Katarina escreve na Palestina do Espetáculo: Imagine que José Paulo Bisol, ex-secretário de Segurança Pública, tivesse um irmão advogado suspeito de envolvimento num esquema de corrupção no Detran. Esquema nada modesto: em média 500 mil reais/mês por diretor do Detran. Como não bastasse, imaginem, singelos leitores, Flavio Koutzii, Chefe da Casa Civil, fosse apontado como responsável pela indicação de outro envolvido no esquema Detran. Dou um brigadeiro recém saído do forno, bem quentinho, para quem adivinhar o que estaria acontecendo no RS, agora. Quais seriam as pautas do Palavras Cruzadas dos próximos quinze – só quinze? – dias? E quais seriam as manchetes? E o Jornal Nacional e Globonews, estariam dizendo quê? E a Pholha?
A maior vitória da direita brasileira, essa turma lacaia e bocó, não é exterminar ninguém por trinta ou setenta anos. É desmoralizar a esquerda ao ponto de ela se sentir frágil e desautorizada. Não há Política sem autoridade e não há esquerda sem coluna vertebral. Clique AQUI para ler mais.
Escrito por Marco Weissheimer às 23h56
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ALTERNATIVA AO PACOTE DE YEDA
PT, PDT, PSB e PC do B apresentaram nesta terça-feira, em entrevista coletiva, um conjunto de alternativas ao projeto de aumento de impostos encaminhado pela governadora Yeda Crusius à Assembléia Legislativa. As iniciativas defendidas pela oposição possibilitariam a entrada de cerca de R$ 2 bilhões nos cofres estaduais sem elevar a carga tributária. “As alternativas que apresentamos são absolutamente factíveis e, em conjunto, podem apresentar um resultado superior ao pretendido pelo governo com a aplicação do tarifaço. Ao invés de aumentar impostos, trabalhamos com a lógica de buscar receitas que já são do Estado”, afirmou o líder do PT, Raul Pont. Clique AQUI para ler mais.
Escrito por Marco Weissheimer às 23h23
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CONTRA FATOS (E FOTOS), NÃO HÁ ARGUMENTOS
Maneco escreve: Na foto acima, o senhor de expressão séria que caminha bem ao lado da então candidata Yeda Crusius numa passeata pela Região Metropolitana, em outubro de 2006, na reta final da campanha, chama-se Lair Ferst. Parceiro de partido da governadora, membro do Diretório Estadual do PSDB, ocupante de altos cargos do partido na Assembléia Legislativa (foi, inclusive, Coordenador Geral da bancada do PSDB), Ferst era um dos homens-fortes do grupo de Yeda quando a deputada perseguia o cargo de governadora. Segundo relatos de jornalistas que acompanharam a campanha, uma das tarefas de Ferst era conseguir recursos para a campanha da candidata tucana junto a empresários. Sua presença ao lado da candidata hoje governadora era tão significativa que a colunista política de Zero Hora, Rosane Oliveira, chegou a cogitá-lo como futuro secretário de Estado.
Mas isso foi lá em 2006. Hoje, Ferst está preso na carceragem da Polícia Federal. Motivo: investigações iniciadas em maio o identificaram como lobista e suposto proprietário de empresas laranjas que teriam sido subcontratadas ilegalmente pela Fatec, um fundação ligada à Universidade de Santa Maria que prestava serviços superfaturados ao Departamento Estadual de Trânsito nos governos Rigotto e Yeda. Os dois presidentes do Detran, Carlos Ubiratan dos Santos (governo Rigotto) e Flávio Vaz Netto (governo Yeda) e ainda o atual diretor financeiro da CEEE, Antônio Dorneu Maciel, também foram presos. Ferst, Ubiratan, Vaz Netto e Maciel seriam os primeiros peixes graúdos de uma quadrilha que, pelo que foi apurado pela Polícia Federal até agora, já teria roubado mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos.
Ontem, a Federal apresentou a primeira mala de dinheiro da corrupção que envolve o governo tucano do Rio Grande do Sul. Este seria o dinheiro que, conforme as investigações federais, partiria de empresas como a Pensant, cujos donos seriam laranjas de Ferst, e chegariam até os beneficiados - Maciel e Vaz Netto entre outros - em malas pretas levadas pelo contador Rubem Höer. O contador aceitou a delação premiada e confessou o transporte dos valores até o flat onde Maciel residia. Höer disse ainda que a entrega do dinheiro era feita na presença de Vaz Netto. Vendo que, a cada dia, seu governo afunda com novas denúncias e provas sobre seus parceiros de partido e governo, Yeda tenta, desesperadamente, desvincular-se deles. Os fatos, e agora as fotos, porém, dizem o contrário. Uma velha máxima afirma que “contra fatos, não há argumentos”. No caso do Detran, porém, a máxima merece ser ampliada: contra fatos e fotos, não há argumentos. Mas a tucana Yeda tem feito às vezes de avestruz e continua fingindo que nada tem a ver com o maior escândalo de corrupção da história do RS.
Escrito por Marco Weissheimer às 17h49
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QUEBRA-CABEÇA PARA MONTAR
O dinheiro mostrado ontem pela Polícia Federal, que seria utilizado para pagamento de propina a diretores do Detran, foi encontrado na sede da empresa Pensant Consultores Ltda., de José Fernandes e seu filho Ferdinando Fernandes (segundo o site Vide Versus, seriam parceiros de um escritório de jornalismo lobista que produziu o projeto “Pacto pelo Rio Grande”, da Assembléia Legislativa, coordenado pelo ex-deputado e atual chefe da Casa Civil Luiz Fernando Zachia e pelo atual secretário de Coordenação Política e Governança Local da prefeitura de Porto Alegre, Cézar Busatto). A maleta utilizada para carregar o dinheiro foi entregue à PF pelo advogado de Rubens Höehr, um dos presos na Operação Rodin. Höehr foi secretário da Fazenda de Canoas, entre 2002 e 2004, na gestão do tucano Marcos Ronchetti. José Fernandes também atuou na Prefeitura de Canoas por meio da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec), que firmou um convênio com o município em 2002.
Escrito por Marco Weissheimer às 12h21
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