, por Runildo Pinto 07/01/1984
Vens das entranhas
e agarras o eco das minhas palpitações
por vezes com lágrimas.
Recolhidas, uma a uma
para surpresa do coração,
alimentando a alma
com essa resina pululante.
Andas silenciosa a me espreitar.
a zelar pelas tormentas da meia-noite,
beijando o apogeu do nosso dia, juntos.
Deita-te sempre dengosa e menina,
como uma pétala navega a mercê
desse pólen que flutua ao luar.
Amo a delicadeza do teu sofrimento
debatendo-me na aflição do mundo,
entristecendo teus olhos inocentes.
E amargurada, pugnas, na luz que procuro.
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