quarta-feira, 27 de junho de 2007

Friedman-Pinochet e o Sul globalizado.


Um artigo de Walden Bello

"Enquanto os economistas louvam o recém falecido Milton Friedman por ser ‘um paladino da liberdade cujo trabalho transformou a ciência econômica e mudou o mundo’, como anuncia em uma página inteira o New York Times, as pessoas do Sul recordarão o professor da Universidade de Chicago como o olho de um furacão humano que arrasou as suas economias”. A análise é de Walden Bello em artigo para a revista eletrônica www.sinpermiso.info Bello é professor de sociologia na Universidade das Filipinas e diretor executivo do instituto Focus on the Global South de Bangkok.

Walden Bello escreve no artigo traduzido pelo Cepat:

Para eles [latino-americanos], Friedman se associará durante muito tempo a duas coisas: reformas de livre mercado no Chile e “ajuste estrutural” nos países em vias de desenvolvimento. Pouco depois do golpe de estado contra o governo de Salvador Allende em 11 de setembro de 1973, formandos chilenos do departamento de economia de Friedman, que logo foram apelidados de “Chicago Boys”, tomaram as rédeas da economia e lançaram um programa de transformação econômica com ares de vingança doutrinal à luz de sua muito citada afirmação sobre como a liberdade política caminha ao lado do livre mercado. A ironia é que no Chile, o paraíso do livre mercado estava sendo imposto graças a baionetas de uma das ditaduras latino-americanas mais sanguinárias e isso não deve ter passado desapercebido ao guru.

E ainda assim Friedman visitou o Chile durante a ditadura defendendo um livre mercado radical, pilar do regime orientado às exportações, elogiando o General Augusto Pinochet pelo seu compromisso com um “mercado totalmente livre como uma questão de princípios”, e dando palestras com títulos como “A fragilidade da liberdade” que apenas podia ser irônico em um contexto como o do Chile. Inclusive depois de acusar aos seus críticos de empenharem-se em “crucificar-lhe” pelos abusos do regime sobre os direitos humanos, Friedman se orgulhava de sua inspiração doutrinal que descreveu como o “Milagre Chileno”.

A experiência chilena

Quando os seus discípulos acabaram com o país, efetivamente o Chile havia sido transformado para pior. As políticas de livre mercado submeteram o país a duas grandes depressões em uma mesma década, primeiro em 1974-75 quando o produto interno bruto (PIB) caiu 12% e outra vez em 1982-83 quando diminuiu outros 15%. Contrariamente às expectativas ideológicas sobre o livre mercado e o crescimento sustentado, o PIB médio no período compreendido entre 1974 e 1989 – a fase jacobina radical da revolução de Friedman e Pinochet – foi apenas de 2,6% comparado com quase 4% anual durante o período de 1951-71 no qual houve um destacado papel do estado na economia. Ao final do período do livre mercado radical, tanto a pobreza como as desigualdades aumentaram significativamente. A proporção de famílias vivendo abaixo da “linha de indigência” subiu de 12% para 15% entre 1980 e 1990, enquanto a percentagem vivendo abaixo da “linha de pobreza”, mas acima da indigência, incrementou de 24% para 26%. Isso significa que ao final do regime de Pinochet, ao redor de 40% da população do Chile, 5,2 milhões de pessoas num total de 13 milhões eram pobres.

Em relação à distribuição de renda, a fração da renda nacional obtida pelos 50% mais pobres da população caiu de 20,4% para 16,8%, enquanto a obtida pelos 10% mais ricos cresceu dramaticamente de 36,5% para 46,8%. Em relação à estrutura da economia, a combinação do crescimento errático com uma liberalização do comércio radical resultou na “des-insdustrialização em nome da eficiência para prevenir a inflação”, como o descreveu um economista, com a fração da produção manufatureira no PIB caindo de uma média de 26% ao final dos anos sessenta para apenas 20% ao final dos anos oitenta. Muitas indústrias metalúrgicas e outras empresas manufatureiras relacionadas com elas se viram em uma economia orientada para a exportação que favorecia a produção agrícola e a extração de recursos naturais.

Mitigar o friedmanismo

A fase radical Friedman-Pinochet da contra-revolução econômica no Chile chegou ao fim no princípio dos anos noventa, uma vez que a Concertación chegou ao poder. Em flagrante violação do Friedmanismo clássico, esta coalizão de centro-esquerda aumentou o gasto social para melhorar a distribuição da renda no Chile, reduzindo a proporção de gente vivendo na pobreza de 40% para 20% da população. Esta mudança, que aumentou o poder de compra interno, contribuiu para sustentar a média anual de crescimento econômico em 6% no período pós-Pinochet.

Entretanto, ao não querer o novo regime social-democrata desafiar as classes altas, se conservaram os traços básicos de uma política econômica neoliberal, incluindo a ênfase nas exportações agrícolas e exploração de recursos naturais. Esta focalização nas exportações de produtos primários criou enormes tensões ambientais. A superexploração pesqueira nas costas do Chile acompanhou a desestabilização ecológica às custas da expansão de viveiros de salmão fresco e mexilhões. A indústria madeireira exportadora fez com que os bosques autóctones do Chile se convertessem na segunda maior área desflorestada na América Latina depois do Brasil.A regulação ambiental, se reconhece, não se torna efetiva quando sistematicamente está submetida aos imperativos de um crescimento orientado para a exportação.

Exportar a “revolução”

O Chile foi a cobaia de um paradigma de livre mercado que foi endossado a outros países do terceiro mundo durante os primeiros anos oitenta através dos organismos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM). Umas noventa economias em vias de desenvolvimento ou pós-socialistas foram finalmente sujeitas aos “ajustes estruturais” do livre mercado. Desde Gana, até a Argentina, a participação do estado na economia foi subtraída drasticamente, empresas estatais passaram para mãos privadas em nome da eficiência, as barreiras protecionistas às importações do Norte foram eliminadas de um só golpe, retiraram-se as restrições aos investimentos exterior e mediante políticas para priorizar as exportações, as economias domésticas foram mais rapidamente integradas ao mercado capitalista mundial.

As políticas de ajuste estrutural (SAPs, na sigla em inglês) prepararam o terreno para a aceleradíssima globalização dos anos noventa das economias dos países em vias de desenvolvimento e geraram em muitos países as mesma pobreza, desigualdade e crise ambiental que as políticas do livre mercado no Chile. Excetuando o crescimento moderado posterior a fase Friedman-Pinochet, como admitiu o economista chefe para a África do Banco Mundial, “não pensamos que os custos humanos desses programas poderiam ser tão grandes, nem que os benefícios econômicos demorariam tanto em chegar”. As SAPs chegaram a ficar tão desacreditas que o Banco Mundial e o FMI mudaram o seu nome para “Poverty Reduction Strategy Papers” (Trabalhos Estratégicos para a Redução da Pobreza) no final dos anos noventa.

E ainda assim as políticas de ajuste de livre mercado foram tão incisivamente institucionalizadas que apesar de que em todo o mundo se consideram disfuncionais os seus resultados, seguem até hoje reinando. O legado de Milton Friedman continuará nos países em vias de desenvolvimento durante muito tempo. De fato, possivelmente não haja uma inscrição mais apropriada para a lápide de Friedman que a de William Shakespeare escreveu em Júlio César: “The evil that men do lives after them, the good is oft interred with their bones” (O mal feito pelos homens sobrevive a eles, o bem ao contrário é enterrado junto com os seus ossos).


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



ZZ - ESTUDAR SEMPRE

  • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
  • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
  • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
  • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
  • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
  • As armas de ontem, por Max Marambio,
  • BOLÍVIA jakaskiwa - Mariléia M. Leal Caruso e Raimundo C. Caruso
  • Cultura de Consumo e Pós-Modernismo - Mike Featherstone
  • Dissidentes ou mercenários? Objetivo: liquidar a Revolução Cubana - Hernando Calvo Ospina e Katlijn Declercq
  • Ensaios sobre consciência e emancipação - Mauro Iasi
  • Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araujo
  • Fenomenologia do Espírito. Autor:. Georg Wilhelm Friedrich Hegel
  • Fidel Castro: biografia a duas vozes - Ignacio Ramonet
  • Haciendo posible lo imposible — La Izquierda en el umbral del siglo XXI - Marta Harnecker
  • Hegemonias e Emancipações no século XXI - Emir Sader Ana Esther Ceceña Jaime Caycedo Jaime Estay Berenice Ramírez Armando Bartra Raúl Ornelas José María Gómez Edgardo Lande
  • HISTÓRIA COMO HISTÓRIA DA LIBERDADE - Benedetto Croce
  • Individualismo e Cultura - Gilberto Velho
  • Lênin e a Revolução, por Jean Salem
  • O Anti-Édipo — Capitalismo e Esquizofrenia Gilles Deleuze Félix Guattari
  • O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum - Antoine Compagnon
  • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
  • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
  • Os 10 Dias Que Abalaram o Mundo - JOHN REED
  • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
  • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
  • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
  • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
  • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
  • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
  • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
  • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
  • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira