sábado, 10 de novembro de 2012

O PT (Partido dos “Trabalhadores”) PATRÃO




Por Runildo Pinto


"A luta interior dá força e vitalidade ao partido; a melhor prova da fraqueza de um partido é sua posição difusa e a extinção de fronteiras nitidamente traçadas; o Partido reforça-se depurando-se..."
 
(trecho de uma carta de Lassalle a Marx, de 24 de junho de 1852)
 

         A superestrutura política-ideológica da burguesia está fincada dentro da institucionalidade do Estado, é constituída pela estrutura jurídico-política representada pelo Estado e pelo direito: a relação de exploração de classe no nível econômico repercute na relação de dominação política, estando o Estado a serviço da classe dominante. Nessa direção podemos apontar como se manifesta o Estado burguês e dos Partidos políticos da burguesia quando governam e como enfrentam os movimentos sociais, greves e protestos dos trabalhadores. O Estado burguês usa de todos os recursos para persuadir os trabalhadores, submetê-los aos interesses dos ricos: primeiro, procuram manipular os direitos dos trabalhadores a seu favor, através das leis, depois, ao se defrontar com os movimentos sociais, usam da negociação e se esta não gera resultados satisfatórios aos interesses da máquina estatal a serviço das grandes corporações empresariais privadas (o Estado governa os interesses de quem realmente tem o poder-grandes empresários), usa o recurso do corte de ponto e consequentemente do desconto salarial dos dias parados pelos trabalhadores estatais ou privados, demite lideranças e trabalhadores mais destacados dos movimento reivindicatório, e o uso, até, da repressão explícita através da polícia e do exército. Portanto, quando um partido que realmente representa os interesses da classe trabalhadora e de esquerda, assume o governo, deve ter bem entendido que esta montado no Estado burguês que foi estruturado para gerenciar os interesses dos ricos empresários donos dos grandes meios de produção e foi feito para reproduzir ideologia capitalista. Um governo de esquerda realmente comprometido com a classe trabalhadora tem juntamente com os trabalhadores tanto da esfera estatal quanto dos que trabalham na iniciativa privada, para governar com estes, criar unidos mecanismos de organização popular que interfiram na ordem, contra a ordem e garantam a participação direta no reforço, e em sentido contrário, que pressionem e tencionem toda estrutura do Estado (desde constituição, parlamento, até as estruturas de repressão - polícia) a favor da classe trabalhadora, invertendo o máximo possível com o objetivo de conquistar mais direitos, manutenção e ampliação destes, como também, espaços consideráveis na estrutura de Estado que diminua o poder hegemônico da classe dominante e crie por dentro das instituições uma correlação de forças em tensão, que fomente tradição democrático popular debilitando o poder dos burgueses, como forma da classe trabalhadora realmente enxergar e passar a exercer os seus interesses de classe, mediada por uma vanguarda que se estrutura no interior da sociedade, polarizando e explicitando para toda a sociedade a estratificação social escondida pelos ricos através da sistema estatal político-ideológico. 

                O PT – PARTIDO DOS “TRABALHADORES” que se diz de esquerda quando assumiu o governo federal (Estado burguês), tomou as primeiras providências para virar as costas para a classe trabalhadora. Primeiro, realizou o sonho do “Pacto Social” desejado pela burguesia no final dos anos 80 e por toda a década de 90, para implementar este feito, o PT, corrompeu a maioria dos sindicatos, federações e confederações ligadas aos trabalhadores, através de cargos e cooptação premiada para implementar as políticas de interesse do governo ou colocando ONGs dentro dos sindicatos mantidas por polpudas verbas fornecidas pelo governo federal PTista, e, ainda de quebra, conseguiu destruir com o MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, sonho dos grandes proprietários de terra (latifundiários). Em segundo lugar, repercussão da primeira, manteve todas as retiradas de direitos, flexibilização dos contratos de trabalho e nesse sentido, manteve a política de privatizações e terceirizações que precarizaram relações de trabalho, patrocinadas pelos governos Sarney, Collor, Itamar e FHC. Em terceiro lugar, manteve todo o receituário neoliberal.
       
O Governo Federal PTista, não faz nada diferente dos demais partidos burgueses - “realizaram”, fez mais, não possibilitou a criação de novos direitos trabalhistas desmobilizaram os movimentos sociais, e, ainda, propõe uma reforma trabalhista que retira mais direitos e privilegia o capital. O PT tira proveito de uma conjuntura econômica especifica, pontual e passageira, sob a crise do capitalismo agudizada com a queda da bolsa em 2008, onde a crise se acentuou nas economias da Europa e América do Norte, por conta da especulação imobiliária e do fluxo do capital financeiro na forma do endividamento das populações e da crise de recursos naturais em matéria-prima em esgotamento nos países europeus e nos EUA, do desequilíbrio causado pelo crescimento econômico do eixo China, Índia e Rússia fundamentalmente.


                  O PT optou pelo reformismo, pelo desenvolvimentismo, por pautar direitos, deveres e democracia como mercadoria, enquanto vivemos em um capitalismo maduro, que usa das formas tecnologicamente sofisticadas de exclusão. A corrupção inerente ao Estado capitalista, exacerbou com a globalização à crise das instituições e o PT embarcou na onda da máxima de Paulo Maluf: “roubo, mas 'faço'!”, com todas as suas forças. Os governos PTistas reprimem, punem os trabalhadores como qualquer patrão mais conservador, arrocham os salários, retiram direitos e privilegiam "CC's e FG's" no serviço público e, principalmente às empresas privadas com isenção de impostos e empréstimos do BNDS,  a juros privilegiados. Assim, o PT caiu na vala comum dos partidos burgueses traindo os interesses da classe trabalhadora: passou de campeão da honestidade a corrupto de carteirinha, e correia de transmissão do grande capital. De Partido combativo contra a ordem burguesa e organizador dos movimentos sociais, passou à Partido da ordem reforçando a ideologia e a hegemonia da burguesia contra os trabalhadores. É o PT PATRÃO! Que administra com competência os interesses dos ricos contra os trabalhadores. O partido que conseguiu calar os movimentos sociais, o partido da prevaricação galopante e assevera uma sociedade submissa, acomodada e alienada! Como disse o Diretor Presidente do BRADESCO: “- O Lula é um valor a ser preservado”! Com esta frase ele quis dizer: a burguesia agradece, obrigado PT!

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



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  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
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  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
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  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
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  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
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  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
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  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
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  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira