Sempre atento aos escândalos de corrupção em Brasília, o senador Pedro Simon (PMDB) não disse uma só palavra, até agora, sobre o caso Detran que envolve integrantes de seu partido e aliados históricos. O silêncio não chega a ser uma novidade. Em outras ocasiões, como no recente caso Macalão, Simon também não produziu nenhum de seus discursos eloqüentes contra a corrupção. Mas o senador do PMDB sabe que a situação é grave. Tanto é que baixou para Porto Alegre, junto com o senador Sérgio Zambiasi (PTB). Ambos passaram a participar das reuniões da coordenação política do governo Yeda Crusius (PSDB). Tentam arrumar a casa para aprovar a proposta de aumento de impostos enviada à Assembléia Legislava. Mas também trabalham para realinhar as tropas aliadas de Yeda, que debandaram para todos os lados após a ação da Polícia Federal no caso Detran.
O silêncio de Simon (e também de Zambiasi) é diretamente proporcional à gravidade do caso. A Polícia Federal apresentou ontem as primeiras provas materiais relativas à fraude no Detran: dinheiro apreendido e a maleta na qual o advogado Rubem Höher, ex-secretário da Fazenda de Canoas, transportava dinheiro para pagamento de propina a diretores do Detran, no apartamento de Antonio Dorneu Maciel (PP) (Flat Partenon, na Avenida Independência, 813). Höher aceitou a proposta de delação premiada e falou sobre como funcionava o esquema. O dinheiro era levado ao apartamento de Maciel (ex-diretor geral da Assembléia e que estava trabalhando como diretor da CEEE), onde era feita a partilha. O presidente afastado do Detran, Flavio Vaz Netto, participaria desses encontros. A PF investiga, entre outras coisas, o uso de parte desse dinheiro em campanhas eleitorais.
Escrito por Marco Weissheimer às 09h34
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12/11/2007
SUCATEAMENTO DA BRIGADA MILITAR
Com a avalanche de denúncias envolvendo o Detran, alguns assuntos importantes não vêm merecendo a devida atenção. Um deles é o dossiê entregue pelas três entidades de classe dos servidores da Brigada Militar denunciando o sucateamento da instituição, transferências arbitrárias, baixos salários e más condições de trabalho. O dossiê, elaborado pelas associações de oficiais, de subtenentes e sargentos e de cabos e soldados, foi entregue às comissões de Direitos Humanos do Senado e da Assembléia Legislativa. Segundo o documento, as entidades dos brigadianos vêm sendo solenemente ignoradas pela governadora Yeda Crusius (PSDB), pelo secretário de Segurança, José Francisco Mallmann, e pelo comando geral da Brigada Além disso, denuncia a ocorrência de transferências arbitrárias de oficiais e perseguição a policiais, por parte do comando da BM, em função dos protestos contra a situação atual da instituição.
Escrito por Marco Weissheimer às 23h35
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JUÍZA RETIRA LICENCIAMENTO DA FEPAM
A juíza federal substituta Clarides Rahmeier, da Vara Ambiental de Porto Alegre, transferiu hoje, por meio de liminar, da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o licenciamento das atividades de silvicultura no RS em áreas acima de 1.000 hectares. Além disso, apontou diversas irregularidades na atuação do governo do Estado no licenciamento da silvicultura. Na avaliação da juíza, a Fepam tem ignorado o princípio da precaução para agilizar os licenciamentos e desrespeitado a legislação ambiental vigente. Rahmeier entendeu também que o projeto de Zoneamento Ambiental da Agricultura tem força normativa obrigatória, independentemente de futuros aperfeiçoamentos. O governo do Estado anunciou, por meio de nota oficial, que recorrerá da decisão.
Escrito por Marco Weissheimer às 23h12
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EUGÊNIO NEVES: MAIS UMA DA SÉRIE "ONDE ESTÁ????"
Escrito por Marco Weissheimer às 22h18
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RECORDAR É VIVER
“Na minha campanha eleitoral, como tantos outros, ele ficou ali buscando ajudar, como se diz”, afirmou Yeda Crusius, hoje pela manhã, durante entrevista à rádio Gaúcha. A governadora estava se referindo a Lair Ferst, um dos presos pela Polícia Federal no escândalo do Detran. Indagada sobre o papel desempenhado por Ferst na captação de recursos para sua campanha eleitoral em 2006, Yeda desconversou e não negou que ele tenha “buscado ajudar, como se diz” na captação de verbas. A campanha de Yeda, vale lembrar, enfrentou uma séria crise financeira que provocou a saída do marqueteiro Chico Santa Rita (foto). Este chegou a pedir à população gaúcha que não votasse em Yeda, comparando sua candidatura a uma lâmpada queimada. “Fico me questionando o que seria desse Estado, que já tem problemas, se cair na mão desse pessoal”, acrescentou Santa Rita.
Conforme relato de jornalistas que acompanharam a campanha eleitoral de Yeda, Lair Ferst apresentava-se como um dos coordenadores da mesma, atuando na área de captação de recursos. Estava ali, buscando ajudar, como se diz. A governadora não informou se Ferst ajudou na superação da crise com Chico Santa Rita, que cobrava uma dívida de aproximadamente R$ 700 mil e havia entrado na Justiça também por conta de um cheque sem fundos. Na época, ao comentar o episódio Yeda afirmou: “É inusitado que o homem do marketing, que eu trouxe baratinho para fazer a campanha, a partir de um determinado momento tenha pedido um cheque e imediatamente tenha depositado este cheque. Não se faz isso em meio a uma campanha eleitoral”. A candidata tucana anunciou, então, que assumiria as rédeas da coordenação financeira de sua campanha.
Escrito por Marco Weissheimer às 20h03
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PF MOSTRA DINHEIRO E MALETA DA PROPINA
O delegado da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, apresentou hoje, em Porto Alegre, uma maleta utilizada para o pagamento de propina na fraude do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). A maleta foi filmada por investigadores em um flat na capital, onde ocorria o pagamento da propina (que, segundo as investigações da PF, pode chegar a 500 mil reais/mês). Ela foi entregue à Polícia Federal mediante um acordo feito com o advogado de Rubem Höher, sócio da empresa Doctus, uma das terceirizadas pela Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae). Gasparetto também confirmou a apreensão de R$ 175 mil, em outra empresa envolvida na fraude. O dinheiro também foi mostrado à imprensa. A PF ampliou as investigações do caso, com o auxílio de técnicos da Receita Federal, do Ministério Público Federal e do MP Especial, que atua junto ao Tribunal de Contas do Estado.
Escrito por Marco Weissheimer às 18h45
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Em entrevista à rádio Gaúcha, Yeda Crusius (PSDB) falou sobre Lair Ferst, um dos presos na Operação Rodin: “É uma pessoa de trato extremamente afável. Não há porque negar, agora que ele está indiciado nesta questão do Detran, que a convivência com o Lair foi presente durante décadas. Ele sempre foi um militante muito presente. Um militante de defesa das coisas do partido. E ganhou muitos inimigos, inclusive. Ele não exerceu nenhuma função de coordenação. Tem amigos de 30 anos dentro do PSDB. É um homem ligado a festas, é homem da noite também. Ele estava desgostoso porque não fez nenhuma indicação e nem tem cargo no governo. É um militante. Eu conheço o Lair e não há reunião do PSDB em que não estivesse presente por mais de uma década. É um militante do PSDB como tem milhares de outros. Na minha campanha eleitoral, como tantos outros, ele ficou ali buscando ajudar”.
O site Vide Versus diz hoje que um clima de “estupor e terror domina cenário político com as investigações da Polícia Federal”. E apresenta alguns dos motivos que estariam alimentando tal clima: “Poucos dias antes de sua prisão, outro dos presos da Operação Rodin, Carlos Ubiratan dos Santos (o “Bira Vermelho” do PP gaúcho), ex-presidente do Detran (quando começaram as fraudes), realizou uma festa de primeira naipe, à qual compareceram figuras do primeiríssimo grau da política e dos negócios no Rio Grande do Sul, para a inauguração de seu fabuloso apartamento de cobertura na Avenida Dom Pedro II, em Porto Alegre, que tem uma quadra de futebol soçaite, com grama verdadeira e goleiras, no terraço. Por conta de tudo que descobriu no curso da Operação Rodin, a Polícia Federal deverá abrir no mínimo uma dezena de inquéritos concorrentes, para apurar fatos novos”. Clique AQUI para ler mais.
Escrito por Marco Weissheimer às 13h34
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