terça-feira, 12 de julho de 2011

Manifesto de Solidariedade ao PCB


Até agora, mais de duzentos intelectuais, militantes e organizações progressistas, de vários Estados do Brasil e de vários países, se manifestaram em solidariedade ao PCB, diante de uma representação da Confederação Israelita do Brasil no Ministério Público Eleitoral, acusando o partido de anti-semitismo, conforme nota política que aqui republicamos, ao final das assinaturas. O manifesto está aberto a adesões, através do endereço secretariageral.pcb1@gmail.com.

SOLIDARIEDADE AO PCB

Prestamos nossa solidariedade ao PCB (Partido Comunista Brasileiro) diante de representação judicial em que é acusado de “incentivar a discriminação e a proliferação da intolerância religiosa, étnica e racial em nosso país”.

Independentemente de nossa concordância ou não com as posições políticas do PCB, reconhecemos nele um partido político que, ao contrário da acusação, luta por uma sociedade laica, igualitária e fraterna, sem discriminações de qualquer natureza.

Esta absurda representação, além de constituir um atentado à livre organização partidária, fere todas as cláusulas pétreas da Constituição Brasileira que se referem à liberdade de organização e de expressão.

1. Anita Leocádia Prestes – professora universitária (RJ)

2. Alan Woods – dirigente da Corrente Marxista Internacional (CMI)

3. Ana Claudia de Almeida Garcia – advogada (RJ)

4. Alessandra Soares Gomes – assistente social (RJ)

5. Adelaide Gonçalves – historiadora, Universidade Federal do Ceará (CE)

6. Achille Lolo – editor de TV e correspondente do jornal Brasil de Fato em Roma (Itália)

7. Adriano Nascimento – professor – UFAL (AL)

8. André Moreau – jornalista e cineasta (RJ)

9. Angélica Lovatto – professora FFC/UNESP (SP)

10. Antonio Carlos Maciel – prof. , doutor, diretor do Campus Universitário da UF de Rondônia (RO)

11. Antonio de Campos – pres. da Associação Pernambucana de Anistiados Políticos – APAP (PE)

12. Antonio Rago - professor da PUC/SP

13. Argemiro Pertence – engenheiro, diretor da Casa da América Latina (RJ)

14. Armando Boito - professor de Ciência Política da Unicamp (SP)

15. Associação Cultural José Marti (RJ)

16. Associação para o Desenvolvimento da Imprensa Alternativa – ADIA (RJ)

17. Aton Fon Filho – advogado (SP)

18. Augusto Buonicore – membro da Fundação Maurício Grabois, historiador (SP)

19. Aurélio Fernandes – Morena/Brigadas Populares

20. Beto Almeida – jornalista, diretor da Telesur

21. Caio Navarro Toledo – professor da Unicamp (SP)

22. Carlos A. Lozano Guillen – dir. do Semanário Voz e dirig. do Pólo Democrático Alternativo (Colômbia)

23. Carlos Alberto Barão – historiador (RJ)

24. Carlos Bauer – professor universitário (SP)

25. Carlos Casanueva – secretário geral do Movimento Continental Bolivariano – MCB (Chile)

26. Carlos Duarte – Presidente do Sindicato dos Advogados de São Paulo (SP)

27. Carlos Eugênio Clemente – ex Comandante da ALN - Aliança Libertadora Nacional (RJ)

28. Carlos Luis Casabianca – dirigente do Movimento das Vítimas da Ditadura de Stroessner (Paraguai)

29. Carlos Nelson Coutinho – professor universitário (RJ)

30. Casa da América Latina

31. Ceci Juruá – economista e pesquisadora (RJ)

32. Celso Frederico – professor universitário (SP)

33. Cesar Benjamin – editor (RJ)

34. César Labre – professor da UFMA (MA)

35. Chico Alencar – Deputado Federal – PSOL (RJ)

36. Claudia Santiago – jornalista (RJ)

37. Consulta Popular

38. Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes – CCLCP

39. Corrente Marxista Internacional (CMI)

40. Cristiano Ferraz – professor de história da UESB (BA)

41. CSP – CONLUTAS

42. Daniel Rodrigues – professor universitário (PE)

43. Danilo Matuscelli – professor universitário (SC)

44. Dirlene Marques – professora universitária (MG)

45. Duarte Pacheco Pereira – jornalista e escritor (SP)

46. Eliel Machado – professor da Universidade Estadual de Londrina (PR)

47. Eliete Ferrer – professora (RJ)

48. Eliomar Coelho – vereador do Rio de Janeiro – PSOL (RJ)

49. Elza Margarida de Mendonça Peixoto – professora universitária – UFEL – Londrina (PR)

50. Emanuel Cancella – Sindipetro (RJ)

51. Federação de Estudantes Universitários – FEU (Colômbia)

52. Fernando Cataldi – advogado (RJ)

53. Fernando Siqueira – presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (RJ)

54. Flávio Tavares – jornalista e escritor, autor, entre outros, de “O dia em que Getúlio matou Allende” (RJ)

55. Franklin Oliveira Jr – escritor e professor universitário (BA)

56. Frente Democrática pela Libertação da Palestina

57. Frente Popular pela Libertação da Palestina

58. Fundação Dinarco Reis

59. Gaudêncio Frigotto – Professor da UERJ (RJ)

60. Geraldo Pereira Barbosa – Executiva da Direção Nacional da Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes (SC)

