quarta-feira, 3 de abril de 2013

Apartidários e Apolíticos: a manipulação ideológica!



(por Runildo Pinto)


Aquele que se diz militante, até quem se diz revolucionário e apoia movimentos apartidários está totalmente equivocado, não sabe o que é ser militante e muito menos revolucionário.

Os movimentos apartidários têm um caráter pequeno burguês e uma capacidade de se extinguir rapidamente pela dispersão dos propósitos e inconsistência política, como forma de não alterar as relações de poder e, somente, se mobiliza para reforçar interesses individuais, particularizados e de grupos, geralmente é oriundo da classe média, que porventura é atingida em determinado momento por algum episódio pontual que a desagrade. Estes movimentos fazem de tudo para que os “fatos motivadores” não se politizem, e não ultrapassem os limites da ideologia dominante. Tem como característica o reforço da alienação do senso comum e o descompromisso com os contextos políticos fundamentais. São movimentos sem unidade política, filosófica e sociológica. Se constituem em dinâmicas neoliberais, vulneráveis e submetidos a diversos interesses privados e “mercadológicos”. É comum que as lideranças sejam pessoas que buscam aparecer publicamente e adquirir destaque pessoal, atuam de forma “moderada e/ou deslumbrada” conciliando áreas de interesses contraditórios e influenciadas de diversos matizes elitizantes, sempre em consonância com a ordem. Desde o empresariado até o poder público, e ao buscarem acesso as instâncias Estatais se ligam as siglas partidárias por puro oportunismo.

Para estas lideranças os partidos políticos servem como trampolim de acesso aos governos municipais, estaduais e federal, como forma de conseguir todo o tipo barganhas, tirar proveito - favores e privilégios. Mas a luta “contra os partidos” nunca foi uma bandeira do próprio movimento, e sim da direita. Por trás destes movimentos estão os tubarões dos partidos de direita, as autoridades influentes, empresários ligados a entidades como Lions Club, Rotary Club, pessoas que lidam com cultura, por exemplo, que dependem do dinheiro público para manter suas ONG's, entidades similares e OSCIP's, que colaboram com o poder público e da iniciativa privada no apaziguamento das massas e não se arriscam a terem posição política explicita, para não contrariar a “gregos e troianos” quando se revezam nas instâncias do parlamento e de governos.

No Brasil, foi a ditadura militar quem mais utilizou o discurso “apartidário” para combater o movimento estudantil. Os militares acusavam os ativistas de “partidarizar os DAs” e exigiam medidas concretas dos reitores contra a atuação dos partidos nas universidades. Na tentativa de desarticular o movimento, a ditadura perseguia os estudantes filiados a partidos. Somente esse fato bastaria para se entender o enorme desserviço prestado ao movimento pelos defensores do “apartidarismo”, cujo discurso é igual àqueles pronunciados por generais e reitores durante os piores anos de nossa História.

Os apartidários ou apolíticos querem passar a ideia de neutralidade, uma falsa imagem para a população em geral. Esta postura tem a intenção de recalcar no povo a negação das classes sociais e principalmente da luta de classes, de que não há classes sociais mas uma sociedade plural, e que todos devem respeito as diferenças (discriminação - desigualdade social), porque a sociedade é assim mesmo e sempre será. Esta é a ideia que querem inculcar!. Uma forma da ideologia dominante, a da burguesia, preservar sua hegemonia de classe sobre as demais classes da sociedade capitalista. Isto chama-se ditadura burguesa, isto é: significa a supremacia dos interesses da classe burguesa, que está no poder, sobre as outras classes, principalmente sobre a classe trabalhadora.

Em 1905, Lenin, no decurso das movimentações de classe que culminaram na Revolução de 1917, escrevia: “como já mostramos, o apartidarismo é um produto ou, se quiserem, uma expressão do caráter burguês da nossa revolução. A burguesia não pode deixar de tender para o apartidarismo, pois a ausência de partidos entre os combatentes pela liberdade da sociedade burguesa significa a ausência de uma nova luta contra esta própria sociedade burguesa. Quem trava uma luta «sem partido» pela liberdade ou não tem consciência do caráter burguês da liberdade, ou santifica este regime burguês, ou adia a luta contra ele, o seu «aperfeiçoamento», para as calendas gregas. E, inversamente, quem consciente ou inconscientemente está ao lado da ordem burguesa não pode deixar de sentir atração pela ideia do apartidarismo”. Assumindo um papel destacado à frente desta ramificação do apartidarismo encontramos lado a lado anarquistas e extrema-direita alardeando nas manifestações a máxima “o povo unido não precisa de partido”, uma deturpação velhaca da famosa frase que proclama “o povo unido jamais será vencido”.

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



ZZ - ESTUDAR SEMPRE

  • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
  • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
  • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
  • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
  • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
  • As armas de ontem, por Max Marambio,
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  • O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum - Antoine Compagnon
  • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
  • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
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  • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
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  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
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  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
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  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira