sábado, 30 de outubro de 2010

Carta à verdadeira esquerda brasileira

Nota do Editor: A publicação do artigo é de responsabilidade do Editor do Bolg e não significa que este concorde inteiramente com o conteúdo da matéria, o importante é que o artigo remete à uma reflexão extraordinária sobre as vicissitudes decorrente à esquerda no Brasil e no mundo contemporâneo.

Por Gregório Grisa

Articulação e ideologia

Primeiramente, é importante destacar a que não se presta o presente documento, faz-se isso para que desde já não haja nenhum tipo de confusão sobre seu conteúdo reflexivo e propositivo. Não se quer aqui relativizar a importância e a necessidade primordial de condutas éticas e comprometidas com princípios fundamentais, absolutamente. Também não se está propondo que a radicalidade propositiva e organizativa da verdadeira esquerda seja abrandada e nem que se conceda menor valor às principais demandas históricas do socialismo.

A presente reflexão não trata desses aspectos, o tema central aqui é a maneira como a verdadeira esquerda brasileira tem confeccionado suas articulações políticas e, para se debater essa questão, é indispensável pensar sobre a ideologia, ou como o imaginário e as múltiplas visões de mundo se constituem e se relacionam. Esse texto não se pretende acadêmico e não é dotado de preocupações com normas ou qualquer tipo de formalismo.

A definição para se construir articulações políticas de esquerda tem de mudar no cenário atual brasileiro, é necessário, entre outras coisas, levar a cabo uma inversão pontual, qual seja: priorizar ou ter mais em conta a possibilidade do desenvolvimento de práticas que modifiquem, de alguma forma, o rumo histórico e o pensamento dos grupos articulados (que nunca terão identidade absoluta), do que pré-requisitos de posturas ideológicas e morais ou práticas já promovidas por esses grupos. Tendo em vista as diferentes e múltiplas condições concretas de cada grupo e de seus indivíduos ao desenvolverem suas atuais ideias e práticas, é urgente que se faça essa inversão.

A possibilidade de unificação na diferença deve estar na frente da necessidade absoluta de identidade ideológica e programática. Os efeitos de uma possível articulação política devem sobrepor os pré-requisitos ou causas carregadas de condicionantes para fazê-la.

O desenvolvimento de uma prática social iluminada pela teoria coerente, não pode ter, nessa teoria, seu ponto de impossibilidade, não deve tê-la como absoluta, pois incorre no erro de não desenvolver o seu critério de verdade, qual seja, a prática social, e assim o fazendo, desliza para um idealismo que prioriza o discurso e a teoria pré-estabelecida. A prática social com base teórica deve privilegiar a possibilidade, o devir, sem buscar a segurança de prever, adivinhar ou em outros termos, pré-teorizar o resultado ainda inexistente de uma articulação ou prática política. Os teóricos de esquerda devem se tornar também práticos sociais e os práticos sociais de esquerda devem se tornar também teóricos. Essas duplas transformações devem ser frequentes e dinâmicas, atravessadas por outro tipo de articulação política e desprendidas das redomas “acadêmicas”, do “voluntarismo pseudoneutro” e “da militância detentora da moralidade”.

A teoria que nos orienta não pode querer, isoladamente, estar certa sobre o futuro, pois se mistificaria em uma postura astrológica de “vidente”. Na práxis, a teoria é constantemente reformulada, filha da incerteza e da possibilidade do real, isto é, das relações concretas entre os sujeitos e grupos. Não são as configurações à priori das forças e grupos sociais que devem balizar as articulações, mas sim seus potenciais, suas possibilidades diferentes de amadurecimento e intervenção social e histórica. Ou seja, devemos transferir os critérios para iniciar e desenvolver as relações entre os grupos sociais das origens “genéticas” de classe para os efeitos ou resultados possíveis dessa articulação ou nova prática social coletiva.

É necessário superarmos a visão simplificadora de que as pessoas de determinadas classes têm um pensamento inscrito, como códigos sociológicos pré-definidos ou genética e culturalmente herdados. O modo de pensar e a visão de mundo das pessoas não são como “pacotes de costumes e valores” que se codificam nos cérebros, mas sim, construções dinâmicas, dialéticas, processuais que guardam em si a possibilidade de diferentes horizontes e de mudanças.

Há, sem dúvida, condicionantes ideológicos reais, advindos de processos históricos socioeconômicos e culturalmente dispostos, no entanto, há a possibilidade de práticas e articulações que apontem para outras direções, mas essas articulações hão de ser construídas, desenvolvidas, criadas, engendradas e é aí que reside o desafio contemporâneo. Como superar os preconceitos políticos e a eterna vontade de unanimidade ideológica que temos em um espaço concreto que “fisicamente” não permite tal unanimidade? As diferentes trajetórias dos sujeitos e dos coletivos impedem essa possibilidade. Como superar as avaliações superficiais e até preconceituosas que são feitas pela esquerda acerca de coletivos e grupos relativamente desconhecidos? Tais avaliações congelam a compreensão e sectarizam as práticas.

A luta de classes está viva e sendo feita pelos adversários (a direita que luta para manter privilégios) com muito mais poder de acesso às pessoas (mídia, entre outros mecanismos) e com mais poder de propor articulações. E a essa conjuntura se deve o fato de as pessoas e grupos sociais terem construído e estarem continuamente construindo suas ideologias, suas visões de mundo de modo compatível com a classe que os acessa com mais volume e frequência. Isso se dá hoje via as tecnologias multimídia, pelo Estado, pelas igrejas, pela mídia televisiva, pelas relações de trabalho, pela escola, pelo monopólio da informação. E nas relações familiares e institucionais, tal pensamento se multiplica em proporções infinitas. Todos esses segmentos reproduzem valores que os constituem e a visão de mundo que mais os acessa. Essa reprodução não é linear, determinista, mas existe e tem diferentes graus de eficácia e abrangência.

Porém esse processo é dinâmico e acreditar na rigidez das ideias dos sujeitos é uma armadilha, pois isso imobiliza para a luta ideológica e política. O modo como as pessoas interpretam o mundo é diferente e passível de mudança constante, essas transformações dependem muito das condições de vida e de articulações que as pessoas acessam. As coletividades contemporâneas, em geral, oferecem um contexto de promoção da alienação e da mistificação da realidade, ou então, reproduzem um conjunto de “verdades” que asseguram a passividade dos sujeitos que, ao perceberem suas relações com o mundo como algo “natural”, não vislumbram outro entendimento.

Pressupor que o sujeito forma seu pensamento e o detém com total noção desse processo seria uma ingenuidade, é a maleabilidade dessa formação que carrega a possibilidade de mudança do pensar. O movimento dialético de constituição de uma visão de mundo não se dá como uma inscrição ou um depósito de valores e ideias no sujeito, esse a desenvolve sem saber que o está fazendo por uma ótica ou perspectiva específica (no caso mais comum, a hegemônica), tanto que, quando atinge um grau minimamente elaborado, ele considera tal arcabouço de ideias constituído uma produção somente sua, puramente individual, o que até não deixa de ser, entretanto, é também fruto de um conjunto de experiências e ideias que o formaram. Seu pensamento agora instituído sofreu mais influências externas da sua conjuntura histórica, do seu meio e de quem mais o acessou do que da sua capacidade autônoma de discernir.

Pode-se dizer que os níveis de ideologia têm suas dosagens condicionadas pelo grau maior ou menor de acessibilidade e envolvimento concreto dos sujeitos às e nas relações sociais, políticas, culturais e econômicas específicas. As ideias são passíveis de mudança não no sentido de as trocarmos por outras absolutamente diferentes, como se faz com um chip de telefone, mas sim, através de um processo incessante de descobertas, de acesso a outros bens e relações culturais e, principalmente, pela mudança concreta das condições materiais de vida. Como Gramsci nos lembra com freqüência, as múltiplas visões de mundo ou ideologias só se tornam historicamente efetivas se constantemente vencerem a disputa pelo senso-comum e, inclusive, parcialmente forem se transformando nele. Entendendo a esquerda como corrente histórica, veja o que esse autor afirma:

Cada corrente histórica deixa para trás um sedimento de senso-comum; este é o documento de sua eficácia histórica. O senso-comum não é rígido ou imóvel, mas se transforma continuamente, se enriquece com ideias científicas e opiniões filosóficas que se infiltram na vida comum. O senso-comum cria o folclore do futuro, que é uma fase relativamente rígida do conhecimento popular num dado local e tempo. (passagem de Gramsci, citado in HALL, Stuart, Da diáspora identidades e mediações culturais, pg. 303).

Para se direcionar a sensibilidade a outro rumo ou a um horizonte mais complexo e maduro, é necessário sentir e interagir com essa possibilidade. Com o perdão da dupla tautologia, mas sensibilidade nenhuma irá ser aflorada ou redimensionada sem sentir outras sensações, e o que pode oferecer isso são articulações diferentes, amplas e desenraizadas do jeito hegemônico de fazer política e enraizadas nas possibilidades orientadas pela eterna busca pela emancipação humana em seu sentido ontológico.

É claro que a noção repetidamente aqui proposta de inversão das causas pelos efeitos, da troca dos pré-requisitos carregados pelas possibilidades do devir para se construir outras articulações políticas não se refere a algo mecânico, isto é, algo como uma lógica ou receita, isso seria uma inversão de predeterminações. Trata-se de uma autocrítica pessoal e coletiva que a esquerda como um todo deve fazer, caso isso não ocorra, essa mesma esquerda, nos moldes atuais de organização e representatividade, tende literalmente a sumir nas próximas gerações ou a ficar limitada a micro células sociais que serão tratadas como grupos caricatos e exóticos mais do que já as tratam.

Há um mito tácito dentro da verdadeira esquerda brasileira de que estabelecer um diálogo com setores da sociedade sem uma explícita identidade ideológica é um fato político que a rebaixaria ética e moralmente. Ninguém se diminui por se relacionar criticamente com diferentes grupos políticos, assim como ninguém é mais “puro” ou coerente por fazer a luta política isoladamente como vanguarda. Essa é uma visão de fazer política ultrapassada, a articulação que propomos aqui não se pauta na busca comunicativa por consensos entre as classes e grupos de diferentes orientações programáticas, mas sim, tem como pauta a construção de alternativas concretas e factíveis através do confronto.

É ingênuo ter o consenso como centralidade, o que define a identidade e a práxis da esquerda é o confronto, seja ele político, social ou ideológico. Sendo assim, para que haja o confronto, é necessária a relação, isto é, a articulação. Se o modelo de articulação política que a esquerda vem produzindo não dá conta de desenvolver renovação e ampliação dos seus debates e muito menos de construir um confronto, este “constituidor” da prática social de esquerda, que responda a essas demandas.

A esquerda política hoje, salvo alguns movimentos sociais populares, está engolida pelo aparato legal e eleitoral do Estado. As últimas eleições servem de exemplo claro de que, ou a esquerda se recicla enquanto práticas e articulações, ou ficará cada vez mais refém do formato eleitoral excludente que privilegia o capital e a fama e irá realmente rumar para um ostracismo no que se refere, principalmente, à capacidade de acesso às novas gerações, cada vez menor.

Portanto, é urgente que, ao mesmo tempo em que a verdadeira esquerda se diferencie dos “pseudo-comunistas” (apoiados e aparelhados nos grêmios escolares, no movimento estudantil e no discurso da governabilidade do Estado) e da nova direita com roupagem “ecológico-democrática”, ela também vislumbre possibilidades de diálogo, articulações e confronto. Que se repense e deixe de se ver somente como guardiã da coerência, da ética, da moralidade e da verdade, mas transcenda esse olhar catedrático para melhor entender, interagir e intervir na realidade que se apresenta, cada vez mais, dinâmica e complexa. Que se perca a vergonha de fazer um tipo de política contemporânea que contrasta com a tradicional, pois isso não desqualifica a ação nem a torna menos original e honesta, ao contrário, é um ato de contextualização e de reinterpretação do atual bloco histórico brasileiro.

Eleições 2010: antes, a tragédia; agora, a farsa


Revista Espaço Acadêmico in colaborador(a), política

por FRANCISCO JOSÉ SOARES TEIXEIRA*

Karl Marx, em 18 de Brumário, 1852, livro escrito para explicar o golpe de Estado dado por Luis Napoleão, sobrinho do velho Napoleão, cita Hegel quando este afirma que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E acrescenta a sua famosa frase: “a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. Herbert Marcuse arremata para concluir que a repetição de um evento como farsa pode ser ainda mais terrível do que a tragédia original. É o que aconteceria, caso Serra vencesse as eleições de 2010.

A tragédia aconteceu com FHC, quando este institui o Real. Com esse plano, criou as condições sem as quais o capital não poderia se desenvolver livremente. Privatizou as empresas estatais; abriu as portas para a corrida e implantação de faculdades particulares; fez uso de vários expedientes legislativos (Projetos de Leis em regime de urgência de votação, portarias e normas do Ministério do Trabalho) para flexibilizar a legislação trabalhista; desindexou a política de reajuste salarial e, para coroar suas mediadas liberalizantes, criou a Lei de Responsabilidade Fiscal, um verdadeiro garrote, utilizado para extrair recursos do Tesouro para o pagamento da dívida pública.

Agora, vem Serra, figura insossa e pálida, conjurar ansiosamente em seu auxílio o espectro do governo FHC. Tempera a tragédia que foi aquele governo vestindo trajes lulista, para afirmar que, se eleito, vai aprofundar o programa social do presidente operário e fortalecer o patrimônio do povo brasileiro. Fortalecer! Que diabo isso quer dizer? Que não vai privatizar o que sobrou de estatais do governo FHC? Ou será que fortalecer significa deixar que instituições como o BNDES, BNB, Petrobras encontrem no mercado as condições de crescimento como assim fizera o presidente intelectual? Por que Serra não mostra sua cara e diz em alto e bom som que fortalecer é fazer o que seu “herói” do passado fez, ou seja: privatizar?

Figura caricatural, Serra é obrigado a fazer uso de expressões ambíguas e vazias de conteúdo. E não poderia ser diferente. Ele sabe que não pode mais repetir o governo do seu consorte de Partido. Afinal, tudo que o mercado exigiu, FHC já o fez. Por isso, se ganhasse as eleições, seu governo seria uma farsa ainda mais terrível do que a tragédia que fora aquele governo. É bom lembrar que gato escaldado tem medo de água fria. O povo brasileiro não vai pagar, nas urnas, para viver novamente a desgraça do Real. E já ri das bazófias desse fanfarrão “psdbista”. O eleitor bem que lhe poderia recitar uma frase de uma das fábulas de Esopo: Hic Rhodos, hic salta! Tal como o atleta alardeador de Esopo, que vivia a invocar testemunhas de que havia realizado, em Rodes, um salto prodigioso que sua constituição física por si já o desmentia, Serra também não pode provar o que diz que fez e vai fazer. E se pudesse, dessa incumbência está desobrigado. Seu governo, em São Paulo, é a prova mais eloqüente do que é capaz de promoter e não cumprir.


* FRANCISCO JOSÉ SOARES TEIXEIRA é Doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará; é professor adjunto da Universidade Estadual do Ceará, permanente da Universidade Federal do Ceará e titular da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Email: acopyara@uol.com.br

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

VENEZUELA: O PÓLO PATRIÓTICO E O APROFUNDAMENTO DA REVOLUÇÃO

Caracas, 15 de out. 2010, Tribuna Popular TP/Editorial Tribuna Popular Nº 180.- É certo que já passou o 26 de setembro. Já passaram as eleições parlamentares. Passou a campanha eleitoral. Passaram os tambores e os pratos. Porém, é certo também que a batalha política, ideológica e de massas continua.

A etapa do processo revolucionário venezuelano, que começou em 1998, está fortemente marcada – com avanços e retrocessos, gostemos ou não – pelos processos eleitorais.

Esta característica não é produto da vontade de ninguém em particular. É produto das condições específicas da Venezuela.

A atual fragilidade da revolução bolivariana está vinculada, justamente, ao marco da democracia liberal burguesa, na qual se desenvolve.

Esta experiência revolucionária em que avança nosso povo, pode perder-se. Não somente por conta de tropas estrangeiras, mas numa eleição regional, parlamentar ou presidencial.

O grave não é a possibilidade de perder uma eleição como essa, porque significaria que a perda se deu a favor da vontade popular. No entanto, esta vontade popular conta com importantes níveis de influência das forças reacionárias e de seus meios de manipulação de massas.

É grave, inclusive, que muito desta vontade popular se perdeu por erros próprios das chamadas forças do processo e por deficientes, burocratas e corruptas gestões governamentais.

É grave, inclusive, que a prostituição dos termos Socialismo e Socialista – mediante seu uso indiscriminado para se referir a um momento político e a ações de governo, que não cabem em tais conceitos – pode levar à decepção, à frustração desta vontade popular, fazendo com que a mesma passe a apoiar caminhos anti-populares.

O problema maior não são as eleições – inclusive, as de tipo liberal burguesa, que continuam acontecendo na Venezuela –, mas sim a estrutura do Estado, que segue sendo burguês.

Capa Tribuna Popular nº 180

Na mesma medida em que muda o Estado venezuelano – que é muito mais que o governo –, mudará o sistema eleitoral.

Nesta discussão, é necessário ter clareza de que o sistema eleitoral não é mais ou menos automatizado, não é o mais ou menos passível a uma auditoria, não é mais ou menos fidedigno da vontade popular.

O sistema eleitoral será realmente democrático na mesma medida em que esteja liberto das diversas formas de influência da burguesia, das forças internacionais reacionárias e de seus valores capitalistas.

Por isso, a batalha pelo aprofundamento da revolução deve continuar. Deve avançar organizada, coordenada e coesa nas ações para a liquidação do Estado burguês e pela construção do Estado democrático e popular. Deve substituir a estrutura e as formas de gestão da democracia liberal pelo Poder Popular.

Por isso, é de maior relevância a necessidade da reiterada cobrança expressa pelo PCV – e que o Presidente Chávez interpretou mediante sua proposta do Pólo Patriótico – de avançar na articulação das forças democráticas, progressistas e revolucionárias para constituir um espaço permanente de coordenação de políticas, uma estrutura orgânica não conjuntural nem restrita ao âmbito eleitoral, «com visão estratégica caracterizada por uma dinâmica interna, que estimule a discussão política e ideológica de fundo, e que favoreça a participação equitativa e democrática das forças revolucionárias em seu nível respectivo, respondendo ao princípio da “unidade na diversidade”».

Uma grande frente anti-imperialista e pela construção do novo Estado, estruturado em todos os níveis e frentes sociais.

Em definitivo, a expressão político-organizativa do germe da direção coletiva da Revolução venezuelana.

Ainda dá tempo. Façamos todos os esforços necessários para cumprir o que é uma necessidade histórica e um pedido popular.

Para esta e todas as tarefas por vir, o povo venezuelano e a revolução bolivariana poderão seguir contando com o Partido Comunista.

Fonte: Tribuna Popular Impressa Nº 180

Tradução: Maria Fernanda M. Scelza

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



ZZ - ESTUDAR SEMPRE

  • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
  • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
  • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
  • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
  • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
  • As armas de ontem, por Max Marambio,
  • BOLÍVIA jakaskiwa - Mariléia M. Leal Caruso e Raimundo C. Caruso
  • Cultura de Consumo e Pós-Modernismo - Mike Featherstone
  • Dissidentes ou mercenários? Objetivo: liquidar a Revolução Cubana - Hernando Calvo Ospina e Katlijn Declercq
  • Ensaios sobre consciência e emancipação - Mauro Iasi
  • Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araujo
  • Fenomenologia do Espírito. Autor:. Georg Wilhelm Friedrich Hegel
  • Fidel Castro: biografia a duas vozes - Ignacio Ramonet
  • Haciendo posible lo imposible — La Izquierda en el umbral del siglo XXI - Marta Harnecker
  • Hegemonias e Emancipações no século XXI - Emir Sader Ana Esther Ceceña Jaime Caycedo Jaime Estay Berenice Ramírez Armando Bartra Raúl Ornelas José María Gómez Edgardo Lande
  • HISTÓRIA COMO HISTÓRIA DA LIBERDADE - Benedetto Croce
  • Individualismo e Cultura - Gilberto Velho
  • Lênin e a Revolução, por Jean Salem
  • O Anti-Édipo — Capitalismo e Esquizofrenia Gilles Deleuze Félix Guattari
  • O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum - Antoine Compagnon
  • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
  • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
  • Os 10 Dias Que Abalaram o Mundo - JOHN REED
  • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
  • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
  • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
  • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
  • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
  • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
  • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
  • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
  • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira