quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Veja quem são os jovens que protestam na Inglaterra com o sociólogo Silvio Caccia Bava

A globo se deu mal nessa, achou que o sociólogo Sílvio ia entra na linha da despolitização proposta pela emissora. Observem que os ancoras do jornal insistem em despolitizar.

LONDRES CHAMANDO: A DESTRUIÇÃO DÁ UM BEIJO NA BOCA DA SUCURSAL DO IMPÉRIO



Por Rodrigo Lima*

Londres chama para as cidades distantes.

Agora aquela guerra está declarada e a batalha começa.

Londres chama para o submundo.

Saiam do armário todos os garotos e garotas.

Londres chama, agora não olhem pra nós.

The Clash



Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento.

Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.

Brecht

Os grandes meios de comunicação mundial tem repercutido desde o último sábado a forte onda de violência que se espalha feito rastilho de pólvora na Inglaterra. Originadas no bairro popular de Tottenham, no norte da capital, os confrontos se espalharam para as demais regiões, e para o centro da cidade, já tomando as ruas de cidades como Liverpool, Leeds, Manchester e Birmingham.

A imprensa burguesa tem atribuído os conflitos como um ataque de hordas de criminosos e delinqüentes, procurando vincular as causas da violência e do caos a diversidade étnica presente na periferia de Londres, criminalizando africanos, caribenhos e latinos como os grandes responsáveis pelas manifestações que vem se intensificando no país. Nada mais “natural” por parte da grande mídia em tempos de xenofobismo e racismo crescentes no velho continente.

A ferida que a imprensa burguesa e o governo britânico não querem tocar é no fato de que o estopim dessa revolta, não se deve ao assassinato de um trabalhador pelas mãos da polícia. É na verdade um reflexo dos efeitos da crise e das medidas de ajuste fiscal tomadas pelo governo conservador de James Cameron, que simplesmente produziu a maior contenção de gastos públicos pós-Segunda Guerra Mundial. Essa política fez aumentar o desemprego, que tem afetado sobremaneira os jovens e os imigrantes. A combinação de altas taxas de desemprego somadas aos cortes nas áreas sociais é uma receita explosiva que fez ferver um caldo de revolta adormecido na periferia da cidade. Somem-se a isso os elevados gastos em obras para as Olimpíadas de 2012 que já chegam à quantia de R$ 23,5 bilhões, e a bomba está pronta

Muito se tem noticiado sobre as revoltas, ocorridas na década de 1980, em bairros populares de Londres. Há certamente uma linha que unifica estas manifestações com as ocorridas atualmente. As políticas governamentais da Dama de Ferro e as de Cameron têm mais semelhanças que diferenças. Os jovens trabalhadores de hoje se deparam com um cenário de poucas perspectivas de trabalho, educação e lazer no curto e no médio prazo. A válvula de escape é a violência.

Como uma onda estas manifestações tendem a se intensificar, colocando em xeque o aparato policial inglês e o próprio sistema. Mas sem uma direção política revolucionária do movimento, ele tende a ser rapidamente contido e reprimido. Não se pode super-estimar essa revolta como um principio de revolução social ou algo do gênero. Ao contrário das manifestações juvenis presenciadas na Primavera Árabe, na Grécia, na Espanha ou no Chile, que apresentam um programa mínimo de reivindicações, as manifestações inglesas primam por um caráter espontaneista, que dificilmente refletirá em um acúmulo na organização dos jovens trabalhadores da Inglaterra.

Porém, por outro lado, estas mobilizações mostram o poder que os jovens têm em suas mãos. Que quando se voltam contra o sistema podem colocá-lo em crise, revelando suas mais profundas contradições, que muitas vezes permanecem adormecidas e ofuscadas pela ideologia dominante. Quem sabe estes dias de caos e desordem na terra da Rainha não plante algumas sementes nas possibilidades de organização da juventude contra um rio chamado capitalismo, que em épocas de crise faz suas margens reprimir e sufocar ainda mais as possibilidades de emancipação da juventude e da classe trabalhadora.

Cabe aos jovens ingleses fazerem este rio transbordar de revolta organizada, que possa, quem sabe não só sacudir as bases do sistema, como fazê-lo cair de seu pedestal, em uma perspectiva de um novo modelo de sociedade, o Socialismo.

Mas para isso não bastam palavras, é preciso organização, é preciso teoria, e é preciso prática. Com certeza nesse último quesito, as batalhas que se travam nas periferias da Inglaterra e do Mundo servem como uma grande escola para as mudanças que a juventude e os trabalhadores tanto precisam construir.


*Coordenação Nacional UJC

Fonte: http://www.ujc.org.br/index.php/artigos-sobre-a-ujc/21

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



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  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

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  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
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  • As três fontes - V. I. Lenin
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  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
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  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira