quarta-feira, 10 de outubro de 2007

MARXISMO - Uma leitura necessária

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Che (1): homem e exemplo


Escrito por Pietro Alarcón
08-Out-2007

Lembro que nos setenta a imagem do Che, estampada no muro de algum lugar da avenida e algo desgastada pelo sol e a chuva, me aguardava todos os dias quando me dirigia à Escola. Anos depois, ao final dos oitenta, observei a mesma imagem, quando no meio da praça que leva seu nome – Praça Che – na Universidade Nacional de Bogotá, discutíamos em um encontro estudantil sobre a necessidade de lutar pela redução do valor das matrículas, nossa oposição à guerra contra a União Patriótica e a solidariedade mais efetiva com o movimento agredido pelo paramilitarismo.

De volta a nossa Universidade, surgiu a idéia de desenhar um imenso Che em um dos muros centrais da Faculdade. Com um modelo pré-desenhado o trabalho foi mais simples do que pensávamos. Demoramos cerca de três horas – entre as 22 de segunda e a primeira hora da terça-feira.

À manhã seguinte o Che estava lá, eterno. Os cabelos ao vento. O olhar no futuro. E não foram poucos os que vieram a dar os parabéns para a gente. Época de lutas na rua, "Livros Sim... Armas Não!", de música e sonhos, os que não se vão ainda que amadureçam e mudemos de cenário.

Quarta feira, cedo chegamos à Faculdade. Para nossa surpresa: cadê o Che? Em seu lugar, a parede, agora pintada de branco, um branco intenso, para apagar qualquer sombra. Não pensamos muito, essa noite estava tudo pronto de novo. Na quinta, o Che estava lá. Montamos guarda a noite toda. Os porteiros não deixaram que ingressássemos na Universidade. Mesmo assim vigiávamos em sistema de rodízio. Descobrimos o que já sabíamos, a direção da faculdade contratou pintores para executar o serviço. Os pintores – três – foram convencidos de que não existiam condições objetivas para retirar a imagem, que passou a ser o símbolo da luta ideológica. Era questão de princípios: a pintura do Che era muito mais do que um capricho, pois representava o espírito de resistência organizada de um movimento estudantil que teimava em prosseguir, apesar das ameaças constantes à vida. E nada era mais vivo que o nosso Che. Aquele que, como todo que amamos, o consideramos nossa propriedade. Ao dia seguinte, festa na Faculdade, um grupo de alunos coletou mais de 1000 assinaturas para manter o Che. O resto foram reuniões, discursos, a Universidade sitiada, enfim, histórias a contar em outra oportunidade.

A “luta ideológica”

Sempre acho que, desde esse episódio, das clássicas formas de luta que se registram tradicionalmente na sociedade entre aqueles que impulsionam a transformação em prol do progresso e a justiça contra os que teimam em perenizar seus privilégios, a luta ideológica me pareceu a mais complexa. Isso porque a idéia é gerar uma consciência tal que motive ou bem seja uma atuação pela modificação ou uma pela conservação do status quo.

Nesse campo ideológico, a reconstrução do passado de conquistas e experiências dos movimentos sociais e das constantes práticas políticas dos trabalhadores, camponeses, intelectuais, ou seja, do acervo de lutas dos povos, constitui um dever. Até porque as constantes pressões dos meios de comunicação – aqueles em mãos de transnacionais midiáticas e com laços indissolúveis com a esquematização e mantença do poder por minorias sociais - criam caos, semeiam confusões, distorcem realidades, acomodam fatos. Enfim, tentam sempre impedir o reconhecimento justo aos seres humanos que, para além da própria vida, permitem inspirar a atuação presente e, ainda, oferecer um caminho em perspectiva vitoriosa, com reflexões e ações que, embora desde outra época, ainda podem encontrar validez, quando interpretadas com criatividade, diante do flagrante desrespeito à dignidade humana.

Não em vão divulgam valores a partir da promoção de certos heróis e falsos messias, proclamam símbolos que supostamente encarnam os desejos de todos Ainda que finjam de profetas, sabe-se do seu compromisso com poderosos esquemas. Tratam, assim, de moldar pensamentos de muitos, para sustentar ou dar estabilidade à situação que favorece apenas a uns quantos.

O fenômeno não é novo. É mais uma constante histórica. O Império Romano mostrava Espartacus, o pastor trácio que lutava contra a escravidão desde o Monte Vesúvio, de maneira sistemática como um assassino, visando criar uma imagem profundamente negativa entre as chamadas personas livres. Em que pese a máquina de propaganda da minoria romana no poder, a força do exemplo de Espartacus tem sido permanente no desenvolvimento de outros episódios em que se pretende o reconhecimento ou ampliação dos direitos.

Claro está que, no terreno da luta social, há os referentes legítimos, aqueles que os povos reconhecem, pessoas de carne e osso, que nascem e desenvolvem seu pensamento e ação nas mais difíceis circunstâncias. Como homens, seu diagnóstico sobre assuntos como a correlação de forças em determinado momento e espaço, sobre a conjuntura e a capacidade para agir em favor das mudanças, pode ser sempre discutido, – ao final, são homens, isso não desmerece sua atuação, pelo contrário, a dignifica ainda mais. Contudo, seu compromisso com a mudança histórica necessária, sua legitimidade ética, sua honestidade e transparência como atores históricos não admitem dúvidas. Esses aceleram o curso da história e fazem trânsito a ela e nela.

Como o vitupério não faz efeito – insensível, brutal -, então um setor dos formadores de opinião a serviço de interesses bem conhecidos usa uma outra fórmula: pretende convertê-lo em ícone inofensivo, um mito ideológico do qual se retira seu profundo potencial transformador. Assim, aventureiro irracional ou romântico ou até inatingível para o comum dos mortais são adjetivos nesse sentido, como se a aventura e o romance não fossem inerentes ao ser humano ou como se sua vida tivesse transcorrido fora da história.

Não, nada há fora da história e, nela, Che, assim como naquele tempo de estudante, continua vivo. Na verdade, não sem certa alegria constatamos que, se há quem tem necessidade de falar tão mal de alguém cuja morte faz 40 anos neste 09 de outubro, então, não há melhor reconhecimento de que seu pensamento, ação, sonhos, imagem e representação persistem ao tempo. No caso, não somente isso acontece, mas Che é ainda escandalosamente ameaçador para aqueles assentados nas galerias atuais do mais selvagem dos modelos econômicos.

Assim, a lembrança na nossa época não é melancólica, mas profundamente alegre. Como tampouco a reflexão sobre o vigor do pensamento de Che é uma retrospectiva dogmática ou uma leitura mecânica, mas apenas a constatação de que a apropriação criativa das experiências é uma virtude para todos os que pretendem contribuir a novos tempos.

Do nascimento à medicina

O caso é que, como se sabe, Che nasce no inverno austral de 1928 na Mesopotâmia Argentina, na antiga região Guarani, de sangre irlandesa e espanhola. Aos dois anos, após uma pneumonia, descobre-se a asma que, aliada ao mate, serão seus companheiros por toda a sua existência.

Sua primeira infância em Alta Gracia, na Serra de Córdoba, transcorre em um cenário no qual se misturam a austera elegância pós-colonial e o surgimento de uma classe operária, que prontamente é marginalizada. Ainda que alguns, dentre eles o próprio pai - Ernesto Guevara Lynch –, reconheçam a preocupação do Che com a questão social desde os tempos de juventude, é sabido que ele rejeitava essa idéia:

“No tuve nunca preocupaciones sociales durante la adolescencia ni participé mínimamente en la lucha política y estudiantil en Argentina”, diz em carta ao escritor Lisandro Otero, em 1963.

Como atesta seu amigo de sempre, Alberto Granado, o que nunca poderia ter rejeitado, ainda que quisesse - e nem sequer por excesso de modéstia -, era sua vocação pela leitura. Pré-adolescente asmático, sem poder realizar grandes esforços físicos, a doença o obrigava a permanecer tranqüilo, o tempo que aproveitava para ler obras de aventuras e personagens míticos. Desfilaram ante seus olhos Julio Verne, Alexandre Dumas e Emilio Salgari. Leu, também, o "Pequeno Príncipe" de Saint-Exupery ao tempo que mostrava notável interesse pela arqueologia e a antropologia.

Depois, as leituras de Paul Verlaine, de Baudelaire e Sartre, diretamente do francês e acompanhadas dos comentários da sua mãe – Célia de la Serna –, marcariam um aprimoramento da sua sensibilidade.

Caminhou, andou de bicicleta, praticou rúgbi, natação e alpinismo, estudou grafologia e decidiu-se primeiro a estudar engenharia, até que, em 1947, se inscreve na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires. Paciente de um famoso alergista da época – o Dr. Salvador Pisani –, passou, pouco depois, a ser seu colaborador.

Quando em dezembro de 1951 inicia sua viagem com Granado pela América Latina na motocicleta batizada como "A Poderosa", é indubitável que as motivações da leitura o acompanham, ainda que a desculpa oficial seja a visita a alguns leprosários com o objetivo de desenvolver pesquisas sobre alergias e vacinas. O desejo de conhecer o continente, de procurar o sentido da sua própria liberdade, será determinante no futuro e, nesse processo, suas leituras mudam, ligadas agora mais a conhecer a literatura hispano-americana.

Conhece a América desde o Chile até a Venezuela e, de volta a Buenos Aires, forma-se em medicina para, em julho de 1953, partir novamente, agora com preocupações que conjugam a ciência e o desenvolvimento do social.

De fato, a visão da difícil realidade econômica dos povos da América o impacta desde a sua primeira viagem e inspiram novos horizontes temáticos. Tudo o que é humano interessa, os ritos, as tradições, as lendas. Daí suas visitas a Machu Picchu, mas também às ruínas do antigo Império Maia na Guatemala em 1954 e às do Império Asteca em 1955.

Na Guatemala, no início de 1954, começa a trabalhar no projeto de escrever uma obra sobre a função do médico na América Latina. É a época de Jacobo Arbenz, o presidente que nesse país centro-americano promove um processo de reformas democráticas. Che prontamente se dispõe a trabalhar com o governo, até que a intervenção da CIA dará lugar ao golpe de Estado que conduzirá o Coronel Castillo Armas ao poder. Refugiado na embaixada Argentina, obtém uma bolsa para realizar estágio no Hospital Geral de México.

Em carta a sua mãe, em abril de 1954, declara: “De dos cosas estoy seguro: la primera es que si llego a la fase auténticamente creativa, entre los 30 y 35 años, mi ocupación exclusiva o al menos la principal será la física nuclear, la genética o una materia de este tipo, que reagrupe muchas de las cosas más interesantes del conocimiento; la segunda es que América Latina será el teatro de mi aventura con un peso mucho más grande de lo que había creído” .

No México, em 1955, Che começa a colaborar com um grupo de exilados cubanos que preparam a expedição à ilha, no intuito de lutar contra a ditadura de Fulgêncio Batista.

Ali, nesse instante, define-se muito de seu futuro, mas também do futuro de outros muitos.

Essa é uma história que também merece ser lembrada.

Pietro Alarcón, advogado, colombiano, é professor da PUC-SP.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Cuba ajudou carrasco de Che a voltar a enxergar


Sargento boliviano que há 40 anos executou guerrilheiro foi operado de catarata por cubanos

Rory Carroll, The Guardian

Londres - Médicos cubanos restauraram a visão do soldado boliviano que executou, há 40 anos, o guerrilheiro cubano-argentino Ernesto Che Guevara, o que transformou o militar num improvável garoto-propaganda dos ideais revolucionários.


Mario Terán entrou para a história como o jovem sargento do Exército escolhido para executar o líder guerrilheiro capturado em 9 de outubro de 1967, o que o transformou num vilão para aqueles que veneravam Che.


Quase quatro décadas depois, o algoz, já idoso e aposentado, foi operado de catarata graças a um programa médico comandado pelos cubanos. A massificação desse tipo de cirurgia é considerada um exemplo dos benefícios da revolução socialista de Cuba.


O desfecho irônico do papel de Terán num dos grandes dramas do século 20 foi revelado no ano passado, quando o seu filho escreveu uma carta para o jornal de Santa Cruz de La Sierra El Deber agradecendo aos médicos cubanos.


Poucas pessoas tinham prestado atenção para o fato até o fim de semana passado, quando as autoridades comunistas de Cuba alardearam a cirurgia de Terán como um grande golpe de propaganda às vésperas do aniversário da morte de Che.


“Quatro décadas depois da tentativa de Mario Terán de destruir um sonho e um ideal, Che retorna para ganhar mais uma batalha”, disse o Granma, o jornal que é o porta-voz oficial do Partido Comunista.


“Agora um homem idoso, ele (Terán) poderá de novo observar as cores do céu e da floresta, apreciar o sorriso de seus netos e assistir aos jogos de futebol”, acrescentou o jornal cubano.


Não foi possível ter acesso imediato a Terán ou a seu filho, mas um dos editores de El Deber, Leopoldo Vega, confirmou que a carta foi publicada no ano passado.


Terán foi beneficiado pela chamada Operação Milagre. Trata-se de um programa financiado por petrodólares venezuelanos, no qual uma equipe de médicos cubanos oferece tratamento oftalmológico gratuito para pobres de toda a América Latina.

Os Sem Terra na Universidade !


Nosso objetivo com esse texto é contestar a matéria “Invasão na universidade” publicada na revista Veja de 3 de outubro de 2007.


É de conhecimento público que a revista Veja tem publicado diversas matérias descaracterizando as experiências de educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST. As escolas dos assentamentos de reforma agrária são públicas, mantidas por prefeituras ou pelas secretarias estaduais de educação, nas quais o Setor de Educação do MST tem participado na construção de propostas pedagógicas, que contribuam para a compreensão dos territórios dos assentamentos, a partir das realidades da agricultura camponesa.

Na matéria em questão a Veja procura descaracterizar os cursos especiais de nível superior. Por meio de convênio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA com universidades federais e estaduais, o MST, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, entre outros movimentos camponeses têm participado como parceiros na realização de cursos de Pedagogia, Geografia, Agronomia, História, Direito etc.

A descaracterização explicíta na matéria se apóia em dois eixos argumentativos: a) as distinções entre os cursos regulares e os cursos especiais; b) os “fatos surpreendentes”.

Quanto às distinções, destacamos alguns pontos para mostrar os sentidos ideológicos da matéria.

  1. A denominada “encenação teatral” é de fato um ato cultural que os movimentos chamam de “mística”. Neste ato, os alunos se utilizam de livros de história e literatura para representar fatos da história do campesinato: lutas, conquistas, massacres, costumes, danças, etc. A mística é uma arte em que por meio da música, teatro, poesia, os alunos manifestam suas leituras das realidades representadas.

  2. Na matéria há a afirmação que “as disciplinas são definidas em assembléias”. Como é amplamente conhecido, os programas dos cursos são definidos pelas universidades. O que os alunos podem definir em assembléias são as escolhas por disciplinas optativas oferecidas.

  3. A respeito da disciplina História dos Movimentos Sociais. Esta é uma disciplina optativa presente em quase todos os cursos. Evidente que um curso especial dirigido para um público específico, necessita ter disciplinas optativas que contribuam para a melhor compreensão de suas historias.

  4. Calendário: todos os cursos oferecidos aos assentados acontecem nos meses de janeiro, fevereiro e julho, obedecendo a carga horário definida nos programas dos cursos.

  5. Privilégios na reserva de vagas”. O que a matéria denomina de privilégios nós compreedemos como direito. Esses jovens entraram nas universidades por meio de programa de políticas públicas criadas pelo Governo Federal para possibilitar o acesso desses jovens ao Ensino Superior. Considerando que os jovens do campo têm menos probabilidade de entrar na universidade, foram criadas políticas públicas específicas (denominadas de ações afirmativas) para garantir o direito desses jovens ao acesso a uma condição que seria impossível sem as políticas públicas. Portanto, eles concorrem entre eles. É o caso das políticas de cotas para negros. Essas políticas proporcionaram condições para que algumas unviersidades criassem cotas para alunos egressos de escolas públicas.

  6. Che Guevara e Karl Marx. Livros desses dois pensadores estão presentes nas bibliografias de disciplinas específicas, assim como há centenas de outros autores para respectivas disciplimas. Destacar somente esses dois autores demonstra o desconhecimento das bibliografias dos programas dos cursos.


Quanto aos “fatos surpreendentes” há alguns pontos que queremos comentar para uma melhor compreensão da intencionalidade da matéria.

Primeriro “fato surpreendente” é que os cursos especiais ocorrem nas melhores universidades e que oferecem diplomas reconhecidos pelo MEC. Se o “surpreendente” tivesse sentido de magnífico, admirável, não seria de se estranhar. Mas não é esse o sentido. O sentido da matéria é de espantar, assombrar, ou seja, questiona: como é que os sem-terra podem estudar nas melhores universidades?

Outro “fato” é menção a um “currículo aparentemente convencional” em que predomina o discurso anticapitalista e o ódio ao agronegócio (sic). Essas ênfases correm por conta da jornalista. Os programas dos cursos possuem bibliografias críticas que analisam as desigualdades geradas pelo modo de produção capitalista e, principalmente, pelo agronegócio que expropria milhares de famílias camponesas todos os anos em quase todos os países do mundo.

Ainda há outras ênfases da jornalista que se refere a “visões dogmáticas”, “catequese marxista” e outros termos próprios da lógica da matéria, que procura descaracterizar, sem conhecer os cursos e sem apresentar evidências. Mas o que demonstra melhor o desconheicmento da jornalista é a afirmação que é o “sistema capitalista que financia os cursos especiais”. Ela ignora que o financiamento é de recursos públicos a partir dos impostos e não do “sistema”.

Por fim, ela fecha a matéria com um conhecido preconceito: que esses cursos representam um atraso e não contribuem para a formação de jovens numa sociedade moderna. Se a jornalista se propor a estudar de fato estes cursos e conhecer as comunidades onde esses jovens vivem, verá que estamos contribuindo para o desenvolvimento das comunidades camponesas. Isso é uma forma de atuar na sociedade moderna.

Ainda é importante informar que a jornalista telefonou para os coordenadores dos cursos especiais de Geografia da UNESP e de Pedagogia da UFMG. Ambos solicitaram que as perguntas fossem enviadas por e-mail e que as repostas fossem publicadas integralmente, sem cortes e intrepretações da jornalista. O que não foi aceito pela jornalista da Veja.

Bernardo Mançano Fernandes e Antonio Thomas Jr

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Reflexiones del PRESIDENTE FIDEL CASTRO, El CHE


Che GuevaraHago un alto en el combate diario para inclinar mi frente, con respeto y gratitud, ante el combatiente excepcional que cayó un 8 de octubre hace 40 años. Por el ejemplo que nos legó con su Columna Invasora, que atravesó los terrenos pantanosos al sur de las antiguas provincias de Oriente y Camagüey perseguido por fuerzas enemigas, libertador de la ciudad de Santa Clara, creador del trabajo voluntario, cumplidor de honrosas misiones políticas en el exterior, mensajero del internacionalismo militante en el este del Congo y en Bolivia, sembrador de conciencias en nuestra América y en el mundo.

Le doy las gracias por lo que trató de hacer y no pudo en su país de nacimiento, porque fue como una flor arrancada prematuramente de su tallo.

Nos dejó su estilo inconfundible de escribir, con elegancia, brevedad y veracidad, cada detalle de lo que pasaba por su mente. Era un predestinado, pero él no lo sabía. Combate con nosotros y por nosotros.

Ayer se cumplió el 31 aniversario de la matanza de los pasajeros y tripulantes del avión cubano hecho estallar en pleno vuelo, y nos adentramos en el décimo aniversario del cruel e injusto encarcelamiento de los cinco héroes antiterroristas cubanos. Ante todos ellos inclinamos igualmente nuestras frentes.

Con mucha emoción vi y escuché por la televisión el acto conmemorativo.

Fidel Castro Ruz

Destacan ejemplo del Che en proceso cubano

Santa Clara, Cuba, 8 oct (PL).— El Comandante de la Revolución Ramiro Valdés afirmó hoy aquí que Cuba se encuentra en un momento de combate, en el cual debe perdurar el ejemplo del guerrillero Ernesto Che Guevara.

Destacan ejemplo del Che en proceso cubanoEstamos en una hora de combate, la que tiene que ser, por tanto, la hora del Che, proclamó Valdés en un acto por el aniversario 40 de la caída en combate del guerrillero, el cual estuvo presidido por el primer vicepresidente cubano, Raúl Castro.

Valdés indicó que en las reflexiones de Fidel Castro y en el discurso de Raúl Castro el pasado 26 de julio están las claves de lo que se debe hacer en el país, "para asegurar el camino de la Revolución".

Apuntó que la nación se ha convertido en un hervidero de ideas, a partir de la invitación realizada para que en cada centro laboral y de estudio las personas puedan plantear sus críticas o comentarios sobre los principales problemas que los aquejan.

Los planteamientos del Comandante en Jefe y las palabras de Raúl Castro en Camagüey estimularon un amplio intercambio en el seno del Partido, de los colectivos de trabajo, de las organizaciones políticas, de masas, juveniles y estudiantiles, aseguró.

Consideró que dichas discusiones pueden aportar una mayor comprensión de los problemas, la búsqueda masiva de soluciones que "no podrán ser nunca mágicas y que tienen que basarse en el trabajo".

Asimismo, sugirió tener en cuenta durante las reuniones la capacidad del país para generar recursos y el bloqueo impuesto por Estados Unidos, que le ha provocado pérdidas al país por más de 89 mil millones de dólares en los 48 años de vigencia.

Lo que esperamos de este debate –precisó Valdés- es que nos ayude a romper con la inercia, el dogmatismo y el sentido burocrático, así como a desarrollar el enfoque creador y liberar, donde estén trabadas, las fuerzas productivas.

También se mostró esperanzado en que el proceso ayude a que surja una costumbre de revisar y actualizar críticamente las fórmulas aplicadas en la economía y distintas esferas de la vida para que se correspondan con las realidades cambiantes del país.

Alertó que los problemas se resuelven con ideas, imaginación y conciencia, pero también con recursos, "por lo que todo no se puede hacer de una vez, ni todas las necesidades planteadas podrán ser resueltas de manera inmediata".

Nuestra agenda es hacer cuanto resulte sensato y posible, eliminar lo que sea absurdo, conciliar cada logro y asegurar cada día más la plena soberanía del país, subrayó el dirigente.

En otra parte de su discurso, Valdés recordó la llegada de los restos del Che y sus compañeros de lucha en 1997 al mausoleo donde se realizó el acto de este lunes, los que fueron calificados entonces por Fidel Castro como un destacamento de refuerzo.

El también ministro de la Informática y las Comunicaciones fustigó al presidente estadounidense, George W. Bush, a su política guerrerista, y a los precios del petróleo, alimentos y mercancías de todo tipo, que ponen en aprietos a los países pobres.

Ante este panorama, conminó a las nuevas generaciones de cubanos a continuar aprendiendo de la vida del legendario guerrillero e imitar su ejemplo y determinación de defender el proceso socialista, al cual consideró irrenunciable.

El legado del Che no es una página de la historia que debemos recordar sino un ejemplo vivo que debemos tener presente a diario, ratificó el dirigente ante pobladores reunidos en el acto.

Dez mil celebram 40 anos da morte de Che na Bolívia


Vallegrande, sudeste da Bolívia. Um município pobre, de 20 mil habitantes que vivem da agricultura, da pecuária e do turismo, em torno do seu visitante mais famoso: Ernesto Che Guevara, cujo corpo foi exposto na lavanderia do pequeno hospital da cidade, após sua morte, em 9 de outubro de 1967.
VALLEGRANDE, Bolívia – Os moradores do local ainda se recordam da chegada do helicóptero com o corpo dos últimos guerrilheiros e da enorme fila que se formou pela população que viu um Che límpido e de olhos bem abertos, a semelhança de Jesus Cristo. "Algumas pessoas diziam que os olhos do Che as seguiam por onde caminhavam", lembra a vendedora de refrescos e lanches, instalada no centro da cidade. "Muitos aqui vêem o Che como um santo", diz o brasileiro Moisés, que vive em Vallegrande há dez anos, como missionário da Assembléia de Deus, e discorda da ideologia de Che, a princípio, pelo ateísmo do comandante.


Desde o final de semana, pelo menos sete mil pessoas, de diferentes idiomas e sotaques, participam em Vallegrande do II Encontro Mundial Che Guevara, no quadragésimo aniversário de sua morte, ocorrida no povoado de La Higuera, distante 60 quilômetros.


O encontro é organizado pela Fundação Che Guevara e pelo Ministério da Cultura da Bolívia, com apoio das embaixadas de Cuba e Venezuela. Os organizadores estimam que o número de participantes chegue a dez mil nesta segunda (8), quando haverá um ato político em Vallegrande, com a presença do presidente Evo Morales e da filha de Che, Aleida Guevara. Na terça-feira, ocorrerá um ato final em La Higuera.


Durante os dias do encontro, ocorrem mostras fotográficas, apresentações culturais e painéis, com as participações de sobreviventes da guerrilha empreendida na Bolívia, como Leonardo "Urbano" Tamayo.


Vallegrande está com seus hotéis e pousadas lotados, mas o evento ocorre sem maiores problemas, apesar da falta de infra-estrutura. O presidente da Fundação, Osvaldo Chato Peredo, vereador em Santa Cruz de la Sierra, acusa o prefeito local, Ignacio Moron, do partido Ação Democrática Nacional (ADN), de ser um "sabotador" do evento, fazendo cortes no abastecimento de água e luz e gerando dificuldades para os organizadores. Neste domingo, houve até rumores que um grupo de direitistas havia ocupado La Higuera, levando a polícia até o local. Mas tudo não passou de boato, de acordo com os organizadores.


A população aproveita o turismo gerado por Che Guevara para vender toda a sorte de artesanatos e alimentos, oferecer serviços de telefonia e Internet para os turistas e contar suas histórias e versões sobre o guerrilheiro que tornou a região conhecida em todo o mundo. Da parte dos organizadores, a segunda edição do encontro consolida um movimento internacional de mobilização e estudos em torno da vida e da prática política de Che Guevara, dez anos depois do primeiro encontro, realizado em um contexto político menos favorável. Em 2008, Cuba, Venezuela e Bolívia vão encabeçar novas homenagens, no ano em que Guevara completaria 80 anos.


"Che ainda é algo presente sempre, é algo vivoª, resume Chato Peredo, irmão de Inti e Coco, que lutaram ao lado de Guevara, e ele mesmo um ex-combatente, da segunda tentativa de guerrilha armada na Bolívia, já na década de 1970. "Sofremos uma derrota na época, mas agora voltamos de muitas maneiras, de muitos lugares, com muitas possibilidades", diz.




Comandante Fidel Castro homenageia Che no 40º aniversário de sua morte


HAVANA (AFP) — O presidente cubano Fidel Castro homenageou e expressou seu agradecimento ao revolucionário argentino Ernesto "Che" Guevara, no 40º aniversario de sua morte na Bolívia, em um artigo publicado no jornal oficial Granma.

O CHE

"Faço uma pausa no combate diário para inclinar minha cabeça, com respeito e gratidão, ante o combatente excepcional que caiu em um 8 de outubro, há 40 anos", afirma Fidel, afastado do poder há 14 meses por uma grave crise de saúde.

No editorial com o título "O Che", o ditador cubano agradece a Guevara "pelo que tentou fazer e não pôde em seu país de nascimento, porque foi como uma flor arrancada prematuramente".

Fidel destacou o "exemplo" legado por Che à frente da coluna "que atravessou os terrenos pantanosos" em províncias do sudeste de Cuba quando lutou em Sierra Maestra e tmou a cidade central de Santa Clara.

"Cumpridor de honrosas missões políticas no exterior, mensageiro do internacionalismo militante no leste do Congo e na Bolívia, semeador de consciências em nossa América e no mundo", exaltou o líder cubano, de 81 anos.

O presidente provisório de Cuba, Raúl Castro, irmão de Fidel, por sua vez, participou do ato central em homenagem a Che Guevara na cidade de Santa Clara, a 300 km de Havana.

A cerimônia, que teve a presença da família Guevara e da cúpula militar e de governo, começou justamente com a leitura do artigo de Fidel Castro.

Os presentes também ouviram, pelos alto-falantes, a voz de Fidel Castro quando em 3 de outubro de 1965 leu a carta de despedida de Che, antes de partir para a guerrilha no Congo, e na qual o líder revolucionário escreveu a famosa frase "Hasta la victoria siempre" (Para a vitória sempre).

O ato aconteceu diante de uma gigantesca estátua de bronze de Che, no Memorial Ernesto Che Guevara, onde estão guardados os restos mortais do revolucionário, que chegaram a Cuba em julho de 1997, depois de serem encontrados em Vallegrande (Bolívia).

Ao chegar à praça, Raúl Castro, que substitui Fidel no poder desde 31 de julho de 2006, saudou a viúva de Guevara, Aleida March, que estava acompanhada dos filhos.

Santa Clara é o cenário das principais homenagens por ser a cidade que Che tomou, em dezembro de 1958, em uma batalha decisiva para o triunfo da Revolução Cubana.

Cuba e Bolívia encabeçam as homenagems em vários países da América Latina para recordar o lendário revolucionário capturado nas selvas bolivianas em 8 de outbro de 1967 e executado no dia seguinte por um soldado que cumpria ordens do governo.

Trabalho voluntário lembra os 40 anos da morte de Che Guevara

03/10/2007
Em homenagem ao pensamento de Ernesto Che Guevara, todos os anos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e diversos outros movimentos sociais realizam a Jornada de Solidariedade e Trabalho Voluntário Che Guevara. Em todos os estados onde o MST se organiza, os Sem Terra vão realizar atividades de melhoramento da infra-estrutura, limpeza de locais públicos ou escolas, além de cultivos agroecológicos e reflorestamento. Em todo o mundo Che será lembrado em atividades nos dias 8 e 9 de outubro.

No Distrito Federal a Jornada começou no último domingo, dia 30, com uma manhã de trabalho voluntário no assentamento Gabriela Monteiro, do MST, situado em Brazlândia. Participaram da atividade as famílias assentadas no local, representantes do corpo diplomático da embaixada de Cuba, professores da Universidade de Brasília, militantes do MST em Brasília, representante da TV Cidade Livre, representante da Via Campesina do México e sindicalistas. Coordenados por integrantes da comunidade, os participantes se dividiram em quatro grupos de trabalho: melhoramento da infra-estrutura, embelezamento do assentamento, agroflorestamento e cultivo da horta.

O trabalho voluntário foi precedido pela mística realizada pela Brigada de agitação e propaganda do MST/DFE Semeadores e pela exposição de Flávio Silva, da direção nacional do MST, que explicou estratégia de atuação do centro de formação e instituto de pesquisa do assentamento, em processo de construção. Segundo Flávio, centro já atua como área coletiva de produção de conhecimento material e intelectual, unindo acampados, assentados e profissionais de diversas áreas e entidades, e que pretende cada vez mais ser um espaço de articulação e diálogo com a sociedade.

Além disso, houve também a participação de Tirso Sáens, presidente da Associação Nacional dos Cubanos Residentes no Brasil (Ancreb) e ex-vice-ministro de Che Guevara, na ocasião em que ele comandou o Ministério da Indústria em Cuba. Ele contou como Che Guevara organizava e participava do trabalho voluntário da Brigada Permanente de Trabalho Voluntário em Cuba. Segundo Tirso, o coletivo trabalhava com meta de produção mensal e os membros tinham que cumprir 240 horas de trabalho voluntário por mês, o que significava uma média de 4 horas por semana.

Após os trabalhos, os assentados ofereceram um almoço e foi exibido o vídeo Lutar Sempre! 5° Congresso do MST, produzido coletivamente por militantes dos setores de Comunicação e Cultura do MST.

A programação das comemorações em homenagem a Che Guevara contam ainda com uma mesa redonda sobre a atualidade do pensamento de Che Guevara na América Latina e um sarau, no próximo sábado, 6, e com um ato político na UnB, no dia 8, com a presença do embaixador de Cuba. Em todas as atividades haverá manifestações de apoio aos cinco cubanos presos injustamente nos EUA, por lutarem contra o terrorismo em seu país, e contra o bloqueio econômico dos EUA sobre Cuba.

(vídeo produzido pela Brigada de Áudiovisual da Via Campesina)

Internacionalismo

No próximo domingo, dia 7, também será realizada, na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), a II Jornada Internacionalista de Solidariedade a Che Guevara e Camilo. A idéia é fazer um dia inteiro de atividades voluntárias e também relembrar a prisão e o assassinato de Ernesto Che Guevara, como uma forma e resgatar os valores e princípios deste que foi chamado de "o ser mais completo do século XX" (Jean Paul Sartre). Nesta importante atividade, também aproveitaremos para lembrar do grande combatente Camilo Cienfuengos morto no dia 28/10/1959 em um acidente de avião quando ia de Camagüey para Havana.
Jornada no Distrito Federal e Entorno

Jornada no Distrito Federal e Entorno


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A Vida de Che - Viva Camandante!































Fidel, ao referir-se a Che, disse: “nos deixou seu pensamento revolucionário, nos deixou suas virtudes revolucionárias, nos deixou seu caráter, sua vontade, sua tenacidade, seu espírito de trabalho. O homem que deve ser modelo para nosso povo”.

Em 14 de junho de 1928 nasce em Rosário, na Argentina, sendo o mais velho dos cinco filhos do casamento entre Ernesto Guevara Lynch e Célia de la Serna Llosa. São seus irmãos: Roberto, Célia, Ana Maria e Juan Martín.

Os primeiros quatro anos de sua vida transcorrem em sua cidade natal, Misiones, e em Buenos Aires, onde aos dois anos de idade sofre seu primeiro ataque de asma que motiva a transferência da família a Alta Gracia, a 30 km de Córdoba. Em Alta Gracia começa a ir à escola, e em Córdoba, aos 14 anos, começa o ensino médio. Ávido leitor desde sua infância, possuidor de uma vasta cultura, por seus olhos passam as obras de Dumas, Salgari, Júlio Verne, Stevenson e outros. Aos 17 anos começa a redigir um Caderno de Filosofia, matéria de interesse ao longo de sua vida.

Em abril de 1947 termina o segundo grau e nesse ano a família se transfere à capital argentina, onde Che se matricula na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires. Simultaneamente aos estudos, também trabalha como enfermeiro no município de Buenos Aires, em barcos mercantes e na clínica do Dr. Pisani, considerado o melhor especialista da Argentina em Alergia, experiência que lhe servirá para realizar trabalhos de pesquisas. Pratica esportes: xadrez, futebol, natação.

Em 1950, estudante de Medicina, empreende uma viagem pelo interior do país, conduzindo uma motocicleta, antecedendo seu sua viagem pelo continente. Percorre 12 províncias do interior do país, cerca de 4500 km. Fundou a revista Tackle.

Em dezembro de 1951, em companhia de seu amigo Alberto Granado e da Poderosa II (motocicleta), inicia um percurso pela América que começa ao sul da Argentina e os leva a Chile, Peru, Colômbia e Venezuela, e como registra em suas anotações pessoais, isso provocou-lhe tamanhas mudanças do que poderia imaginar. A viagem é feita em motocicleta, em caminhões de carga, como caroneiros em barco ou em uma simples balsa pelos rios caudalosos da América. Em San Pablo, Peru, trabalham durante algum tempo em um leprosário. Em Caracas os amigos se separam. Che regressa a Buenos Aires para terminar seus estudos de Medicina.

Em junho de 1953 se graduou como médico, e sai de novo, em 7 de julho de 1953, de Buenos Aires, rumo a Bolívia com seu amigo Carlos “Caliça” Ferrer – 6 mil quilômetros em trem – atravessa o lago Titicaca, volta ao Peru e mais tarde está no Equador, daí seguindo a Panamá e depois Costa Rica e Nicarágua, El Salvador e, finalmente, Guatemala. Caminhos de revolução que o aproximam pela primeira vez ao que definira como uma autêntica revolução.

Che leu muito e viu muito mais em suas viagens pela América, o que o conduz a um contato muito estreito “com a miséria, com a fome, com as doenças, com a impossibilidade de criar um filho por falta de condições, com o embrutecimento provocado pela fome e pelo castigo contínuo...” A essa singular experiência agrega-se um acontecimento de repercussões inimagináveis, o encontro com cubanos que tomaram os quartéis de Moncada e Bayamo e que estavam exilados na Guatemala. Dentre eles destaca-se a presença de Ñico López, homem de esquerda, com o qual se produz uma total afinidade e através do qual Che começa a conhecer Fidel Castro, líder do movimento para alcançar a plena libertação de Cuba.

Com a invasão mercenária contra o governo de Jacobo Arbenz, o governo norte-americano consegue a derrubada da revolução da Guatemala, em junho de 1954, e Che decide viajar ao México. Na viagem de trem ao país asteca conhece Júlio Roberto Cáceres, “El Patojo”, com quem trabalha como fotógrafo ambulante na capital mexicana, ao mesmo tempo em que realiza pesquisas científicas.

Em outubro de 1954 reata suas relações com Ñico López e com os revolucionários cubanos residentes no México. Uma noite de julho de 1955 conhece Fidel, e ao terminar o encontro, Che era um dos futuros expedicionários do Granma.

Em meados de 1955 contrai matrimônio com Hilda Gadea, com a qual teve uma filha, Hildita. Em junho de 1956, junto com Fidel e outros companheiros é feito prisioneiro. Quando o iate Granma parte de Tuxpan, em 25 de novembro de 1956, Che tinha a responsabilidade de ser o médico da tropa.

Depois vêm dois anos de guerra, a dispersão inicial, o reagrupamento, a organização das forças, as batalhas: Alegria de Pío, La Plata, Arroyo del Infierno, o Uvero, Bueycito, El Hombrito, Pino del Agua, Mar Verde, Altos de Conrado, Santa Rosa.

Em Alegria del Pío, uma rajada lhe fere no pescoço. Em Uvero, em 28 de maio, se destaca por sua bravura. Em La Plata, junto a Fidel e outros companheiros, atacam de frente o quartel. Converte-se em um tático e estrategista insuperável, demonstrado em toda sua trajetória de luta em terras cubanas. Em julho de 1957 é o primeiro expedicionário do Granma promovido a comandante e designado chefe da segunda coluna do Exército Rebelde, a número 4. Em Altos Conrado é ferido em um pé.

Com a asma, a mochila e o fuzil às costas realiza marchas intermináveis. Funda o jornal “El Cubano Libre”, cura, combate, organiza. Participa na derrota da ofensiva de verão da tirania à frente a sua tropa. Depois do combate de Santa Rosa fica responsável pela Escola de Recrutas de Minas del Frío.

Em 31 de agosto de 1958 inicia a invasão à parte ocidental do país, no comando da coluna 8 “Ciro Redondo”, com o objetivo essencial – seguindo as ordens do Comandante Fidel Castro – de cortar o fornecimento do Exército da ditadura às províncias orientais, agrupar as forças revolucionárias do território de Las Villas e conduzi-las sob um comando único. Em 9 de setembro tem seu primeiro encontro com as tropas inimigas, na La Federal, e o segundo em 14 de setembro, em Cuatro Compañeros. A coluna chega à região montanhosa de Las Villas em 16 de outubro, começando assim a histórica Campanha de Las Villas. São tomadas suas principais cidades até finalizar com a Batalha de Santa Clara e a rendição das tropas inimigas em 1º de janeiro de 1959.

Exemplo, multiplicidade e integridade o distinguem, quando apesar de suas enormes responsabilidades edita o jornal El Cubano Libre, em 1957, no qual, com o pseudônimo de Franco atirador redige diversos artigos, em permanente tarefa educativa, e em fevereiro de 1958 funda a Radio Rebelde. Além disso, cria pequenas indústrias de guerra com o fim de satisfazer necessidades primárias da contenda.

Ao triunfo da revolução, por ordens de Fidel, parte a Havana para ocupar a Fortaleza de São Carlos de La Cabaña. Chega à frente de sua coluna em 3 de janeiro de 1959. Em 2 de junho de 1959 contrai matrimônio com Aleida March de la Torre, combatente que conhece na serra de Escambray, com a qual tem quatro filhos: Aleida, Camilo, Célia e Ernesto.

Após o triunfo revolucionário lhe são designadas múltiplas responsabilidades de Estado e de governo, primeiro como Chefe Militar de La Cabaña e de Capacitação do Exército Rebelde; posteriormente chefe do Departamento de Industrialização do INRA (Instituto Nacional de Reforma Agrária), presidente do Banco Nacional, Chefe Militar da Região de Ocidente, Ministro de Indústrias, membro da Direção do Partido, com responsabilidades na Junta Central de Planificação (JUCEPLAN). Recebeu os títulos de Cidadão cubano, Doutor Honoris Causa em Pedagogia e Filho Adotivo de Cabaiguán e Fomento.

Desde 1959 desempenha diversas funções dentro da Política Exterior da Revolução Cubana. Viajou à frente de numerosas delegações, destacando-se as visitas realizadas nos países que constituíam o Pacto de Bandung, precursor do Movimento dos não-Alinhados; a assinatura de convênios com os países socialistas, sua participação em conferências internacionais em Punta del Este, Uruguai, em 1961; preside a delegação que participa da Conferência das Nações Unidas sobre comércio e Desenvolvimento, que se realiza na Suíça, em 1964; preside uma delegação à Assembléia Geral da ONU em 1964, onde pronuncia um histórico discurso. Em 1965 participa na Conferência de Argel, em 24 de fevereiro e pronuncia um discurso muito importante.

O legado de seu pensamento teórico, dinâmico e criativo ficou registrado em numerosos artigos e entrevistas, em edições nacionais e internacionais. Fundou as revistas Verde Olivo, Nuestra Industria e Nuestra Industria Económica. Publica os livros Guerra de guerrilhas e Pasajes de la guerra Revolucionária, além de documentos de transcendência universal: “El Socialismo y el hombre em Cuba” e o mundialmente conhecido como “Mensaje a la Tricontinental”.

No âmbito militar, como Chefe Militar do Ocidente, durante a invasão mercenária por Playa Girón estabeleceu a chefatura em Pinar del Rio, do mesmo modo em que na Crise de Outubro, instala o comando na Cueva de los Portales, na mencionada província. Como Ministro da Indústria assentou as bases do desenvolvimento industrial do país, multiplicando a instalação e ampliação de fábricas com um sentido integral, com o objetivo de garantir a construção socialista no país.

Em 1965 começa um novo ciclo em sua vida, determinado pelo internacionalismo revolucionário. Em abril daquele ano dirige sua carta de despedida a Fidel e ao povo de Cuba, onde destaca: “Outras terras do mundo reclamam a colaboração de meus modestos esforços”.

Em abril de 1965 chega às selvas do Congo, onde permanece por sete meses. Em 1966 por insistência de Fidel, regressa a Cuba, onde incógnito se prepara junto a um grupo de companheiros e parte depois, em 23 de outubro do mesmo ano, para a Bolívia para consagrar-se à causa da libertação da América Latina.

Na Bolívia, comanda o Exército de Libertação Nacional (ELN), travando numerosos combates durante os onze meses em que se estende a peleja, contra um exército treinado e armado por assessores estadunidenses.

No combate de Quebrada del Yuro, em 8 de outubro de 1967, com feridas em uma perna que lhe dificultavam caminhar, com o fuzil destruído por um balaço e sem o carregador de sua pistola, é feito prisioneiro e conduzido ao povoado de La Higuera. É assassinado no dia seguinte na escolinha de la Higuera, por ordens da CIA e do Alto Comando do Exército boliviano.

Seu cadáver foi sepultado em uma vala comum em Vallegrande, com outros combatentes caídos ou assassinados no combate de Quebrada del Yuro, considerado seu penúltimo combate porque seu exemplo continua sendo um estandarte de luta e porque, como disse Fidel, “...de Ernesto Guevara nunca se poderá falar no passado...”

Durante 30 anos seus restos mortais permaneceram naquela localidade, até a data de sua descoberta, em 28 de junho de 1997 e seu traslado a Cuba, em 12 de julho desse mesmo ano. Posteriormente, as províncias de Ciudad de La Habana, La Habana, Matanzas e Villa Clara, representando o povo de Cuba, prestam-lhe homenagem póstuma e em 17 de outubro, seus restos mortais juntamente com os dos outros combatentes encontrados naquela data, são depositados no mausoléu que leva seu nome, na cidade de Santa Clara, com o qualificativo outorgado pelo companheiro Fidel, de “companheiros heróicos do destacamento de reforço”.

Realizada pelo Centro de Estudos Che Guevara
Havana, Cuba

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



ZZ - ESTUDAR SEMPRE

  • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
  • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
  • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
  • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
  • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
  • As armas de ontem, por Max Marambio,
  • BOLÍVIA jakaskiwa - Mariléia M. Leal Caruso e Raimundo C. Caruso
  • Cultura de Consumo e Pós-Modernismo - Mike Featherstone
  • Dissidentes ou mercenários? Objetivo: liquidar a Revolução Cubana - Hernando Calvo Ospina e Katlijn Declercq
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  • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
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  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
  • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
  • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
  • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
  • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
  • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
  • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
  • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
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  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
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  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
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  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
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  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira