terça-feira, 4 de março de 2008

A última entrevista do Comandante Raúl Reyes

por Aníbal Garzón & Ingrid Storgen [*]




O Comandante Raúl Reyes tombou no dia 1 de Março de 2008, juntamente com 17 guerilheiros das FARC-EP. Caíram vítimas do bombardeamento da Força Aérea Colombiana que destruiu o seu acampamento, ao Sul do Rio Putumayo. Esta ação confirma a criminalidade do governo fascista de Uribe, que tudo faz para sabotar saídas pacíficas para a situação colombiana. Ao recusar todas as gestões para a troca de prisioneiros de guerra e apostar tudo na solução militar o governo uribista põe em risco a vida dos prisioneiros e agrava a situação. O humanismo das FARC demonstrou-se no facto de – para libertarem prisioneiros e cumprirem a promessa feita ao Presidente Chávez – se terem arriscado a que os seus acampamentos fossem localizados através da espionagem electrónica das suas comunicações e dos satélites-sensores do imperialismo. Este risco foi excessivo, como agora se viu.
A entrevista que se segue foi a última concedida pelo Cmte. Raúl Reyes, na ante-véspera da sua queda em combate. Resistir.info presta homenagem a esta grande figura histórica de dimensão internacional.

Raul Reyes durante uma visita à Europa. Aníbal Garzón e Ingrid Storgen: Quando se pôs em andamento a famosa "Operação Emmanuel" acabou por ser preciso atrasá-la devido a operações militares estatais realizada próximo do lugar onde iam ser feitas as libertações. Que objectivo acreditam as FARC que poderia existir por trás da táctica militarista de Uribe ao realizar tais actividades em pleno lugar da operação (no Departamento de Meta) ponde em perigo a vida dos reféns?


Raúl Reyes: Por trás da táctica militarista de Uribe de impedir a libertação destes prisioneiros, sãos e salvos, está a absoluta recusa deste governo à troca e às saídas concertadas. Em nada lhe importa por em grave risco a vida dos prisioneiros. Finalmente, são mais de cinco anos sem que este governo se tenha interessado em facilitar a libertação desta gente. A assinatura do acordo humanitário requer a evacuação (despeje) dos municípios de Pradera e Florida, garantia negada pelo presidente Uribe e sem a qual as FARC não aceitam entrevistas com funcionários do governo actual em nenhum lugar.

A.G e I.S: Que mudança produziria nas FARC, e no contexto colombiano em geral, se se cumprisse a proposta de Chávez de conceder o status de actor beligente num conflito armado nacional e de repercussão internacional.

R.R: O reconhecimento de beligerância proposto pelo Presidente Hugo Chávez exprime o conhecimento cabal do conflito interno colombiano. Cuja solução definitória requer saídas políticas e reconhecer a existência de dois exército enfrentados por interesses políticos, sociais e económicos muito diferentes. O exército oficial, apoiado no paramilitarismo de Estado, e do outro lado o exército formado pelas guerrilhas revolucionárias das FARC e do ELN. A troca, ou intercâmbio de prisioneiros, será feita entre o governo e as FARC. Um dos entraves interpostos pelo governo colombiano para firmar acordos com a insurgência revolucionária é negar a sua existência histórica na vida política da Colômbia. Obstina-se em fechar os olhos perante uma realidade que o presidente Chávez, sim, observa com critério bolivariano e com o seu empenho generoso de trazer a paz aos colombianos. Em lugar algum do mundo é possível conseguir a reconciliação e a paz entre os contendores sem reconhecer a existência do adversário político.

A.G e I.S: Que opinião tem quanto ao movimento havido, a nível nacional e com internacionais, no passado 4 de Fevereiro de recusa às FARC. Que comparação se pode fazer a resposta a esse movimento anunciada para 6 de Março (Movimento Vítimas de Crimes de Estado)?

R.R.: A marcha de 4 de Fevereiro último foi organizada, promovida e financiada pelo governo de Álvaro Uribe. Ela contou com a contribuição dos meios de comunicação, os paramilitares conclamaram a dela participar. Os funcionários e empregados oficiais estatais foram forçados a vincular-se à mesma. As embaixadas e os consulados receberam instruções do Ministério dos Negócios Estrangeiros para participar na marcha e solicitar aos seus amigos apoios em cada país. É a marcha do governo da para-política contra a troca ou intercâmbio de prisioneiros e contra a busca da paz. Com o propósito de gerar ambiente nacional e internacional para promover a segunda reeleição de Álvaro Uribe.

A.G e I.S.: Foi divulgado que as FARC vão elaborar uma nova libertação de três ou quatro presos políticos[1]. Que objectivo se procura com isso, tanto a nível nacional como internacional? Acredita-se que haverá alguma resposta de Uribe?

R.R.: A libertação dos ex-congressistas Luis Eladio Pérez, Gloria Polanco, Orlando Beltrán e Jorge Eduardo Gechen Turbay e anteriormente de Consuelo González e de Clara Rojas é o resultado da persistência humanitária e da sincera preocupação pela paz na Colômbia do Presidente Hugo Chávez e da Senadora Piedade Córdoba. Também é a mais contundente manifestação da vontade troca das FARC, a qual exige a evacuação militar de Pradera e Florida por 45 dias, com presença guerrilheira e comunidade internacional como garantes, para pactuar com o governo nesse espaço a libertação dos guerrilheiros e dos prisioneiros de guerra em poder das FARC.

Internacionalismo

A.G e I.S: Quanto a uma visão mais internacionalista, a queda da URSS afectou negativamente o comunismo internacional. Acreditam as FARC que a retirada de Fidel como presidente do governo cubano afectará o socialismo cubano e em consequência o auge dos movimentos sociais latino-americanos e os governos de esquerda?

R.R.: A inesperada queda da URSS afectou negativamente boa parte dos Partidos Comunistas e sobretudo a construção socialista nos países da Europa teve um sério e longo retrocesso. O derrube do socialismo russo mostrou, sem lugar a equívocos, grandes falências ideológicas, políticas e estruturais desse modelo. Ao mesmo tempo que debilitou os partidos, também produziu no seu interior a depuração dos elementos farsantes e traidores que regressaram ao sistema capitalista sem vergonha alguma. Os Partidos e os seus militares de convicções sólidas mantiveram-se fieis ao acervo dos clássicos do Marxismo-Leninismo. Sem se deixarem confundir pela tormenta do capitalismo, que proclamava o fim socialismo, manteve-se Cuba, conduzida pelo seu Partido e o Comandante em Chefe dessa revolução triunfante. As FARC, representadas pelo Comandante Jacobo Arenas (falecido em Outubro de 1990) exprimiram com contundência a traição cozinhada na Rússia por Gorbachov após a enteléquia da perestroika e da glasnot. Dissemos naquela época, com a queda do muro de Berlim e do Socialismo, nem a fome, nem a pobreza, nem a miséria desapareceram entre os pobres, por isso a luta pela libertação dos povos e a construção socialista conserva plena vigência...

Hoje, tal como nesses temos, confirmamos mais uma vez que a opção da humanidade é o socialismo.

O Comandante Fidel Castro continua a iluminar, com luz própria e experimentada, a edificação do socialismo. O partido, seu povo e o novo chefe de Estado e de Governo de Cuba, avançam sem cessar pelo caminho traçado por Fidel e seus heróicos camaradas de luta.

História e conflito com o ELN

A.G e I.S: Há vários anos iniciaram-se diversos enfrentamentos entre o ELN e as FARC, em departamentos como Arauca, Nariño, Valle del Cauca e Cauca. Como sucedeu isso? Que repercussão teve quanto ao conflito contra o Estado uribista? E que solução vê as FARC?

R.R.: Na realidade, nada justifica os enfrentamentos armados entre o ELN e as FARC, por se tratarem de duas organizações revolucionárias comprometidas com a criação das premissas da luta pela conquista do poder político a fim de dar início à construção da sociedade livre de exploradores e sem explorados. Explicar os factores históricos de confrontação entre as duas forças é sumamente complicado neste espaço e de modo algum considero prudente atribuir toda a responsabilidade a uma das partes. No meu entender existe alguma culpa de parte a parte. O mais importante por agora é parar a confrontação entre revolucionários, assumindo em ambos os lados o compromisso de localizar os elementos infiltrados que alimentam o cizânia, a desqualificação, a falta de respeito a combatentes e massas, além de propalar rumores para aumentar hostilidades ou criá-las onde não existem. Estamos em vias de efectuar uma entrevista entre as duas chefias, para por fim a esta situação e fortalecer a unidade de acção, tendo em vista consolidar a luta contra o imperialismo e a oligarquia, pela nova Colômbia, a Pátria Grande e o Socialismo.

A.G e I.S: Em Setembro de 1987 criou-se a Coordenadora Guerrilheira Simón Bolívar, uma coligação entre diferentes grupos insurgentes (ELN, FARC, M-19, EPL, Frente Quintín Lame, MIR, PRT). Na actualidade, as FARC acreditam que seria positivo e possível realizar a re-criação da Coordenadora para unir o projecto revolucionário contra o governo de Uribe?

R.R.: A unidade da esquerda revolucionária, onde estão as guerrihas do EPL, ELN e das FARC, é uma necessidade de ordem estratégica. O nome de Coodenadora Guerrilheira Simón Bolívar insere-se exactamente dentro da nossa covicção bolivariana. Entretanto, o mais importante é superar a forma fatal de solucionar as diferenças.

A.G e I.S: As FARC fundaram-se como auto-defesas camponesas, mais tarde o seu objectivo foi a conquista do poder estatal para fazer a revolução socialista. Actualmente a táctica-estratégia parlamentar foi a mais utilizada na esquerda latino-americana desde a vitória de Hugo Chávez em 1999. Diante disto, as FARC continuam a defender a possibilidade de chegar ao poder mediante a luta armada-ataque ou só utilizam esta táctica como defesa da repressão, com possibilidade de futuras reformas de esquerda com um governo mais social-democrata?

R.R.: As FARC são uma organização político-militar que aplica a combinação de todas as formas de luta revolucionária para a conquista do poder. Coerente com esta definição de princípio, não subestimam a via eleitoral mediante uma grande coligação de forças anti-imperialistas bolivarianas, progressistas, revolucionárias, que mediante um programa de governo garanta a superação da crise, comprometa-se com a troca de prisioneiros e as saídas políticas para o conflito interno dos colombianos. Esta ideia está explícita na nossa Plataforma Bolivariana e no Manifesto firmado pelo nosso Secretariado, para um novo governo que garanta a paz com democracia e justiça social.

A.G e I.S: Nos anos 80, após as negociações de paz com Belisario Betancourt, fundou-se a União Patriótica como referente político da esquerda e a possibilidade de uma futura negociação de paz. Com a alta repressão e os milhares de assassinatos sofridos nas fileiras da UP, será que as FARC repensam a possibilidade de voltar a realizar a mesma estratégia como processo de paz?

R.R.: O genocídio a cargo do terrorismo de Estado contra a União Patriótica e parte considerável do Partido Comunista Colombiano demonstrou perante o mundo a intolerância e a criminalidade da classe governante do meu país, que além disso empurra os revolucionários a engrossarem as fileiras guerrilheiras para salvarem as suas vidas e manterem a luta política com as armas na mão. A UP foi liquidada a tiros pelos inimigos das saídas políticas. Facto que obriga a privilegiar o trabalho clandestino, como o Partido Comunista Clandestino e o Movimento Bolivariano pela Nova Colômbia, cuja militância para subsistir e crescer mantém-se na clandestinidade.

Regionalismo revolucionário latino-americano

A.G e I.S: Como vêm a situação da América Latina, a partir da onda de governos progressistas na região, juntamente com outros directamente revolucionários?

R.R.: Observa-se na América Latina uma viragem positivo para a esquerda revolucionária com a liderança de governos anti-imperialistas, progressistas, independentes, bolivarianos, a caminho do socialismo, com o compromisso de cumprir o mandato do Libertador de proporcionar a maior soma de felicidade possível aos seus povos. A Colômbia não será a excepção. Como bolivarianos, em meio à confrontação com governo da ultra-direita fascista e paramilitar, vamos pelo mesmo caminho sem que ninguém nem nada o impeça.

A.G e I.S: Qual é o papel que deve cumprir a solidariedade internacionalista como muro de contenção frente à terrível problemática que vivem os povos da América Latina, os colapsos financeiros e as guerras, em momentos nos quais o império agrava os planos de desestabilização e a conhecida estratégia da CIDA e do Estado de Israel como factores de extrema periculosidade?

R.R.: O caminho está no fortalecimento da unidade anti-imperialista, progressista e da esquerda revolucionária com a finalidade de unir esforços, aprender com as experiências de cada lugar, para cerrar fileiras contra os sinistros planos dos impérios e das oligarquias crioulas, empenhadas em perpetuar-se no poder à custa da destruição das organizações e projectos políticos contrários às suas políticas de exploração, espoliação, enriquecimento ilícito, narcotráfico, corrupção, opressão, pobreza e miséria, vertidas sobre os povos do continente. Impõe-se incrementar o internacionalismo, como expressão de solidariedade de classe.

Muito obrigado,
Raúl Reyes

Montanhas da Colômbia, 28 de Fevereiro de 2008

[*] Colaboradores do sítio web Kaos en la Red .

O original encontra-se em kaosenlared.net e em http://www.resumenlatinoamericano.org , nº 993


Esta entrevista encontra-se em http://resistir.info/ .

01/Mar/08

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



ZZ - ESTUDAR SEMPRE

  • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
  • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
  • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
  • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
  • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
  • As armas de ontem, por Max Marambio,
  • BOLÍVIA jakaskiwa - Mariléia M. Leal Caruso e Raimundo C. Caruso
  • Cultura de Consumo e Pós-Modernismo - Mike Featherstone
  • Dissidentes ou mercenários? Objetivo: liquidar a Revolução Cubana - Hernando Calvo Ospina e Katlijn Declercq
  • Ensaios sobre consciência e emancipação - Mauro Iasi
  • Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araujo
  • Fenomenologia do Espírito. Autor:. Georg Wilhelm Friedrich Hegel
  • Fidel Castro: biografia a duas vozes - Ignacio Ramonet
  • Haciendo posible lo imposible — La Izquierda en el umbral del siglo XXI - Marta Harnecker
  • Hegemonias e Emancipações no século XXI - Emir Sader Ana Esther Ceceña Jaime Caycedo Jaime Estay Berenice Ramírez Armando Bartra Raúl Ornelas José María Gómez Edgardo Lande
  • HISTÓRIA COMO HISTÓRIA DA LIBERDADE - Benedetto Croce
  • Individualismo e Cultura - Gilberto Velho
  • Lênin e a Revolução, por Jean Salem
  • O Anti-Édipo — Capitalismo e Esquizofrenia Gilles Deleuze Félix Guattari
  • O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum - Antoine Compagnon
  • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
  • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
  • Os 10 Dias Que Abalaram o Mundo - JOHN REED
  • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
  • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
  • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
  • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
  • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
  • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
  • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
  • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
  • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira