sexta-feira, 18 de abril de 2008

METADE (Osvaldo Montenegro)





Metade

Oswaldo Montenegro

Composição: Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Dia Internacional de Luta Camponesa e Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária








Hoje, 17 de abril de 2008, faz 12 anos que ocorreu o Massacre de Eldorado dos Carajás. 19 trabalhadores rurais foram assassinados brutalmente pela covardia de 155 policiais da Polícia Militar. Os trabalhadores participam da “Caminhada Pela Reforma Agrária”, por 1.500 famílias no dia 10 de abril que acamparam um dia antes na “Curva do S”, no Km 96 da PA-150, e interditaram a estrada. A situação estava sendo negociada, a polícia, querendo desbloquear a estrada, afirmou que as reivindicações seriam levadas aos órgãos competentes e que seriam atendidas. Mas no dia 17 foi informado que as negociações estavam encerradas sem nenhuma reivindicação a ser atendida, inclusive a doação de alimentos. O então governador Almir Gabriel (PSDB), segundo informações, teria mandado o desbloqueio imediato da estrada. A ação se iniciou com ataques da PM com bombas de gás lacrimogêneo e depois com tiros de metralhadoras. O resultado foi 19 trabalhadores mortos, 69 feridos. Os sem-terra responderam com foices, pedras e alguns tiros de revolver, resultando em 12 policiais feridos.

O tratamento para com os trabalhadores rurais sem terra não mudou desde então, os conflitos continuam e a concentração de terras aumenta nas mãos de latifundiários e empresas do agronegócio, que devastam o meio ambiente e colocam trabalhadores rurais sem condições de trabalho e de uma vida digna. O governo continua a prometer mas nada tem sido feito para a realização da reforma agrária. A gestão de Fernando Henrique Cardoso foi a que mais fez aumentar os conflitos, porém, o governo Lula também não tem se preocupado muito com a questão, priorizando agronegocio. 13 grandes grupos receberam, do Banco do Brasil, cerca de 7 bilhões de dólares. Em 2006, só a Aracruz Celulose recebeu um financiamento de R$ 297 milhões do BNDES para projeto no ES, BA e RS. Tal financiamento equivale a 64% do total dos investimentos. O projeto consiste na implantação, reforma e manutenção das florestas de eucaliptos (chamados desertos verdes)1. A companhia também recebe incentivos fiscais do governo. Em seu site a empresa afirma “A Aracruz não exerce atividades político-partidárias, mas apóia partidos e/ou candidatos cujas idéias e propostas sejam consistentes com seus princípios de negócios”2. E quais são os princípios? A ganância pelo lucro nem que tenha que causar danos ao meio ambiente e doenças às populações, contribuir com a corrupção e tirar terras de pessoas humildes. As empresas poluidoras fazem grandes doações para continuarem seu serviço sujo sem que o poder público interfira, como vem ocorrendo no Espírito Santo.

Devido a todos esses acontecimentos, tanto o caso Eldorado dos Carajás quanto a impunidade de latifundiários e do agronegócio, o MST avança em sua Jornada pela Reforma Agrária, questionando a falta de investimento público na agricultura familiar, a lentidão no processo de reforma agrária, a devastação do meio ambiente pelas empresas do agronegócio, ocupando, até ontem (16/04) 16 estados, fazendo protestos e manifestações em áreas consideradas improdutivas, em sedes de bancos públicos, secretarias e órgãos de governos federal e estadual.

Apesar de estarem lutando pelos seus direitos previstos na Constituição Federal, os trabalhadores rurais são sempre tachados como vagabundos, arruaceiros, vândalos, terroristas e baderneiros (exatamente com essas palavras) pelos grandes veículos de comunicação. Mesmo assim o MST continua firme e forte em sua luta contra a miséria e o crime no campo, contra o desrespeito com os trabalhadores rurais, contra a degradação do meio ambiente e todo esse sistema político-econômico que permite tais absurdos, deixando milhares de pessoas na pobreza.

No site do MST3 há uma nota sobre todas as ocupações até o momento e as reivindicações pela qual o movimento luta, para que a sociedade entenda a sua causa, já que a mídia vem fazendo grandes esforços para desmoralizar os movimentos sociais. Nosso dever é solidarizar com a luta daqueles que sofrem no campo devido ao descaso do poder público em combater latifundiários, grileiros, o agronegócio poluidor, políticos corruptos etc. Essa causa não é apenas dos trabalhadores rurais, ela também é nossa. Assim, presto minha homenagem e solidariedade aos 19 trabalhadores assassinados no dia 17 de abril de 1996 e a todos que ainda hoje lutam pelo direito à terra.


Um forte abraço a todos!

Vinni Corrêa

17 de abril de 2008




quarta-feira, 16 de abril de 2008

Caso Isabela Nardoni - Quem julga? A mídia?











, por Runildo Pinto









Não há aqui nenhum intuito de julgamento. Cabe resgatarmos os princípios éticos e morais da investigação, não adotados pela mídia e pelos órgãos públicos policiais e jurídicos.




A espetaculosidade da imprensa, no caso da morte da menina Isabela Nardoni, demonstra o quanto a sociedade é vulnerável à ação da mídia. Há alguns jornalistas, até bem intencionados, que afirmam: a sociedade faz uma cooperação espontânea e deliberada com os abusos da mídia, principalmente, os órgãos da institucionalidade constituída. Mas esta é uma visão parcial e equívoca. Os meios de comunicação consideram-se acima do bem e do mal. Provocam tragédias ao custo de vidas humanas com o fim de ganhar pontos no IBOP. O veículos de informação estão nas mãos de “meia-dúzia de famílias”. Vendem cidadãos à anunciantes. A receita liberal, em nome da imprensa intocável, coloca a ética e a moral na lata do lixo, ao fazer da vida uma mercadoria notável.


Mas o problema, na sociedade contemporânea, pós-moderna e neoliberal, introspecta com a revolução tecnológica uma nova dinâmica no cotidiano das pessoas. O mundo deixou de ser visto pela TV, jornal ou internet; o mundo passou a ser o que estes meios veiculam. Esses tornaram-se os principais ideólogos da classe dominante mundial (ver globalização). Partidos políticos que eram a fonte de formação de opinião descaracterizam-se e recorrem ao marketing midiático. À mídia dá a "corruptos escolhidos" aparência de homens de bem, converte vítimas em bandidos e criminalizam a pobreza. Os fatos cotidianos apresentam os atores ideais para terem seu minuto de glória e fama, ao sabor da coisa produzida, tipo Big Brother Brasil, o “reality show”-, no afã do acontecimento. No caso especifico Isabela Nardoni: delegados, inspetores, juízes, promotores e autoridades afins apresentam dentro desse cenário, um enredo detalhado ao roteiro imposto pela mídia, fornecendo acesso a dados investigativos e periciais, completos ou incompletos, explicitando objetos de privacidade processual de forma prematura, irresponsável. Tudo isso pelo “espetáculo-espetacular”.


O meio humano vive na lei que lhes é comum, como a mídia engendrou, na subserviência das forças de interesse, tanto das pessoas envolvidas como das corporações empresariais, midiáticas ou não, instituições públicas constituídas, crime organizado, políticos ideologicamente comprometidos, todos inclusos no status quo: o de ser celebridade do fato, da informação cosmeticamente maquiada e da notícia, a pretexto de entretenimento, a qualquer custo.


O teatro desqualificado e a banalização da vida desembocam sempre no discurso em defesa da democracia. Mas que democracia é essa da realidade encoberta, onde o oportunismo de quem pode explora o fato, ou cria um fato, ou produz outro fato no fato. Essa é a desconstrução da sociedade, do indivíduo, do cidadão; essa é a democracia burguesa, uma estrutura do tipo orwelliana. A mídia é assim, sem caráter-perversa e inescrupulosa. Basta desse Show da morte!


terça-feira, 15 de abril de 2008

EL ASESINATO DE IVÁN RÍOS, ¿ESTADO DE DERECHO O FASCISMO?


PDF Imprimir E-Mail
por Rodrigo Granda y Jesús Santrich. Agencia Bolivariana de Prensa
ABP/05/04/2008
5000 millones de pesos es el precio que le habían puesto a la cabeza del comandante guerrillero Iván Ríos; y he ahí la concepción de la vida de esta jauría que nos gobierna. Para ellos sí, la vida no vale nada, o pero aún, tiene el precio de unas cuantas monedas. Nosotros en cambio pensamos que el derecho a la vida lo debemos tener todos, sin precio y en decoro, y no sólo quienes desde el poder definen el destino de los hombres condenando a muerte a las mayorías por acción de la miseria que impone su mezquindad.

Y si en las circunstancias de la lucha por causas altruistas en favor de los oprimidos, del combate necesario que nos impone el régimen, deviene la muerte, éste acto extremo de la confrontación debe proceder sin la calamidad de la degradación a que la han llevado los victimarios del pueblo que nos gobiernan a punta de masacres y motosierras.

A los revolucionarios los explotadores nos quieren vivos o muertos, sin importarles que la vida se nos quite fuera de combate; es decir asesinándonos. Pero esta concepción es extensiva a todo aquel que pretenda levantar su voz contra las atrocidades de la guerra sucia. Están dispuestos a pagar por nuestras cabezas, o eliminar a quienes se organicen para clamar justicia y solidarizarse con las víctimas del terrorismo de Estado, cometiendo crímenes de guerra y violaciones a los derechos humanos, a fin de reducirnos. Ya lo hemos visto en el caso del homicidio de Iván Ríos, pero también lo estamos viendo en los casos de las amenazas y asesinatos de que vienen siendo víctimas los dirigentes que condujeron las marchas contra el paramilitarismo de Estado el día 6 de marzo. Pues bien, que vaya sabiendo los victimarios, los autores intelectuales encumbrados en el gobierno y sus esbirros, que ellos mismos están sentando con sus actos los precedentes que colmarán los expedientes que el pueblo ha de usar para juzgarlos, porque toda la barbarie que han desatado y que cínicamente nos endilgan a nosotros, no quedará impune cuando la victoria esté en manos de los oprimidos. Entretanto, el señor Juan Manuel Santos puede seguir soñando con lo que ha llamado la “implosión o el resquebrajamiento interno de las FARC”. ¿Será que no ha notado acaso el hedor que expele la necrosis que sufre su institucionalidad burguesa partiendo de su propio ministerio?, ¿Será que no calibra esa implosión en la responsabilidad genocida de un régimen que excavó con sus paramilitares millares de fosas comunes donde centenares y centenares de cadáveres están como evidencia inocultable de sus infamias?

El Presidente Uribe pretendiendo no ser tan impúdico, o más bien desplegando mayor hipocresía, al referirse al asesinato del Comandante Iván Ríos, ha dicho que habría que mirar “cuál era el grado de presión o amenaza” que estarían sufriendo quienes cometieron el hecho; “cuál era la situación de riesgo…, para medir la proporcionalidad entre el riesgo y la acción que cometió la persona que está reclamando la recompensa"; al tiempo que aseguró que su gobierno seguirá estimulando estos pagos que permitan a las autoridades “dar con los delincuentes”, pero que Colombia como Estado de Derecho “no puede estimular masacres y por lo tanto necesitamos definiciones jurídicas", como si desde antes de llegar a la primera magistratura no estuviese ahogando al país en la sangre de una atroz matanza, y buscando las argucias para exonerar de culpas a sus socios paramilitares más entrañables. Nada le costará al Führer por otro lado, tomar un caso para lavar sus manos, seguramente. Pero que nadie se engañe, pues Uribe Vélez es uno de los artífices principales de la crisis humanitaria que padece Colombia, y de la descomposición y la consunción ética dentro de una institucionalidad fascista, absolutamente corrompida y moralmente colapsada.

La política de recompensas, como el mismo Uribe Vélez lo ha dicho, siempre ha sido una política del gobierno, del suyo especialmente; y ha sido en el caso de la muerte del camarada Ríos la orden de su asesinato, un vulgar crimen de Estado; por eso, es una estupidez decir, como lo ha hecho Uribe, que dicha política pueda ser honrada. Quizás en la mentalidad de un personaje antes acostumbrado a pagar sus deudas con cocaína, esto sea un acto normal; pero en una sociedad que aspire a progresar en la moral y en las luces, este tipo de políticas es sencillamente abominable. Y no hay definición jurídica en ese plano, que por legal que parezca alcance el peldaño de la legitimidad.

Estamos frente a los que se pretenden jueces de quienes luchan por la libertad y la felicidad del pueblo; pero… ¿quién ha dicho que los que oprimen, saquean y humillan con tanta inquina a las mayorías pueden sin pudor pretender juzgarnos?, y menos en el marco de un régimen fascista probadamente ilegal e ilegítimo, que como el de Uribe ha desangrado la patria valiéndose de atroces métodos como el de la tierra arrasada, las desapariciones, los desplazamientos forzados, las masacres y el descuartizamiento de sus víctimas inocentes; sin opción de protestas, porque cuando se alza la voz en contra del fascismo uribista, como sucedió en la marcha del 6 marzo, lo que se desata es más muerte…, más terrorismo de Estado.

Habría que recordarles a quienes se llenan la boca hablando de la existencia en Colombia de un Estado de Derecho, que los principios de la verdadera justicia, han sido forjados por el hombre en sus luchas emancipatorias a lo largo de la historia; y ellos generalmente coinciden con la superación de la barbarie, no con su profundización. Y en su más elevada dimensión, la evolución histórica de un verdadero Estado de Derecho incluye la legitimación democrática del poder del Estado, que también tiene que estar sometido a normas jurídicas. Ese Estado de Derecho se valida en la medida en que supone el reconocimiento de los derechos personales, la responsabilidad del Estado y la legitimación democrática del mismo. Pero ni siquiera en esa concepción genéricamente burguesa del Estado se inscribe, hoy por hoy, el aparataje institucional podrido y criminal que representa a la dirigencia política colombiana y cuya más reciente expresión execrable es la realidad de la narco-para-política.

Que esto sea un Estado de Derecho solo cave en la mentalidad de rábulas santanderistas como la del Fiscal, el ministro Santos, la de Uribe y los tiranuelos que conducen los rancios poderes públicos del régimen, que hacen leyes y fallan al acomodo de los paramilitares o para aplastar la protesta social; que hacen normas para impunizar los crímenes de lesa humanidad y lesa patria, mientras se crean mentiras para extraditar a los líderes revolucionarios. El crimen contra el camarada Ríos, entonces, deja en evidencia, como si fuera una torrencial denuncia ética de la conciencia colectiva, la ominosa esencia del uribista fascismo pro yanqui, al que sin duda deberemos seguir enfrentando con determinación y sacrificio, si en verdad queremos ver surgir una Colombia Nueva, diferente, justa y en libertad.

HA CAÍDO RAÚL REYES; ¡LO QUE HAREMOS SERÁ VENCER!





por Jesús Santrich y Rodrigo Granda. ANNCOL e Agência Bolivariana de Prensa
ABP/06/04/2008
Ahora que ha caído Raúl Reyes, parece como si sus enseñanzas se nos hicieran más presentes; como si su imagen nos diera más fuerza moral y ánimo combativo. No puede ser de otra manera, si en verdad tenemos conciencia bolivariana, no habrá debilidad ni temor, por más terror y destrucción que derramen sobre la vida.
Contamos con suficiente ejemplo histórico para desechar el terror que podría generar la muerte diseminada por el imperio y sus lacayos oligarcas; porque es que en últimas lo propio del valor consiste en no entregarse fácilmente a los temores que podría inspirar la muerte; en tener serenidad en los peligros, en acometer con noble audacia la resistencia, en preferir una muerte gloriosa a la vida que pudiera salvarse a costa de la honra, y en procurar salir victoriosos.

El valor sabe igualmente soportar las fatigas y las pruebas de todas clases y prefiere siempre el sacrificio a la sumisión. Las consecuencias del valor son una audacia debida, la firmeza del espíritu, la seguridad y, en ocasiones, la temeridad, y, además, la disposición para asumir las fatigas y las pruebas que es preciso sufrir para que se logre el objetivo altruista que nos hemos trazado.

Así se arma la conciencia del revolucionario, imprimiendo profundo amor al pueblo en cada acto que acometemos. Y así tendremos la mejor preparación para enfrentar cada nueva excusa de agresión y de intervencionismo que agregue el imperio a las que ya existen de tiempo atrás.

A nadie debe caberle dudas de que Estados Unidos y sus acólitos en cada país de Nuestra América, agregarán todas las excusas y justificaciones que más puedan para profundizar la represión y el expolio; de tal suerte que a nadie le extrañe que aparezcan más computadores, por ejemplo, alrededor del suceso de el asesinato de Comandante Raúl Reyes y la violación del territorio ecuatoriano por parte de las tropas fascistas del gobierno colombiano. Tomarán los halcones de Washington con el concurso de sus cipayos, ingeniosos “hallazgos” de película para fabricarle a quien lo deseen un expediente al gusto de sus necesidades intervencionistas; según conveniencia diseñarán los expedientes para empapelar y estigmatizar a sus adversarios, revolviendo verdades con mentiras hasta lograr un novelón de falacias que repetirán insaciablemente utilizando toda la parafernalia asquerosa de los medios de desinformación con los que cuentan, para anonadar al pueblo, para neutralizarlo contando con los traidores que desde las oligarquías criollas favorecen al imperialismo.

El propósito, apropiarse del petróleo, de la biodiversidad…, y de los recursos naturales de la América Nuestra en general.

No debemos confundirnos. Las acciones del imperio y de las oligarquías en el poder, que se desatan contra la guerrilla colombiana, no son acciones antiterroristas que sólo afectarán a la insurgencia; son acciones contra-revolucionarias, y contrainsurgentes que se seguirán desbocando contra todo el que profese valores realmente humanos, de dignidad…, de fe en el mundo sin explotadores ni explotados. Particularmente en el caso de América Latina, serán pertinaces contra quienes creemos en Bolívar y nuestros próceres; contra quienes creemos en la posibilidad de la unidad y la Patria Grande; y mucho peores serán contra quienes creemos y construimos el socialismo.

Pero resulta que los revolucionarios no somos ni seremos compañeros de la cobardía; enfrentamos estrategias apátridas llenas de cinismo aberrante; enfrentamos una guerra sucia que algún día podrá ser derrotada y juzgada por la historia para bien de la sociedad; pero mientras no tengamos la victoria de la revolución continental, no creeremos en que vale más salvar la vida a cualquier precio que perderla con honor.

Mientras nos sigan negando a sangre y fuego el derecho a la esperanza y a la felicidad, siempre habrá quines continúen la lucha de resistencia hasta vencer; no faltará jamás quien esté dispuesto a relevar a cada digno combatiente caído en el camino de hacer realidad ese sueño maravilloso de libertad. Y en ese camino, cualquier avance que se logre ya será un parte de victoria, porque será el acumulado de amor a los inocentes, la suma de decisión por nuestros mártires, el flujo de la experiencia que nos llevará hasta la meta. Así que, con el puño en alto, a pesar de las adversidades, si ha caído Raúl Reyes, lo que haremos será vencer.

¡Comandante Raúl Reyes, hasta la victoria siempre!

¡Por la Nueva Colombia, la Patria Grande y el socialismo, venceremos!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

PT e PSDB de mãos dadas



PDF Imprimir E-mail
11-Abr-2008

Nunca vi cabeça de bacalhau, mendigo careca, santo de óculos, ex-corrupto, nem filho de prostituta chamado Júnior. Nunca imaginei que, fora dos grotões, onde o compadrio prevalece sobre princípios ideológicos, veria uma aliança entre PT e PSDB. Mas o impossível acontece em Belo Horizonte, com ampla aprovação das bases petistas.

Mudei eu ou mudou o Natal? Sim, sei que Minas, onde nasci, é terra estranha, o inusitado campeia à solta: mula-sem-cabeça, lobisomem, chupa-cabra, discos voadores... Criança, vi na Praça Sete, na capital mineira, uma enorme baleia exposta à visitação pública na carroceria de uma jamanta. A Moby Dicky embalsamada exalava um forte mau cheiro que obrigou as esculturas indígenas do Edifício Acaiaca a tapar o nariz.

O que foi feito da grita do PT belo-horizontino sob oito anos de governo FHC? Em que bases programáticas a aliança se estabeleceu? Quem cedeu a quem? Quem traiu seus princípios políticos e históricos?

Lembro dos anos 50/60, quando o conservador PSD, de JK, fez aliança com o progressista PTB, de Jango. O primeiro neutralizou o segundo. E o sindicalismo, até então combativo, ingressou na era do peleguismo. No cenário internacional, o Partido Trabalhista inglês aceitou aliar-se ao Partido Republicano dos EUA. Nunca mais o inglês foi o mesmo, a ponto de apoiar a invasão do Iraque.

Só uma razão é capaz de explicar essa aproximação de pólos opostos: a lógica do poder pelo poder. Quando um partido decide que sua prioridade é assegurar a seus quadros funções de poder, e não mais representar os anseios dos pobres e promover mudanças num país de estruturas arcaicas como o Brasil, é sinal de que se deixou vencer pelas forças conservadoras. E não me surpreende que nisso conte com amplo apoio das bases, sobretudo quando se observa que a antiga militância, impregnada de utopia, cede lugar a filiados obcecados por cargos públicos.

Tenho visto, em cinco décadas de militância, como a síndrome de Jó ameaça certos políticos de esquerda. Enquanto estão fora do poder e são oposição, nutrem-se de uma coerência capaz de fazer corar são Francisco de Assis. Alçados ao poder, inicia-se o lento processo de metamorfose ambulante: princípios cedem lugar a interesses; companheiros a aliados; lutas por ideais a vitórias eleitorais.

Jó, submetido às mais duras provas, perdeu tudo, exceto a fé, suas convicções. Tais políticos, diante de um fracasso eleitoral ou perda de função pública, esquecem os princípios e valores em que acreditaram, defenderam, discursaram, escreveram e assinaram, para salvar a própria pele. Horroriza-os a perspectiva de voltarem a ser cidadãos comuns, desprovidos de mordomias e olhares bajuladores. Ainda vão à periferia, desde que como autoridades, jamais como militantes.

Talvez eu tenha ficado antigo, dinossáurico, incapaz de entender como um partido que sempre se aliou ao PFL, agora DEM, pode, de repente, sentir-se à vontade de mãos dadas com o PT. Não que tenha preconceito a peessedebistas. Sou amigo de muitos, incluído o governador José Serra. Mas quem viver verá: se o candidato da aliança PT-PSDB for eleito prefeito de Belo Horizonte, o palanque de Minas, nas eleições presidenciais de 2010, vai ser aquela saia-justa.

Minas é uma terra de mistérios: tem ouro preto, dores de indaiá, mar de Espanha, juiz de fora, rio acima e lagoa santa. E fora de Minas tenho visto coisas que já nem me espantam: Sarney e Delfim Netto apóiam Lula; o governo do PT aprova os transgênicos e a transposição do rio São Francisco; o Planalto petista revela gastos da gestão FHC e esconde os seus...

Os tempos e os costumes mudam, já diziam os latinos; as pessoas e os partidos também. Eu é que deveria ficar mudo, já que teimo em acreditar que fora da ética e dos pobres a política não tem salvação. Deve ser culpa de minha dificuldade de entender por que às vésperas de eleições todos debatem nomes de candidatos. E não propostas, programas e prioridades de governo.

Frei Betto é escritor, autor de "A mosca azul – reflexão sobre o poder" (Rocco), entre outros livros.

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



ZZ - ESTUDAR SEMPRE

  • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
  • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
  • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
  • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
  • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
  • As armas de ontem, por Max Marambio,
  • BOLÍVIA jakaskiwa - Mariléia M. Leal Caruso e Raimundo C. Caruso
  • Cultura de Consumo e Pós-Modernismo - Mike Featherstone
  • Dissidentes ou mercenários? Objetivo: liquidar a Revolução Cubana - Hernando Calvo Ospina e Katlijn Declercq
  • Ensaios sobre consciência e emancipação - Mauro Iasi
  • Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araujo
  • Fenomenologia do Espírito. Autor:. Georg Wilhelm Friedrich Hegel
  • Fidel Castro: biografia a duas vozes - Ignacio Ramonet
  • Haciendo posible lo imposible — La Izquierda en el umbral del siglo XXI - Marta Harnecker
  • Hegemonias e Emancipações no século XXI - Emir Sader Ana Esther Ceceña Jaime Caycedo Jaime Estay Berenice Ramírez Armando Bartra Raúl Ornelas José María Gómez Edgardo Lande
  • HISTÓRIA COMO HISTÓRIA DA LIBERDADE - Benedetto Croce
  • Individualismo e Cultura - Gilberto Velho
  • Lênin e a Revolução, por Jean Salem
  • O Anti-Édipo — Capitalismo e Esquizofrenia Gilles Deleuze Félix Guattari
  • O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum - Antoine Compagnon
  • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
  • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
  • Os 10 Dias Que Abalaram o Mundo - JOHN REED
  • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
  • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
  • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
  • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
  • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
  • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
  • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
  • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
  • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira