiva. Dilma segue a cartilha de Lula, com a diferença de que porá o pé no freio em relação aos gastos sociais, atendendo aos ditames do mercado mundial, em que a palavra de ordem é o ajuste fiscal, política esta que só faz rebaixar ainda mais a qualidade de vida dos trabalhadores em todo o mundo para salvar os grandes capitalistas da crise criada por eles mesmos.

    O Governo Dilma já anunciou a retomada dos leilões dos campos de petróleo e de áreas de exploração no pré-sal, mantendo a política de dilapidação dos recursos naturais brasileiros, no momento em o presidente dos Estados Unidos reafirma para o mundo a intenção de recuperar a primazia dos interesses estadunidenses e de suas empresas no mercado global, dando provas desta intenção ao mandar bombardear a Líbia, precisamente quando estava em visita ao Brasil.

    Os primeiros meses do Governo Dilma foram também demonstrativos da crescente insatisfação de diversos grupos sociais, tais como as manifestações de estudantes e de trabalhadores em protesto contra a elevação dos preços das passagens de ônibus em várias cidades do Brasil, nas quais a violência policial sempre se faz sentir. Os trabalhadores da construção civil ligados às obras do PAC também reagiram às condições de superexploração e semiescravidão impostas pelas empreiteiras – empresas multinacionais, como a Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Mendes Júnior e outras – muitas delas financiadoras das campanhas eleitorais do PT e de seus aliados. Mais de 80 mil trabalhadores já cruzaram os braços nas obras espalhadas pelo Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. As centrais sindicais governistas, cumprindo o papel de conciliadoras, foram chamadas a combater o ânimo dos trabalhadores para assegurar a continuidade das obras, sem mais conflitos, nas obras onde estão trabalhando mais de um milhão de operários.

    Essas mesmas centrais irão repetir este ano as grandes festas no 1º de Maio, com artistas famosos, distribuição de brindes, bebidas e sorteios, além de muito discurso a favor do Governo e do “pacto entre trabalhadores e patrões”. A velha máxima do “pão e circo” será a tônica em muitos centros urbanos do país, buscando desarmar ideologicamente a classe trabalhadora brasileira no enfrentamento ao patronato e ao sistema capitalista.

    Denunciamos esse tipo de manipulação e promoção de alienação junto à classe trabalhadora, como se tudo estivesse bem e não houvesse contradições a serem denunciadas sobre o Governo e o sistema capitalista, que continua retirando direitos e desmantelando a rede de proteção social da classe trabalhadora.

    O PCB entende que é hora reforçar a unidade dos movimentos populares, das forças de esquerda e entidades representativas dos trabalhadores, no caminho da formação de um bloco proletário capaz de contrapor à hegemonia burguesa uma real alternativa de poder popular, com a organização da Frente Anticapitalista e Anti-imperialista, que possa ordenar ações unitárias contra o poder do capital e do imperialismo, rumo à construção da sociedade socialista.

    Pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

    Salário mínimo do Dieese.

    Fim do imposto de renda sobre os salários.

    Solidariedade internacionalista à luta dos trabalhadores.

    Unidade da classe trabalhadora numa Frente Anticapitalista e Anti-imperialista.

    COMITÊ CENTRAL

    PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO

    Maio 2011


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    Por que Zurdo?

    O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


    Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
    E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
    Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

    Vos abraço com todo o fervor revolucionário

    Raoul José Pinto



    ZZ - ESTUDAR SEMPRE

    • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
    • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
    • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
    • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
    • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
    • As armas de ontem, por Max Marambio,
    • BOLÍVIA jakaskiwa - Mariléia M. Leal Caruso e Raimundo C. Caruso
    • Cultura de Consumo e Pós-Modernismo - Mike Featherstone
    • Dissidentes ou mercenários? Objetivo: liquidar a Revolução Cubana - Hernando Calvo Ospina e Katlijn Declercq
    • Ensaios sobre consciência e emancipação - Mauro Iasi
    • Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araujo
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    • Individualismo e Cultura - Gilberto Velho
    • Lênin e a Revolução, por Jean Salem
    • O Anti-Édipo — Capitalismo e Esquizofrenia Gilles Deleuze Félix Guattari
    • O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum - Antoine Compagnon
    • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
    • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
    • Os 10 Dias Que Abalaram o Mundo - JOHN REED
    • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
    • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
    • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
    • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
    • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
    • Um homem, um povo - Marta Harnecker

    zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

    • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
    • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
    • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
    • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
    • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
    • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
    • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
    • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
    • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
    • Antígona, de Sófocles
    • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
    • As três fontes - V. I. Lenin
    • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
    • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
    • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
    • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
    • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
    • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
    • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
    • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
    • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
    • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
    • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
    • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
    • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
    • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
    • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
    • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
    • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
    • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
    • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
    • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
    • Orestéia, de Ésquilo
    • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
    • Que Fazer? - Lênin
    • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
    • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
    • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
    • Revolução Russa - L. Trotsky
    • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
    • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
    • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

    ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

    • 1984 - George Orwell
    • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
    • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
    • A hora da estrela - Clarice Lispector
    • A Leste do Éden - John Steinbeck,
    • A Mãe, MÁXIMO GORKI
    • A Peste - Albert Camus
    • A Revolução do Bichos - George Orwell
    • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
    • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
    • Aleph - Jorge Luis Borges
    • As cartas do Pe. Antônio Veira
    • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
    • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
    • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
    • Contos - Jack London
    • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
    • Desonra, de John Maxwell Coetzee
    • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
    • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
    • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
    • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
    • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
    • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
    • Ficções - Jorge Luis Borges
    • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
    • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
    • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
    • O Alienista - Machado de Assis
    • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
    • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
    • O Estrangeiro - Albert Camus
    • O homem revoltado - Albert Camus
    • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
    • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
    • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
    • O mito de Sísifo, de Albert Camus
    • O Nome da Rosa - Umberto Eco
    • O Processo - Franz Kafka
    • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
    • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
    • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
    • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
    • Oliver Twist, de Charles Dickens
    • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
    • Os Miseravéis - Victor Hugo
    • Os Prêmios – Júlio Cortazar
    • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
    • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
    • São Bernardo - Graciliano Ramos
    • Vidas secas - Graciliano Ramos
    • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

    ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

    • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
    • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
    • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
    • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
    • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
    • O Diário do Che na Bolívia
    • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
    • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

    ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

    • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
    • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
    • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
    • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
    • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
    • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
    • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
    • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
    • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira