quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Estados Unidos/Cuba: Actores y Artistas Unidos por la Libertad de los 5 Cubanos



Coordinadores: Edward Asner y Danny Glover
Para mas información contacte el Comité Internacional por la Libertad de los 5 Cubanos: www.thcuban5.org
Nuevo YouTube de Danny Glover sobre los 5 Cubanos: http://www.youtube.com/watch?v=OuZRKUZX40U



Danny Glover, Edward Asner, Susan Sarandon, Oliver Stone, Martin Sheen, Pete Seeger, Ry Cooder, Bonnie Raitt, Chrissie Hynde, Haskell Wexler, Graham Nash, Jackson Browne y otros, enviaron una carta al Presidente Obama pidiéndole que libere a los Cinco Presos Cubanos en prisiones de los Estados Unidos.

(Los Angeles, 11 de septiembre de 2010) Los actores y activistas Danny Glover y Edward Asner, Coordinadores de “Actores y Artistas Unidos por la Libertad de los 5 Cubanos”, hicieron un llamado a sus colegas en Estados Unidos invitándolos a sumar sus nombres para enviar una carta al Presidente Obama pidiéndole que otorgue una orden de Clemencia Ejecutiva a favor de los Cinco Cubanos.

En la carta, los actores y artistas unidos por esta noble causa indicaron: “Estamos sumamente consternados de que los 5 Cubanos, quienes no cometieron ningún crimen contra los EEUU ni tampoco constituyeron una amenaza contra la seguridad nacional de este país, llevan 12 años presos. Los Cinco monitoreaban las actividades de grupos violentos de exiliados cubanos en Miami, actividades que han resultado en la muerte de miles de cubanos. Los Cinco simplemente estaban protegiendo a su país contra futuros actos de terrorismo.”


Otros actores y artistas que suman sus nombres a la carta dirigida al Presidente Obama: James Cromwell, Mike Farrell, Bruria Finkel, Richard Foos, Elliott Gould, Greg Landau, Francisco Letelier, Esai Morales, Betty and Stanley K Sheinbaum y Andy Spahn.

Recientemente, el 8 de agosto, Glover visitó a Gerardo Hernández uno de los 5 Cubanos en una prisión de máxima seguridad en Victorville. Hernández acababa de ser transferido a la población general después de haber permanecido 13 días en “el hueco” sin razó
n alguna. Glover salió de esa visita con un fuerte compromiso de pedirle a otros actores y artistas que se unan a la Campaña por la libertad de los 5 Cubanos.
"El Presidente Obama debería perdonar a Gerardo Hernández y a los otros miembros de los 5 Cubanos. Ellos eran soldados de primera línea en el combate contra el terrorismo. Pero en lugar de utilizar la información que ellos recopilaron para arrestar a las personas que estaban llevando a cabo atentados contra civiles, el FBI arrestó a esos cinco hombres. Por otro lado, los que cometieron esos actos tales como Luis Posada Carriles y Orlando Bosch, caminan libres por Miami y organizan cenas para recaudar
fondos allí.” Danny Glover, Coordinador de Actores y Artistas Unidos por la Libertad de los 5 Cubanos.
Ed Asner recientemente habló en Los Ángeles en la inauguración de una exposición de arte de Antonio Guerrero, otro de los Cinco Cubanos, y dijo: “Encarcelar falsamente a personas de color es una industria americana. Los Cinco Cubanos no son una excepción.” Edward Asner, Coordinador de Actores y Artistas Unidos por la Libertad de los 5 Cubanos.

La carta de actores y artistas estadounidenses será enviada a Obama el 12 de septiembre en el décimo segundo aniversario del arresto de los 5 Cubanos en 1998.

O CAVALO DE TRÓIA COLOMBIANO



Ivan Pinheiro*

A bomba que explodiu em Bogotá, logo após a posse do novo presidente colombiano, obviamente não foi de autoria das FARC, como insinuou a mídia burguesa internacional. Em toda a sua história, as FARC jamais recorreram ao terrorismo; nunca explodiram uma bomba que pudesse atingir inocentes.

O mais corriqueiro expediente da CIA, no mundo todo, é exatamente promover atentados e explosão de bombas, com vítimas, sob falsa bandeira, ou seja, acusando de autoria alguma organização contrária aos interesses imperialistas. Para a guerrilha colombiana, seria um tiro no pé, no momento em que desenvolve uma campanha por um diálogo de paz mediado pela Unasul.

A bomba foi obra dos órgãos de informação e repressão da Colômbia, assessorados pela CIA e pelo Mossad.

A bomba foi contra as FARC, para isolá-las de governos e setores progressistas e reformistas e tentar sepultar qualquer possibilidade de negociações de paz entre o estado Colombiano e a insurgência. A bomba foi para classificar a guerrilha como “terrorista”, de forma a não ser reconhecida como parte legítima de uma negociação de paz, que não interessa ao imperialismo nem à burguesia colombiana. Ao primeiro, para ampliar sua presença militar na Colômbia e fazer dela o que Israel representa para o Oriente Médio. À segunda, para continuar se locupletando da ajuda financeira dos EUA e atribuindo às FARC o narcotráfico que, em verdade, é comandado pela máfia dirigida por Uribe e Santos, que controla a produção e a distribuição da cocaína, inclusive para os EUA.

Os verdadeiros terroristas escolheram o melhor momento para explodir a bomba: o inicio do novo governo colombiano e as vésperas de eleições importantes no Brasil. Os reformistas, em seus cálculos eleitorais, precisam se mostrar contrários às FARC para ganhar votos, já que a insurgência está satanizada pela mídia.

Foi exatamente para se aproveitar da reta final da eleição brasileira que Santos, o novo Presidente da Colômbia, veio recentemente ao nosso país. Cinicamente, ao mesmo tempo em que pede ao Brasil para não se intrometer no conflito interno colombiano, escolheu candidatos a Presidente para audiências públicas, com o objetivo de comprometê-los com a classificação das FARC como organização “narcoterrorista”.

Que José Serra (PSDB) se comprometesse publicamente nesse sentido não foi nenhuma surpresa. Em sua campanha tem feito críticas, pela direita, em relação à pragmática política externa do governo Lula, que é progressista nas relações entre Estados e governos e imperialista nas relações comerciais.

A surpresa foi Dilma Roussef (PT) ter aderido à demonização da insurgência, logo ela que a esquerda reformista classifica como socialista, com o único argumento de que participou, como guerrilheira, da luta armada contra a ditadura em nosso país! Santos conseguiu uma grande vitória, arrancando compromissos públicos dos candidatos que a mídia transformou em favoritos.

O Brasil não foi escolhido aleatoriamente para ser o primeiro país visitado pelo novo Presidente colombiano. Ele precisa evitar que nosso país lidere, nos marcos da UNASUL, uma grande mobilização a favor de um processo de negociações para uma paz democrática na Colômbia, que tem como pré-requisito a classificação da guerrilha como organização política beligerante e não como “terrorista” ou “narcotraficante”.

Este é mais um indício de que um previsível governo Dilma/Michel Temer poderá se colocar à direita do governo Lula. Este, pelo menos, ficou “em cima do muro” sobre o tema. Com o objetivo principal de incrementar negócios de empresas brasileiras na Colômbia, Lula conciliou com a instalação de mais sete bases militares norte-americanas na Colômbia e celebrou inúmeros acordos militares e comerciais com esse país (inclusive mais onze na semana passada), mas jamais classificou as FARC como “terrorista” ou “narcotraficante”. Aliás, o compromisso que Dilma assumiu com Santos desmentiu o próprio assessor internacional de Lula (Marco Aurélio Garcia) que, na véspera, dissera que o “governo brasileiro não é uma agência de classificação e, por isso, não classifica a guerrilha como organização terrorista”.

Este compromisso público de Dilma cria condições para que o Poder Executivo ou o Congresso Nacional, num governo em que o PMDB terá mais peso - com um Vice-Presidente forte, mais governadores (apoiados pelo PT), mais ministros, as maiores bancadas e Presidências na Câmara e no Senado - transforme em lei a classificação das FARC como “narcoterrorista”, como em alguns países da Europa, de forma a tornar crime qualquer solidariedade ou relacionamento com a insurgência.

Agora fica compreensível a recente entrevista do secretário de relações internacionais do PT, no jornal Brasil de Fato. Ele afirma que as FARC devem “declarar um cessar-fogo unilateral” como requisito para negociações e propõe que “o conflito na Colômbia deixe de ser militar e passe a ser político eleitoral”, como se eleição fosse o único espaço para a esquerda fazer política. Este é exatamente o discurso de Santos para “resolver” o conflito, com a rendição da guerrilha.

Para reforçar sua argumentação, o dirigente petista, tido como à esquerda em seu partido, lembra que, em El Salvador, o atual presidente foi eleito pela legenda de uma antiga organização guerrilheira, a FMLN. É verdade. Faltou dizer que o mesmo acontece na Nicarágua, cujo governo atual é da FSLN.

Não é preciso apelar às FARC para aceitar uma negociação, como se a organização fosse contra. Basta ler os comunicados das FARC e assistir à mensagem de seu comandante, Alfonso Cano, propondo negociações, com a mediação da UNASUL. Se for por falta de fonte, pode-se recorrer à pagina do PCB (WWW.pcb.org.br). Se queremos a solução do conflito, temos que apelar aos que não querem a negociação, não aos que a querem!

Nos anos 80 e 90, houve na América Latina um processo negociado de desmilitarização de grupos guerrilheiros. Todos esses entendimentos resultaram na transformação das guerrilhas em organizações políticas legais. Na Colômbia, entretanto, este processo terminou com o cruel assassinato de mais de 5.000 membros da União Patriótica, partido político então legal, que incorporava parte dos militantes das FARC que desceram das montanhas, do Partido Comunista Colombiano e de outras organizações de esquerda. Entre os assassinados a sangue frio pelas milícias de direita, estavam o candidato à Presidência da República e os parlamentares eleitos pela UP, intelectuais, sindicalistas e lideranças de massa.

O estado terrorista colombiano não cumpriu o acordo, assinado na presença da imprensa mundial e de personalidades internacionais.

Portanto, as FARC não podem promover uma rendição unilateral, incondicional, uma paz de cemitérios, jogando fora um patrimônio de décadas de luta e submetendo seus militantes a um genocídio. O que pretendem é um diálogo que torne possível uma paz democrática, que ponha fim não só ao conflito, mas ao terrorismo de Estado, à expulsão de camponeses de suas terras, às milícias paramilitares, ao assassinato e à prisão de milhares de militantes e que assegure liberdades democráticas e mudanças econômicas e sociais.

Como uma força beligerante que está nas montanhas pode promover um “cessar-fogo” unilateral, deixando-se matar pelas forças de repressão?

Imaginem se Ho-Chi-Min fosse para as negociações de Paris com suas tropas tendo cessado fogo? Qual o resultado da guerra do Vietnã?

Não dá para tergiversar. Esta é uma proposta ditada pelo oportunismo “político eleitoral” e para favorecer a política externa brasileira, que tem como fundamento fazer do Brasil uma grande potência capitalista mundial. E, principalmente, para desarmar qualquer resistência dos povos à opressão e limitar a luta ao seu aspecto “político-eleitoral”.

Ao invés de pedirmos o suicídio coletivo de revolucionários “não eleitorais”, temos que iniciar imediatamente uma campanha para obrigar o estado colombiano a negociar. E o Brasil tem todas as condições para liderar e fazer acontecer esse movimento.

Desmontar o “Cavalo de Tróia” montado pelo imperialismo na Colômbia não importa apenas para evitar uma guerra com a Venezuela ou a derrubada de seu governo. Como disse Fidel Castro, as bases militares ianques na Colômbia são punhais no coração de toda a América Latina, inclusive, não nos iludamos, sobre o Brasil, cujas extraordinárias riquezas naturais – a biodiversidade da Amazônia, as imensas reservas de água doce e o pré-sal - são os principais objetos da cobiça dos Estados Unidos em nosso continente.

Daí a importância de mobilizarmos personalidades e forças progressistas em nosso país para nos somarmos à iniciativa adotada pela Senadora colombiana Piedad Córdoba e diversos intelectuais do nosso continente que criaram recentemente, em Buenos Aires, o movimento “Latino-Americanos pela Paz na Colômbia”.

* Ivan Pinheiro é Secretário Geral do PCB

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

ACTO EN BUENOS AIRES ARGENTINA POR LOS CINCO



Buenos Aires, 11-09-2010) Organizado por el Comité Argentino por la Libertad de los Cinco, medio millar de personas recorrieron las calles que separan la Plaza Italia, en el barrio de Palermo, de la embajada norteamericana, reclamando la libertad inmediata de los Cinco Cubanos, presos políticos en los Estados Unidos.

En los momentos previos al inicio de la marcha, miembros del Movimiento Argentino de Solidaridad con Cuba leyeron un documento donde observaban que la recepción, por parte del Canciller Hector Timerman, de dos mercenarios opositores al gobierno cubano representa un acto hostil con Cuba e inaceptable para el pueblo Argentino.

Luego de instalarse en un palco frente a la embajada estadounidense, hicieron uso de la palabra miembros del MAS Cuba, familiares de estudiantes argentinos en Cuba, un representante de las misiones "Yo si Puedo" (método de alfabetización cubano) y del programa de salud visual "Operación Milagro", y representantes de Chile, Bolivia, Paraguay, Brasil y Uruguay que concurren al 1° Encuentro del Cono Sur por la Libertad de los Cinco, coincidiendo en la injusticia que representa que los Cinco se encuentren en prisión mientras los terroristas que atentaron contra Cuba, produciendo miles de víctimas, se encuentren libres.

Invocando una vez más la Libertad de los Cinco Heroes Cubanos Antiterroristas, Gerardo Hernandez, Ramon Labañino, Antonio Guerrero, Fernando Gonzalez y René Gonzalez, se hizo entrega de una carta en la embajada, dirigida al Presidente de EEUU Barack Obama, exigiendo que implemente los medios necesarios para liberarlos inmediatamente.

Participe você também enviando mensagens ao Pres. Barack Obama exigindo justiça para os Cinco:
Twitter de Obama: @BarackObama
Casa Branca: www.whitehouse.gov/



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A entrevista de Fidel e a deformação capciosa da mídia



"Uma entrevista de Fidel Castro ao jornalista Jeffrey Goldberg da revista norte-americana The Atlantic obteve imediata e ampla difusão nos EUA e na União Europeia. As declarações do dirigente cubano, deformadas e manipuladas por órgãos de comunicação como 'El Pais' e pelas agências noticiosas internacionais, foram recebidas com surpresa e preocupação por partidos e organizações progressistas solidários com a Revolução Cubana". Artigo do blog O Diário.Info.

Nessa entrevista — somente a primeira parte foi publicada no blog de Goldberg — Fidel emite uma opinião que se prestou a interpretações capciosas ao afirmar que "o modelo já não funciona sequer para nós" quando lhe perguntaram se a experiência cubana era aplicável noutros países.

Fidel, obviamente, não pôs em causa a opção revolucionária e socialista de Cuba, mas ao relacionar o mau desempenho da economia, em consequência do bloqueio, com uma intervenção excessiva do Estado na condução do processo, abriu a porta a uma onda de especulações venenosas nos media anti-comunistas.

O mesmo acorreu por ter assumido uma posição crítica perante o discurso do presidente do Irã sobre o Estado sionista de Israel ao sugerir que "deixe de difamar os judeus".

Como era de esperar essas declarações foram recebidas com agrado de Washington a Berlim e Tóquio, e apareceram com destaque nas primeiras paginas de jornais que sempre demonizaram o líder cubano.

Poucos homens no século 20 contribuíram tanto como Fidel Castro, pela palavra e pela acção, para o avanço das lutas revolucionárias no chamado Terceiro Mundo. A resistência da Revolução Cubana ao cerco e agressão imperialista demonstraram que um pequeno povo, hostilizado pela mais poderosa potência mundial, podia construir o seu próprio futuro seguindo o caminho do socialismo.

Simultaneamente a solidariedade de Cuba com a luta do povo angolano agredido pela África do Sul racista deixou memória como epopeia que apressou o fim do apartheid. Não há precedente também para o nível da cooperação assumida por dezenas de milhares de cubanos (médicos, enfermeiros, agrónomos, professores, engenheiros, etc.) em países da América Latina, da África e da Ásia.

A participação pessoal de Fidel nessa gesta internacionalista é reconhecida pelos seus próprios inimigos.

Foi uma grave doença que levou Fidel Castro a renunciar à Presidência do Conselho de Estado, transferida para seu irmão, o general Raul Castro. Afastado do Governo, continuou, porem, a ser o primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba.

Precisamente por isso, as "Reflexões" que passou a escrever quando o seu estado de saúde melhorou foram sempre amplamente divulgadas em dezenas de países e com frequência alvo de interpretações perversas.

Nas últimas semanas, sublinhando estar plenamente recuperado, apareceu em público, escreveu muitos artigos e concedeu entrevistas sobre temas de atualidade.

Expôs-se excessivamente e a ambiguidade de algumas das polêmicas posições que assumiu não está a favorecer a imagem da Revolução Cubana.

Fidel Castro ganhou um lugar definitivo na Historia como herói da humanidade. Mas está, como qualquer ser humano, condicionado pela lei da vida. Mais de uma vez lembrou que as grandes revoluções somente se cumprem quando a transição das gerações se processa harmoniosamente.

Os milhões de amigos da Revolução Cubana, mundo afora, com ela solidários, esperam que a nova geração possa na Ilha dar continuidade à saga dos revolucionários de Moncada e do "Granma", liderada por Fidel.

Está anunciado para data próxima, a fixar, o VI Congresso – o V realizou-se há 13 anos - do Partido Comunista de Cuba. A ele cabe abrir as alamedas do futuro para defesa e continuidade da Revolução.

A homenagem que prestará ao continuador de Martí e Bolívar dará força de evidência à certeza de que nos partidos comunistas é o grande colectivo dos militantes que, transcendendo a grandeza dos dirigentes, seres mortais, assegura a permanência do projecto revolucionário e dos seus princípios e valores.

*Jeffrey Goldberg, um fiel propagandista do sionismo, é um dos jornalistas que contribuiu para o embuste das “armas de destruição em massa” no Iraque.

Fonte: O Diário.Info

Setembro se chama Allende!


Internacional| 10/09/2010 | Copyleft

O Chile vive nestes dias três datas especiais e dois dramas profundamente entrelaçados. Este mês comemora-se o 40° aniversário da histórica vitória de Salvador Allende e da Unidade Popular nas eleições presidenciais. Naquele 4 de setembro de 1970, o povo chileno abriu as portas da história e empreendeu um profundo processo de transformações econômicas, sociais, culturais e políticas. A “via chilena para o socialismo” só foi derrotada pelo golpe de Estado de 11 de setembro de 1973 - que este ano completa 37 anos – protagonizado pelas Forças Armadas, mas estimulado pela direita, pela Democracia Cristã, pela burguesia e por Washington.


Discurso do Presidente Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973, dia do golpe de Estado que derrubou o governo da Unidade Popular e implantou a sanguinária ditadura militar comandada pelo general Pinochet:


Essas datas são provavelmente as jornadas mais relevantes dos dois séculos de história republicana, junto com o 18 de setembro de 1810, quando se estabeleceu a primeira Junta Nacional de Governo, que abriu o caminho para o processo de independência finalizado em 1818 e que, depois de uma década convulsionada, culminou entre 1829 e 1833 com a imposição de um férreo estado oligárquico que se manteve até a vitória da Frente Popular, em 1938, da qual Salvador Allende foi um destacado dirigente.

A uma semana da comemoração do bicentenário da independência, 33 trabalhadores permanecem sepultados desde o dia 5 de agosto a 700 metros de profundidade na mina San José, devido às condições de exploração em que executavam sua tarefa, reconhecidas – a posteriori – pelos proprietários da mina e pelo próprio governo de Sebastián Piñera. Além disso, 34 presos políticos mapuches estão em greve de fome desde o dia 12 de julho. Se, contra o movimento operário, o governo aplica o restritivo Código do Trabalho, imposto pela ditadura em 1980, as mobilizações dos mapuches em defesa de seus territórios e de sua demanda de autonomia são brutalmente reprimidas e sancionadas penalmente com o recurso à Lei Antiterrorista que Pinochet aprovou em 1984.


Os estudos mais recentes confirmam que o Chile é um dos países onde a brecha entre ricos e pobres é mais acentuada, aproximando-se aos níveis encontrados, por exemplo, no Haiti, produto de políticas neoliberais cujas diretrizes a Concertação manteve inalteradas durante 20 anos e que, desde 11 de março, são impulsionadas por seu verdadeiro motor, uma direita de novo tipo, filha da contrarrevolução pinochetista e solidamente implantada no mundo popular.


Piñera prepara-se para viver seu primeiro 11 de setembro no Palácio la Moneda e para presidir os múltiplos atos do bicentenário com um insistente e retórico chamado à “unidade nacional”. Enquanto isso, os quatro partidos que integram a Concertação acabam de renovar suas direções para enfrentar o novo ciclo eleitoral que já aparece no horizonte, as eleições municipais de 2012 e as eleições parlamentares e presidenciais de 2013. O Partido Comunista está mergulhado nos debates de seu XXIV Congresso.


Para além da incógnita sobre o próximo candidato presidencial da Concertação (o que dependerá essencialmente da vontade de Michelle Bachelet, que conserva uma enorme aprovação popular), a encruzilhada que esta coalizão e as forças de esquerda deverão enfrentar no médio prazo reside na possibilidade de construir mais do que uma aliança pontual, como a que permitiu eleger em dezembro três deputados comunistas pela primeira vez desde 1973, costurando um acordo político e programático que permita abrir um novo período.


Às vezes são os pequenos gestos ou resultados os que mudam a história. No dia 15 de março de 1964 a inesperada vitória da esquerda em uma votação parcial para eleger um deputado em Curicó levou a direita a não apresentar um candidato próprio e a apoiar o social cristão Eduardo Frei Montalva, que derrotou Allende em setembro daquele ano. Há apenas um mês, na cidade de Penco, na região do Biobío, os dirigentes locais da Concertação e o Partido Comunista assinaram um acordo para unir-se desde o início nas eleições de 2012 com o objetivo de derrotar a direita, que atualmente governa a prefeitura.


O debate sobre suas projeções nacionais já está instalado na agenda política. A direita não tardou em exibir seu anticomunismo mais rude e na Democracia Cristã seguramente persistirão as dúvidas até o último momento. Enquanto isso, o Partido Socialista mostra-se favorável a explorar um pacto, assim como o Partido Comunista, na direção de uma ampla convergência de forças políticas e sociais para conquistar um governo “de novo tipo” que deixe para trás os dogmas neoliberais e possibilite o pleno desenvolvimento democrático do país.


A 37 anos do bombardeio do palácio de La Moneda e do início de uma cruel ditadura, a memória de Salvador Allende e da Unidade Popular iluminam esse caminho. Precisamente, aquela noite inesquecível de 4 de setembro de 1970, quando deixou de ser o “companheiro Allende” para converter-se no “companheiro presidente”, e acabou seu discurso na Alameda de Santiago, diante de milhares de pessoas que festejavam a vitória da UP, com palavras plenas do afeto sincero com o qual sempre se dirigiu aos trabalhadores e que mantém absoluta atualidade: “Esta noite, quando acariciarem seus filhos, quando buscarem o descanso, pensem na manhã dura que teremos pela frente, quando precisaremos colocar mais paixão, mais carinho, para fazer o Chile cada vez maior e tornar cada vez mais justa a vida em nossa pátria”.


(*) Doutor em História e Jornalista. Autor de “Companheiro Presidente. Salvador Allende, uma vida pela democracia e pelo socialismo”. Artigo publicado no jornal “Público”, de Madri.

Tradução: Katarina Peixoto

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



ZZ - ESTUDAR SEMPRE

  • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
  • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
  • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
  • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
  • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
  • As armas de ontem, por Max Marambio,
  • BOLÍVIA jakaskiwa - Mariléia M. Leal Caruso e Raimundo C. Caruso
  • Cultura de Consumo e Pós-Modernismo - Mike Featherstone
  • Dissidentes ou mercenários? Objetivo: liquidar a Revolução Cubana - Hernando Calvo Ospina e Katlijn Declercq
  • Ensaios sobre consciência e emancipação - Mauro Iasi
  • Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araujo
  • Fenomenologia do Espírito. Autor:. Georg Wilhelm Friedrich Hegel
  • Fidel Castro: biografia a duas vozes - Ignacio Ramonet
  • Haciendo posible lo imposible — La Izquierda en el umbral del siglo XXI - Marta Harnecker
  • Hegemonias e Emancipações no século XXI - Emir Sader Ana Esther Ceceña Jaime Caycedo Jaime Estay Berenice Ramírez Armando Bartra Raúl Ornelas José María Gómez Edgardo Lande
  • HISTÓRIA COMO HISTÓRIA DA LIBERDADE - Benedetto Croce
  • Individualismo e Cultura - Gilberto Velho
  • Lênin e a Revolução, por Jean Salem
  • O Anti-Édipo — Capitalismo e Esquizofrenia Gilles Deleuze Félix Guattari
  • O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum - Antoine Compagnon
  • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
  • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
  • Os 10 Dias Que Abalaram o Mundo - JOHN REED
  • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
  • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
  • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
  • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
  • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
  • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
  • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
  • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
  • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira