
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Che (1): homem e exemplo

Escrito por Pietro Alarcón | |
08-Out-2007 | |
Lembro que nos setenta a imagem do Che, estampada no muro de algum lugar da avenida e algo desgastada pelo sol e a chuva, me aguardava todos os dias quando me dirigia à Escola. Anos depois, ao final dos oitenta, observei a mesma imagem, quando no meio da praça que leva seu nome – Praça Che – na Universidade Nacional de Bogotá, discutíamos em um encontro estudantil sobre a necessidade de lutar pela redução do valor das matrículas, nossa oposição à guerra contra a União Patriótica e a solidariedade mais efetiva com o movimento agredido pelo paramilitarismo.
De volta a nossa Universidade, surgiu a idéia de desenhar um imenso Che em um dos muros centrais da Faculdade. Com um modelo pré-desenhado o trabalho foi mais simples do que pensávamos. Demoramos cerca de três horas – entre as 22 de segunda e a primeira hora da terça-feira.
À manhã seguinte o Che estava lá, eterno. Os cabelos ao vento. O olhar no futuro. E não foram poucos os que vieram a dar os parabéns para a gente. Época de lutas na rua, "Livros Sim... Armas Não!", de música e sonhos, os que não se vão ainda que amadureçam e mudemos de cenário.
Quarta feira, cedo chegamos à Faculdade. Para nossa surpresa: cadê o Che? Em seu lugar, a parede, agora pintada de branco, um branco intenso, para apagar qualquer sombra. Não pensamos muito, essa noite estava tudo pronto de novo. Na quinta, o Che estava lá. Montamos guarda a noite toda. Os porteiros não deixaram que ingressássemos na Universidade. Mesmo assim vigiávamos em sistema de rodízio. Descobrimos o que já sabíamos, a direção da faculdade contratou pintores para executar o serviço. Os pintores – três – foram convencidos de que não existiam condições objetivas para retirar a imagem, que passou a ser o símbolo da luta ideológica. Era questão de princípios: a pintura do Che era muito mais do que um capricho, pois representava o espírito de resistência organizada de um movimento estudantil que teimava em prosseguir, apesar das ameaças constantes à vida. E nada era mais vivo que o nosso Che. Aquele que, como todo que amamos, o consideramos nossa propriedade. Ao dia seguinte, festa na Faculdade, um grupo de alunos coletou mais de 1000 assinaturas para manter o Che. O resto foram reuniões, discursos, a Universidade sitiada, enfim, histórias a contar em outra oportunidade.
A “luta ideológica”
Sempre acho que, desde esse episódio, das clássicas formas de luta que se registram tradicionalmente na sociedade entre aqueles que impulsionam a transformação em prol do progresso e a justiça contra os que teimam em perenizar seus privilégios, a luta ideológica me pareceu a mais complexa. Isso porque a idéia é gerar uma consciência tal que motive ou bem seja uma atuação pela modificação ou uma pela conservação do status quo.
Nesse campo ideológico, a reconstrução do passado de conquistas e experiências dos movimentos sociais e das constantes práticas políticas dos trabalhadores, camponeses, intelectuais, ou seja, do acervo de lutas dos povos, constitui um dever. Até porque as constantes pressões dos meios de comunicação – aqueles em mãos de transnacionais midiáticas e com laços indissolúveis com a esquematização e mantença do poder por minorias sociais - criam caos, semeiam confusões, distorcem realidades, acomodam fatos. Enfim, tentam sempre impedir o reconhecimento justo aos seres humanos que, para além da própria vida, permitem inspirar a atuação presente e, ainda, oferecer um caminho em perspectiva vitoriosa, com reflexões e ações que, embora desde outra época, ainda podem encontrar validez, quando interpretadas com criatividade, diante do flagrante desrespeito à dignidade humana.
Não em vão divulgam valores a partir da promoção de certos heróis e falsos messias, proclamam símbolos que supostamente encarnam os desejos de todos Ainda que finjam de profetas, sabe-se do seu compromisso com poderosos esquemas. Tratam, assim, de moldar pensamentos de muitos, para sustentar ou dar estabilidade à situação que favorece apenas a uns quantos.
O fenômeno não é novo. É mais uma constante histórica. O Império Romano mostrava Espartacus, o pastor trácio que lutava contra a escravidão desde o Monte Vesúvio, de maneira sistemática como um assassino, visando criar uma imagem profundamente negativa entre as chamadas personas livres. Em que pese a máquina de propaganda da minoria romana no poder, a força do exemplo de Espartacus tem sido permanente no desenvolvimento de outros episódios em que se pretende o reconhecimento ou ampliação dos direitos.
Claro está que, no terreno da luta social, há os referentes legítimos, aqueles que os povos reconhecem, pessoas de carne e osso, que nascem e desenvolvem seu pensamento e ação nas mais difíceis circunstâncias. Como homens, seu diagnóstico sobre assuntos como a correlação de forças em determinado momento e espaço, sobre a conjuntura e a capacidade para agir em favor das mudanças, pode ser sempre discutido, – ao final, são homens, isso não desmerece sua atuação, pelo contrário, a dignifica ainda mais. Contudo, seu compromisso com a mudança histórica necessária, sua legitimidade ética, sua honestidade e transparência como atores históricos não admitem dúvidas. Esses aceleram o curso da história e fazem trânsito a ela e nela.
Como o vitupério não faz efeito – insensível, brutal -, então um setor dos formadores de opinião a serviço de interesses bem conhecidos usa uma outra fórmula: pretende convertê-lo em ícone inofensivo, um mito ideológico do qual se retira seu profundo potencial transformador. Assim, aventureiro irracional ou romântico ou até inatingível para o comum dos mortais são adjetivos nesse sentido, como se a aventura e o romance não fossem inerentes ao ser humano ou como se sua vida tivesse transcorrido fora da história.
Não, nada há fora da história e, nela, Che, assim como naquele tempo de estudante, continua vivo. Na verdade, não sem certa alegria constatamos que, se há quem tem necessidade de falar tão mal de alguém cuja morte faz 40 anos neste 09 de outubro, então, não há melhor reconhecimento de que seu pensamento, ação, sonhos, imagem e representação persistem ao tempo. No caso, não somente isso acontece, mas Che é ainda escandalosamente ameaçador para aqueles assentados nas galerias atuais do mais selvagem dos modelos econômicos.
Assim, a lembrança na nossa época não é melancólica, mas profundamente alegre. Como tampouco a reflexão sobre o vigor do pensamento de Che é uma retrospectiva dogmática ou uma leitura mecânica, mas apenas a constatação de que a apropriação criativa das experiências é uma virtude para todos os que pretendem contribuir a novos tempos.
Do nascimento à medicina
O caso é que, como se sabe, Che nasce no inverno austral de 1928 na Mesopotâmia Argentina, na antiga região Guarani, de sangre irlandesa e espanhola. Aos dois anos, após uma pneumonia, descobre-se a asma que, aliada ao mate, serão seus companheiros por toda a sua existência.
Sua primeira infância em Alta Gracia, na Serra de Córdoba, transcorre em um cenário no qual se misturam a austera elegância pós-colonial e o surgimento de uma classe operária, que prontamente é marginalizada. Ainda que alguns, dentre eles o próprio pai - Ernesto Guevara Lynch –, reconheçam a preocupação do Che com a questão social desde os tempos de juventude, é sabido que ele rejeitava essa idéia:
“No tuve nunca preocupaciones sociales durante la adolescencia ni participé mínimamente en la lucha política y estudiantil en Argentina”, diz em carta ao escritor Lisandro Otero, em 1963.
Como atesta seu amigo de sempre, Alberto Granado, o que nunca poderia ter rejeitado, ainda que quisesse - e nem sequer por excesso de modéstia -, era sua vocação pela leitura. Pré-adolescente asmático, sem poder realizar grandes esforços físicos, a doença o obrigava a permanecer tranqüilo, o tempo que aproveitava para ler obras de aventuras e personagens míticos. Desfilaram ante seus olhos Julio Verne, Alexandre Dumas e Emilio Salgari. Leu, também, o "Pequeno Príncipe" de Saint-Exupery ao tempo que mostrava notável interesse pela arqueologia e a antropologia.
Depois, as leituras de Paul Verlaine, de Baudelaire e Sartre, diretamente do francês e acompanhadas dos comentários da sua mãe – Célia de la Serna –, marcariam um aprimoramento da sua sensibilidade.
Caminhou, andou de bicicleta, praticou rúgbi, natação e alpinismo, estudou grafologia e decidiu-se primeiro a estudar engenharia, até que, em 1947, se inscreve na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires. Paciente de um famoso alergista da época – o Dr. Salvador Pisani –, passou, pouco depois, a ser seu colaborador.
Quando em dezembro de 1951 inicia sua viagem com Granado pela América Latina na motocicleta batizada como "A Poderosa", é indubitável que as motivações da leitura o acompanham, ainda que a desculpa oficial seja a visita a alguns leprosários com o objetivo de desenvolver pesquisas sobre alergias e vacinas. O desejo de conhecer o continente, de procurar o sentido da sua própria liberdade, será determinante no futuro e, nesse processo, suas leituras mudam, ligadas agora mais a conhecer a literatura hispano-americana.
Conhece a América desde o Chile até a Venezuela e, de volta a Buenos Aires, forma-se em medicina para, em julho de 1953, partir novamente, agora com preocupações que conjugam a ciência e o desenvolvimento do social.
De fato, a visão da difícil realidade econômica dos povos da América o impacta desde a sua primeira viagem e inspiram novos horizontes temáticos. Tudo o que é humano interessa, os ritos, as tradições, as lendas. Daí suas visitas a Machu Picchu, mas também às ruínas do antigo Império Maia na Guatemala em 1954 e às do Império Asteca em 1955.
Na Guatemala, no início de 1954, começa a trabalhar no projeto de escrever uma obra sobre a função do médico na América Latina. É a época de Jacobo Arbenz, o presidente que nesse país centro-americano promove um processo de reformas democráticas. Che prontamente se dispõe a trabalhar com o governo, até que a intervenção da CIA dará lugar ao golpe de Estado que conduzirá o Coronel Castillo Armas ao poder. Refugiado na embaixada Argentina, obtém uma bolsa para realizar estágio no Hospital Geral de México.
Em carta a sua mãe, em abril de 1954, declara: “De dos cosas estoy seguro: la primera es que si llego a la fase auténticamente creativa, entre los 30 y 35 años, mi ocupación exclusiva o al menos la principal será la física nuclear, la genética o una materia de este tipo, que reagrupe muchas de las cosas más interesantes del conocimiento; la segunda es que América Latina será el teatro de mi aventura con un peso mucho más grande de lo que había creído” .
No México, em 1955, Che começa a colaborar com um grupo de exilados cubanos que preparam a expedição à ilha, no intuito de lutar contra a ditadura de Fulgêncio Batista.
Ali, nesse instante, define-se muito de seu futuro, mas também do futuro de outros muitos.
Essa é uma história que também merece ser lembrada.
Pietro Alarcón, advogado, colombiano, é professor da PUC-SP.
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terça-feira, 9 de outubro de 2007
Cuba ajudou carrasco de Che a voltar a enxergar

Sargento boliviano que há 40 anos executou guerrilheiro foi operado de catarata por cubanos
Rory Carroll, The Guardian
Os Sem Terra na Universidade !

É de conhecimento público que a revista Veja tem publicado diversas matérias descaracterizando as experiências de educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST. As escolas dos assentamentos de reforma agrária são públicas, mantidas por prefeituras ou pelas secretarias estaduais de educação, nas quais o Setor de Educação do MST tem participado na construção de propostas pedagógicas, que contribuam para a compreensão dos territórios dos assentamentos, a partir das realidades da agricultura camponesa.
Na matéria em questão a Veja procura descaracterizar os cursos especiais de nível superior. Por meio de convênio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA com universidades federais e estaduais, o MST, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, entre outros movimentos camponeses têm participado como parceiros na realização de cursos de Pedagogia, Geografia, Agronomia, História, Direito etc.
A denominada “encenação teatral” é de fato um ato cultural que os movimentos chamam de “mística”. Neste ato, os alunos se utilizam de livros de história e literatura para representar fatos da história do campesinato: lutas, conquistas, massacres, costumes, danças, etc. A mística é uma arte em que por meio da música, teatro, poesia, os alunos manifestam suas leituras das realidades representadas.
Na matéria há a afirmação que “as disciplinas são definidas em assembléias”. Como é amplamente conhecido, os programas dos cursos são definidos pelas universidades. O que os alunos podem definir em assembléias são as escolhas por disciplinas optativas oferecidas.
A respeito da disciplina História dos Movimentos Sociais. Esta é uma disciplina optativa presente em quase todos os cursos. Evidente que um curso especial dirigido para um público específico, necessita ter disciplinas optativas que contribuam para a melhor compreensão de suas historias.
Calendário: todos os cursos oferecidos aos assentados acontecem nos meses de janeiro, fevereiro e julho, obedecendo a carga horário definida nos programas dos cursos.
“Privilégios na reserva de vagas”. O que a matéria denomina de privilégios nós compreedemos como direito. Esses jovens entraram nas universidades por meio de programa de políticas públicas criadas pelo Governo Federal para possibilitar o acesso desses jovens ao Ensino Superior. Considerando que os jovens do campo têm menos probabilidade de entrar na universidade, foram criadas políticas públicas específicas (denominadas de ações afirmativas) para garantir o direito desses jovens ao acesso a uma condição que seria impossível sem as políticas públicas. Portanto, eles concorrem entre eles. É o caso das políticas de cotas para negros. Essas políticas proporcionaram condições para que algumas unviersidades criassem cotas para alunos egressos de escolas públicas.
Che Guevara e Karl Marx. Livros desses dois pensadores estão presentes nas bibliografias de disciplinas específicas, assim como há centenas de outros autores para respectivas disciplimas. Destacar somente esses dois autores demonstra o desconhecimento das bibliografias dos programas dos cursos.
Quanto aos “fatos surpreendentes” há alguns pontos que queremos comentar para uma melhor compreensão da intencionalidade da matéria.
Primeriro “fato surpreendente” é que os cursos especiais ocorrem nas melhores universidades e que oferecem diplomas reconhecidos pelo MEC. Se o “surpreendente” tivesse sentido de magnífico, admirável, não seria de se estranhar. Mas não é esse o sentido. O sentido da matéria é de espantar, assombrar, ou seja, questiona: como é que os sem-terra podem estudar nas melhores universidades?
Outro “fato” é menção a um “currículo aparentemente convencional” em que predomina o discurso anticapitalista e o ódio ao agronegócio (sic). Essas ênfases correm por conta da jornalista. Os programas dos cursos possuem bibliografias críticas que analisam as desigualdades geradas pelo modo de produção capitalista e, principalmente, pelo agronegócio que expropria milhares de famílias camponesas todos os anos em quase todos os países do mundo.
Ainda há outras ênfases da jornalista que se refere a “visões dogmáticas”, “catequese marxista” e outros termos próprios da lógica da matéria, que procura descaracterizar, sem conhecer os cursos e sem apresentar evidências. Mas o que demonstra melhor o desconheicmento da jornalista é a afirmação que é o “sistema capitalista que financia os cursos especiais”. Ela ignora que o financiamento é de recursos públicos a partir dos impostos e não do “sistema”.
Por fim, ela fecha a matéria com um conhecido preconceito: que esses cursos representam um atraso e não contribuem para a formação de jovens numa sociedade moderna. Se a jornalista se propor a estudar de fato estes cursos e conhecer as comunidades onde esses jovens vivem, verá que estamos contribuindo para o desenvolvimento das comunidades camponesas. Isso é uma forma de atuar na sociedade moderna.
Ainda é importante informar que a jornalista telefonou para os coordenadores dos cursos especiais de Geografia da UNESP e de Pedagogia da UFMG. Ambos solicitaram que as perguntas fossem enviadas por e-mail e que as repostas fossem publicadas integralmente, sem cortes e intrepretações da jornalista. O que não foi aceito pela jornalista da Veja.
Bernardo Mançano Fernandes e Antonio Thomas Jr
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Reflexiones del PRESIDENTE FIDEL CASTRO, El CHE
Hago un alto en el combate diario para inclinar mi frente, con respeto y gratitud, ante el combatiente excepcional que cayó un 8 de octubre hace 40 años. Por el ejemplo que nos legó con su Columna Invasora, que atravesó los terrenos pantanosos al sur de las antiguas provincias de Oriente y Camagüey perseguido por fuerzas enemigas, libertador de la ciudad de Santa Clara, creador del trabajo voluntario, cumplidor de honrosas misiones políticas en el exterior, mensajero del internacionalismo militante en el este del Congo y en Bolivia, sembrador de conciencias en nuestra América y en el mundo.
Le doy las gracias por lo que trató de hacer y no pudo en su país de nacimiento, porque fue como una flor arrancada prematuramente de su tallo.
Nos dejó su estilo inconfundible de escribir, con elegancia, brevedad y veracidad, cada detalle de lo que pasaba por su mente. Era un predestinado, pero él no lo sabía. Combate con nosotros y por nosotros.
Ayer se cumplió el 31 aniversario de la matanza de los pasajeros y tripulantes del avión cubano hecho estallar en pleno vuelo, y nos adentramos en el décimo aniversario del cruel e injusto encarcelamiento de los cinco héroes antiterroristas cubanos. Ante todos ellos inclinamos igualmente nuestras frentes.
Con mucha emoción vi y escuché por la televisión el acto conmemorativo.
Fidel Castro Ruz
Destacan ejemplo del Che en proceso cubano
Santa Clara, Cuba, 8 oct (PL).— El Comandante de la Revolución Ramiro Valdés afirmó hoy aquí que Cuba se encuentra en un momento de combate, en el cual debe perdurar el ejemplo del guerrillero Ernesto Che Guevara.
Estamos en una hora de combate, la que tiene que ser, por tanto, la hora del Che, proclamó Valdés en un acto por el aniversario 40 de la caída en combate del guerrillero, el cual estuvo presidido por el primer vicepresidente cubano, Raúl Castro.
Valdés indicó que en las reflexiones de Fidel Castro y en el discurso de Raúl Castro el pasado 26 de julio están las claves de lo que se debe hacer en el país, "para asegurar el camino de la Revolución".
Apuntó que la nación se ha convertido en un hervidero de ideas, a partir de la invitación realizada para que en cada centro laboral y de estudio las personas puedan plantear sus críticas o comentarios sobre los principales problemas que los aquejan.
Los planteamientos del Comandante en Jefe y las palabras de Raúl Castro en Camagüey estimularon un amplio intercambio en el seno del Partido, de los colectivos de trabajo, de las organizaciones políticas, de masas, juveniles y estudiantiles, aseguró.
Consideró que dichas discusiones pueden aportar una mayor comprensión de los problemas, la búsqueda masiva de soluciones que "no podrán ser nunca mágicas y que tienen que basarse en el trabajo".
Asimismo, sugirió tener en cuenta durante las reuniones la capacidad del país para generar recursos y el bloqueo impuesto por Estados Unidos, que le ha provocado pérdidas al país por más de 89 mil millones de dólares en los 48 años de vigencia.
Lo que esperamos de este debate –precisó Valdés- es que nos ayude a romper con la inercia, el dogmatismo y el sentido burocrático, así como a desarrollar el enfoque creador y liberar, donde estén trabadas, las fuerzas productivas.
También se mostró esperanzado en que el proceso ayude a que surja una costumbre de revisar y actualizar críticamente las fórmulas aplicadas en la economía y distintas esferas de la vida para que se correspondan con las realidades cambiantes del país.
Alertó que los problemas se resuelven con ideas, imaginación y conciencia, pero también con recursos, "por lo que todo no se puede hacer de una vez, ni todas las necesidades planteadas podrán ser resueltas de manera inmediata".
Nuestra agenda es hacer cuanto resulte sensato y posible, eliminar lo que sea absurdo, conciliar cada logro y asegurar cada día más la plena soberanía del país, subrayó el dirigente.
En otra parte de su discurso, Valdés recordó la llegada de los restos del Che y sus compañeros de lucha en 1997 al mausoleo donde se realizó el acto de este lunes, los que fueron calificados entonces por Fidel Castro como un destacamento de refuerzo.
El también ministro de la Informática y las Comunicaciones fustigó al presidente estadounidense, George W. Bush, a su política guerrerista, y a los precios del petróleo, alimentos y mercancías de todo tipo, que ponen en aprietos a los países pobres.
Ante este panorama, conminó a las nuevas generaciones de cubanos a continuar aprendiendo de la vida del legendario guerrillero e imitar su ejemplo y determinación de defender el proceso socialista, al cual consideró irrenunciable.
Dez mil celebram 40 anos da morte de Che na Bolívia

Daniel Cassol - Especial para a Carta Maior
Comandante Fidel Castro homenageia Che no 40º aniversário de sua morte

Há 6 horas
HAVANA (AFP) — O presidente cubano Fidel Castro homenageou e expressou seu agradecimento ao revolucionário argentino Ernesto "Che" Guevara, no 40º aniversario de sua morte na Bolívia, em um artigo publicado no jornal oficial Granma.
"Faço uma pausa no combate diário para inclinar minha cabeça, com respeito e gratidão, ante o combatente excepcional que caiu em um 8 de outubro, há 40 anos", afirma Fidel, afastado do poder há 14 meses por uma grave crise de saúde.
No editorial com o título "O Che", o ditador cubano agradece a Guevara "pelo que tentou fazer e não pôde em seu país de nascimento, porque foi como uma flor arrancada prematuramente".
Fidel destacou o "exemplo" legado por Che à frente da coluna "que atravessou os terrenos pantanosos" em províncias do sudeste de Cuba quando lutou em Sierra Maestra e tmou a cidade central de Santa Clara.
"Cumpridor de honrosas missões políticas no exterior, mensageiro do internacionalismo militante no leste do Congo e na Bolívia, semeador de consciências em nossa América e no mundo", exaltou o líder cubano, de 81 anos.
O presidente provisório de Cuba, Raúl Castro, irmão de Fidel, por sua vez, participou do ato central em homenagem a Che Guevara na cidade de Santa Clara, a 300 km de Havana.
A cerimônia, que teve a presença da família Guevara e da cúpula militar e de governo, começou justamente com a leitura do artigo de Fidel Castro.
Os presentes também ouviram, pelos alto-falantes, a voz de Fidel Castro quando em 3 de outubro de 1965 leu a carta de despedida de Che, antes de partir para a guerrilha no Congo, e na qual o líder revolucionário escreveu a famosa frase "Hasta la victoria siempre" (Para a vitória sempre).
O ato aconteceu diante de uma gigantesca estátua de bronze de Che, no Memorial Ernesto Che Guevara, onde estão guardados os restos mortais do revolucionário, que chegaram a Cuba em julho de 1997, depois de serem encontrados em Vallegrande (Bolívia).
Ao chegar à praça, Raúl Castro, que substitui Fidel no poder desde 31 de julho de 2006, saudou a viúva de Guevara, Aleida March, que estava acompanhada dos filhos.
Santa Clara é o cenário das principais homenagens por ser a cidade que Che tomou, em dezembro de 1958, em uma batalha decisiva para o triunfo da Revolução Cubana.
Cuba e Bolívia encabeçam as homenagems em vários países da América Latina para recordar o lendário revolucionário capturado nas selvas bolivianas em 8 de outbro de 1967 e executado no dia seguinte por um soldado que cumpria ordens do governo.
Trabalho voluntário lembra os 40 anos da morte de Che Guevara
(vídeo produzido pela Brigada de Áudiovisual da Via Campesina)
Internacionalismo
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06/10/07 16h52 MST faz noite de confraternização e solidariedade em São Paulo
06/10/07 16h48 MST faz noite de confraternização e solidariede em São Paulo
05/10/07 10h43 40 anos da morte de Che: Veja mira Guevara e dá tiro no pé
04/10/07 14h48 Che e o legado revolucionário
04/10/07 14h38 A Vida de Che
03/10/07 10h32 Apresentações teatrais debatem exploração do trabalho no campo e na cidade

A Vida de Che - Viva Camandante!

Fidel, ao referir-se a Che, disse: “nos deixou seu pensamento revolucionário, nos deixou suas virtudes revolucionárias, nos deixou seu caráter, sua vontade, sua tenacidade, seu espírito de trabalho. O homem que deve ser modelo para nosso povo”.
Havana, Cuba
Por que Zurdo?
Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda. E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.
Vos abraço com todo o fervor revolucionário
Raoul José Pinto
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- Contos - Jack London
- Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
- Desonra, de John Maxwell Coetzee
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- Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
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- Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
- Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
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- O Alienista - Machado de Assis
- O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
- O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
- O Estrangeiro - Albert Camus
- O homem revoltado - Albert Camus
- O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
- O livro de Areia – Jorge Luis Borges
- O mercador de Veneza, de William Shakespeare
- O mito de Sísifo, de Albert Camus
- O Nome da Rosa - Umberto Eco
- O Processo - Franz Kafka
- O Príncipe de Nicolau Maquiavel
- O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
- O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
- O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
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- Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
- Os Miseravéis - Victor Hugo
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- Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
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- Vidas secas - Graciliano Ramos
- VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)
ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA
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- A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
- Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
- EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
- Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
- O Diário do Che na Bolívia
- PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
- Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret
ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO
- Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
- Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
- Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
- Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
- Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
- Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
- Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
- Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
- Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira