terça-feira, 7 de junho de 2011

Movimentos Sociais se movem muito devagar (Brasil está na retaguarda da América Latina)

AmericaLatina,Brasil

Brasil está na retaguarda da América Latina

Movimentos Sociais se movem muito devagar



Alguma coisa mudou radicalmente no âmbito dos movimentos sociais, no Brasil, a partir do ano de 2003. Aquele era o ano em que assumia o governo uma figura muito esperada por parte da esquerda: Luis Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores. Em todo o país, na quarta tentativa de Lula para assumir a presidência, o lema era de que a esperança havia, enfim, vencido o medo, e grande parte das gentes esperava significativas mudanças na vida daqueles que durante anos a fio haviam lutado para garantir um governo de esquerda no Brasil. Essa esperança trazia no seu bojo o desejo de transformações que dessem vazão a demanda popular construída ao longo dos governos de Sarney, Collor, Itamar, e FHC. Mas, com poucos meses de governo, o presidente Luis Inácio deu início a um processo de divisão e desagregação dos movimentos sociais que, hoje, passados oito anos, se configura num quadro de completa desmobilização, apatia e cooptação. Ao iniciar o terceiro mandato petista, em 2011, o que se tem de movimento social combativo no Brasil não passa de lutas pontuais, sem maiores articulações e quase sem chance de vitória.

Tudo isso não aconteceu por acaso, foi cirurgicamente constituído pelo governo hegemonizado pelo PT. Ou seja, Luis Inácio, sendo da esquerda, conseguiu fazer o que ninguém antes havia logrado: praticamente esfacelar o movimento popular. Um dos primeiros atos do governo Lula foi a realização do que ficou conhecido como a “contra-reforma da Previdência”. Apesar de, durante o mandato de Fernando Henrique, o PT ter sido o partido mais importante na luta contra as medidas de mudança na Previdência, foi Lula quem conseguiu colocar em prática quase tudo o que as grandes corporações de previdência privada desejavam há tempos. A proposta de reforma tinha no seu conteúdo o aumento da idade para aposentadoria, o fim da aposentadoria por tempo de serviço, o fim da aposentadoria integral e entrada da previdência privada na vida dos brasileiros como única forma de garantir um salário viável quando chegasse a hora de se aposentar. No geral, isso significava um duro golpe nos trabalhadores.

Foi aí que começou a divisão. Parte dos sindicatos e partidos de esquerda decidiu apoiar o governo as sua proposta de mudança na Previdência. Alguns deles de boa fé, acreditando que seria impossível ao PT apresentar qualquer proposta que viesse trazer prejuízo aos trabalhadores. Outra parte já estava cooptada com cargos no governo, servindo como espaço de abafamento das lutas. Apenas uma pequena parte do mundo sindical decidiu se insurgir contra a medida. Foi, então, deflagrada uma greve, que teve a participação da maioria dos trabalhadores do serviço público, naquela contra-reforma os mais atingidos. Mas, mesmo dentro das entidades dos trabalhadores do serviço público houve divisão, o que acabou enfraquecendo o movimento. Tudo isso mostrou o quanto o movimento sindical estava fraco, despreparado, incapaz de dar respostas eficazes ao ataque governista.

A greve contra a reforma previdenciária durou três meses e terminou com um saldo melancólico. O governo do PT, nascido das lutas sindicais e populares, sabia muito bem como fazer para destruir a unidade dos trabalhadores e decidiu oferecer ganhos salariais separadamente para as categorias em luta. O resultado foi a completa desagregação.

Algumas lideranças insistiam em defender a proposta governamental, acreditando que era o melhor para o Brasil, e outras aproveitaram para garantir melhorias financeiras para suas bases. Assim, ao final da luta, a reforma passou e algumas categorias de trabalhadores conseguiram aumentos significativos. Durante esse processo muitas lideranças sindicais não conseguiram informar com clareza que a reforma proposta aniquilaria esses aumentos quando a aposentadoria chegasse. Todo esse despreparo juntou-se ao desinteresse da maioria dos trabalhadores para um tema que consideravam muito longínquo, como a aposentadoria. Boa parte deles preferiu render-se ao aceno de ganhos salariais e a greve que iniciara como uma luta contra a reforma acabou com a apresentação de tabelas de reajustes financeiros.

Não bastasse isso, a reforma garantiu a entrada definitiva dos fundos de pensão, obrigando os trabalhadores que ganhavam mais de 2.300 reais a optar por esta alternativa de risco. Sim, de risco, porque os fundos de pensão recolhem dinheiro dos trabalhadores e jogam com ele na bolsa de valores, o que significa que ao final de uma vida de trabalho a pessoa pode tanto ter o seu dinheiro, como não ter. Esse risco nunca foi bem trabalhado por parte das lideranças sindicais, um pouco pelo já citado despreparo, e outro pouco pela cooptação como se pode observar na declaração da diretora executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Denise Motta, durante uma plenária de servidores federais em Brasília: "Uma greve pela retirada da reforma tem poucas chances de ser vitoriosa".

Mais tarde, em 2005, toda essa operação de aprovação da reforma da Previdência estourou como o escândalo do “mensalão”, no qual ficou comprovado que o governo havia comprado o voto de boa parte dos parlamentares para que fossem favoráveis à reforma. Também mais tarde foram os parceiros político de Lula os que assumiram o comando das empresas de fundo de pensão, como denuncia o jornalista Ranier Bragon: “O DNA político dos 43 dirigentes dos grandes fundos de pensão estatais brasileiros mostra uma forte relação com partidos políticos, notadamente o PT, sendo que um dos elementos dessa ligação pode ser medido objetivamente: 56% desses diretores fizeram doações financeiras a candidatos nas últimas quatro eleições. O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, foi o destinatário de quase um terço delas. Sete dos dez diretores dos maiores fundos são do PT” (http://www.conjur.com.br/2009-mar-08/pt-diretores-10-maiores-fundos-pensao-pais ).

Logo, estava tudo muito claro. A batalha da Previdência inaugurava um novo tempo no Brasil, no qual a esquerda haveria de se ver bastante despreparada para agir. Em praticamente todos os sindicatos e movimentos populares a reforma da Previdência cobrou seu preço. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, um dos mais importantes e fortes espaços de luta do país, não tomou partido, mantendo-se neutro nesse debate. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) preferiu apoiar o governo, os trabalhadores das empresas privadas foram instados a ficar contra os trabalhadores públicos, numa batalha intraclasse e a pequena parcela da esquerda combativa que conduziu a greve de 2003 teve de conviver com as acusações de que estava fazendo o jogo da direito, que lutava por privilégios, que estava tentando desestabilizar o governo popular.

Ainda assim, as entidades que atuaram na greve contra a reforma da Previdência entenderam que era preciso encontrar uma forma de articulação nacional para dar vazão às lutas que se anunciavam. A CUT estava cooptada e mais tarde, em 2007, isso se concretizou com a indicação do seu presidente, Luis Marinho, para assumir o Ministério do Trabalho e Emprego. Então começou um processo de construção do que ficou conhecido como Coordenação Nacional de Lutas, a CONLUTAS. Esta coordenação realizou encontros nacionais e apontou novas estratégias para a defesa dos trabalhadores. Durante a greve, tudo funcionou muito bem, mas, tão logo o movimento paredista acabou, mesmo esta coordenação começou a dar sinais de esfacelamento, o que também denotou o despreparo teórico e político por parte das lideranças sindicais. A direção, hegemonizada pelo Partido Socialista dos Trabalhadores do Brasil (PSTU), encontrava franca oposição por parte de outras forças e mesmo dentro deste incipiente espaço de luta criado com a greve, a divisão igualmente se formou. O final do ano de 2003 foi profundamente confuso para os trabalhadores e não havia sindicato ou movimento combativo que não estivesse tremendamente cindido.

O governo atacou com mais um golpe certeiro a luta sindical. Criou, ainda em 2003, o Fórum Nacional do Trabalho e Emprego, um espaço que se dispôs a reunir trabalhadores, governo e patrões, no melhor estilo da conciliação de classe. A idéia era discutir conjuntamente as estratégias para uma convivência pacífica entre capital e trabalho, forçando a criação de uma reforma sindical. Mais uma porta para a cooptação, uma vez que os representantes dos trabalhadores foram indicados pelo governo. Não bastasse isso, ainda havia as diárias e ajudas de custo, que tornavam o Fórum muito mais atrativo, fazendo com que os membros representantes dos trabalhadores não abrissem mão da participação. Além disso, a proposta de reforma que foi sendo gestada no FNTE acabou atrelando fortemente o mundo sindical ao Estado, a ponto de as Centrais Sindicais serem legalizadas, tendo de cumprir uma série de requisitos para garantir a representação dos trabalhadores. Ou seja, o Estado e os patrões definiram juntos as regras para a organização dos trabalhadores, coisa que em governos anteriores teria posto o movimento sindical inteiro na rua. Mas, no governo Lula, apenas algumas entidades ligadas a CONLUTAS bradaram contra isso.