61. Gesa Linhares Correa – Direção Nacional do PSOL e Coordenação Nacional da Intersindical (RJ)

62. Gilberto Cervinski – Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MA)

63. Gilda Arantes – professora universitária (RJ)

64. Gilcilene Barão – professora da UERJ (RJ)

65. Glória Inês Ramírez – Senadora do Pólo Democrático Alternativo (Colômbia)

66. Guillermo Caviasga – historiador e professor (Argentina)

67. Günter Pohl – Comitê Central do Partido Comunista Alemão – DKP (Alemanha)

68. Hamilton Octavio de Souza – jornalista – Brasil de Fato e Caros Amigos – professor da PUC (S)

69. Haroldo Baptista de Abreu – professor da UFF (RJ)

70. Heloísa Greco – professora e militantes de direitos humanos – BH (MG)

71. Heloísa Fernandes – socióloga, professora da Escola Nacional Florestan Fernandes e da USP (SP)

72. Henrique Meira de Castro – ABRAPSO – Núcleo Bauru (SP)

73. Henrique Soares Carneiro – professor e doutor da USP (SP)

74. Horácio Martins de Carvalho – engenheiro agrônomo (PR)

75. Humberto Santos Palmeira - Dirigente Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores

76. Ildo Sauer – professor universitário (SP)

77. Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (MG)

78. Intersindical (Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora)

79. Intersindical (Instrumento de Luta, Unidade da Classe e Construção de uma Nova Central)

80. Iracy Picanço – professora da UFBA (BA)

81. Ivan Valente – Deputado Federal – PSOL (SP)

82. Ivana Jinkings – editora (SP)

83. Jacob David Blinder (médico sanitarista (BA)

84. Jaime Caycedo – Secretário Geral do PC Colombiano e Vereador em Bogotá (Colômbia)

85. James Petras – professor emérito da Universidade de Nova Iorque (USA)

86. Janira Rocha – Deputada Estadual – Rio de Janeiro – PSOL (RJ)

87. Jean Douglas Zeferino Rodrigues – PSOL Indaiatuba (SP)

88. Jefferson Moura – Presidente Regional do PSOL (RJ)

89. João Luiz Duboc Pinaud – Pres. Comissão de DH do IAB, Casa da América Latina e Assoc. Americana de Juristas (RJ)

90. João Claudio Platenik Pitillo – Diretor da FAFERJ (Federação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro)

91. João Paulo Rodrigues – dirigente do MST

92. João Pedro Stedile – dirigente da Via Campesina

93. João Quartim Moraes - professor universitário (SP)

94. Joel Barcellos – ator

95. Joel Filartiga – presidente da Coordenadora Paraguaia de Solidariedade a Cuba (Paraguai)

96. Jonas Duarte – professor de história da UFPB e pesquisar do CNPq (PB)

97. Jorge Beinstein – professor titular da Universidade de Buenos Aires (Argentina)

98. Jorge Figueiredo – editor de resistir.info (Portugal)

99. José Claudinei Lombardi – coordenador executivo do HISTE DBR – DEFHE-FE – UNICAMP (SP)

100. José Laercio Martuchelli Nogueira – estudante de astronomia UFRJ (RJ)

101. José Maria – Presidente Nacional do PSTU

102. Katia da Matta Pinheiro – historiadora, prof. Universitária, diretora da Casa da América Latina (RJ)

103. Laércio Cabral Lopes – professor universitário (RJ)

104. Laerte Braga – jornalista (MG)

105. Leandro Konder – professor universitário (RJ)

106. Lenin Novaes – jornalista, Pres. da Comissão de Liberdade de Imprensa e DH da ABI (RJ)

107. Lorene Figueiredo – professor da UFF (RJ)

108. Lincoln Penna –professor universitário, Presidente do MODECON (RJ)

109. Lincoln Secco - professor da USP (SP)

110. Luciana Fernandes Dias - professora de história da rede pública (RJ)

111. Luciano Martorano – cientista político, professor da Unicamp, da Revista Crítica Marxista (SP)

112. Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida - Departamento de Ciência Política da PUC (SP)

113. Luis Acosta – professor da UFRJ e presidente da ADUFRJ – SSIND (RJ)

114. Luis Mergulhão – professor (RJ)

115. Luiz Bernardo Pericás - historiador e escritor (SP)

116. Luiz Ragon – diretor de Direitos Humanos da Casa da América Latina (RJ)

117. Luiz Rodolfo Viveiros de Castro (Gaiola) – militante comunista (RJ)

118. Manuel J. Montañez Lanza – politicólogo (Venezuela)

119. Marcello Cerqueira – advogado (RJ)

120. Marcelo Badaró – professor universitário (RJ)

121. Marcelo Botosso – professor (SC)

122. Marcelo Buzzetto – direção do MST-SP e do setor de Relações Internacionais do MST

123. Marcelo Durão – dirigente do MST (RJ)

124. Marcelo Freixo – Deputado Estadual – PSOL (RJ)

125. Marcelo Machado – dirig. nacional do MTD – Movimento dos Trabalhadores Desempregados (RJ)

126. Márcio Lupatini – professor universitário (MG)

127. Marco Antonio Villela dos Santos – CeCAC – Centro Cultural Antonio Carlos Carvalho (RJ)

128. Marcos Del Roio – professor universitário, Presidente do instituto Astrojildo Pereira (SP)

129. Marcus Robson Nascimento Costa – professor universitário, promotor aposentado (AL)

130. Maria de Fátima Felix Rosar – professora universitária – UFMA (MA)

131. Maria Inês Souza Bravo – professora universitária (RJ)

132. Maria Isa Jinkings - livreira

133. Marly Vianna – professora universitária (RJ)

134. Maurício Azêdo – jornalista (RJ)

135. Miguel Urbano Rodrigues – escritor e editor de odiario.info (Portugal)

136. Milton Temer – jornalista e dirigente nacional do PSOL (RJ)

137. Modesto da Silveira – advogado

138. Movimento Revolucionário Nacionalista/Brigadas Populares

139. Movimento Continental Bolivariano (MCB)

140. Movimento dos Trabalhadores Desempregados - MTD

141. Movimento dos Trabalhadores sem Terra – MST

142. Nader Alves Bujah – Comitê Democrático Palestino

143. Najeeb Amado – secretário geral do Partido Comunista Paraguayo (Paraguai)

144. Natalia Vinelli – jornalista, diretorra da Barricada TV (Argentina)

145. Nestor Kohan – Cátedra Che Guevara (Argentina)

146. Nise Jinkings – professora universitária – UFSC (SC)

147. Orlando Oscar Rosar – professor universitário – UFMA (MA)

148. Osvaldo Coggiola – professor de história da USP (SP)

149. Otto Filgueiras – jornalista (SP)

150. Partido Comunista Alemão – DKP (Alemanha)

151. Partido Comunista Colombiano (PCC)

152. Partido Comunista de Espanha (PCE)

153. Partido Comunista de Venezuela (PCV)

154. Partido Comunista do Equador (PCE)

155. Partido Comunista do México (PCM)

156. Partido Comunista dos Povos de Espanha (PCPE)

157. Partido Comunista Grego (KKE)

158. Partido Comunista Libanês

159. Partido Comunista Paraguayo (PCP)

160. Partido Comunista Peruano (PCP)

161. Partido do Povo Palestino

162. Partido Revolucionário dos Comunistas das Canárias

163. Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU (Brasil)

164. Paulo Douglas Barsotti - professor da FGV (SP)P

165. Paulo Metri – diretor do Clube de Engenharia (RJ)

166. Paulo Moura – ambientalista e fotógrafo – Petrópolis (RJ)

167. Paulo Passarinho – economista e apresentador do Programa Faixa Livre (RJ)

168. Paulo Ribeiro Cunha – professor FFC-UNESP (SP)

169. Pedro Jorge de Freitas – professor da Universidade Estadual de Maringá (PR)

170. Pery Thadeu Oliveira Falcón – Centro de Estudos Victor Meyer (BA)

171. Pólo de Renascimento Comunista Francês (PRCF)

172. Raymundo Araujo – médico veterinário homeopata (RJ)

173. Ricardo Antunes – sociólogo (SP)

174. Ricardo Gebrim (SP) – dirigente da Consulta Popular

175. Ricardo Moreno – professor da UNEB e da Revista Dialética (BA)

176. Robério Paulino – professor da UFRN (RN)

177. Roberto Leher – professor da UFRJ (RJ)

178. Roberto Morales – fundador do PSOL – Brasil (RJ)

179. Ronald Barata – Movimento de Resistência Leonel Brizola

180. Rondon de Castro – docente; presidente da SEDUFSM/Andes – Santa Maria (RS)

181. Rosa Couto – Secretária da Consulta Popular (SC)

182. Rubim Aquino – professor e historiador (RJ)

183. Sandra Quintela – economista (RJ)

184. Sargento Amauri Soares – Deputado Estadual (SC)

185. Serge Goulart – direção nacional do PT, dirigente da CMI - Corrente Marxista Internacional (SC)

186. Sérgio Caldieri – jornalista, escritor, 1º Secretário do Conselho Deliberativo da ABI

187. Sérgio Lessa – professor da UFAL (AL)

188. Sérgio Miranda –ex Deputado Federal (MG)

189. Severino Nascimento (Faustão) – dirigente nacional da CUT (SP)

190. Silvana Aparecida de Souza – professora (PR)

191. Sindicato dos Advogados de São Paulo (SP)

192. Solange Rodrigues – jornalista e cineasta (RJ)

193. Takao Amano – advogado (SP)

194. Tarcizo de Lira Paes Martins – professor universitário (PB)

195. Tatiana Brettas – dirigente da Consulta Popular (RJ)

196. União da Juventude Comunista (UJC)

197. Unidade Classista (Brasil)

198. Valério Arcary – professor do IFSP e militante do PSTU (SP)

199. Via Campesina – Brasil

200. Victor Leonardo de Araujo – economista, pesquisador do IPEA (DF)

201. Virginia Fontes – professora e historiadora (RJ)

202. Vito Giannotti – jornalista (RJ)

203. Waldemar Rossi – membro da Coord. da Pastoral Operária e da Oposição Metalúrgica de SP

SIONISTAS QUEREM CRIMINALIZAR O PCB E TENTAM NO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL A CASSAÇÃO DO REGISTRO DO PARTIDO

(Nota Política do PCB)

Fomos informados de que uma entidade chamada CONIB (Confederação Israelita do Brasil) teria formalizado, no início deste mês, representação contra o PCB (Partido Comunista Brasileiro), junto ao TSE, alegando prática de “anti-semitismo”, por ter a página do partido na internet publicado artigo denominado “Os Donos do Sistema: o Poder Oculto; de Onde Nasce a Impunidade de Israel”.

Apesar de ainda não conhecermos os termos da representação (não divulgada por esta CONIB), inferimos que sua verdadeira intenção é tentar cassar o registro do PCB, como se isso fosse possível pelas leis brasileiras e como se pudessem calar a voz dos verdadeiros comunistas brasileiros. Nosso partido – o mais antigo do Brasil, fundado em 1922 - foi escolhido criteriosamente para esta ofensiva por razões que nos orgulham. Além de lutarmos pela superação do capitalismo, praticamos com firmeza e independência o internacionalismo proletário, a solidariedade a todos os povos em luta contra o imperialismo e o sionismo.

A nosso ver, trata-se de uma ação política, muito mais do que jurídica.

O texto é de autoria do jornalista argentino Manuel Freytas, divulgado originalmente num sítio eletrônico antiimperialista de seu país, denominado IAR Notícias, e reproduzido mundialmente por vários portais progressistas, listados ao final desta nota.

Segundo a apócrifa nota publicada pela citada CONIB (www.conib.org.br), o artigo divulgado pelo PCB se utiliza “de imagens apelativas, distorções da realidade e argumentos conspiratórios e claramente anti-semitas”.

Declara ainda que o artigo revela “alto grau de desconhecimento do cenário político-econômico internacional”, por repetir chavões da obra “Os Protocolos dos Sábios de Sião, farsa montada pela polícia czarista da Rússia, no século 19”. Assim, o PCB é acusado de “incentivar a discriminação e a proliferação da intolerância religiosa, étnica e racial em nosso país”.

Termina a nota afirmando que a representação baseia-se na Lei Orgânica dos Partidos Políticos, com a “finalidade de evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”.

Diante deste fato, a Comissão Política Nacional (CPN) do Comitê Central do PCB vem a público se pronunciar:

1 – O PCB não se intimidará diante da pressão de organizações sionistas e de direita e continuará prestando ampla, geral e irrestrita solidariedade ao povo palestino, vítima da escandalosa impunidade de Israel, tema do artigo considerado ofensivo. Desrespeitando todas as Resoluções da ONU, o estado assumido como judeu continua ampliando a ocupação de territórios dos palestinos, derrubando suas casas, criando o chamado “Muro do Apartheid” , invadindo e cercando a Faixa de Gaza, onde impede a entrada de ajuda humanitária (inclusive alimentos e medicamentos), assassinando e prendendo militantes palestinos, mantendo mais de 11.000 deles em condições abjetas em seus cárceres. Mais do que isso, continuaremos a denunciar que Israel se transformou numa grande base militar norte-americana no Oriente Médio. O país é o primeiro destino da ajuda militar estadunidense no mundo e o único do Oriente Médio a ter direito a armas nucleares, sem permitir a inspeção internacional que exige de outros países.

2 – A ofensiva sionista e imperialista contra o PCB se deve também ao fato de que nosso Partido empresta e continuará emprestando seu apoio militante aos diversos Comitês de Solidariedade ao Povo Palestino que se consolidam e se multiplicam pelo Brasil. No nosso portal, este texto foi escolhido aleatoriamente, pois uma simples pesquisa pode verificar que os artigos e informações sobre a luta contra o Estado terrorista de Israel se contam às centenas, muitos deles mais contundentes que o escolhido pela confederação sionista brasileira para tentar intimidar e criminalizar o PCB. Publicamo-lo exatamente há um ano, mas só agora ele é “descoberto”

3 – É significativo que esta atitude intimidatória (que está se dando em vários países) ocorra no exato momento em que as duas maiores organizações políticas palestinas (Fatah e Hamas) anunciam a retomada de seus entendimentos e o desejo de dividir a responsabilidade pela administração dos territórios palestinos, que foram separados arbitrariamente pelas forças militares israelenses com o uso da violência e da ocupação.

4 – A unidade dessas duas organizações contraria os planos imperialistas de divisão sectária entre os palestinos – exatamente porque cria melhores condições para o reconhecimento internacional do Estado Palestino e para uma negociação pela paz na região -, tudo que Israel não deseja, apesar das reiteradas resoluções da ONU nesse sentido.

5 - Coincide também com a satanização do mundo muçulmano, este sim vítima de preconceitos e estigmatização, sem que a mídia burguesa se utilize de expressões como “anti-islamismo”, “anti-xiitismo”, “anti-sunitismo” etc. Coincide também com a proximidade da Assembléia Geral da ONU que, no próximo mês de setembro, discutirá o reconhecimento do Estado Palestino.

6 - Coincide também com a movimentação imperialista para ampliar a agressão militar no Norte da África e no Oriente Médio, para além do Iraque e do Afeganistão. Coincide com a descarada intervenção militar na Líbia, com as provocações contra a Síria e o Irã, acusados de solidários aos palestinos.

7 - As declarações das autoridades israelenses sobre a unidade dessas organizações palestinas deixam em evidência, inclusive para os que tinham dúvidas, que Israel não tem qualquer interesse na paz na região e muito menos na criação do Estado Palestino. Fica claro que o objetivo do sionismo é ocupar todo o território palestino, através dos assentamentos judeus ilegais, transformando o antigo território palestino no que chamam de Grande Israel.

8 – Não tememos qualquer processo judicial, porque conhecemos as leis brasileiras, que têm como cláusula pétrea constitucional o livre direito de expressão e a proibição da censura, que, no fundo, é o que intenta a suposta cúpula sionista no Brasil.

9 – Não tememos também porque sabemos que teremos a solidariedade firme e militante de centenas de organizações políticas e sociais e personalidades democráticas, não só do Brasil, mas de todo o mundo, uma vez que se dê curso à representação contra o PCB.

10 – Não há, em qualquer documento do PCB qualquer intolerância religiosa, étnica e racial contra qualquer povo ou comunidade. Criticar a direita sionista judaica não significa criticar a comunidade judaica que, no Brasil e no mundo, é composta também por militantes democratas, humanistas e comunistas, que lutam contra o Estado terrorista de Israel e se solidarizam com o povo palestino. O PCB tem uma vasta e orgulhosa tradição, desde a sua fundação até os dias de hoje, de contar com militantes e amigos de origem judaica.

11 - Os comunistas, em todo o mundo, somos contra qualquer discriminação e nacionalismos xenófobos, porque lutamos por um mundo de iguais, sem fronteiras, sem Estado, sem forças armadas, sem opressores e oprimidos. Nunca apresentamos qualquer crítica a qualquer religião, apesar de sermos um partido laico, desde este ponto de vista. Também estranhamos a CONIB alegar intolerância racial, pois acreditamos que todos os povos pertencem à raça humana.

12 - Os comunistas do mundo inteiro tiveram papel decisivo na luta contra o nazi-fascismo que vitimou os judeus, mas também a muitos outros povos. O povo russo, dirigido pelo PCUS, foi o que entregou mais vidas em defesa da humanidade.

13 – O sítio do PCB na internet é um espaço de difusão não apenas das opiniões do PCB, mas de outras organizações e personalidades com alguma afinidade política, porque objetiva também prestar informação e fomentar o debate sobre questões candentes, nacionais e internacionais. Na primeira página de nosso sítio na internet (www.pcb.org.br), deixamos claro que:

“Só publicamos nesta página textos que coadunam, no fundamental, com a linha política do PCB, a critério dos editores (Secretariado Nacional do CC). Quando não assinados por instâncias do CC, os textos publicados refletem a opinião dos autores”.

14 - Com o texto ora questionado pela central sionista brasileira temos uma identidade política, na medida em que denuncia a impunidade de Israel, os massacres que comete contra o povo palestino, o seu papel econômico e militar no contexto do imperialismo. Publicamo-lo como um artigo de opinião, como contribuição ao debate, mesmo que algumas das opiniões ali expostas possam ter caráter polêmico para o PCB e diferir, em alguns aspectos, de nossa análise marxista da luta de classes no âmbito mundial.

15 – Por esta razão – e de forma alguma para fugir de procedimentos judiciais que não tememos até porque são incabíveis – estamos aqui oficialmente convidando a direção da Confederação Israelita do Brasil a exercer o direito de resposta, no mesmo meio em que divulgamos o artigo criticado, ou seja, a página do nosso Partido, no tamanho que julgar conveniente para se contrapor aos argumentos expostos pelo autor do texto “Os Donos do Sistema”. Como certamente o texto da CONIB deverá ser uma exceção ao nosso critério da afinidade política, nos reservaremos o direito de publicá-lo com comentários de nosso Partido.

16 – Este convite, além de democrático, atende à preocupação da CONIB de que sua finalidade, ao adotar a medida judicial, é “evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”. Portanto, estejam à vontade para nos enviar para o nosso endereço eletrônico a manifestação de seu direito de defesa, que será publicado imediatamente com o mesmo destaque que mereceu o artigo atacado.

17 – Esperamos também que a recíproca seja verdadeira, ou seja, que a CONIB publique em sua página a íntegra desta presente nota política do PCB. Aproveitamos para sugerir que, no mesmo documento que nos mandarem, possamos conhecer suas posições em relação às Resoluções do último Congresso Nacional do PCB, a respeito do tema, e que transcrevemos aqui na íntegra:

“XIV Congresso Nacional do PCB (outubro de 2009):

DECLARAÇÃO DE APOIO À CONSTRUÇÃO DO ESTADO PALESTINO DEMOCRÁTICO, POPULAR E LAICO, SOBRE O SOLO PÁTRIO HISTÓRICO:

1) Pelo fim imediato da ocupação israelense nos territórios tomados em 1967, fazendo valer o inalienável direito à autodeterminação do povo palestino sobre estes territórios;

2) Aplicação de todas as resoluções internacionais não acatadas pelo sionismo;

3) Garantia aos refugiados (atualmente, 65% da totalidade do povo palestino) de retorno às terras de onde foram expulsos (Resolução 194 da ONU);

4) Libertação imediata dos cerca de 11.000 prisioneiros, entre eles Ahmad Saadat, Secretário Geral da FPLP, e outros dirigentes da esquerda;

5) Reconstrução da OLP, ou seja, reconstrução da unidade política necessária às tarefas que estão colocadas para o bravo povo palestino, com garantia de participação democrática de todas as forças políticas representativas dos palestinos;

6) Apoio irrestrito a todas as formas de resistência do povo palestino;

7) Destruição do muro do apartheid, conforme resolução do Tribunal de Haia;

8) Demolição e retirada de todos os assentamentos judaicos na Cisjordânia/Jerusalém;

9) Fim imediato do bloqueio assassino a Gaza;

10) Pelo fomento de campanha internacional para levar os criminosos de guerra sionistas aos tribunais de justiça, dentre os quais, o Tribunal Internacional de Haia. Fomento de campanhas locais, nas cidades brasileiras, para julgamento dos criminosos de guerra em nossos tribunais;

11) Estabelecimento de sólida relação entre os partidos comunistas irmãos para concretizar ações de solidariedade e, em especial, apoio logístico à materialização desta luta;

12) Apoio a todas as iniciativas que visem estreitar laços entre os partidos da esquerda palestina, em especial a Frente Democrática pela Libertação da Palestina (FDLP), a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), Povo Palestino, em unidade concreta programática e de ação.

POR UM ESTADO PALESTINO DEMOCRÁTICO, POPULAR, LAICO, SOBRE O SOLO PÁTRIO HISTÓRICO! PELA TOTAL INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA DOS TERRITÓRIOS OCUPADOS EM 1967! PELO RETORNO DOS REFUGIADOS E JERUSALÉM CAPITAL! LIBERTAÇÃO DE TODOS OS 11.000 PRISIONEIROS PALESTINOS! PELA CONDENAÇÃO INTERNACIONAL DOS CRIMINOSOS DE GUERRA!

18 – Mas voltando ao artigo que gerou a representação, para que suas críticas se centrem na contestação às informações ali prestadas, ao invés de se esconderem sob o manto autoritário da acusação de “anti-semitismo”, sugerimos que releiam o texto, sem sectarismo nem preconceito. Verão que, apesar de polêmico e contundente, não tem qualquer intolerância religiosa, étnica e muito menos racial, porque os judeus, como todos os povos, são da mesma raça humana.

19 – O texto, em nenhum momento, atinge o conjunto do povo judeu, mas à sua liderança hegemônica - direitista, sionista e terrorista - deixando claro que nem todos os judeus concordam com seus métodos e que há vários intelectuais, organizações e militantes judeus que condenam e protestam contra o genocídio em Gaza e outras violências do Estado de Israel, o que, ao que tudo indica, não é o caso desta CONIB, cuja missão é impedir e desvirtuar o debate sobre Israel, com a única arma de que dispõe: um carimbo em que se lê apenas a expressão “ANTI-SEMITA”.

20 – O texto faz questão de eximir a religião judaica da violência do Estado de Israel, apesar deste se apresentar como estado judeu. Vejam estas passagens do artigo:

“Israel não invadiu nem perpetrou um genocídio militar em Gaza com a religião judia, senão com aviões F-16, bombas de rácimo, helicópteros Apache, tanques, artilharia pesada, barcos, sistemas informatizados, e uma estratégia e um plano de extermínio militar em grande escala. Quem questione esse massacre é condenado por "anti-semita" pelo poder judeu mundial distribuído pelo mundo”.

“O lobby sionista pró-israelense não reza nas sinagogas, senão na Catedral de Wall Street: um detalhe a ter em conta, para não confundir a religião com o mito e com o negócio”.

21 – Finalmente, apesar de algumas divergências que, como marxistas, possamos ter com aspectos do texto objeto desta polêmica, assinamos embaixo as seguintes declarações textuais do autor:

“As campanhas de denúncia de anti-semitismo com as quais Israel e organizações judias buscam neutralizar as críticas contra o massacre, abordam a questão como se o sionismo judeu (sustentáculo do Estado de Israel) fosse uma questão "racial" ou religiosa, e não um sistema de domínio imperial que abarca interativamente o plano econômico, político, social e cultural, superando a questão da raça ou das crenças religiosas”.

“A esse poder (o lobby sionista internacional), e não ao Estado de Israel, é o que temem os presidentes, políticos, jornalistas e intelectuais que calam ou deformam diariamente os genocídios de Israel no Oriente Médio, temerosos de ficarem sepultados em vida, sob a lápide do "anti-semitismo".

22 - A CONIB, com seu gesto de censura e de criminalização ao PCB, revela que é parte integrante deste lobby. Mas estejam certos que não calarão nem sepultarão o PCB em vida, tarefa que não foi possível nem para os traidores e nem pelas mais cruéis ditaduras de direita que marcaram a história do nosso Partido, que se confunde com a história do Brasil.

Observações:

1 - Segundo levantamento feito pela Federação Árabe-Palestina, apenas em 2011, a CIA destinou 120 milhões de dólares, para financiar o sistema de difamação da religião islâmica no Brasil. A entidade não dispõe de dados sobre os valores aplicados pelo lobby sionista em nosso país.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

WIKILEAKS: A EMBAIXADA E A MÍDIA – PARTE II

Documentos mostram encontros de membros do corpo diplomático com diversos jornalistas de peso e representantes de grandes grupos midiáticos

Por Anselmo Massad, especial para a Pública

A estrutura diplomática dos Estados Unidos mantém-se permanentemente alerta para o comportamento da imprensa. Um dos centros das atenções, segundo mostram documentos vazados pelo WikiLeaks, é a repercussão de questões relacionadas à política interna norte-americana, além de questões de relações bilaterais e temas relacionados a Israel.

Em meio a diversas análises do que sai na imprensa brasileira, há divagações curiosas. Em 23 de outubro de 2009, em meio à discussão de como a mídia se comporta, um telegrama (UNCLAS SECTION 01 OF 08 BRASILIA 001254) assinado pela conselheira diplomática Lisa Kubiske, tudo começa por elogios: “Os jornalistas brasileiros, falando genericamente, são profissionais, equilibrados e buscam objetividade”.

A seguir, ela sustenta que muitos são “imparciais” no tratamento concedido aos Estados Unidos, ainda que não concordem pessoalmente com as políticas norte-americanas. “Alguns articulistas da mídia dominante demonstram viés contra as políticas dos EUA, embora a tendência tenha começado a mudar com a eleição do presidente (Barack) Obama”, avalia.

A análise se aprofunda: “Um pequeno segmento do público brasileiro aceita a noção de que os Estados Unidos tem uma campanha para subjugar o Brasil economicamente, miná-lo culturalmente e ocupar com tropas pelo menos uma parte de seus territórios. Esse tipo de atitude e de crenças influenciam repórteres e comentaristas em questões como o restabelecimento da Quarta Frota da Marinha dos EUA (caracterizada como uma ameaça para o Brasil), supostamente por nefastas intenções em direção à Amazônia e à ‘Amazônia Azul’ (mares onde novas reservas de petróleo foram encontradas) e mais recentemente o anúncio do acesso dos EUA a bases militares colombianas”.

Há alguns telegramas que relatam encontros de membros da imprensa com embaixadores, cônsules e funcionários da diplomacia.

RBS amiga

Em um telegrama de 2005, o então cônsul de São Paulo, Patrick Dennis Duddy, narra uma visita do então embaixador John Danilovich a Porto Alegre. A capital gaúcha contava com um consulado próprio, até 1997, quando passou a ter apenas uma agência consular.

O embaixador teve três dias agitados, recheados de encontros com empresários e políticos.

Um dos pontos mais curiosos do relato diz respeito a uma entrevista concedida por Danilovich aos veículos da RBS. “O embaixador teve um almoço ‘off the record’ com a direção editorial do grupo RBS, o maior grupo regional de comunicação da América Latina”.

Os números da empresa são apresentados no relato, com detalhamentos sobre operações no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, incluindo a afiliação à Rede Globo, as 120 estações de rádio em dez estados e o jornal Zero Hora.

“O embaixador subsequentemente concedeu uma entrevista ‘on the record’ para o Zero Hora e para a rede de rádios.”

O documento ainda frisa, em sequência, as relações política entremeadas ao grupo de comunicação. “Pedro Parente, que era chefe da Casa Civil do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), é vice-presidente executivo da RBS”, aponta Duddy. Imediatamente a seguir, uma “nota” complementa a informação: “Nós temos tradicionamente tido acesso e relações excelentes com o grupo”.

Estadão amigo

Um telegrama de março de 2005, vazado em fevereiro de 2011, relata um encontro entre o embaixador John Danilovich e líderes da comunidade judaica da capital paulista. A audiência — dois meses antes da Cúpula América do Sul-Países Árabes daquele ano, em Brasília — teve a presença de Abraham Goldstein, presidente da B’nai Brith do Brasil, e Henry Sobel, rabino chefe da maior sinagoga paulistana.

O relato da conversa transcorre no sentido de aprofundar laços com comunidade judaica, mas guarda notas sobre a mídia que passaram despercebidas na ocasião do vazamento, em dezembro do ano passado (o documento já foi publicado pelo WikiLeaks).

Goldstein teria dito a Danilovich que possivelmente haveria uma campanha de imprensa para garantir os pontos de vista favoráveis a Israel e à comunidade de judeus no país.

“Goldstein disse que enquanto o editor de O Estado de S.Paulo prometeu cobertura “positiva”, outros jornais de grande circulação são vistos como tento inclinação pró-Palestina e não parecem ser de grande ajuda”, redige o embaixador. Na “campanha” estudada, havia menção a buscar não judeus que pudessem criticar o governo brasileiro no que eles consideravam uma tendência anti sionista, centrada na figura do secretário-geral do Itamaraty Samuel Pinheiro Guimarães.

Encontros com jornalistas

Nos telegramas, além de muita leitura e fichamento de jornais, há relatos de reuniões esporádicas com profissionais de mídia.

Carlos Eduardo Lins da Silva, ex-ombudsman da Folha de S.Paulo, participou de quatro encontros com diplomatas descritos nos telegramas. O primeiro, em abril de 2006, foi um encontro com Anthony Wayne, assistente do Departamento de Estado para assuntos econômicos que participava do Fórum Econômico Mundial América Latina. Durante o evento, sediado na capital paulista, Lins da Silva é apresentado como “ex-jornalista” e “consultor político”. No encontro, ele teria afirmado acreditar na viabilidade de Geraldo Alckmin (PSDB) como candidato da oposição.

O segundo encontro ocorreu em 2008, quando Lins da Silva havia sido reconduzido ao posto de ombudsman da Folha.

O então senador do Nebraska, o republicano Chuck Hagel, teve um almoço em São Paulo com a participação de Celso Lafer, ministro de Relações Exteriores (1995-2002) da gestão Fernando Henrique Cardoso, Rubens Barbosa, embaixador brasileiro em Washington (1999 a 2004), Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda e ex-embaixador nos EUA e na OMC, e Sérgio Amaral, ex-ministro da Indústria (2001-2002). Mas o único participante sem elos com ministérios nem com o Itamaraty não tem nenhuma declaração citada.

Em novembro de 2008, ainda em seu segundo mandato como ouvidor da Folha, Lins da Silva é qualificado como “ex-editor sênior” do Valor Econômico. A reunião, no caso, foi com o cônsul-geral Thomas White a respeito dos planos de exploração dos campos de petróleo do Pré-Sal. O jornalista avaliava que a crise financeira atrasaria os prazos de extração dos poços do campo de Tupi.

Quando Arturo Valenzuela, secretário assistente para assuntos do hemisfério ocidental, passou pelo Cone Sul em 2010, Lins da Silva aparece novamente em um telegrama diplomático. No mesmo encontro estavam o sociólogo Bolivar Lamounier, Lafer, Barbosa e José Goldemberg, ex-ministro de Ciência e Tecnologia e da Educação na década de 1990.

O ombudsman “destacou o vigor financeiro sem precedentes do PT para executar uma campanha, após oito anos no governo” que, em caso de derrota, produziria uma oposição “muito problemática”.

Lamounier aparece em episódio anterior, ainda em 2007. Ele teria almoçado em 28 de setembro ao lado de Jose Augusto Guilhon de Albuquerque com funcionários da embaixada em São Paulo. Ambos são apresentados como acadêmicos “associados” ao PSDB. O blogueiro do site da revista Exame, da editora Abril, apostava que Lula não tentaria terceiro mandato e que a candidatura apoiada por ele levaria a melhor. Acertou.

E disse ainda que o presidente seguinte teria de buscar apoio do PMDB, em função de seu tamanho e peso. “O PMDB, avisou Lamounier, é sempre o problema, nunca a solução, porque não tem nenhuma identidade política nem ideológica e existe com o único propósito de avançar em interesses pessoais para seus membros.

Waack

Quem também participou de almoços e encontros com funcionários do governo dos Estados Unidos foi o apresentador do Jornal da Globo, William Waack. O primeiro entre os citados foi em 28 de abril de 2008. Uma visita de jornalistas ao almirante Philip Cullom, que passava pelo Brasil para uma série de exercícios conjuntos entre as marinhas dos Estados Undidos, Brasil e Argentina.

De acordo com o relato do então embaixador Clifford Sobel, a visita de “membros da imprensa brasileira” resultou numa “cobertura positiva”. Entre todos os jornalistas, apenas o apresentador do Jornal da Globo é nomeado, por ter “apresentado em duas reportagens para O Globo sobre a visita que reflete a importância da parceria dos EUA com o Brasil”.

Outro encontro deu-se em setembro de 2009, com a presença Sérgio Fausto, à época diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC). Nele, Waack trouxe a informação, que posteriormente se revelaria falsa, de que os então governadores de São Paulo, José Serra, e Minas Gerais, Aécio Neves, teriam acertado uma chapa-puro-sangue do PSDB para rivalizar com Dilma Rousseff.

O terceiro encontro foi com o atual embaixador, Thomas Shannon, em fevereiro de 2010. Waak teria dito que em um fórum com empresários, Aécio Neves teria se mostado “o mais carismático”, Ciro Gomes “o mais forte”, Serra “claramente competente” e Dilma “a menos coerente”.

Em agosto de 2005, há menção a um encontro com oito jornalistas e comentaristas de jornais, revistas, TV e internet. Nenhum é mencionado, mas muitas teorias são listadas sobre o que se sucederia às denúncias de corrupção consagradas como o escândalo do “Mensalão”.

Fernando Rodrigues, repórter especial de política da Folha e autor do blog UolPolítica, teve pelo menos duas conversas com o assessor político da embaixada dos Estados Unidos, segundo os documentos. Em ambos, foi procurado para dar a contextualização de questões relativas ao país: o funcionamento do Tribunal de Contas da União e o futuro de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) caso perdesse a eleição para presidente da Câmara dos Deputados em 2007.

WIKILEAKS: A embaixada e a mídia – PARTE I

A pedido da Pública, repórter avaliou como a diplomacia americana usa nossa mídia – e os nossos jornalistas – como fontes para levantar informações que são enviadas a Washington

Por Anselmo Massad, especial para a Pública

Boa parte dos 3 mil telegramas da estrutura diplomática dos Estados Unidos no mundo que dizem respeito ao Brasil vazados pelo Wikileaks consiste em resenhas do que foi publicado em jornais e revistas nacionais, chamados no jargão dos diplomatas como “reação da mídia” (“media reaction”).

Há ainda relatos de reuniões com jornalistas, entrevistas concedidas “off the record” (nas quais o repórter compromete-se a não revelar a fonte das informações), conversas casuais que mostram um e bom relacionamento com a mídia. Termos associados à imprensa e menções a grandes veículos noticiosos ocorrem em 1.305 telegramas, 40,8% do total¹.

Entre os jornais, o mais citado como fonte nos telegramas é a Folha de S.Paulo, com 541 menções em 384 mensagens. Comumente qualificado como o “diário de maior tiragem do país”, em algumas ocorrências, o impresso dirigido por Octávio Frias Filho é descrito como o “maior diário esquerdista” ou como “progressista” (“liberal”)no jargão dos telegramas diplomáticos.

O segundo campeão de leitura e atenção por parte dos funcionários da diplomacia é O Estado de S.Paulo, qualificado por diversas vezes como “conservador” e mais frequentemente “de centro-direita”.

Nas buscas pelo nome do jornal, são 480 citações em 317 telegramas.

O Globo (em 89 mensagens), Valor Econômico (em 84), Jornal do Brasil (em 23) e Correio Braziliense (em 11) são citados a respeito de reportagens e artigos pontuais. Outros diários aparecem com bem menos frequência. O Jornal da Tarde, também do Grupo Estado, surge em 2003 como “jornal regional de esquerda”.

Entre as revistas, Veja é a preferida nas leituras dos diplomatas. São 85 referências em 51 telegramas, sem qualquer qualificação além de “semanal”. Em um único episódio, ela é comparada à norte-americana Time. Em outros, como “líder de circulação”. Época é mencionada em nove mensagens (em uma, é classificada como “revista financeira”, em outras como “semanal noticiosa”) e CartaCapital aparece em duas ocasiões, sendo em uma delas, em dezembro de 2004, descrita como “nacionalista de esquerda”.

IstoÉ e IstoÉ Dinheiro são citadas em 16 oportunidades. Em um único episódio, referente à Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia, a cobertura da publicação da Editora Três é vista como “geralmente precisa e justa”, embora suas reportagens sejam “mais desequilibradas do que a líder em circulação Veja”.

Colunistas

Poucos colunistas têm prestígio entre os diplomatas como fontes de informação citadas nos telegramas.

O editorialista da Folha Clovis Rossi lidera com 40 menções, restritas a excertos de sua coluna diária. Demétrio Magnoli, “geógrafo” e “sociólogo”, aparece em resenhas de mídia por oito vezes. Miriam Leitão, analista de economia do grupo Globo, é mencionada cinco vezes, como “respeitada”, “altamente influente” e “aclamada”. Dora Kramer aparece por duas vezes, adjetivada como “influente”.

Há também duas menções ao recém-eleito imortal da Academia Brasileira de Letras, Merval Pereira, e uma singela citação a Diogo Mainardi. O primeiro é taxado ora como “proeminente”, ora como “realista” e “menos otimista” do que o restante dos analistas de plantão. O segundo, como “popular colunista”, à época em que escrevia para a Veja.

O âncora Boris Casoy, em 2004 na Rede Record, também recebe o adjetivo de “popular” quando é citado condenando o projeto de Conselho Nacional de Jornalistas, proposto pela Federação Nacional da categoria. Um documento assinado pelo embaixador Danilovich reproduz sua fala na TV quando ele taxou a iniciativa de “abominável” e uma “óbvia tentativa de controlar jornalistas e a imprensa”.

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



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