segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

OUTRO PRÍNCIPE CHEGOU


, por José Ernesto Alves Grisa*

A Sociologia é uma ciência, portanto, não é uma bola de cristal. Sua função não é prever o futuro, porém, possui categorias de análise e de pesquisa que permitem fazer prognósticos, elaborar perspectivas, criar cenários, hipóteses, etc. No campo da política, mais especificamente da governança, após passados os períodos eleitorais e empossados os novos mandatários e legislativos ( em Alegrete não é difrente), podemos fazer um exercício sociológico, utilizando algumas categorias de análise.

A mais importante, dentre tantas que podemos utilizar, é o conceito marxista de classe social, que além de ser uma identidade que se estabelece, localizada na estrutura social entre a burguesia x proletariado, é insuficiente quando não está qualificada pela consciência de classe que estipula a identidade proclamada pelo sujeito. Utilizando esta categoria, poderíamos fazer a primeira questão: a que classe social pertence o governante?

Outra categoria de análise não menos importante é a de trajetória, utilizada pelo sociólogo Pierre Bourdieu “como uma série de posições ocupadas por um mesmo agente” ao longo de um determinado tempo, portanto, a trajetória política de um governante pode se somar à categoria de ideologia (Altusser) como um conjunto de valores ou conceitos com considerações aos fatos sociais relevantes. Qual o conceito do governante, por exemplo, sobre o Movimento dos Sem Terra, sobre os Sem Teto? Qual a denominação que dá à ocupação do território: Invasão ou Ocupação? Aqui há uma valoração do discurso já profetizado, a utilização de conceitos ou preconceitos.

Talvez seja da trajetória profissional, já que mesmo individual, também é pública, que traga objetos de observação conceitual da fronteira entre o público e o privado.

As relações sociais e o pertencimento a um grupo social trazem, também, um referencial analítico, pois o ditado: “diga -me com quem anda, que te direi quem é” é uma grande contribuição do senso comum, baseada na observação empírica.

A categoria biografia e/ou autobiografia já é mais problemática, pois geralmente está contaminada pela vaidade e o gosto de falar de si, portanto, não é o retrato objetivo (fiel) da realidade, não é de todo inválida, apenas mais elástica, assim como a subjetividade. Poderemos utilizar outras categorias, como análise de discursos, anais etc que ficam mais para o campo da historiografia.

Maquiavel denominou de Príncipe o Governante, para nominar o político no poder e não precisar dar-lhe sua identidade, no caso, o nome próprio. Como funcionário público demitido, escreveu o Príncipe na tentativa de que o governante o lesse, entendesse seu espírito de colaboração, alertando sobre os perigos do poder, como dominar o povo, e este - O Príncipe – governante - revisse sua situação e o chamasse novamente aos cargos. Escrito em meados do século XVI, é impressionante a atualidade de sua obra, pois tem muito governante pensando que realmente é um Príncipe, tem muito funcionário público trocando de lado para ficar onde está, os que perderam pensando em voltar ou fazendo com que a agenda perdedora seja aplicada já que o Príncipe tem amigos de todos os lados. Das lições de Maquiavel, os políticos deturparam e aproveitaram na integra que “os fins justificam os meios”.

A inclusão da obra de Maquiavel neste texto, dá-se por também servir de categoria analítica sobre como se construiu o principado, no caso a governança local. Segundo ele: “digo que alguém chega a esse tipo de principado, seja pela vontade do povo, seja pela vontade dos grandes (.....) com efeito, encontram-se duas disposições de espírito diferentes: por um lado, o povo não quer ser nem comandado, nem oprimido pelos grandes; por outro, os grandes querem comandar e oprimir o povo”. É uma ou outra, mas não vão custar a aparecer os oportunistas pós-modernos para propor uma conciliação entre ambos. Como afirmou o filósofo Rosseau: “Maquiavel, fingindo dar lições aos príncipes, deu grandes lições ao povo”.

A Sociologia é uma ciência humana e não exata, suas aproximações são processuais e mutáveis, assim como é a vida, existem várias variáveis.


* Prof. de Sociologia e Extensão Rural
da Escola Agrotécnica de Alegerete /RS
Mestre em Sociologia pela UFRGS

UMA VITÓRIA IMENSA


UNA VICTORIA INMENSA

Querido Hugo:

Felicidades para tí y para tu pueblo por una victoria que por su magnitud es imposible medirla

Fidel Castro.


"Esta victoria es tuya también Fidel, y del pueblo cubano y de los pueblos de América Latina"

Hugo Chávez

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Faço minhas as palavras do Companheiro Presidente Hugo Chávez. O reconhecimento por parte de lideranças como ele, Evo e Correa demosntram claramente o momento que passa a América Latina, que se levanta contra a globalização e o imperialismo norte-americano. Nova época inaugurou-se na América Latina e Caribe com a Revolução Cubana, um marco de virada que inspirou na sua época grandes evoluções e mudanças. Os tempos mudaram Cuba comemora 50 anos da ousadia e dignidade de seu povo. Uma população simples que não se curva diante dos poderosos, a luta anterior era contra a oligarquia nacional, hoje é pelo mundo, pelo povo do planeta, ameaçado por diversidade de ações dos capitalistas, desde ao meio ambiente passando pelo terrorismo de estado das nações mais poderosas até a fria guerra de rapina.

Somente poderia ser na América Latina a começar a resistência contra o neoliberalismo e o império, somente poderia ser os índios e camponeses a levantarem-se contra o império. Essa é uma lição que deve ser apreendida por todos e principalmente pela esquerda que "vive num marasmo pequeno burguês e por isto é dogmática, arrogante e vaidosa", a ponto de desprezar a unidade de classe e ignorar onde começa a luta verdadeira. Zapatistas, Indios Bolivianos, Mestiços na Venezuela e Equador, clarificam a realidade dos povos que aqueles que ligados a terra e que primeiro foram sacrificados e massacrados por gerações pelos brancos, hoje dão um basta e uma viva demostração que a realidade não deve ser substimada, que as classe sociais, ão os oprimidos pelos capitalismo e seu asseclas e nada é mais simples de entender.

O Cme. Fidel Castro, tornou inteligível a Revolução, diante de 16 companheiros quando afirmou que levariam adiante a revolução Cubana "...Se Salimos llegamos, se llegamos, entramos y si entramos, triunfamos", as condições estavam dadas. Suas palavras devem ser entendidas, pela avaliação quase sempre correta da realidade, dos processos desencadeados pelo povo devem tomar seriedade e corpo, alimentados pelo proprio povo que sabe como criar lideranças e sabe as tirar caso não seja traída, por isto estes os processos devem ser desalienantes despido do culto as personalidades. Tornar inteligíveis os processos desencadeados na América Latina depende em primeiro lugar não subestimar a reação dos povos.
....continua (ainda sem revisão)


Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



ZZ - ESTUDAR SEMPRE

  • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
  • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
  • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
  • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
  • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
  • As armas de ontem, por Max Marambio,
  • BOLÍVIA jakaskiwa - Mariléia M. Leal Caruso e Raimundo C. Caruso
  • Cultura de Consumo e Pós-Modernismo - Mike Featherstone
  • Dissidentes ou mercenários? Objetivo: liquidar a Revolução Cubana - Hernando Calvo Ospina e Katlijn Declercq
  • Ensaios sobre consciência e emancipação - Mauro Iasi
  • Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araujo
  • Fenomenologia do Espírito. Autor:. Georg Wilhelm Friedrich Hegel
  • Fidel Castro: biografia a duas vozes - Ignacio Ramonet
  • Haciendo posible lo imposible — La Izquierda en el umbral del siglo XXI - Marta Harnecker
  • Hegemonias e Emancipações no século XXI - Emir Sader Ana Esther Ceceña Jaime Caycedo Jaime Estay Berenice Ramírez Armando Bartra Raúl Ornelas José María Gómez Edgardo Lande
  • HISTÓRIA COMO HISTÓRIA DA LIBERDADE - Benedetto Croce
  • Individualismo e Cultura - Gilberto Velho
  • Lênin e a Revolução, por Jean Salem
  • O Anti-Édipo — Capitalismo e Esquizofrenia Gilles Deleuze Félix Guattari
  • O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum - Antoine Compagnon
  • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
  • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
  • Os 10 Dias Que Abalaram o Mundo - JOHN REED
  • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
  • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
  • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
  • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
  • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
  • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
  • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
  • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
  • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira