"O burocratismo, evidentemente, não nasce com a sociedade socialista, nem é um componente obrigatório dela. A burocracia estatal existia na época dos regimes burgueses com seu cortejo de sinecuras e lacaios, já que a sombra do orçamento prosperava um grande número de aproveitadores, que constituíam a "corte" do político de plantão. Em uma sociedade capitalista, onde todo o aparelho do Estado está posto a serviço da burguesia, sua importância como órgão dirigente é muito pequena e o fundamental é faze-lo o suficientemente permeável para permitir o trânsito dos aproveitadores, e o suficientemente hermético para prender o povo nas suas redes". (Comandante Che Guevara)
Assistindo ao documentário "Memoria Del Saqueo", sobre o genocídio social causado pelas medidas neoliberais do Gov. Menen, na Argentina, pode-se constatar como a burguesia brasileira é sutil em implementar suas políticas de sócio menor do capital internacional, fazendo com que o povo pague pelo entreguismo da nação. Lembro-me como a ditadura militar brasileira atuava, com suas sutis manobras da opinião e da consciência coletiva - em mensagens como: " Brasil, Ame-o ou deixe-o", ou utilizando os resultados da copa do mundo de 1970, para mitigar a população. No período pós ditadura, o golpe na eleições diretas elegeu Tancredo Neves, via colégio eleitoral, preservando os fundamentos da ditadura, com as medidas da política pragmática, da arte do possível. A partir do governo Collor, preparara-se o terreno para as grandes corporações com o discurso da democracia e da modernização da economia - ato contínuo sobre as reformas de Jango, estancada pela ditadura. No governo de Fernando Henrique, há a estabilidade da economia - Plano Real - e as privatizações do bem público, ao sabor do discurso de crescimento da economia Brasileira. Lula, com organização e coerência, dá seguimento a política neoliberal do livre mercado, conseguindo efetivar o projeto neoliberal, contendo os menos favorecidos com políticas assistenciais e o atrelamento de entidades que tem influência nos movimentos sociais importantes, como a CUT, em aliança com os tradicionais títeres da burguesia nacional, o sindicalismo de resultados da Força Sindical e CGT. E o pior, entrou no jogo hipócrita de barganha por voto no Congresso Nacional - mensalão e cargos por "projetos"- , garantindo apoios e maioria no parlamento. É a eclética aliança com a burguesia brasileira virando as costas para a população trabalhadora. Aliança com o povo, nem pensar! Vindo de onde vieram os elogios aos usineiros, pode-se esperar qualquer coisa.
As desregulamentações da economia, as privatizações, o livre mercado para a saúde - atitudes políticas -; e, o surgimento de um contingente de camelôs, o aumento substancial da violência no âmago da sociedade, a disseminação de seitas e religiões importadas do EUA, igrejas de diversos matizes evangélicos, do hedonismo comportamental das elites, contagiaram a toda sociedade.
Nesse encadeamento, o crime organizado equipara-se à força e ao poder do estado criam os grilões à sociedade e os padrões de conduta desta. Os lobys empresariais alimentam os "caixa dois" das campanhas eleitorais para o parlamento, arraigando-se em instituições como o judiciário, coincidentemente com a implantação do neoliberalismo no país. Evidencia-se a corrupção galopante, em qualquer âmbito governamental e da iniciativa privada, pautando a "democracia de fachada" do Oiapoque ao Chuí.
Assistam aos documentários ENRON e MEMÓRIA DE UM SAQUE. Exemplos de privatização da vida, da mercantilização do ser humano. O que sobra para a população é a barbárie.
Agora, no RS, numa manobra arquitetada pelos ricos da província, motivados na dívida da estrutura governamental e levada à prática com a hábil engenharia econômica da fundamentalista Yeda Crusius, organizando a mafiocracia neoliberal gaúcha, com o aparato da mídia, principalmente RBS, como tropa de choque do governo Yeda.
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