sexta-feira, 6 de junho de 2008

Arte engajada



Entrevista com Carlos Latuff
Por Jefferson Pinheiro e André de Oliveira, da Catarse – Coletivo de Comunicação

http://agenciasubverta.blogspot.com/2008/03/arte-engajada_27.html




“O Chico Caruso, num debate aqui na UFRJ, disse que não sou cartunista, sou ativista. Que quero botar fogo no mundo, enquanto ele e outros cartunistas como Jaquar e essa turminha querem construir uma mídia democrática para o Brasil: rá, rá, rá”.
Antes mesmo da entrevista começar, Latuff já botava a boca no trombone. Chegamos até ele para conversar sobre cultura livre, como parte de uma reportagem especial para a TV Brasil. Queríamos a palavra do artista que tem sua obra exposta nos folhetos zapatistas no México, no muro dos campos de refugiados palestinos no Líbano, nas revistas dos sindicatos coreanos, nos livros bielo-russos sobre anarquismo e em tantas outras causas humanistas de peso na atualidade.
Era preciso saber como ele encara toda essa influência do seu trabalho militante sendo negociado somente pelo valor da imagem e das idéias que elas trazem. Numa troca de custo zero, de livre uso por todas as pessoas que as quiserem reproduzir. Mas ouvimos mais. Latuff, além de construir novos padrões de compartilhamento da cultura, assume o engajamento político como essência de sua arte.

Catarse - Então, qual a tua arte, o teu trabalho?
O papel da arte não é ser correia de transmissão de políticas reacionárias. A arte que vale a pena hoje é aquela que questiona exatamente esses modelos. Ela tem que te colocar na parede, tem de fazer você sentir. Não precisa ser o tempo toda engajada, mas falta arte engajada.


Comparativamente, por exemplo, à época da ditadura, que você tinha muitos artistas que davam a cara para bater, que produziam arte de contestação no cinema, no teatro, na poesia, no desenho, pintura, escultura. Mas hoje, de acordo com o pensamento vigente, não existe mais necessidade de se levantar, de reagir, de questionar porque nós estamos na democracia. “Resistir só faz sentido quando você tem tanque na rua...” É um ledo engano pensar a liberdade dessa forma, porque hoje se vive num sistema autoritário, de pensamento único, em que a mídia dita para você o que é ou não verdade.

Democracia é o que tem lá nos Estados Unidos, que só dois partidos centralizam a disputa? Democracia é o Paquistão, porque os Estados Unidos apóia o regime? O governo norte-americano ao mesmo tempo em que diz que Cuba é uma ditadura, não se refere como ditadura ao governo do Paquistão, porque é pró-americano. Dizem que o Hamas ganhou as eleições legítimas, na Palestina. Houve observadores internacionais... Mas eles são considerados terroristas. Depois do 11 de setembro foi foda, inverteu tudo.

Então nem tudo pode ser arte engajada, porque senão fica chato. E nem tudo pode ser entretenimento, porque fica vazio. É preciso ter a combinação das duas coisas, que é o que não vemos atualmente. Hoje, é só entretenimento, e nele já tem a questão ideológica colocada, só que de maneira subliminar ou lúdica. As pessoas não percebem. Normalmente, o cara que assiste Jack Bower ou Tropa de Elite é daquele tipo: “Ah, eu não gosto de política, eu não sou político”. Mas já está sendo cooptado sem saber.

Tu acreditas no poder de transformação da tua arte?
Eu questionava se a charge poderia ser, de fato, um agente transformador. Eu pensava: “Porra, mas é só um desenho na revista, num jornal, na internet. Um desenho não pára um míssel, não pára uma bala”. Mas aí, conversei com um cara, em Gaza: “Vem cá, faz diferença meu trabalho para você”? Falou que sim, que dava ânimo para eles, levantava a moral. Aí ele me fez lembrar que um dos heróis do povo palestino é um cartunista: Najir Al Ali. Então pensei: “Caralho, é isso. Realmente faz diferença. A arte levanta a moral quando você está na crise, é um tapa no ombro, é um afago na hora que você precisa”.

As pessoas precisam conhecer teu trabalho para que ele tenha esse efeito, e até Gaza tem um caminho... Qual é a relação que tens com tua produção, na questão da distribuição, do uso das imagens?
Antes da internet, eu não tinha qualquer perspectiva de ter o meu trabalho exibido nacionalmente ou fora do Brasil, porque eu dependeria, teria de me vender para um grande truste de comunicação. Mas com a internet ficou plenamente possível a distribuição dessas imagens.

Quando você cria uma página na internet, um blog, ou envia um desenho por e-mail para alguém, existe um fluxo, é o que se diz de processo viral. Eu achava que esse fluxo se restringia ao mundo virtual. Mas aí é que vem a mágica do negócio: o sujeito vê aquele desenho na internet e tem a possibilidade de imprimir, reproduzir numa publicação. Fiz uma charge sobre o atentado contra Benazir Butto, e saiu em jornal de grande circulação lá na Turquia. Eles pegaram na internet.

Assim como acontece com o Comitê de Solidariedade aos Zapatistas, que pegava os meus desenhos e reproduzia em posters, folheto, panfleto, numa camisa. Os comitês de solidariedade à Palestina, ao Iraque, fazem da mesma maneira. E, aí, fodeu, aí corre… É um processo multiplicador. Eu não tenho controle sobre isso. É domínio público. E é isso que me importa, pois essas imagens apresentam uma visão diferente da grande imprensa burguesa e corporativa. São aquelas verdades inconvenientes que eles não querem que sejam vistas, mas a internet consegue quebrar esses bloqueios midiáticos. Então, para mim, como artista engajado, o copyleft é a melhor solução.

Tu não estás preocupado se pessoas ganham dinheiro com essa liberdade de uso das imagens? Como é tua arte ser de domínio público, de se apropriarem dela, mesmo que tu não saibas pra quê?
Aí vem o ativismo. Só é possível fazer isso com vistas a uma questão político-social. Não é uma questão monetária que está em jogo. Tem gente que usa esses desenhos para fins da militância, têm outros que são para embolsar, mas isso não é importante para mim. Por exemplo, a imagem do Che Guevara usando um kafia, aquele lenço que se coloca na cabeça... Aquele desenho, independente de neguinho faturar ou não, o que importa é que ele esteja rodando, esteja vivo.
Ano passado me mandaram uma fotografia de um campo de refugiados palestinos no Líbano e tinha esse desenho (mostra a camiseta que está usando) na parede. É isso que eu quero, que esses desenhos façam parte do ideário, do imaginário das pessoas, porque eles têm uma mensagem positiva sobre os palestinos que você não vê em lugar nenhum, porque o senso comum sobre os palestinos é que são terroristas, assassinos, fundamentalistas. Então, para quebrar o senso comum a melhor maneira, a que toca mais profundamente, é através da arte.

Muita gente vai soltar foguetes quando eu bater as botas, vai abrir champagne no dia em que eu morrer. Se você procurar no Google pelo meu nome, você vai ver gente que me ama e que me odeia. Num site chamado Likudnik, em Israel, me ameaçaram dizendo que Israel já deveria ter cuidado de mim de um jeito ou de outro. Então, é sempre possível que alguém tome uma providência contra mim. Mas aí vem o exemplo do Najir Al Ali, que foi assassinado em Londres. O trabalho dele continua rodando o mundo, o tempo todo. Isso é a vitória maior.


E como é isso de também usar a arte para sobreviver?
Tenho um trabalho paralelo que faço junto à imprensa sindical, desde 1990. Se construí uma carreira, consegui viver até hoje, comer, foi graças à imprensa sindical. Com meus pontos de vista, jamais poderia trabalhar na grande imprensa. A não ser que eu fosse uma espécie de Arnaldo Jabor, que me vendesse. Tem muita gente que tem um passado comunista ou de esquerda, que diante das “circunstâncias”, do chamado do canto da sereia da mídia, se vende. Franklin Martins era guerrilheiro, agora acho que é até ministro, né?

Eu achava que ter um passado guerrilheiro era credencial para alguma coisa. Porra nenhuma! Que aí, os caras ficam velhos e viram a casaca fácil! Como se essa coisa da queda do muro fosse a desculpa que precisavam: “Não tem mais a disputa ideológica de esquerda e direita… os tempos mudaram… agora é democracia”. Aí, os caras abrem as pernas. E vai trabalhar onde? Na Globo, para de repente bater nos movimentos que, no passado, ele tinha afinidade ideológica.

E a gente ainda vive numa luta de classes…
Evidente! Dizer que não existe luta ideológica é conversa fiada. Agora, “tudo é mercado”. É muito ruim, hein! Se fosse assim, bastava você pagar para ter publicado na grande imprensa qualquer conteúdo. Mas não é assim que a banda toca. Em 1999 eu queria fazer uns outdoors de uma exposição de charges sobre violência policial, com o título “A Polícia Mata”. Eu tinha o dinheiro, mas a empresa de outdoor se recusou. “Ué, mas não é o mercado? Não tinha o dinheiro?” Essas censuras são permanentes, continuam. Não é oficial, como na época da ditadura, mas agora você tem a censura do mercado, que é baseada também em questões ideológicas.

Eu lembro que a CUT tinha um esquema para montar uma emissora de televisão, com estúdio, tudo pronto, mas não conseguia a concessão. Como é que se dá concessão de rádio e TV? É uma questão mercadológica? Nada disso, é uma questão essencialmente ideológica. Mas tem sempre esses arautos do mercado, do liberalismo dizendo: “Não, caiu o muro, agora não tem mais esquerda e direita”.

Aqui que não tem! Neguinho bate no Chavez 24 horas! É uníssono. Não é possível que num país enorme como o Brasil, de norte a sul, todas as emissoras só batam no Chavez. Não pode haver essa unanimidade, tem de ter um contraponto. Até nos EUA, que são aquele monte de reaça, você tem contraponto. Sobre a guerra do Iraque, sobre a questão palestina, em Israel você tem o contraponto.

E o que tu achas sobre essas pessoas que transgridem com o direito autoral para fazer circular mensagens?
Tem um novo filme do Brian de Palma chamado “Redacted”, que já está na internet, devidamente legendado. Eu baixei e assisti. O Brian de Palma não tem trajetória de militância, é essencialmente um diretor hollywoodiano, comercial. Rapaz, esse “Redacted” é uma porrada, um soco no estômago. Mostra os eventos que antecederam ao estupro de uma menina de 15 anos, a sua execução e da sua família por soldados americanos em Samara, no Iraque. Se você não sabe que foi o Brian de Palma que filmou aquilo, você vai dizer que é o Michael Moore ou qualquer ativista de esquerda, comunista.

Fernando Botero, que não é artista engajado, é um pintor de galerias, viu aquelas imagens de prisioneiros sendo abusados em Abu Ghraib e resolveu fazer uma série de pinturas que incomodam as pessoas, e elas não estão à venda. A maioria das galerias dos EUA se recusou a exibir as pinturas. Ele, que sempre encheu o rabo de dinheiro com aquelas figuras rechonchudas, teve seu chilique. Então, mesmo que o sujeito não seja um ativista, se como artista, de vez em quando, comprar essas brigas, lutas justas, já está bom. Que você não vê um puto de um artista fazer concerto pela Palestina. Diversas outras campanhas que você possa imaginar, eles fazem: Darfur, as baleias, aquecimento global, o caralho de asas, mas você nunca tem da Palestina.

Eu espero que os artistas sejam tocados, porque a situação está muito feia. As idéias fascistóides estão brotando do chão como erva daninha, estão ganhando espaço, sendo bem recebidas pelas pessoas. A grande mídia tem servido de alto-falante para essas coisas. É preciso voltar a incomodar, o que não está mais acontecendo. Está todo mundo abraçando o pensamento comum: todo mundo só quer o entretenimento… E a ideologia vai sendo colocada na nossa bunda no entretenimento, mas ninguém sente. É preciso que os artistas tenham um ímpeto guerrilheiro.

Carlos Latuff é carioca e tem 39 anos. Começou sua carreira em 1989, como ilustrador numa pequena agência de propaganda. Em 1990, passou a trabalhar para a imprensa sindical. Após assistir a um documentário sobre os zapatistas, transformou sua arte em ativismo político, desenhando em favor de diversas causas. Seus cartuns são conhecidos no mundo todo e geram polêmica, principalmente por suas críticas a Israel e Estados Unidos, em oposição às guerras promovidas por esses países no Iraque, Afeganistão e Palestina.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Tributo à BO DIDDLEY (música de verdade é para sempre)




Morreu Bo Didley, um dos criadores do "rock'n'roll"

Miami, Flórida, 02 Jun - Bo Diddley, considerado um dos criadores do "rock'n'roll" com a canção "Bo Diddley", faleceu segunda-feira na sua residência na Flórida, aos 79 anos, em consequência de uma paragem cardíaca, informaram os "media".

As composições de Diddley, nome artístico de Ellas McDaniel, inspiraram gerações de músicos em todo o mundo.

O cantor, guitarrista e compositor morreu em Archer, no norte da Flórida. Em Agosto do ano passado tinha sofrido um ataque cardíaco.

Conhecido pela sua característica guitarra rectangular, os óculos e o chapéu preto com que aparecia nos concertos, é autor de êxitos como como "Craw-Dad", "Say Man", "Walkin'and talkin'", "Who do you Love", "Oh yeah", "Shave and Haircut" e "I'm a man".

Natural do Mississipi, antes de entrar no mundo da música trabalhou como carpinteiro e mecánico e costumava tocar nas ruas com os seus amigos.

O seu primeiro single, "Bo Diddley", lançado em 1955, deu a conhecer um novo ritmo, a partir de então conhecido como o "Bo Diddley beat".

Stédile "Janta" os Jornalistas da BAND TV










, por Raymundo Araujo Filho


São públicos os meus artigos criticando agudamente o Coordenador do MST João Pedro Stédile, no que tange a questão tática do não rompimento político dele com o (des)governo Lulla, colocando o MST nas ruas das cidades mais importantes, para urbanizar o debate sobre a Reforma Agrária, tirando o Movimento do isolamento que se encontra no interior do país.



No que tange às questões estratégicas sobre a Reforma Agrária, nunca tive divergências com a Direção do MST, pois a receita é simples e universal, para que os Assentamentos possam evoluir: Terra, Educação e Pequenas Agroindústrias, para @s pequen@s Agricultor@s.

Ontem, na entrevista concedida à equipe de jornalistas da BAND, capitaneada por Joelmir Betting, Fermando Mitre, Augusto Nunes e outro bobalhão que nem sei o nome, Stédile pode expor com exatidão várias questões colocadas como essenciais para o país, criticando o Neoliberalismo e as Transacionais e Grandes Oligopólios da Mineração e Agroindústrias.

E melhor, formulou críticas profundas e diretas ao (des)governo Lulla, à sua Política Econômica e à Paralização da Reforma Agrária. Este é o dado novo que começa a ser colocado de forma inequívoca e pública, mostrando que pode estar perto atitudes e posturas mais radicais de distanciamento deste (des)governo entreguista que temos.

Em que se pese a total distância em importância política entre o Coordenador do MST, de real importância e influência política, em relação a este que escreve (eu apenas penso), julgo que começa a se tornar fato possível uma tomada de posição de ruptura política com este (des)governo Lulla, o que, aí sim, poderia soar como palavra de ordem para que haja os embates políticos necessários para uma nova correlação de forças no país, e o desmascaramento desta política lesiva que sofremos, por aquele que foi eleito pra MUDANÇAS REAIS.

Um pequeno resumo das declarações do Stédile, nesta entrevista, nas palavras do próprio entrevistado (desminta-me quem puder, pois está gravado):

- O governo Lula não tem caráter popular, sequer de esquerda. É um governo de composição, onde setores conservadores e neoliberais são hegemônicos.

- O governo Lula tem de TOMAR VERGONHA NA CARA E PARAR DE MENTIR sobre a questão do número de assentados (e aí mostrou uma tabela do INCRA, onde diz que só em Santarém (PA) assentou 52 mil pessoas, entre outras DESLAVADAS mentiras.

- O Agronegócio é INCOMPATÍVEL com a Agricultura Familiar, pois vai na direção contrária desta, servindo apenas ao Capital Transacional, à Política Exportadora de Matérias Primas e à ocupação de grandes extensões de terras, com a expuldsão de gente do campo para as cidades.

- A solução para o Brasil é um tipo de desenvolvimento que privilegie o Mercado Interno e a distribuição de riquezas e dos meios de produção.

- As políticas compensatórias (Bolsa Família) agem como uma Anestesia, mas o principal problema que persiste é a TOTAL paralização da Reforma Agrária, deste governo.

- As hidrelétricas na Amazônia só servirão para gerar energia para mover as Siderúrgicas para exportarem matérias primas para os países ricos.

- Os biocombustíveis, notadamente o Etanol apenas ocuparão lugar da produção de alimentos, para facilitarem a exportação de combustíveis mais limpos para resolver parte dos problemas energéticos e de poluição do primeiro mundo, às custas da fome dos brasileiros.

- Quando arguído sobre a dispensa de uso de venenos pra o plantio de transgênicos, deu uma aula ao jornalista bobalhão que fez tal afirmação, mostrando que, ao contrário, estas sementes apenas existem para a aplicação casada dos venenos agrícolas das mesmas empresas.

- As OCUPAÇÕES (e não Invasões) de prédios públicos e áreas agrícolas sem função social, assim como área de grandes empreendimentos energéticos em desacordo com as Leis de Regulação Ambiental e Social existentes SÃO AMPARADAS POR LEI, EM SENTENÇA DEFINITIVA DO STF, com jurisprudência nacional e definitiva que ampara estas OCUPAÇÕES como LEGÍTIMAS. Impedindo assim, qualquer desocupação não negociada.

- Stédile disse: Sou completamente contra a presença de ONGs na Amazônia, por ocuparem a mando das empresas transacionais, os vácuos deixados pela ausência do Poder Público na Região. Que ponham lá o Exército e as Políticas Públicas necessárias para aquela gente.

- Os índígenas é que têm defendido as fronteiras brasileiras, e não o contrário. Não são eles a ameaça à integridade do território nacional.
(Neste momento exortou o Gen. Augusto Heleno a vir defender a Amazônia de seus reais predadores internacionais).

- A ocupação da Amazônia não se dará por via de invasão militar. Já está acontecendo pelo estabelecimento das empresas Transacionais e os Mega projetos excludentes da população pobre da região.

Estas, ao meu ver, foram as principais declarações do Stédile, pessoa insuspeita em suas reclamações, por estar até agora ao menos, em composição e não rompimento político com o governo federal.

Desminta-me quem puder! E não venham dizer que o Stédile está fazendo o jogo da direita .

segunda-feira, 2 de junho de 2008

DADOS SOBRE A SITUAÇAO SOCIOECONOMICA DA JUVENTUDE BRASILEIRA








Informações selecionadas a partir de estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Economica aplicada, do Ministerio do Planejamento) divulgadas em artigo do seu Diretor-presidente economista Marcio Pochmann( jornal valor economico 15 de maio 2008)
- Há 51 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos.
- 66% deles estão fora de salas de aula. Ou seja não estão estudando.
- Apenas 13% deles estão cursando curso superior.
- Apénas 48% dos que tem 17 e 18 anos estão estudando no ensino medio.
- A principal causa alegada para não estar estudando, entre os homens é ter que trabalhar para ajudar a familia e, a gravidez, entre as mulheres.
- 46% estão desempregados.
- E 50% dos 54% que estão empregados, trabalham sem carteira assinada. ou seja do total de jovens, apenas 27% tem emprego com carteira assinada, e por tanto direitos trabalhistas e previdenciarios. O que no futuro lhes trará muitos problemas.
- 31% de todos eles podem ser considerados miseráveis, pois possuem renda per capita inferior a meio salario minimo.
- 70% dos jovens considerados pobres, são negros.

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



ZZ - ESTUDAR SEMPRE

  • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
  • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
  • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
  • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
  • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
  • As armas de ontem, por Max Marambio,
  • BOLÍVIA jakaskiwa - Mariléia M. Leal Caruso e Raimundo C. Caruso
  • Cultura de Consumo e Pós-Modernismo - Mike Featherstone
  • Dissidentes ou mercenários? Objetivo: liquidar a Revolução Cubana - Hernando Calvo Ospina e Katlijn Declercq
  • Ensaios sobre consciência e emancipação - Mauro Iasi
  • Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araujo
  • Fenomenologia do Espírito. Autor:. Georg Wilhelm Friedrich Hegel
  • Fidel Castro: biografia a duas vozes - Ignacio Ramonet
  • Haciendo posible lo imposible — La Izquierda en el umbral del siglo XXI - Marta Harnecker
  • Hegemonias e Emancipações no século XXI - Emir Sader Ana Esther Ceceña Jaime Caycedo Jaime Estay Berenice Ramírez Armando Bartra Raúl Ornelas José María Gómez Edgardo Lande
  • HISTÓRIA COMO HISTÓRIA DA LIBERDADE - Benedetto Croce
  • Individualismo e Cultura - Gilberto Velho
  • Lênin e a Revolução, por Jean Salem
  • O Anti-Édipo — Capitalismo e Esquizofrenia Gilles Deleuze Félix Guattari
  • O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum - Antoine Compagnon
  • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
  • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
  • Os 10 Dias Que Abalaram o Mundo - JOHN REED
  • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
  • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
  • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
  • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
  • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
  • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
  • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
  • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
  • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira