sexta-feira, 8 de junho de 2007

Leiam o que esta "fera da mídia brasileira" escreveu. E não respondeu as minhas ponderações!


O que o Marcelo Tas escreveu em seu blog.

Venezuela: viva la revolucion digital!

Chavez, o bufão sulamericano, já aprontou de tudo. Mas nunca pensou que os venezuelanos só fossem se levantar contra sua fanfarronice quando tirasse a novela diária deles. Nem eu.

Pelo jeito, a telenovela é o calcanhar de aquiles para os ditadores da América Latrina. Mais espertos foram os ditadores militares brasileiros, que censuravam os jornalistas, mas deixaram intocada, ou quase, a ficcão. Fingiam-se de mortos, ou não estou te "enteindeindo", diante das metáforas dos coronéis caricatos, tipo Chavez, de Dias Gomes.

Lá na Venezuela, a população está nas ruas, uma multidão de dependentes químicos das telelágrimas cafonas, porque o bufão mor tirou do ar a dose diária de ficcão barata deles.

Mereceria um estudo das meninas da Ciências Sociais da USP. Mas elas estão "em greve", aliás porque se inspiram em Chavez. Melhor seria se a inspiração fosse o outro Chaves, do SBT, que elas também já cultuaram um dia em sua infância recente.

Well, mas estou aqui apenas para sugerir uma ação imediata aos hermanos da Venezuela. Por que vocês não aproveitam essa crise e saltam na frente, inaugurando de verdade a primeira estação de TV da América Latrina na internet! Sim, isso já é possível. Senão vejam só, aí acima, a National Geographic, a melhor revista publicada no Brasil, já tem no YouTube, o seu canal de televisão. Imagens preciosas, como o almoço desse simpático ursinho esfomeado, estão disponíveis com um clique.

Por isso, minha proposta é séria, companheiros bolivarianos da Venezuela. Coloquem suas telenovelas no YouTube. Chavez ia se roer de inveja e preocupação.

A revolução já começou. Mas como sempre poucos notaram. A revolução nunca será televisionada, alguém já disse isso.

Se você quer conhecer melhor o canal da National Geographic na internet, clique aqui.
http://marcelotas.blog.uol.com.br/

Escrito por Marcelo Tas às 10h02

Meu comentário no blog do Marcelo Tas -[Runildo Pinto] [ed3208@hotmail.com] [Porto Alegre] [50] [Tecnico em microinformática]
Marcelo Tas! Admiro a tua criatividade desde os tempos do castelo ratimbum e depois no programa sobre informática na cultura ou tve, não lembro bem. Mas achava que tu por seres assim tão dinâmico tinha uma visão bem mais apurada sobre democracia e sabia ver a diferença da democracia tradicional, da popular. Pelo teu escrito no blog em relação as emissoras de tv e ao governo Chávez. Vi que és tão convencional quanto a imprensa "oficial" privada. Manifestações massivas? Aproveita e lê os artigos abaixo:Fim da RCTV acua a mídia golpista O fim da outrora poderosa RCTV abre nova fase na luta contra a ditadura midiática na América Latina. Não é para menos que todos os veículos privados da região chiaram contra a medida Altamiro Borges EBATE ABERTO Venezuela: canal RCTV vence seu prazo A não renovação da concessão à RCTV depois de vinte anos se justifica plenamente por estar prevista por lei. Mas contam também repetidas violações da Constituição por parte da emissora. Luciano Wexe

31/05/2007 18:49

O que sugiro a ele para obter mais esclarecimentos.
Ver o vídeo: o documentário "The revolution will not be televised" (A revolução não será televisionada), filmado e dirigido pelos irlandeses Kim Bartley e Donnacha O'Briain, apresenta os acontecimentos do golpe contra o governo do presidente Hugo Chávez, em abril de 2002, na Venezuela. Os dois cineastas estavam na Venezuela realizando, desde setembro de 2001, um documentário sobre o presidente Hugo Chavez e o governo bolivariano quando, surpreendidos pelos momentos de preparação e desencadeamento do golpe, puderam registrar, inclusive no interior do Palácio Miraflores, seus instantes decisivos, respondido e esmagado pela espetacular reação do povo. Vídeo com legendas em português. http://video.google.com/videoplay?docid=-3258871973505291549&hl=en

A revolução não será televisionada

Discurso de Aleida, filha do Che, quando do recebimento de seus restos por Fidel Castro, em Cuba

Vêm convertidos em heróis, eternamente jovens, valentes, fortes, audazes

"Te pedimos, Comandante, que nos dê a honra de receber seus restos; mais que nossos pais, são filhos deste povo que tão dignamente você representa"

Palavras de Aleida Guevara March, filha do Che, em solene cerimônia, à chegada dos restos dos guerrilheros caídos na Bolívia •

Querido Comandante:

Faz mais de trinta anos que nossos pais se despediram de nós: partiram para continuar os ideais de Bolívar, de Martí, um continente unido e independente, mas tampouco eles lograram ver o triunfo.

Estavam conscientes de que os grandes sonhos só se realizam com imensos sacrifícios. Não voltamos a ver-los.

Nessa época a maioria de nós éramos muito pequenos; agora somos homens e mulheres, e vivemos, quiçá pela primeira vez, momentos de muita dor, de intensa tristeza. Conhecemos como ocorreram os fatos e sofremos por eles.

Hoje chegam a nós seus restos, mas não chegam vencidos; vêm convertidos em heróis, eternamente jovens, valentes, fortes, audazes.

Ninguém pode tirar-nos isso; sempre estarão vivos juntos a sus filhos, em seu povo.

Eles sabiam que quando assim decidiram, poderiam regressar a Pátria e que nosso povo os receberia com amor e curaria suas feridas, e sabiam que você, senhor Comandante, seguiria sendo seu amigo, seu chefe.

Por isso é que te pedimos, Comandante, que nos dê a honra de receber seus restos; mais que nossos pais, são filhos deste povo que tão dignamente você representa.

Receba a seus soldados, a seus companheiros, que regressam à Pátria.

Nós também te entregamos nossas vidas.

Até à Vitória Sempre

Pátria ou Morte! Venceremos!

Os marxistas e a religião



Rodrigo Ricúpero
Doutorando em História do Brasil pela USP
Outros textos deste(a) autor(a)


• Respeitamos o sentimento religioso assumido por boa parte dos trabalhadores do país. Temos um respeito ainda maior por aqueles que querem transformar a sociedade e são religiosos, pois não utilizam as religiões, em suas diversas formas, para manter a dominação dos poderosos. Ao contrário, são partes da mobilização popular, como os setores das Pastorais Sociais que se incorporaram ao Encontro do dia 25 de março (que em geral são bastante críticos em relação ao Papa).

Mas não podemos deixar de falar da interpretação marxista da religião. A insegurança em relação à vida leva as pessoas a buscarem um consolo nas religiões, acreditando em uma outra vida e em uma explicação fácil para o que acontece (tudo é “a obra de Deus”). Isso se fortalece nos momentos de crises econômicas, de grandes calamidades ou quando se perde a expectativa de transformar a sociedade. As pessoas acabam se voltando para saídas místicas, tanto nas religiões tradicionais ou em crenças esotéricas. A expansão das seitas pentecostais e dos católicos carismáticos do Padre Marcelo são exemplos dessa tendência.

A saída religiosa no fundo é a tentativa das pessoas de escapar dos problemas concretos da sociedade, sem enfrentá-los, compensando as desilusões e misérias da vida com promessas celestiais.

Essa opção não exige nada além da própria crença, sem se opor à ordem vigente e a seus representantes, que a incentivam e a utilizam. A burguesia se utiliza das religiões para manter a exploração capitalista, da mesma forma que outras classes dominantes no passado. O fatalismo, a passividade e a submissão são conseqüências ideológicas comuns da aceitação de que tudo que acontece é “vontade de Deus”, e que haverá uma “vida eterna e feliz depois da morte”.

“A religião é o ópio do povo”, é uma das mais conhecidas frases de Karl Marx que demonstra como é o ser humano que faz a religião. Em outras palavras, que não foi Deus que criou homens e mulheres, mas, ao contrário, foram eles quem criaram Deus, deuses que os assombram e os oprimem.

Marx quer dizer com isso que a incapacidade do ser humano em compreender sua relação com a natureza e as verdadeiras relações sociais faz com que ele procure nos céus a resposta para sua situação, ou, como ele afirmou: “a miséria religiosa é, por um lado, a expressão da miséria real, e, por outro, o protesto contra a miséria real”. Ou seja, o ser humano procura na religião a saída para a sua miséria concreta.

Não temos, tampouco, nenhum acordo com a utilização de valores religiosos para pautar questões de Estado, como leis e direitos. Como também é inaceitável que a Igreja, como instituição, intervenha no Estado e dele se beneficie, como acontece no capitalismo. A Igreja possui empresas, escolas, terras, e muitas vezes obtém lucros pela fachada “filantrópica”.

Não cabe aqui, em poucas linhas, convencer da superioridade da concepção materialista. Os marxistas defendem a ampla liberdade de consciência e que cada um escolha livremente no que acredita ou não. Para Lênin, “o Estado não deve ter nada que ver com a religião, as sociedades religiosas não devem estar ligadas ao poder de Estado. Cada um deve ser absolutamente livre de professar qualquer religião que queira ou de não aceitar nenhuma religião, isto é, de ser ateu, coisa que todo o socialista geralmente é. São absolutamente inadmissíveis quaisquer diferenças entre os cidadãos quanto aos seus direitos de acordo com as crenças religiosas”.

O importante para os revolucionários é que se acredite que são homens e mulheres que fazem sua própria história e que, acabar com a miséria e a opressão é uma tarefa concreta e imediata, que não pode ser jogada para o reino dos céus.

[ 4/5/2007 18:42:00 ]

Da Ocupação da Reitoria da USP - Comunicado a Sociedade

Enviado por: "Raphael K. Mouro" espectro_permanente@yahoo.com.br

Seg, 21 de Mai de 2007 2:55 pm

Extraído do Blog da Ocupação: http://ocupacaousp. blog.terra. com.br/ Comunicado a Sociedade

São Paulo, 21 de maio de 2007

Os estudantes da USP que ocupam a reitoria desde o dia 03/05, reunidos em plenária, decidiram vir a público prestar esclarecimentos com relação às informações veiculadas na imprensa sobre o movimento, assim como nossas resoluções sobre as reuniões propostas pela reitoria e a Polícia Militar.
Nosso movimento defende a educação pública contra os ataques do governador José Serra e a conivência das reitorias das Universidades Estaduais paulistas. É por isso que somos contra os decretos assinados pelo governador no início deste ano, que ferem não somente a autonomia de gestão financeira, mas principalmente comprometem o caráter reflexivo e crítico que deve caracterizar ensino, pesquisa e extensão, na medida em que privilegiam as “pesquisas operacionais” - aquelas que favorecem o lucro privado em detrimento dos interesses da maioria da população. Exemplo claro disto é a alocação da FAPESP na Secretaria de Desenvolvimento, separada das Universidades. Reiteramos que estes decretos vieram agravar o processo de sucateamento da educação pública, já manifestado nos vetos ao aumento de verbas para as Universidades. Ocupamos a reitoria em protesto contra seu silêncio e omissão, para sermos escutados e abrirmos o debate com a sociedade.
Fomos acusados de “vândalos” e “violentos” por termos danificado uma porta. Violentos não seriam os governos que impedem a maioria da população de ter acesso à Universidade Pública, que é elitista e racista por responsabilidade dos mesmos que hoje nos criminalizam? Violentos não seriam os que têm punido juridicamente manifestações políticas, como esta ocupação? Violentos não seriam os que destroem a educação pública e reprimem os que querem defendê-la? Violenta não seria a polícia que reprime, dia a dia, a população pobre, negra, os trabalhadores e os movimentos sociais? Frente a toda essa violência, uma porta não é nada.
José Serra nos chamou de “mentirosos e desinformados” e declarou que a autonomia não foi ferida. É um ataque lamentável, como os que ele mesmo desfere contra o ensino público e que devem ser repudiados pela população. A respeito da gestão das verbas da Universidade, Pinotti em entrevista à Folha de S. Paulo declarou: “Suponha que haja um remanejamento maluco. Cabe ao governador dizer não.” Isso fere claramente a autonomia, pois deixa a critério do governo o que é “maluco”. E sabemos que “maluco” para eles é investir na Universidade Pública, gratuita e de qualidade.
É falsa a afirmação de que somos contra a transparência das contas da Universidade. Defendemos a publicização de toda a movimentação financeira interna da Universidade, o que também deve incluir as contas das fundações de direito privado, que usurpam o dinheiro e a estrutura da Universidade Pública para beneficiar um punhado de grandes empresas privadas e a burocracia acadêmica. Porém, a mera prestação de contas é insuficiente. A USP já disponibiliza os dados de seus gastos para a toda a população na internet. O Siafem (Sistema Estadual de Controle e Registro de Gastos), ao contrário, não é aberto ao público (é necessária uma senha para acessá-lo, disponível apenas para o Judiciário e o Legislativo) . O argumento da transparência é falso, trata-se de uma centralização das decisões e informações. O mesmo governo que se declara a favor da transparência não publicou a previsão e a arrecadação do ICMS dos meses de março e abril, argumento dado para a não definição do reajuste
salarial dos servidores. E mais, queremos que o destino das verbas seja definido não somente por uma minoria de professores, como é hoje, mas democraticamente, pela comunidade universitária em diálogo com a população, para que não esteja de acordo somente com os interesses de uma minoria.
Combatemos a concepção que trata como “privilégios” direitos sociais inalienáveis, como educação, saúde e previdência. O resultado deste processo é que direitos sociais que deveriam ser garantidos para todos são transformados em mercadoria que só alguns podem adquirir. É por isso que dizemos à população que o discurso do governo “contra o elitismo da Universidade” é oportunista. Não somos nem “privilegiados” nem “corporativistas” . Defendemos a universidade dos ataques que vem sofrendo e lutamos para transformá-la, para que seja de fato pública, tanto em seu acesso e permanência à população que mais necessita, quanto no caráter do conhecimento nela produzido. É por isso que chamamos a sociedade para lutarmos juntos pela real democratização das Universidades Públicas.

Estão agendadas duas reuniões para hoje (21/05/2007) : uma com a reitoria e outra chamada pelo Comandante da Tropa de Choque da Polícia Militar. Frente a isso, declaramos que:

1 – Apoiados por professores, pela Assembléia de estudantes e de funcionários da USP, dentre outros segmentos da sociedade civil, diversas Universidades e movimentos sociais reiteramos nosso repúdio a qualquer punição, seja ela de caráter administrativo ou judicial, contra qualquer integrante do movimento de ocupação da reitoria da USP, sobre o qual recaia qualquer implicação processual em razão deste movimento político.

2 – Com relação à reunião com a PM: o que está sendo proposto não se trata de uma negociação. A única negociação possível é com a reitoria. Defendemos a autonomia da Universidade e negociar com a PM seria um ataque a esta autonomia que estamos defendendo. Por isso, não participaremos da reunião e mandaremos apenas representantes jurídicos para entregar oficialmente este comunicado e defender nosso movimento e nossas reivindicações. É importante lembrar que reintegrações de posse com uso de força policial não ocorrem na USP desde os obscuros anos da ditadura militar, quando centenas de pessoas foram presas e torturadas por lutar pela democracia na Universidade e no país. Não vamos compactuar com uma intervenção que reinstitui práticas ditatoriais e, se houver uso da força policial, resistiremos.

3 – Com relação à negociação com a reitoria e nossa pauta: sempre estivemos abertos à negociação, por isso aceitamos a reunião proposta para hoje, às 8h30. Esperamos que a reitoria avance no atendimento às nossas reivindicações, que não são somente moradia e autonomia como a imprensa tem veiculado. Temos uma pauta com 17 pontos, que segue em anexo. Esperamos que a reitoria avance com relação à proposta do dia 08/05, já rejeitada em Assembléia Geral do Estudantes da USP, que contou com mais de 2000 estudantes. Como nossas decisões são feitas democraticamente em fóruns de participação direta, a avaliação do resultado desta reunião será feita na próxima Assembléia Geral dos Estudantes da USP, a se realizar no dia 22 de maio, às 18h, em frente à reitoria.

4 – Chamamos toda a população a participar das nossas atividades, pois nossa luta é em defesa da educação pública. Haverá um ato público no dia de hoje, às 14h, em frente à reitoria, contra a repressão policial e em defesa da educação pública, para o qual chamamos todos os trabalhadores, estudantes, intelectuais, parlamentares, sindicatos, organizações políticas e movimentos sociais, para defendermos a legitimidade da nossa luta. Será realizada no dia 22/05 a Assembléia Geral dos Estudantes da USP. E no dia 23/05, quando nossa greve se fortalecerá com a entrada de outros setores das universidades, nos somaremos ao Dia Nacional de Lutas em defesa dos direitos sociais, com um ato no MASP (Av. Paulista), às 14h.

Contamos com o apoio dos que se o opõem à repressão e defendem uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.
Quem são os cinco cubanos encarcerados
nos Estados Unidos?

Cinco jovens profissionais que decidiram dedicar suas vidas, longe de sua pátria, à luta contra o terrorismo na cidade de Miami, centro principal das agressões contra Cuba.

Antonio Guerrero (Miami, 1958) Engenheiro em Construção de Aeródromos, poeta, dois filhos. Fernando González (Havana, 1963), casado, graduado do Instituto de Relações Internacionais (ISRI), do Ministério de Relações Exteriores de Cuba. Gerardo Hernández (Havana, 1965), casado, graduado do ISRI, caricaturista. Ramón Labañino (Havana, 1963), casado, três filhas, graduado de Licenciatura em Economia na Universidade de Havana, e René González (Chicago, 1956), casado, duas filhas, piloto e instrutor de vôo.


Antonio Guerrero Rodríguez

Nasceu o dia 16 de outubro de 1958 em Miami, no seio de uma família humilde. Seus pais são Antonio Guerrero Cancio (falecido) e Mirta Rodríguez Pérez.

Sua história estudantil começa em 1962, com um desenvolvimento em ascensão em todos os níveis educacionais e participação em atividades extra-escolares, com interesse especial em esportes como o beisebol e o futebol.

Em 1974 ingressa na União de Jovens Comunistas (UJC) ocupando o cargo de secretário organizador do Comitê de Base.

Ao concluir o instituto pré-universitário se ganha uma bolsa para estudar na antiga URSS Engenharia em Construção de Aeródromos. Em 1983 se gradua com um índice acadêmico de 4.7 e 5 pontos na tese de grau.

A seu regresso a Cuba é trabalha na Cubana de Aviação e começa a trabalhar como especialista C em arquitetura de aeródromos ocupando rapidamente o cargo de chefe de seção de aeródromos. No aeroporto foi secretário geral do comitê de base e secretário ideológico do Comitê UJC.

Em 1989 se lhes outorga a militância no Partido Comunista de Cuba (PCC).

Neste período contrai casamento com Delgis Cabrera Pontes e desta união nasce seu filho maior Antonio Guerrero Cabrera (Tonito), quem reside junto a sua mãe em Santiago de Cuba.

Se manteve trabalhando nas tarefas do aeroporto “Antonio Maceo”, onde recebeu avaliação de excepcionalmente positivo na principal obra que lhe foi atribuída, a ampliação da pista de dito aeroporto, tomada como exemplo de modelo construtivo e em cuja inauguração participou o Comandante em Chefe, a quem lhe explicou pessoalmente os pormenores da obra.

Em 1991, casa-se com a cidadã de origem panamenho Nitzia Pérez Barreto e ambos vão viver a Panamá. Desta união nasce seu segundo filho Gabriel Eduardo Guerrero.

Posteriormente se translada a os EE.UU., onde desempenha vários trabalhos eventuais até que através de uma amizade lhe oferece um emprego temporário melhor remunerado no departamento de obras públicas da Estação Aérea Naval de Cayo Osso.

Nos EE.UU. teve uma vida austera e singela, obtendo limitados rendimentos econômicos através de seu trabalho como ajudante num ateliê de manutenção em Cayo Osso.

Ali conheceu à norte-americana Margaret Becker (Maggie), com quem conviveu vários anos e contraiu casamento em 1998.

Durante sua permanência nos Estados Unidos atuou em silêncio, tratando de evitar as ações terroristas que organizaram, financiado e executado contra Cuba os elementos da extrema direita anticubana em Miami.

O 12 de setembro desse próprio ano Antonio Guerrero foi detento junto a outros quatro compatriotas pelo Escritório Federal de Investigações de Estados Unidos.

Durante 17 meses e 48 dias se lhe manteve em confinamento em solitário, isolado de seus outros colegas e dos demais presos.

Num juízo com evidente caráter político, Antonio Guerrero foi sancionado a corrente perpétua e a 10 anos de prisão, pelos supostos delitos de conspiração para cometer espionagem e ser agente estrangeiro não declarado.

Cumpre suas condenações no cárcere de máxima severidade de Florence, estado de Colorado.

Em seu caso se violam a quinta e sexta emendas da Constituição norte-americana, referentes ao devido processo e a um juízo rápido e imparcial. Não se cumprem, ademais, o Regulamento do Escritório de Prisões dos Estados Unidos e as regras mínimas das Nações Unidas para o Tratamento aos Reclusos, ao negar-se a Antonio em reiteradas oportunidades o direito à assistência médica.

Durante seu confinamento Antonio Guerrero tem escrito numerosos poemas, nos que se reflete sua confiança no futuro e seu amor à humanidade. Uma boa mostra de sua obra se encontra no livro "Desde minha altura" e no disco compacto "Regressarei", com versos de Guerreiro musicalizados por vários artistas cubanos.


Fernando González Llort

Nasce na Cidade da Havana o dia 18 de agosto de 1963. De procedência social obreira. Filho de Magali Llort Ruiz e Fernando Rafael González Quiñones. Tem duas irmãs: Marta e Lourdes. Está casado com Rosa Aurora Freijanes Coca.

Em 1968 inicia seus estudos e em todos os níveis de ensino se caracterizou por sua seriedade e dedicação, obtendo bons resultados docentes e com marcante participação em atividades produtivas, culturais e desportivas.

Em 1981 ingressa nas filas da União de Jovens Comunistas (UJC), como resultado de sua ascendente trajetória estudantil e política.

Do ano 1981 ao 1987 cursa estudos universitários no Instituto Superior de Relações Internacionais “Raúl Roa García”, ocupando diversos cargos na Federação de Estudantes Universitários (FEU) e na UJC, onde se projeta como dirigente estudantil exemplar. Gradua-se com diploma de ouro.

Durante seus estudos universitários se destaca ademais na promoção de eventos culturais, e participa ativamente nos festivais de teatro do centro de estudo.

Entre 1987-1989 cumpre missão internacionalista na República Popular da Angola numa brigada de tanques, recebendo ao finalizar sua missão as medalhas “Combatente Internacionalista” de segunda classe e “Pela Vitória Cuba - República Popular da Angola”, assumindo com estoicismo os rigores da contenda militar.

Como resultado da sua trajetória em 1988 se lhe outorga a militância no Partido Comunista de Cuba (PCC).

A raiz do incremento das atividades terroristas e provocações que têm lugar na década dos 90, Fernando sai a cumprir missões de controle e obtenção de informação sobre o acionar de vários cabeças e membros de diferentes organizações contra-revolucionarias radicadas na Florida.

Em junho de l998 as autoridades cubanas tinham entregado a uma missão de importantes especialistas do Escritório Federal de Investigações (FBI) volumosos expedientes e gravações, em cassetes de áudio e vídeo, sobre os planos terroristas dos grupos anticubanos radicados em Miami. Prometeram dar resposta às evidências apresentadas por Cuba. O dia 12 de setembro desse mesmo ano Fernando González Llort e outros 4 compatriotas foram detidos pelo FBI.

Desde então os cinco cubanos guardam injusta, humilhante e dura prisão, que incluiu 17 meses e 48 dias de confinamento em solitário em celas de castigo, sem ter cometido indisciplinas.

O juízo a Fernando e o resto de seus compatriotas se realizou na cidade de Miami completamente hostil para os acusados, violando-se as quinta e sexta emendas da Constituição dos Estados Unidos.

As autoridades puseram obstáculos a o trabalho da defesa ao demorar o acesso à documentação classificada e não entregar evidências do processo.

As irregularidades registradas durante o juízo a Fernando constituem também violações da Convenção Americana sobre os Direitos Humanos e do regulamento do Bureau de Prisões de Estados Unidos, bem como do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, e das Regras Mínimas para o tratamento dos Reclusos, estes dois últimos, documentos das Nações Unidas.

Fernando González Llort foi condenado a l9 anos de prisão pelos supostos delitos de ser agente estrangeiro não declarado e falsa documentação. Encontra-se no cárcere de máxima segurança em Oxford, Estado de Wisconsin.


Gerardo Hernández Nordelo

Nasce na Cidade da Havana o dia 4 de junho de 1965 no seio de uma família humilde, sendo o terceiro filho e o menor do casamento. Filho de Gerardo Hernández Martí (falecido) e Carmen Nordelo Tejera.

Sua infância se desenvolve na Víbora, caracterizando-se por ser muito ativo, estudioso e aplicado. Desde cedo foi admirado por sua educação formal, ressaltando-se sua esmero no trato, ajuda e respeito para os anciãos.

Transita de maneira marcante pelos diversos níveis de ensino do país, caracterizando-se por seus altos rendimentos acadêmicos e por seus dotes de dirigente juvenil.

No ano 1980 se lhe outorgou a condição de aspirante à União de Jovens Comunistas (UJC).

Começa seus estudos universitários em agosto de 1983, no Instituto Superior de Relações Internacionais e em 1988 contrai casamento com Adriana Pérez O´Connor.

Cumpre missão internacionalista na República Popular da Angola em 1989, sendo localizado numa brigada de tanques, destacou-se por sua valentia e decisão em 54 missões combativas. Em 1990, ao concluir sua missão, foi condecorado com as medalhas “Combatente Internacionalista” e “Pela Amizade Cuba-República Popular da Angola”.

No ano 1993 se lhe outorga a militância no Partido Comunista de Cuba (PCC).

Em meados dos anos 90 cumpre missões nos EE.UU., dirigidas a prevenir a Cuba de ações de corte terrorista planificadas e executadas por organizações contra-revolucionarias radicadas em Miami.

Nesse país laborava fazendo trabalhos como artista gráfico. Viveu em condições de austeridade, com os meios imprescindíveis e sem luxos de nenhum tipo.

Foi detido o dia 12 de setembro de l998 e submetido a cela de castigo e isolamento durante 17 meses e 48 dias, sem ter cometido indisciplina alguma, sendo objeto de tratos cruéis, desumanos e degradantes.

Durante todo o processo legal as autoridades norte-americanas puseram obstáculos a o trabalho da defesa ao demorar o acesso à documentação classificada e não entregar as evidências do processo.

Apesar do manipulado do juízo e das tensões próprias de um processo como esse, Gerardo despregou durante o mesmo seus dotes de caricaturista, ridicularizando a atuação de quem, longe de dar justiça, preguearam-se às exigências da extrema direita anti-cubana.

No caso de Gerardo Hernández se violaram a quinta e sexta emenda da Constituição dos Estados Unidos referentes ao devido processo, um juízo rápido e com um júri imparcial, além da Convenção Americana sobre Direitos Humanos.

Também foi violado o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, bem como as regras mínimas para o tratamento dos Reclusos, documentos das Nações Unidas.

Gerardo Hernández Nordelo foi condenado a duas correntes perpétuas e 15 anos de prisão pelos supostos delitos de conspiração para cometer assassinato, conspiração para espionar, ser agente estrangeiro não declarado e falsa documentação. Encontra-se confinado na prisão de alta segurança de Lompoc, California.

Ao jovem cubano se lhe impede receber a visita de sua esposa, Adriana Pérez O´Connor, em franca violação de seus direitos como réu e da Declaração Universal de Direitos Humanos.


Ramón Labañino Salazar

Nasceu o dia 9 de junho de 1963 no seio de uma família humilde, de origem camponês, no município do Marianao. Filho de Nereyda Salazar Verdui (falecida) e Holmes Labañino Castillo.

No município habanero da Lisa Ramón realizou os estudos primários, secundários e pré-universitários, com muito bons resultados acadêmicos, destacando-se por sua participação em atividades produtivas e desportivas.

No período dos anos 1980-86 cursou os estudos universitários na especialidade de Economia, até graduar-se com Diploma de Ouro. Na universidade se destacou nas atividades desportivas, participou em todos os jogos Caribe e alguns Manicatos, e foi ao mesmo tempo o graduado mais destacado na cátedra militar durante os 5 anos da carreira.

Se lhe outorgou a militância na União de Jovens Comunistas (UJC) em 1987 e posteriormente, em 1991 o rendimento no Partido Comunista de Cuba (PCC).

Em junho de 1990 contrai casamento com sua atual esposa, Elizabeth Palmeiro Casado, com quem tem duas filhas: Laura Labañino Palmeiro e Lizbeth Labañino Palmeiro. De um casamento anterior tem a sua filhas maior, Ayli Labañino Cardoso. Apesar de suas ausências do país, prestou-lhe muito atendimento a suas filhas, expressando constantemente seu grande carinho por elas e manifestando sua preocupação por seu desenvolvimento e educação.

Devido ao cumprimento de suas missões no exterior, não pôde compartilhar com sua esposa os momentos da gravidez nem o nascimento de suas duas filhas menores.

Desde princípios da década do 90 sai a cumprir missão em EE.UU., encarregando-se de importantes e riesgosas tarefas, dirigidas contra os grupos contra-revolucionários radicados em Miami, que cobijados pelo império incrementaram ostensivelmente a realização de atividades terroristas e de desestabilização durante a década do 90 contra nosso país.

O dia 12 de setembro de 1998 Ramón foi detido nos Estados Unidos num operativo do Bureau Federal de Investigações contra uma suposta rede de espiãs. Encarcerado desde então não foi até o 21 de janeiro do 2001 que pôde comunicar-se com sua família, pela primeira vez em 17 meses, através de uma carta.

O dia 17 de junho, Ramón e seus quatro colegas acusados de conspiração para cometer espionagem, emitiram uma mensagem ao povo norte-americano, onde explicam as razões de sua presença nesse país.

O dia 3 de agosto do 2001 o Parlamento cubano emitiu uma declaração de condenação da situação em que se encontravam os cinco cubanos injustamente prisioneiros em EE.UU.

O dia 12 de dezembro do 2001 se efetuou a vista de sentença contra Ramón Labañino Salazar em decorrência da qual, uma vez apresentados os alegados do relatório de pré-sentença e também a informação de seu advogado defensor, finalmente foi sentenciado à pena de corrente perpétua mais 18 anos. Ramón deu leitura a seu alegado de autodefesa.

O dia 29 de dezembro desse ano o Parlamento cubano, em sua sessão especial, outorgou o Título Honorífico de "Herói da República de Cuba" aos cinco cubanos antiterroristas condenados a arbitrárias penas de cárcere; concedeu a Ordem "Mariana Grajales" às mães e a Ordem "Ana Betancourt" às esposas. Aprovou-se chamar ao ano 2002 "Ano dos Heróis Prisioneiros do Império".


René González Sehwerert

Nasceu em Chicago, Estados Unidos, o dia 13 de agosto de 1956, no seio de uma família cubana de procedência obreira que tinha emigrado para esse país.

Seu pai, Cándido René González Castillo, era trabalhador siderúrgico em Indiana, nos Estados Unidos, enquanto sua mãe, Irma Teodora Sehwerert Mileham, dedicava-se aos afazeres domésticos. Ambos tinham cooperado com o Movimento revolucionário 26 de Julho que em Cuba se enfrentava à ditadura do Fulgencio Batista

O dia 2 de outubro de 1961 seus pais decidem regressar e estabelecer-se definitivamente na Ilha, em companhia de seus dois filhos, incorporando-se de imediato a família à construção da nova sociedade.

Desde pequeno René refletia caráter forte e nobres sentimentos; tinha inclinação pela mecânica. Com resultados satisfatórios cursou todos os níveis de ensino, onde se destacou nas atividades desportivas e sociais.

Em 1974 se apresentou voluntariamente ao Serviço Militar General, pese a que sua condição de estrangeiro lhe possibilitava ficar livre dessa responsabilidade. Três anos depois cumpre também de maneira voluntária, como milhares de cubanos, missão militar em Angola, onde foi designado chefe do claustro de professores que davam classes a soldados e a oficiais para elevar seu nível cultural.

Entre 1979 e 1982 realiza estudos na escola de aviação "Carlos Ulloa", em San Julián, na ocidental província de Pinhal do Rio, e depois de graduado serviu de professor na formação de pilotos da Força Aérea Cubana.

Em 1985 é designado chefe da esquadrilha aérea da base de San Nicolás de Bari, na Havana, e chefe da seção de aeronáutica desportiva.

No final do ano 1990 parte para os Estados Unidos.

Em Miami consegue ter acesso a diferentes organizações contra-revolucionarias que utilizam o território norte-americano para organizar e realizar ações terroristas e provocações constantes contra Cuba, com o propósito de desatar uma confrontação militar entre a Ilha e os Estados Unidos.

Sua vida nessa nação se desenvolveu sob condições de austeridade e sacrifício, tendo como única fonte de rendimento pessoal seu trabalho como instrutor de pilotos.

O dia 12 de setembro de l998 René González e outros quatro compatriotas foram detidos pelo Bureau Federal de Investigações de Estados Unidos.

A acusação formal não se produziu até quatro dias depois.

Durante 17 meses e 48 dias se lhes manteve em confinamento solitário, sendo impossível manter uma comunicação adequada com os advogados para preparar a defesa com as garantias mínimas do devido processo.

Foi condenado em Miami, berço da extrema direita cubano-americana, a 15 anos de privação de liberdade pelo suposto delito de ser agente estrangeiro não declarado. Foi enviado primeiro à prisão de máxima segurança em Loreto, estado da Pennsylvania, e recentemente transladado à da Carolina do Sul.

Sua esposa, Olga Salanueva Arango, é engenheira industrial. Em janeiro de 1997 viajou a Estados Unidos para unir-se a seu esposo, acompanhada de sua filha maior Irma González Salanueva. Em 1998, poucos meses antes de ser detido René, nasceu em território norte-americano a menor de suas filhas, Ivette González Salanueva.

A raiz da detenção do René e do resto dos colegas começou um processo de ameaças e pressões psicológicas e econômicas para a Olga e a suas filhas, com o objetivo de que traísse a seu esposo e a sua pátria.

O dia 16 de setembro do 2000 a Olga foi detida no cárcere estatal em Fort Lauderdale, Florida, ficando a pequena Ivette sob a tutela da bisabo de René, em Zarazotta.

Em novembro do 2000 a deportaram a Cuba e não lhe autorizaram viajar com sua filha menor.

No caso de René González se violam a quinta e sexta Emendas da Constituição de Estados Unidos, referentes ao devido processo legal e a gozar do direito de um juízo rápido e por um júri imparcial.

Ademais se violam outras regras do Tratamento dos Reclusos , da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e o artigo 10 da Convenção sobre os Direitos do Menino, por ter impedido comunicação pessoal com sua pequena filha Ivette, que só contava quatro meses de nascida quando o René foi detido.

Observátório de Imprensa - Você nunca mais vai ler um jornal do meismo jeito.

Prezado Alberto Dines!

Assisti ao programa do Observátório, da última terça feira. E não ouvi o Sr. Mencionar que no Brasil apenas seis (6) famílias dominam os meios de comunicações e que um perrcentual muito grande está na mão de políticos. No programa o Sr. mostrou imagens do homem que levantou a polêmica da RCTV no Congresso Nacional, o Sr. Senador José Sarney, um patriarca de uma família que detem o monopólio dos meios de comunicação do seus estado.
Assista novamente o programa de terça-feira última e ponha a mão na consciência, o Sr. coloca a situção como se no Brasil fossemos os guardiões da democracia, pode ser o da democracia burguesa e mais, temos aqui a ditadura de 6 famílias nos meios de comunicção e que dizem o que bem entendem, manipulam e formam as opiniões que bem entendem e empuram a guela abaixo os seus interesses comuns (as seis (6) famílias).
Por favor, vamos ter uma poostura séria e não preservar-mos, o status quo, estar em cima do muro ou reproduzir o que as elites querem não é fazer uma imprensa honesta, imparcial e com senso crítico. Caso contrário é um deboche da inteligência de um povo.
Me desculpe os possíveis erros de português, mas estou no trabalho e com uma pressa imensa para atender um cliente e meu tempo tem sido escasso.
Com um abraço fraterno;
Raoul Tonmpi

Os diferentes sabores dos domingos (1ª parte)

Os diferentes sabores dos domingos (1ª parte)


E você era a princesa que eu quis coroar

E era tão linda de se admirar

Que andava nua pelo meu país.


Foi nos anos setenta, do século passado, um pouco da nossa adolescência. O primeiro compromisso social era a missa das 10, não era propriamente um compromisso religioso, íamos para olhar a Beth, nossa musa inspiradora das manhãs de domingo, sua mini saia e suas pernas róseas, mil imaginações. Na saída, reuníamos a turma e ganhávamos a Gaspar, nenhum comentário sobre o sermão do padre, mas sobre ela, alguns se gabavam de ter ganhado um olhar, outros comentavam sua roupa, seu cabelo. Eu, muito pouco ou quase nada de olhada recebi, não fazia mal, quem sabe no domingo seguinte, era pouco provável, mas o platonismo aceita tudo, ainda mais dela, que além de linda era parente do padre, e isto, para época, não era pouca coisa.

A primeira parada obrigatória era na esquina da Casa do Povo (que do povo mesmo não tinha nada), comprar as carrapinhas que ali um vendedor alto e silencioso vendia, e era só no domingo. Mais adiante, a cigarraria do seu Chiquinho Padula, outra parada obrigatória, olhar as capas das revistas da semana, a Placar, o Fantasma, Cavaleiro Negro, etc. Conforme a mesada, que era semanal, comprava-se alguma revista, mas isso não era muito comum, comprávamos uns chicletes ou picolé e íamos em direção ao Cine Glória para ver o que ia passar no matine da uma (1 hora). Depois de olhar os cartazes, nos dispersávamos rapidamente, tínhamos que ir almoçar com família e voltar rápido para o cinema. Almoço de domingo lá em casa era sempre com a família, era uma das questões de honra do pai e nós cumpríamos, lembro que domingo sempre tinha pastel (mas os bons mesmo eram os da Marieta) e refrigerante, naquela época, ele (o refri) não era tão banalizado, lá em casa, só aos domingos.

Após um rápido encontro para reunir a turma na frente da cigarraria, era questão de minutos e brotava gente de todas as esquinas, marchávamos até o cinema, alguém recolhia o dinheiro para as entradas, mas antes, outra parada obrigatória – comprar sorvete do seu Romeu no Bacacheri – um gosto impar (o Tubino disse que vai ressuscitar o sorvete com a mesma fórmula). Excitados, entrávamos em fila no cinema, ficávamos alguns minutos no hall de entrada, alguns encontravam suas namoradinhas e sumiam para os locais mais despovoados “do escurinho do cinema”, eu nunca entendi o porquê. Outros iam se abastecer de balas (as de goma eram minhas preferidas), chicletes (os de caixinha era a novidade, porém mais caro) e chocolates (bastão de leite nunca mais vi).


Agora eu era o herói

E o meu cavalo só falava inglês

A noiva do cowboi era você além das outras três

Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões

Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para os matines.


Sentávamos numa fila só, expectativa grande, apagava a luz, a gritaria e a bateção de pé era infernal e ensurdecedora, sacos de pipoca eram estourados e voavam para todos os lados, e alguns com o conteúdo dentro, o lanterninha, alucinado, em passos largos, ia, sem parar, de ponta a ponta do corredor. A cada fileira em que passava, a frase do estigma lhe rompia os tímpanos: “O lanterninha é o bixo!”. Começava a musiquinha do canal 100, futebol, sempre o Flamengo contra alguém, no Maracanã: tararãaa, época do Fio Maravilha, vi o Luizinho do América fazer dois gols no Flamengo e virar cambalhota, virei americano no Rio. A sessão era dupla, quase sempre um faroeste e um filme de guerra, cultura norte-americana direto na veia. John Waine matando muito índio, ou o Guliano Gemma, meu preferido, nos filmes de guerra, geralmente, os ianques massacravam algum povo em nome da paz e da liberdade, no cinema, não perderam nenhuma para o Vietnan. No meio disso tudo, momentos sublimes, quando o mocinho beijava a mocinha, era um frisson geral: ohhhhhh! Quando estávamos com a namoradinha, ia-se no embalo, roubar um beijo.


Finja que agora eu era o seu brinquedo

Eu era o seu pião, o seu bicho preferido.

Vem, me dê a mão, agente agora já não tinha medo.

No tempo da maldade, acho que a gente nem tinha nascido


Falando em maldade, a ditadura militar “comia frouxo”, pouco ficamos sabendo das atrocidades na época, já era meados da década de 70, e nós também íamos nos transformando, estávamos ficando maiores, íamos mudando em muita coisa, uma delas, passamos do cinema da uma para o das quatro (por pouco tempo) e já ganhamos o direito de ir à noite (mas essa é outra estória). Quanto à missa das 10, a ampla maioria já não ia mais, a Beth tinha ido embora para outra cidade, a perda foi significativa, mas não irreparável, logo encontramos outra musa coletiva – a Italianinha – por isso, muitos, após o cinema da uma, iam para a Sociedade Italiana, ganhar inspiração, mas, na maioria das vezes, contentavam-se em ver o jogo de bocha. Agora, havia chegado a hora de descobrir os sabores mágicos da noite.

Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim.

Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim

(Canção João e Maria – Chico Buarque de Holanda)



José Ernesto Alves Grisa

Professor de Sociologia e Extensão Rural

quinta-feira, 7 de junho de 2007

PCB e a RCTV - Venezuela

TODO APOIO AO FIM DA CONCESSÃO À RCTV
O Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB) vem a público manifestar seu mais irrestrito apoio às medidas tomadas pelo presidente Hugo Chavez, em relação à não renovação dos direitos de emissão da rede de televisão golpista RCTV. Esta emissora tramou contra a revolução bolivariana desde seu início, a ponto de seu diretor ter comparecido ao Palácio de Miraflores para saudar o golpista Pedro Carmona.
Suas transmissões se caracterizavam pala manipulação da informação, pelo estímulo às forças contra-revolucionárias, pela difamação e estigmatização das lutas populares, pelo desrespeito ao Presidente da República e por veicular notícias alarmistas visando a criar o caos social no País. Na verdade a RCTV, além de outros órgãos de comunicação venezuelanos, se transformaram em verdadeiros partidos políticos da contra-revolução, passando a representar abertamente os interesses dos imperialistas norte-americanos na Venezuela.
Com esta medida, o governo revolucionário reafirma a soberania da Venezuela, avança na democratização dos meios de comunicação e cria as bases para a construção do pluralismo, uma vez que a grande maioria dos veículos de comunicação da Venezuela cumprem um papel de desinformação da população. Além disso, o controle público da RCTV abre espaço para a criação de um sistema no qual a população passa a ter direito de expressar livremente sua opinião.
Vale ressaltar que a RCTV foi punida várias vezes em governos anteriores por difundir informações falsas, programação sensacionalista, conteúdos pornográficos e outros motivos. Nos dias do golpe, falseou notícias, impediu o pronunciamento de personalidades favoráveis ao governo, escondeu do povo as manifestações favoráveis ao governo legal e usou até atores para fabricar mentiras sobre o grave momento que o País estava vivendo.
Portanto, toda a choradeira que vem sendo veiculada pelos meios de comunicação internacionais e brasileiros não passa de uma cortina de fumaça para encobrir os verdadeiros objetivos desses veículos de comunicação, que são a defesa dos interesses do grande capital, de uma minoria reacionária e bárbara e a desinformação popular, sob o manto da liberdade de imprensa. O que os tubarões da mídia não suportam é a verdadeira democratização da informação, que está sendo efetivada na Venezuela, pois trata-se de um exemplo que pode prosperar por toda a América Latina, colocando um fim ao império das poucas famílias que

RAZÕES DO ATRASO DO ALEGRETE – MANIFESTO II

RAZÕES DO ATRASO DO ALEGRETE – MANIFESTO II
MOVIMENTO SOCIALISMO POR UM PODER POPULAR EM ALEGRETE
Proletários do mundo, uni-vos.
(Karl Marx)
Em Alegrete, o poder público, há 18 anos, ainda é comandado por um saudosista e colaborador emérito da ditadura militar, que tem sabiamente manipulado a pobreza, através do assistencialismo mais vil (da cesta básica) e do controle social, com o controle das mídias locais, a cooptação financeira das lideranças populares (sem ideologia - os lumpens) e o inchaço do poder local por suas clãs. O prefeito municipal é o representante de plantão das oligarquias arcaicas latifundiárias mescladas com o setor do agronegócio capitalista. Somadas a estes, estão as corporações do cooperativismo capitalista, que tem engordado as contas bancárias de seus dirigentes. Caudatários a estes, estão os comerciantes que, em pleno século XXI, com sua miopia de classe, são incapazes de saber que, com mais distribuição da riqueza, há mais gente para consumir os seus produtos, apesar de a Revolução Francesa já haver feito esta ruptura há séculos!
Nossa querida cidade tem sido administrada por uma mescla de incompetência e mau uso das verbas públicas, que não chegam nunca à periferia da cidade. Só para pontuar, algumas questões que dependeriam de ação executiva: não temos os poucos quilômetros de asfalto que ligam a RS 377 com a cidade; é a única cidade da região que ficou fora do programa de fruticultura da metade sul; foi o único prefeito do mundo que foi contrário à instalação de uma universidade pública na cidade (UERGS); é a única cidade do Estado que não possui um ginásio esportivo; não tem projeto para moradia popular; não investiu em saneamento básico; não fez nenhum esforço para instalar um restaurante popular; até hoje não instalou a farmácia do povo, cuja verba foi liberada em agosto de 2006; não exige nenhuma melhoria das concessões do transporte coletivo; não cumpriu sua parte para o funcionamento do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador; a saúde é um caos sem precedentes etc. Conseguiu a subserviência do parlamento local que não levou adiante várias comissões de inquéritos, principalmente, sobre a utilização da máquina pública para usos partidários, constrangimento de servidores, exigência do dízimo para o partido e outras mais.
É triste saber que, neste momento, a ultra-pelega UABA e seus lambe-botas, ao invés de reivindicar melhorias nos abandonados bairros da cidade, quer fazer uma festa para o prefeito. Comemorar o quê? A miséria, o desemprego, a violência, a sujeira da cidade?
Há poucos dias, o prefeito e seus CCs, mais os “empresários” locais fizeram uma festa para comemorar o sesquicentenário de emancipação política de Alegrete, faltou nada menos que o POVO, isso demonstra a ideologia de posse privada da cidade, ou seja, administra o público a serviço do privado, como uma empresa familiar.
Reafirmamos que somos um Movimento para disputar o poder, a união de nossas forças se dá pela identidade ideológica, somos socialistas e pretendemos revolucionar a sociedade capitalista, portanto, afirmamos ter lado na luta de classe – estamos ao lado dos operários e dos excluídos, em contraposição à burguesia e seus aliados.
PCB – PSOL – JUVENTUDE REVOLUCIONÁRIA - Socialistas Independentes.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Mosquito da dengue


Dengoso! Não se trata do personagem do conto de fadas A Branca de Neve. Mas ficar dengoso por picada, quem arrisca um verãozinho agitado pelo mosquito da dengue?

Meios de comunicação

MEIOS DE COMUNICAÇÃO
O receituário da burca

Runildo Pinto (*)

O poder voraz da mídia, orquestrada em âmbito nacional pela Rede Globo e outros grupos de comunicação, obriga-nos a pensar no papel que os meios de comunicação desempenham na ordem neoliberal hegemônica.

Eles funcionam como um véu ou uma burca, filtrando verdades que se exibem à vista. No cruzamento entre o jornalismo e o fato, imposto à população pelos meios de comunicação, o que se oculta não é o rosto de uma mulher, mas a verdade. Em tempos neoliberais, esta conduta é mais intensa. A imprensa funciona como máquina de propaganda a serviço do mais poderoso, revelando total falta de compromisso com a verdade e com o bem-estar da humanidade.

O receituário liberal é utilizado para fazer dos fatos jornalísticos uma mercadoria. Para isso utilizam-se de técnicas que diversificam as demandas de informações cada vez mais complexas, amplas e especializadas. E a demanda é particularmente maior no que diz respeito à informação do fato político – matéria privilegiada por praticamente todas as redações, que lhe dedicam invariavelmente as primeiras páginas. Mas, mesmo quando é exigido fazer crônica da história do tempo presente, violento e cruel, dificilmente se colocam à altura da responsabilidade histórica, isto é, ao lado da verdade. A tendência é utilizar técnicas sofisticadas de maneira a ampliar o acesso e a atuação dos indivíduos, impondo a lógica do mercado de forma a afastar a população da iniciativa de produzir conteúdos estranhos à lógica-padrão. E isso faz com que o espaço de discussão seja reduzido. Predominam assim as fórmulas rebaixadas de jornalismo e a abordagem superficial da realidade, que banalizam os fatos. Como diria Ramonet, "os jornais não vendem informações aos cidadãos, mas sim cidadãos a anunciantes". E tudo na busca do lucro. Para aumentar o número de leitores, a informação hoje em dia é curta, distorcida, patética e elementar. E como é ruim... O que contribui para a precarização do trabalho jornalístico e, conseqüentemente, para a qualidade da informação.

Aceitação sem dor

A mídia, submissa ao centro do sistema capitalista, alinhada diretamente aos valores de mercado, onde tudo deve virar mercadoria, contribui para que estes decantados valores promovam a fome, a miséria, a ignorância e a guerra na periferia. Enquanto isso, na redação, o mote é a necessidade de adequação à linha editorial do jornal à dos anunciantes (e um dos maiores é o governo federal). Assim, esvaem-se nas idéias liberais, no desmonte de culturas, o próprio legado histórico da humanidade e o próprio fato presente. Nesse ponto, a mídia extrapola e passa a funcionar como uma verdadeira fábrica de notícias e propaganda. Além destas práticas, a própria inserção de classe e da "cosmologia" pessoal de certos jornalistas influenciam este processo de mascaramento da verdade, praticado largamente no ofício, e mais ainda em momentos de crise.

A mídia comercial e partidária do "pensamento único", como afirma o líder zapatista subcomandante Marcos, ao refletir sobre os intelectuais (e aqui cabe a mesma compreensão em relação aos jornalistas), diz que "eles se tornam pragmáticos por excelência, exilados da função intelectual e transformados em ecos mais ou menos estilizados por spots publicitários que inundam o mercado globalizado. Adquirem novas virtudes (reaparece o oxímoro): uma audaz covardia e uma profunda banalidade". Assim como os intelectuais de direita, a imprensa, o rádio, e a televisão brilham em suas análises do presente globalizado e suas contradições, suas revisões do passado histórico, suas clarividências. A hegemonia universal e quase absoluta da "filosofia" do dinheiro protege-os com torres de vidro blindado. Por isso, a direita é particularmente sectária e tem, exatamente por isso, o respaldo de não poucos meios de comunicação e governos.

"Queimar livros e erguer fortificações é tarefa comum dos príncipes", escreveu Jorge Luiz Borges. O escritor argentino acrescenta que todo príncipe quer que a história comece a partir dele. Na era da globalização – de "novo tipo" – não se queimam livros (embora ergam-se fortificações). Eles apenas são substituídos. Mais do que suprimir a história, o príncipe de hoje instrui seus jornalistas e intelectuais para que a refaçam de maneira que o presente seja o fim dos tempos. E isto representa o fim do mundo? O juízo final? Não! A idéia é passar para o senso-comum (construído, diga-se de passagem), que a humanidade chegou ao patamar mais desenvolvido, que a sociedade é esta e que devemos conviver entre ricos e pobres, pois esta é a sociedade ideal. Que o modelo de economia é o capitalismo e que as relações inter-humanas têm que ser substituídas pela lei do mercado. Mas não se enganem: a figura de Fukuyama e sua teoria sobre o fim da história é paradigmática neste sentido. E é deste "tesouro" das idéias liberais que surge a concepção de que não existe mais esquerda e direita, que não existem mais ideologias e a idéia de que existe só um interesse na sociedade, que não existem mais classes sociais e muito menos lutas de classes.

É preciso ver o quanto é complicada a tarefa em que devemos nos empenhar para conquistar a democratização dos meios de comunicação, pois em primeiro lugar impõe-se o espírito capitalista de estimular o egoísmo, de dilatar ambições de consumo, de ativar energias narcisísticas e tornar-nos competitivos e sedentos de levar vantagens e lucros; de criar pessoas menos solidárias, mais insensíveis às questões sociais, indiferentes à miséria, alheios ao drama de índios e negros, distantes das iniciativas que visam a defender os direitos dos pobres. Aos poucos, o espírito capitalista vem moldando em nós esse estranho ser que aceita, sem dor, a desigualdade social; que assume a glamourização do fútil; que se diverte com entretenimentos que exaltam a violência, que banalizam a pornografia e ridicularizam pobres e mulheres, como são exemplos certos programas de humor na TV.

Em busca de poder de alcance

O capitalismo promove tamanha inversão de valores em nossa consciência que defeitos qualificados pelo cristianismo de "pecados capitais" são tidos como virtudes: a avareza, o orgulho, a luxúria, a inveja e a cobiça.

A necessidade de construir alternativas ao jornalismo de mercado nunca foi tão dramática quanto agora. Visto ao longo de gerações como um instrumento para aprofundar a democracia, informar a sociedade e contribuir para a emancipação dos cidadãos, verificamos hoje que nos iludimos através dos tempos: a imprensa transformou-se em arma de alienação manejada pelo poder do capital. E, como exemplo mais recente, podemos citar o frustrado golpe das elites venezuelanas contra o presidente eleito Hugo Chávez. O papel da mídia neste fato foi decisivo a partir da convocação da greve geral para 10 de abril pela Fedecámaras e pela Central Venezuelana de Trabalhadores (CVT), que segue a reboque (sindicalismo "pelego") dos empresários. A mídia venezuelana e internacional começou a desempenhar seu papel decisivo, primeiro como articuladora do protesto, mais tarde como geradora da onda de boatos que jogaria os militares contra o presidente Chávez, deixando paralisados seus apoiadores.

A participação da imprensa foi tão forte que o jornal independente mexicano La Jornada chegou a falar em golpe midiático! Nove dos 10 jornais mais importantes da Venezuela e quatro das cinco cadeias de TV com maior audiência fazem oposição cerrada ao presidente eleito pelo povo. O sociólogo americano Gregory Wipert, correspondente em Caracas da publicação americana Z-Mag relata que, nos dias anteriores à greve geral, a mídia contrária ao governo convocou o movimento exaustivamente, em chamadas que se repetiam a cada 10 minutos. Mesmo com este apoio extraordinário, diz La Jornada, a paralisação não foi maciça. Todo o setor estatal (professores, servidores públicos, controladores de sistemas de transporte) funcionou, assim como a maior parte do setor privado. Onde houve interrupção do trabalho, continua o jornal mexicano, ela teve muito mais características de locaute. Os patrões fecharam as portas, os trabalhadores ficaram em casa. Importante dizer que a mídia brasileira jamais, em seu noticiário, classificou o golpista Carmona de ditador.

Diante deste quadro, a necessidade da construção de uma imprensa popular passa pela compreensão de que devemos ter claro que existe uma imprensa a serviço da burguesia (ricos), que pulveriza e desagrega os movimentos sociais, que em nada contribui para aumentar o nível de consciência do povo; que a alternativa é construir centros democráticos, onde os trabalhadores, os jornalistas, os publicitários possam ter um espaço de organização e união do povo. Em seguida, é preciso utilizar escrupulosamente as técnicas de jornalismo, criar meios de comunicação independentes e populares como jornais, rádios e TVs comunitárias para fazer com que esta imprensa chegue e tenha o poder de alcance de que ela precisa. Parafraseando Lênin, "a imprensa é um passo para a ação". A partir dai poderemos sonhar com uma imprensa revolucionária.

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



ZZ - ESTUDAR SEMPRE

  • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
  • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
  • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
  • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
  • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
  • As armas de ontem, por Max Marambio,
  • BOLÍVIA jakaskiwa - Mariléia M. Leal Caruso e Raimundo C. Caruso
  • Cultura de Consumo e Pós-Modernismo - Mike Featherstone
  • Dissidentes ou mercenários? Objetivo: liquidar a Revolução Cubana - Hernando Calvo Ospina e Katlijn Declercq
  • Ensaios sobre consciência e emancipação - Mauro Iasi
  • Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araujo
  • Fenomenologia do Espírito. Autor:. Georg Wilhelm Friedrich Hegel
  • Fidel Castro: biografia a duas vozes - Ignacio Ramonet
  • Haciendo posible lo imposible — La Izquierda en el umbral del siglo XXI - Marta Harnecker
  • Hegemonias e Emancipações no século XXI - Emir Sader Ana Esther Ceceña Jaime Caycedo Jaime Estay Berenice Ramírez Armando Bartra Raúl Ornelas José María Gómez Edgardo Lande
  • HISTÓRIA COMO HISTÓRIA DA LIBERDADE - Benedetto Croce
  • Individualismo e Cultura - Gilberto Velho
  • Lênin e a Revolução, por Jean Salem
  • O Anti-Édipo — Capitalismo e Esquizofrenia Gilles Deleuze Félix Guattari
  • O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum - Antoine Compagnon
  • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
  • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
  • Os 10 Dias Que Abalaram o Mundo - JOHN REED
  • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
  • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
  • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
  • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
  • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
  • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
  • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
  • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
  • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira