Martí teve a genialidade de superar as concepções revolucionárias existentes no seu país e ser, ao mesmo tempo, o mais universal dos cubanos.
Foi preso aos 16 anos, libertado pouco depois e morto aos 42 anos em “Dos Rios” quando regressava para construir uma nova pátria.
José Julian Martí y Pérez nasceu em Havana, na rua De Paula, nº 41, atual rua Leonor Pérez, nº 314, (hoje museu), de pais espanhóis. Don Mariano Martí y Navarro, primeiro sargento do Real Corpo de Artilharia, era natural de Valencia, e Leonor Peres Cabrera, de Santa Cruz de Tenerife, Ilhas Canárias.
Em sua formação na infância teve grande influência o professor e patriota Rafael María de Mendive – na escola San Pablo – que se comprometeu, desde 1866, a custear seus estudos de bacharelado. Porém seu mentor foi preso em 1869.
Suas idéias políticas aparecem publicamente pela primeira vez em janeiro de 1869, nos jornais clandestinos “El Diablo Cojuelo” e “La Pátria Libre” – poema Abdala – poucos meses depois do insurgimento de Carlos Manuel de Céspedes, em “La Demajagua”, em 10 de outubro de 1868.
Ainda muito jovem, Martí foi preso em 21 de outubro de 1869, condenado a seis anos de prisão política. Após um ano de prisão, desenvolveu trabalhos forçados, próximo ao atual Malecón.
Após breve estadia em “El Abra, na “Isla de Piños”, é deportado para a Espanha. Por duas vezes é operado das seqüelas do cárcere no seu corpo (1872), porém, mais difícil, é curar as dores da alma. Dedicará a sua vida, com a ação e a palavra, para que a Pátria também se cure.
Na Espanha não guarda nem alimenta ódios, apenas defende a independência e a justiça. Deixa amigos e se dedica aos estudos, licenciando-se em Direito Civil e Canônico além de filosofia e letras, formando-se com louvor em Zaragoza, em 1874. lá contou com o apoio e solidariedade do companheiro de juventude Fermin Valdés Dominguez, junto a quem fora julgado, acusados ambos por assinar uma carta em que classificavam como apóstata a um condiscípulo por alistar-se no oficialato espanhol, onde Martí reclamou para si a autoria.
Seu amigo foi condenado apenas a seis meses de prisão. Depois de visitar várias cidades eusopéias começa sua etapa americana ao chegar a Veracruz, México, em 8 de fevereiro de 1875. Conhece o mexicano Manuel Mercado – fiel amigo até o último dia – e se reúne com seus pais e irmãos.
Desde sua saída de Cuba, deportado para a Espanha, pode-se assinalar três etapas na sua vida: de 1871 a 1884 – formação intelectual básica; 1884 a 1889 – amadurecimento intelectual e político; e, 1890 a 1895 – total consagração à pátria.
Em 22 de novembro de 1878 nasce seu filho, José Francisco, o adorado Ismaelillo, fruto de seu casamento no México em 20 de dezembro de 1877, coma cubana Carmen Zayas Bazán.
Em 17 de Setembro é detido pela conspiração para a “Guerra Chiquita” e afirma para as autoridades que “Martí pertence a uma raça que não se vende” quando lhe exigem uma manifestação favorável à Metrópole. Regressará, finalmente, em 11 de abril de 1895, e cairá em combate poucas semanas depois, em 19 de maio, quando seus compatriotas, a quem devolveu a confiança, lutam novamente por uma Cuba Livre! Em seus últimos anos de vida trabalhou arduamente para impedir que os Estados Unidos – aonde viveu muitos anos – estendessem seu território para além do Rio Bravo, como haviam feito com o México, conforme revelou em sua carta inconclusa a seu amigo mexicano Manuel Mercado, escrita na véspera da sua morte.
Conheceu, amou e defendeu ao que chamou de Nossa América. Cronista de sua época, do passado e do futuro, jamais deixou de servir ao seu povo, e no último período de sua vida teve apenas um objetivo: a libertação de Cuba. Organizou o novo movimento independentista através do Partido Revolucionário Cubano (PRC), de base democrática onde unificou todas as forças populares com um só objetivo – a independência – e previu uma república diferente das experiências que conheceu em outras nações americanas.
Em 14 de março surge o primeiro número do periódico “Pátria”, dedicado à grande causa da independência, e em 10 de abril deste ano é fundado o PRC, onde Martí é eleito como delegado.
Depois dos iniciadores, Martí é e segue sendo o forjador mais completo da nação e nacionalidade cubanas.
Alguns pensamentos de José Marti
Cultura
"Conocer diversas literaturas es el medio mejor de libertarse de la tiranía de alguna de ellas".
"Siempre fue el amor al adorno dote de los hijos de América, y por ella lucen, y por ella pecan el carácter movible, la política prematura y la literatura hojosa de los países americaos".
"Ser culto es el único modo de ser libre".
"La poesía, que congrega o disgrega, que fortifica o angustia, que apuntala o derriba las armas, que da o quita a los hombres la fe y el aliento, es más necesaria a los pueblos que la industria misma, pues esta les proporciona el mode de subsistir, mientras que aquella les da el deseo y las fuerzas de la vida".
"¿Ni de qué vive el artista sino de los sientimentos de la Patria?".
Educación
"Saber leer es saber andar. Saber escribir es saber ascender".
"Los niños saben más de lo que parecen, y si les dijeran que escribiesen lo que saben, muy buenas cosas que escribirían".
"Todo hombre ha de aprender ha trabajar en el campo, a hacer las cosas con sus propias manos, y a defenderse".
"Los niños debían echarse a llorar, cuando ha pasado el día sin que aprendan algo nuevo, sin que sirvan de algo".
Ética
"La dignidad es como la esponja: se la oprime pero conserva siempre su fuerza de tensión. La dignidad nunca se muere".
"Ser bueno es el único modo de ser dichoso".
"Un hombre que oculta lo que piensa, o no se atreve a decir lo que piensa, no es un hombre honrado".
"Hay hombres que viven contentos aunque vivan sin decoro. Hay otros que padecen como en agonía cuando ven que los hombres viven sin decoro a su alrededor. En el mundo ha de haber cierta cantidad de decoro, como ha de haber cierta cantidad de luz. Cuando hay muchos hombres sin decoro, hay siempre otros que tienen en sí el decoro de muchos hombres".
"las palabras deshonran cuando no llevan detrá un corazón limpio y entero. Las palabras están demás, cuando no fundan, cuando no esclarecen, cuando no atraen, cuando no añaden".
"La palabra no es para encubrir la verdad, sino para decirla".
"Las palabras no valen sino en cuanto representan una idea".
Política
"No es rico el publo donde hay algunos hombres ricos, sino aquel donde cada uno tiene un poco de riqueza. En economía, política y en buen gobierno, distribuir es hacer venturosos".
"Adivinar es un deber de los que pretenden dirigir. Para ir delante de los demás se necesita ver más que ellos".
"El Derecho asegura a los pueblos y refrena a los hombres".
"Mientras la justicia no esté conseguida, se pelea".
"La miseria no es una desgracia personal: es un delito público. ¿ Será ley para el hombre en la naturaleza lo que no lo es para los animales?".
"Mejor sirve a la Patria, quién le dice la verdad y le educa el gusto que el que exagera el mérito de sus hombres famoso. Ni se a de adorar ídolos, ni de descabezar estatuas".
"Los peligros no se han de ver cuando se les tiene encima, sino cuando se los puede evitar. Lo primero en política, es aclarar y prever".
"¡ Sólo perdura, y es para bien, la riqueza que se crea, y la libertad que conquista, con las propias manos!".
"¡ Los árboles se han de poner en fila, para que no pase el gigante de las siete leguas!. Es la hora del recuento, y de la marcha unida, y hemos de andar en cuadro apretado, como la plata en las raíces de los Andes".
"El pueblo que quiera ser libre, sea libre en negocios. Distribuya sus negocios entre países igualmente fuertes. Si ha de preferir a alguno, prefiera al que lo necesite menos, al que lo desdeñe menos".
"De la justicia no tienen nada que temer los pueblos, sino los que se resisten a ejercitarla".
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