nos Estados Unidos?
Cinco jovens profissionais que decidiram dedicar suas vidas, longe de sua pátria, à luta contra o terrorismo na cidade de Miami, centro principal das agressões contra Cuba.
Antonio Guerrero (Miami, 1958) Engenheiro em Construção de Aeródromos, poeta, dois filhos. Fernando González (Havana, 1963), casado, graduado do Instituto de Relações Internacionais (ISRI), do Ministério de Relações Exteriores de Cuba. Gerardo Hernández (Havana, 1965), casado, graduado do ISRI, caricaturista. Ramón Labañino (Havana, 1963), casado, três filhas, graduado de Licenciatura em Economia na Universidade de Havana, e René González (Chicago, 1956), casado, duas filhas, piloto e instrutor de vôo.
Antonio Guerrero Rodríguez
Nasceu o dia 16 de outubro de 1958 em Miami, no seio de uma família humilde. Seus pais são Antonio Guerrero Cancio (falecido) e Mirta Rodríguez Pérez.
Sua história estudantil começa em 1962, com um desenvolvimento em ascensão em todos os níveis educacionais e participação em atividades extra-escolares, com interesse especial em esportes como o beisebol e o futebol.
Em 1974 ingressa na União de Jovens Comunistas (UJC) ocupando o cargo de secretário organizador do Comitê de Base.
Ao concluir o instituto pré-universitário se ganha uma bolsa para estudar na antiga URSS Engenharia em Construção de Aeródromos. Em 1983 se gradua com um índice acadêmico de 4.7 e 5 pontos na tese de grau.
A seu regresso a Cuba é trabalha na Cubana de Aviação e começa a trabalhar como especialista C em arquitetura de aeródromos ocupando rapidamente o cargo de chefe de seção de aeródromos. No aeroporto foi secretário geral do comitê de base e secretário ideológico do Comitê UJC.
Em 1989 se lhes outorga a militância no Partido Comunista de Cuba (PCC).
Neste período contrai casamento com Delgis Cabrera Pontes e desta união nasce seu filho maior Antonio Guerrero Cabrera (Tonito), quem reside junto a sua mãe em Santiago de Cuba.
Se manteve trabalhando nas tarefas do aeroporto “Antonio Maceo”, onde recebeu avaliação de excepcionalmente positivo na principal obra que lhe foi atribuída, a ampliação da pista de dito aeroporto, tomada como exemplo de modelo construtivo e em cuja inauguração participou o Comandante em Chefe, a quem lhe explicou pessoalmente os pormenores da obra.
Em 1991, casa-se com a cidadã de origem panamenho Nitzia Pérez Barreto e ambos vão viver a Panamá. Desta união nasce seu segundo filho Gabriel Eduardo Guerrero.
Posteriormente se translada a os EE.UU., onde desempenha vários trabalhos eventuais até que através de uma amizade lhe oferece um emprego temporário melhor remunerado no departamento de obras públicas da Estação Aérea Naval de Cayo Osso.
Nos EE.UU. teve uma vida austera e singela, obtendo limitados rendimentos econômicos através de seu trabalho como ajudante num ateliê de manutenção em Cayo Osso.
Ali conheceu à norte-americana Margaret Becker (Maggie), com quem conviveu vários anos e contraiu casamento em 1998.
Durante sua permanência nos Estados Unidos atuou em silêncio, tratando de evitar as ações terroristas que organizaram, financiado e executado contra Cuba os elementos da extrema direita anticubana em Miami.
O 12 de setembro desse próprio ano Antonio Guerrero foi detento junto a outros quatro compatriotas pelo Escritório Federal de Investigações de Estados Unidos.
Durante 17 meses e 48 dias se lhe manteve em confinamento em solitário, isolado de seus outros colegas e dos demais presos.
Num juízo com evidente caráter político, Antonio Guerrero foi sancionado a corrente perpétua e a 10 anos de prisão, pelos supostos delitos de conspiração para cometer espionagem e ser agente estrangeiro não declarado.
Cumpre suas condenações no cárcere de máxima severidade de Florence, estado de Colorado.
Em seu caso se violam a quinta e sexta emendas da Constituição norte-americana, referentes ao devido processo e a um juízo rápido e imparcial. Não se cumprem, ademais, o Regulamento do Escritório de Prisões dos Estados Unidos e as regras mínimas das Nações Unidas para o Tratamento aos Reclusos, ao negar-se a Antonio em reiteradas oportunidades o direito à assistência médica.
Durante seu confinamento Antonio Guerrero tem escrito numerosos poemas, nos que se reflete sua confiança no futuro e seu amor à humanidade. Uma boa mostra de sua obra se encontra no livro "Desde minha altura" e no disco compacto "Regressarei", com versos de Guerreiro musicalizados por vários artistas cubanos.
Fernando González Llort
Nasce na Cidade da Havana o dia 18 de agosto de 1963. De procedência social obreira. Filho de Magali Llort Ruiz e Fernando Rafael González Quiñones. Tem duas irmãs: Marta e Lourdes. Está casado com Rosa Aurora Freijanes Coca.
Em 1968 inicia seus estudos e em todos os níveis de ensino se caracterizou por sua seriedade e dedicação, obtendo bons resultados docentes e com marcante participação em atividades produtivas, culturais e desportivas.
Em 1981 ingressa nas filas da União de Jovens Comunistas (UJC), como resultado de sua ascendente trajetória estudantil e política.
Do ano 1981 ao 1987 cursa estudos universitários no Instituto Superior de Relações Internacionais “Raúl Roa García”, ocupando diversos cargos na Federação de Estudantes Universitários (FEU) e na UJC, onde se projeta como dirigente estudantil exemplar. Gradua-se com diploma de ouro.
Durante seus estudos universitários se destaca ademais na promoção de eventos culturais, e participa ativamente nos festivais de teatro do centro de estudo.
Entre 1987-1989 cumpre missão internacionalista na República Popular da Angola numa brigada de tanques, recebendo ao finalizar sua missão as medalhas “Combatente Internacionalista” de segunda classe e “Pela Vitória Cuba - República Popular da Angola”, assumindo com estoicismo os rigores da contenda militar.
Como resultado da sua trajetória em 1988 se lhe outorga a militância no Partido Comunista de Cuba (PCC).
A raiz do incremento das atividades terroristas e provocações que têm lugar na década dos 90, Fernando sai a cumprir missões de controle e obtenção de informação sobre o acionar de vários cabeças e membros de diferentes organizações contra-revolucionarias radicadas na Florida.
Em junho de l998 as autoridades cubanas tinham entregado a uma missão de importantes especialistas do Escritório Federal de Investigações (FBI) volumosos expedientes e gravações, em cassetes de áudio e vídeo, sobre os planos terroristas dos grupos anticubanos radicados em Miami. Prometeram dar resposta às evidências apresentadas por Cuba. O dia 12 de setembro desse mesmo ano Fernando González Llort e outros 4 compatriotas foram detidos pelo FBI.
Desde então os cinco cubanos guardam injusta, humilhante e dura prisão, que incluiu 17 meses e 48 dias de confinamento em solitário em celas de castigo, sem ter cometido indisciplinas.
O juízo a Fernando e o resto de seus compatriotas se realizou na cidade de Miami completamente hostil para os acusados, violando-se as quinta e sexta emendas da Constituição dos Estados Unidos.
As autoridades puseram obstáculos a o trabalho da defesa ao demorar o acesso à documentação classificada e não entregar evidências do processo.
As irregularidades registradas durante o juízo a Fernando constituem também violações da Convenção Americana sobre os Direitos Humanos e do regulamento do Bureau de Prisões de Estados Unidos, bem como do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, e das Regras Mínimas para o tratamento dos Reclusos, estes dois últimos, documentos das Nações Unidas.
Fernando González Llort foi condenado a l9 anos de prisão pelos supostos delitos de ser agente estrangeiro não declarado e falsa documentação. Encontra-se no cárcere de máxima segurança em Oxford, Estado de Wisconsin.
Gerardo Hernández Nordelo
Nasce na Cidade da Havana o dia 4 de junho de 1965 no seio de uma família humilde, sendo o terceiro filho e o menor do casamento. Filho de Gerardo Hernández Martí (falecido) e Carmen Nordelo Tejera.
Sua infância se desenvolve na Víbora, caracterizando-se por ser muito ativo, estudioso e aplicado. Desde cedo foi admirado por sua educação formal, ressaltando-se sua esmero no trato, ajuda e respeito para os anciãos.
Transita de maneira marcante pelos diversos níveis de ensino do país, caracterizando-se por seus altos rendimentos acadêmicos e por seus dotes de dirigente juvenil.
No ano 1980 se lhe outorgou a condição de aspirante à União de Jovens Comunistas (UJC).
Começa seus estudos universitários em agosto de 1983, no Instituto Superior de Relações Internacionais e em 1988 contrai casamento com Adriana Pérez O´Connor.
Cumpre missão internacionalista na República Popular da Angola em 1989, sendo localizado numa brigada de tanques, destacou-se por sua valentia e decisão em 54 missões combativas. Em 1990, ao concluir sua missão, foi condecorado com as medalhas “Combatente Internacionalista” e “Pela Amizade Cuba-República Popular da Angola”.
No ano 1993 se lhe outorga a militância no Partido Comunista de Cuba (PCC).
Em meados dos anos 90 cumpre missões nos EE.UU., dirigidas a prevenir a Cuba de ações de corte terrorista planificadas e executadas por organizações contra-revolucionarias radicadas em Miami.
Nesse país laborava fazendo trabalhos como artista gráfico. Viveu em condições de austeridade, com os meios imprescindíveis e sem luxos de nenhum tipo.
Foi detido o dia 12 de setembro de l998 e submetido a cela de castigo e isolamento durante 17 meses e 48 dias, sem ter cometido indisciplina alguma, sendo objeto de tratos cruéis, desumanos e degradantes.
Durante todo o processo legal as autoridades norte-americanas puseram obstáculos a o trabalho da defesa ao demorar o acesso à documentação classificada e não entregar as evidências do processo.
Apesar do manipulado do juízo e das tensões próprias de um processo como esse, Gerardo despregou durante o mesmo seus dotes de caricaturista, ridicularizando a atuação de quem, longe de dar justiça, preguearam-se às exigências da extrema direita anti-cubana.
No caso de Gerardo Hernández se violaram a quinta e sexta emenda da Constituição dos Estados Unidos referentes ao devido processo, um juízo rápido e com um júri imparcial, além da Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Também foi violado o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, bem como as regras mínimas para o tratamento dos Reclusos, documentos das Nações Unidas.
Gerardo Hernández Nordelo foi condenado a duas correntes perpétuas e 15 anos de prisão pelos supostos delitos de conspiração para cometer assassinato, conspiração para espionar, ser agente estrangeiro não declarado e falsa documentação. Encontra-se confinado na prisão de alta segurança de Lompoc, California.
Ao jovem cubano se lhe impede receber a visita de sua esposa, Adriana Pérez O´Connor, em franca violação de seus direitos como réu e da Declaração Universal de Direitos Humanos.
Ramón Labañino Salazar
Nasceu o dia 9 de junho de 1963 no seio de uma família humilde, de origem camponês, no município do Marianao. Filho de Nereyda Salazar Verdui (falecida) e Holmes Labañino Castillo.
No município habanero da Lisa Ramón realizou os estudos primários, secundários e pré-universitários, com muito bons resultados acadêmicos, destacando-se por sua participação em atividades produtivas e desportivas.
No período dos anos 1980-86 cursou os estudos universitários na especialidade de Economia, até graduar-se com Diploma de Ouro. Na universidade se destacou nas atividades desportivas, participou em todos os jogos Caribe e alguns Manicatos, e foi ao mesmo tempo o graduado mais destacado na cátedra militar durante os 5 anos da carreira.
Se lhe outorgou a militância na União de Jovens Comunistas (UJC) em 1987 e posteriormente, em 1991 o rendimento no Partido Comunista de Cuba (PCC).
Em junho de 1990 contrai casamento com sua atual esposa, Elizabeth Palmeiro Casado, com quem tem duas filhas: Laura Labañino Palmeiro e Lizbeth Labañino Palmeiro. De um casamento anterior tem a sua filhas maior, Ayli Labañino Cardoso. Apesar de suas ausências do país, prestou-lhe muito atendimento a suas filhas, expressando constantemente seu grande carinho por elas e manifestando sua preocupação por seu desenvolvimento e educação.
Devido ao cumprimento de suas missões no exterior, não pôde compartilhar com sua esposa os momentos da gravidez nem o nascimento de suas duas filhas menores.
Desde princípios da década do 90 sai a cumprir missão em EE.UU., encarregando-se de importantes e riesgosas tarefas, dirigidas contra os grupos contra-revolucionários radicados em Miami, que cobijados pelo império incrementaram ostensivelmente a realização de atividades terroristas e de desestabilização durante a década do 90 contra nosso país.
O dia 12 de setembro de 1998 Ramón foi detido nos Estados Unidos num operativo do Bureau Federal de Investigações contra uma suposta rede de espiãs. Encarcerado desde então não foi até o 21 de janeiro do 2001 que pôde comunicar-se com sua família, pela primeira vez em 17 meses, através de uma carta.
O dia 17 de junho, Ramón e seus quatro colegas acusados de conspiração para cometer espionagem, emitiram uma mensagem ao povo norte-americano, onde explicam as razões de sua presença nesse país.
O dia 3 de agosto do 2001 o Parlamento cubano emitiu uma declaração de condenação da situação em que se encontravam os cinco cubanos injustamente prisioneiros em EE.UU.
O dia 12 de dezembro do 2001 se efetuou a vista de sentença contra Ramón Labañino Salazar em decorrência da qual, uma vez apresentados os alegados do relatório de pré-sentença e também a informação de seu advogado defensor, finalmente foi sentenciado à pena de corrente perpétua mais 18 anos. Ramón deu leitura a seu alegado de autodefesa.
O dia 29 de dezembro desse ano o Parlamento cubano, em sua sessão especial, outorgou o Título Honorífico de "Herói da República de Cuba" aos cinco cubanos antiterroristas condenados a arbitrárias penas de cárcere; concedeu a Ordem "Mariana Grajales" às mães e a Ordem "Ana Betancourt" às esposas. Aprovou-se chamar ao ano 2002 "Ano dos Heróis Prisioneiros do Império".
René González Sehwerert
Nasceu em Chicago, Estados Unidos, o dia 13 de agosto de 1956, no seio de uma família cubana de procedência obreira que tinha emigrado para esse país.
Seu pai, Cándido René González Castillo, era trabalhador siderúrgico em Indiana, nos Estados Unidos, enquanto sua mãe, Irma Teodora Sehwerert Mileham, dedicava-se aos afazeres domésticos. Ambos tinham cooperado com o Movimento revolucionário 26 de Julho que em Cuba se enfrentava à ditadura do Fulgencio Batista
O dia 2 de outubro de 1961 seus pais decidem regressar e estabelecer-se definitivamente na Ilha, em companhia de seus dois filhos, incorporando-se de imediato a família à construção da nova sociedade.
Desde pequeno René refletia caráter forte e nobres sentimentos; tinha inclinação pela mecânica. Com resultados satisfatórios cursou todos os níveis de ensino, onde se destacou nas atividades desportivas e sociais.
Em 1974 se apresentou voluntariamente ao Serviço Militar General, pese a que sua condição de estrangeiro lhe possibilitava ficar livre dessa responsabilidade. Três anos depois cumpre também de maneira voluntária, como milhares de cubanos, missão militar em Angola, onde foi designado chefe do claustro de professores que davam classes a soldados e a oficiais para elevar seu nível cultural.
Entre 1979 e 1982 realiza estudos na escola de aviação "Carlos Ulloa", em San Julián, na ocidental província de Pinhal do Rio, e depois de graduado serviu de professor na formação de pilotos da Força Aérea Cubana.
Em 1985 é designado chefe da esquadrilha aérea da base de San Nicolás de Bari, na Havana, e chefe da seção de aeronáutica desportiva.
No final do ano 1990 parte para os Estados Unidos.
Em Miami consegue ter acesso a diferentes organizações contra-revolucionarias que utilizam o território norte-americano para organizar e realizar ações terroristas e provocações constantes contra Cuba, com o propósito de desatar uma confrontação militar entre a Ilha e os Estados Unidos.
Sua vida nessa nação se desenvolveu sob condições de austeridade e sacrifício, tendo como única fonte de rendimento pessoal seu trabalho como instrutor de pilotos.
O dia 12 de setembro de l998 René González e outros quatro compatriotas foram detidos pelo Bureau Federal de Investigações de Estados Unidos.
A acusação formal não se produziu até quatro dias depois.
Durante 17 meses e 48 dias se lhes manteve em confinamento solitário, sendo impossível manter uma comunicação adequada com os advogados para preparar a defesa com as garantias mínimas do devido processo.
Foi condenado em Miami, berço da extrema direita cubano-americana, a 15 anos de privação de liberdade pelo suposto delito de ser agente estrangeiro não declarado. Foi enviado primeiro à prisão de máxima segurança em Loreto, estado da Pennsylvania, e recentemente transladado à da Carolina do Sul.
Sua esposa, Olga Salanueva Arango, é engenheira industrial. Em janeiro de 1997 viajou a Estados Unidos para unir-se a seu esposo, acompanhada de sua filha maior Irma González Salanueva. Em 1998, poucos meses antes de ser detido René, nasceu em território norte-americano a menor de suas filhas, Ivette González Salanueva.
A raiz da detenção do René e do resto dos colegas começou um processo de ameaças e pressões psicológicas e econômicas para a Olga e a suas filhas, com o objetivo de que traísse a seu esposo e a sua pátria.
O dia 16 de setembro do 2000 a Olga foi detida no cárcere estatal em Fort Lauderdale, Florida, ficando a pequena Ivette sob a tutela da bisabo de René, em Zarazotta.
Em novembro do 2000 a deportaram a Cuba e não lhe autorizaram viajar com sua filha menor.
No caso de René González se violam a quinta e sexta Emendas da Constituição de Estados Unidos, referentes ao devido processo legal e a gozar do direito de um juízo rápido e por um júri imparcial.
Ademais se violam outras regras do Tratamento dos Reclusos , da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e o artigo 10 da Convenção sobre os Direitos do Menino, por ter impedido comunicação pessoal com sua pequena filha Ivette, que só contava quatro meses de nascida quando o René foi detido.
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