A reforma sindical também provocou mudanças radicais na vida dos trabalhadores. De repente, a luta sindical combativa, que era quase uma muralha homogênea articulada pela CUT, cindiu-se em várias centrais. Cada partido decidiu criar a sua central e em poucos anos o Partido dos Trabalhadores hegemonizava a CUT, o Partido Comunista do Brasil, a CTB, o Partido Socialista dos Trabalhadores Brasileiros, a Conlutas e o Partido do Socialismo e da Liberdade, junto com algumas tendências do PT atuava na Intersindical, isso sem contar as centrais atreladas a partidos de direita, que, nesta conjuntura atuaram também apoiando o governo de Luis Inácio. Em 2010, Conlutas e Intersindical ainda tentaram um congresso que unificasse as forças mais à esquerda, mas tudo acabou em nada, com mais uma tremenda divisão num congresso
melancólico.

Ainda no bojo das reformas, ou contra-reformas, o governo decidiu atacar a universidade e, com isso, acertar de morte um dos movimentos mais fortes no país: o dos docentes e dos técnico-administrativos, todos trabalhadores das universidades. A proposta de reforma era o desmonte da educação superior pública, com a privatização avançando pela beiradas. Criou também o Programa Universidade para Todos (Prouni), uma proposta que garantia renúncia fiscal para as universidades privadas, caso elas oferecessem bolsas de estudo a jovens oriundos do ensino público. Essa política serviu como uma grande alavanca de propaganda do governo que ganhou a mente das famílias empobrecidas que agora poderiam ter um filho na faculdade. Mas, para se ter uma idéia, só no ano de 2010, segundo o Ministério da Educação, o Prouni concedeu 241.273 bolsas de estudos para estudantes empobrecidos, e apenas metade delas foram integrais, o que significa que mais de 100 mil estudantes ainda tiveram que encontrar formas de viabilizar o pagamento das mensalidades.

Com estas bolsas o governo deixou de arrecadar em impostos (renúncia fiscal das universidades privadas) apenas 105 milhões de reais, “um custo muito baixo”, segundo os administradores do programa. Por outro lado, com as verbas disponibilizadas para a iniciativa privada, as universidades públicas poderiam suprir uma demanda de mais de 400 mil vagas, todas públicas, verdadeiramente sem custos para os estudantes. Mas, essa reivindicação não conseguiu se concretizar. Assim, o governo enfraqueceu as Instituições Federais de Ensino e salvou da ruína as universidades privadas que estavam em grave crise. A proposta de garantir educação de segunda classe para os pobres venceu, com a manutenção da lógica de desmonte nas universidades públicas. Coisa que pareceria impensável num governo do PT. A destruição que isso provocou no movimento dos trabalhadores se refletiu no sindicato nacional dos professores, que acabou dividido em duas instituições distintas, e o dos técnico-administrativos gravemente esfacelado no seu interior, a ponto de entre os trabalhadores nascer a cisão entre os governistas e os não-governistas. Um massacre na luta. As disputas internas paralisaram o movimento e muito pouco se conseguiu avançar no campo geral das lutas.

No campo popular esta divisão também acabou se explicitando. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, por exemplo, ficou no silêncio por um longo tempo, em apoio ao governo Lula. Durante as primeiras reformas, que arrasaram a vida sindical e a educação, não houve muito apoio, a não ser de algumas lideranças isoladas. Só bem mais tarde, já no segundo mandato petista que o MST começou a fazer críticas, até porque o governo de Luis Inácio avançou muito pouco na questão da reforma agrária. Em contrapartida, a ligação com o agronegócio se fez de forma muito sólida e se consolidou na liberação dos transgênicos, reivindicação antiga dos mega fazendeiros. Já no campo das desapropriações de terra para os trabalhadores os números foram bem menores do que os do governo de FHC. O governo diz em seus relatórios que aumentou em 120% as desapropriações de terra, mas, conforme estudo do geógrafo Ariovaldo Umbelino de Oliveira, professor da Universidade de São Paulo (http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/50480_INCRA+INFLA+NUMEROS+DE+REFORMA+AGRARIA ), desse total, 26,6% já estava nas mãos de famílias que produziam, só não tinham o título, 38,6% era de terrenos abandonados, ocupados por famílias. Assim, apenas um terço deste total seria de assentamentos novos. Ainda observando os números vê-se que seguiu de forma sistemática a violência no campo, outra grande demanda do movimento. Segundo a CPT, as tentativas de as­sassinato passaram de 44, em 2008, para 62, em 2009; as ameaças de morte, de 90, foram para 143; o número de presos nos conflitos de terra aumentou de 168 para 204. O ano de 2008 registrou 9.077 famílias despejadas, subindo para 12.388 em 2009. Também aumentou o número de famílias ameaçadas por pistoleiros, de 6.963 para 9.031. Esses dados fizeram o MST começar a esboçar uma reação, mas nada muito contundente.

Assim, ao longo dos oito anos do governo Lula, conseguiu-se o que a direita brasileira não lograra em décadas: dividir e enfraquecer a luta popular. As demais batalhas que se viram no país, como a que exigia a não transposição do Rio São Francisco, ou a construção da Barragem de Belo Monte, foram e seguem sendo lutas quase isoladas, muito pouco divulgadas e sem uma articulação nacional. Como as centrais sindicais estão esfaceladas e, na maioria, atreladas ao governo, não há um movimento que informe e organize a resistência em todos os estados do país. As lutas acabam sendo pontuais e envolvendo apenas as pessoas que circulam na região onde acontecem os fatos. Tudo fica desagregado, logo, sem força.

No norte do país, o movimento indígena também tenta desesperadamente avançar nas suas demandas, contra a usina de Belo Monte, pela demarcação de terras, contra a invasão de terras já demarcadas, mas, igualmente, acaba fazendo uma luta isolada, sem ressonância nas demais categorias. As lutas populares acontecem premidas pela conjuntura e sem encontrar uma articulação nacional que provoque a solidariedade de classe.

Outras importantes lutas também aconteceram, com destaque nacional. Em lugares como São Paulo o movimento de famílias sem-teto foi bastante forte durante o governo de Lula, com muitas ações e grande resistência. Também o movimento pelo transporte público mobilizou grandes multidões em Florianópolis, Salvador e São Paulo. Mas, como lutas conjunturais e isoladas, não conseguiram articulação necessária para incendiar o país inteiro, ainda que o temas como transporte e moradia sejam muito sensíveis na população.

A Central de Movimentos Populares, que também teve importância capital na articulação das lutas durante o governo de FHC, e que, junto com o Jubileu Sul, organizou nacionalmente a luta contra a dívida externa, arrefeceu, e tampouco conseguiu juntar os movimentos em lutas nacionais durante o governo Lula. Hoje, o governo federal fala em fim da dívida externa e até chegou a emprestar dinheiro para o FMI. Por outro lado, conforme relatório do Ministério da Fazenda (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/hp/relatorios_divida_publica.asp), o país tem uma dívida interna de um trilhão e 628 bilhões de reais por conta de praticar as mais altas taxas de juros do mundo. Poucas são as entidades que falam sobre isso e propõem lutas contra essa sangria da economia nacional. Tampouco se consegue atingir a opinião pública com essas informações, que no geral só circulam em fóruns particularizados. Atualmente, no Brasil, dentro deste universo de dívida, os Bancos detêm 35,4%, num total de 536 bilhões, sendo os fundos de pensão os que vêm logo atrás com 31,3%. Uma bola de neve que cresce dia-a-dia, sem que os movimentos consigam eficácia na denúncia dos malefícios que advém desta situação.

Uma olhada no boletim da dívida produzido pela Auditoria Cidadã da Dívida deixa muito claro o que causa ao país esta política: do orçamento geral da União executado em 2009, num total de 1,068 trilhão de reais, 35,57% foram para pagamento de juros e amortização da dívida, logo dinheiro praticamente morto. Se considerarmos que outros 25,91% vão para a Previdência e 11,06% seguem para Estados e municípios, o que sobra é muito pouco para investimento real.

Agora, em 2011, a presidenta Dilma Roussef, também do PT, inicia seu mandato com a reestruturação ortodoxa de todo o pessoal da área econômica. As mesmas figuras que atuaram na política conservadora, as mesmas propostas de juros altos e superávit a custa do sacrifício popular. Não bastasse isso já anunciou para este ano um corte de 50 bilhões no orçamento do país e todos sabem onde isso vai bater: cortes na saúde, na educação, na segurança, na política de moradia, na cultura, na ciência e tecnologia. Ou seja, de novo, os mais pobres seguirão pagando a conta para que os mais ricos sigam tendo lucros astronômicos. Projetos como o Bolsa Família, que garante renda mínima (140 reais) a quase 12 milhões de famílias, são importantes, mas não passam de paliativos. Não há, no governo petista, qualquer proposta de emancipação real dos mais pobres. Ainda assim, no início deste ano, com tantas medidas de recessão, ainda são poucos os movimentos de luta. Se algo se move no Brasil, são pequenos e pontuais movimentos que ainda não conseguiram uma articulação capaz de dar conta de uma luta unificada neste país continente de mais de 8.511.965 km2 de comprimento.

Para alguns analistas como o professor de Economia da UFSC, Nildo Ouriques, será preciso que a crise se instale com mais concretude para que os movimentos sociais iniciem um processo unificado de luta efetiva nas ruas. Mas, mesmo que isso aconteça, sem uma proposta nacional e revolucionária que possa organizar essas lutas, as ações seguirão sendo pontuais e inócuas do ponto de vista da transformação. Por enquanto ainda não se vislumbra no horizonte a possibilidade de uma ação coordenada nacionalmente. Falta preparo aos dirigentes e falta um projeto unificador para que os trabalhadores do Brasil, os movimentos sociais e os sindicatos possam entrar finalmente no rol das grandes transformações que já se constroem em outros países da América Latina.

- Elaine Tavares - Jornalista
www.eteia.blogspot.comç


http://alainet.org/active/45632

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VERSÃO EM ESPANHOL:


06.Jun.11 :: Batalla de ideas

El presidente Lula dio inicio a un proceso de división y desagregación de los movimientos sociales que hoy, pasados ocho años, se configura en un cuadro de completa desmovilización, apatía y cooptación.

Alguna cosa ha cambiado radicalmente en el ámbito de los movimientos sociales en Brasil a partir de 2003, el año en que asumía el Gobierno Luiz Inácio Lula da Silva, del Partido de los Trabajadores (PT), arrastrado por una población ávida de cambios. En todo el país, la máxima era que la esperanza había por fin vencido al miedo; y mucha gente confiaba alternativas para la vida de todos aquellos que, por largos años, habían luchado para garantizar un gobierno de izquierda en Brasil. Esa esperanza traía el deseo por transformaciones que diesen salida a toda una demanda popular construida a lo largo de los gobiernos anteriores

Pero pocos meses después, el presidente Lula dio inicio a un proceso de división y desagregación de los movimientos sociales que hoy, pasados ocho años, se configura en un cuadro de completa desmovilización, apatía y cooptación. Al iniciarse el tercer mandato petista, en 2011, con Dilma Roussef a la cabeza, lo que queda del movimiento social combativo en Brasil no pasa de luchas puntuales, no articuladas y casi sin posibilidad de victoria.

Uno de los primeros actos de Lula cuando llegó al poder fue la llamada contrarreforma de las pensiones. Pese a que a lo largo del mandato de Fernando Henrique Cardoso el PT fuera el partido más importante en la lucha contra las medidas de alteración en la Seguridad Social, fue Lula quien consiguió poner en práctica casi todo lo que las grandes corporaciones privadas de pensiones deseaban desde hace tiempo. La propuesta de reforma incluía el aumento de la edad de jubilación, el fin de la jubilación por tiempo de servicio, el fin de la jubilación integral y la entrada del seguro privado en la vida de la población brasileña como única forma de garantizar un sueldo viable a la hora de retirarse. Un duro golpe a las y los trabajadores.

Ahí fue cuando empezó la división. Parte de los sindicatos y partidos de izquierdas decidió apoyar al Gobierno y su propuesta de reforma. Algunos de ellos, de buena fe, creyendo que sería imposible que el PT presentara cualquier propuesta que pudiese traer perjuicios a las y los trabajadores. Otra parte ya estaba cooptada con cargos en el Gobierno. Apenas una pequeña parcela del mundo sindical se alzó contra la medida.

Se desató entonces una huelga, en la que participó la mayoría de los trabajadores del servicio público (los más afectados por aquella reforma). Pero en las mismas organizaciones de los trabajadores del servicio público hubo división, lo que debilitó el movimiento. La huelga contra la reforma de las pensiones duró tres meses y terminó con poca fuerza. El Gobierno del PT, nacido de las luchas sindicales y populares, sabía muy bien cómo hacer para destruir la unidad de las y los trabajadores y decidió ofrecer ganancias salariales separadamente para las categorías en lucha. El resultado fue la división.


Debilitamiento de las organizaciones

Al final la reforma fue aprobada y algunas categorías lograron aumentos significativos. De lo que muchos líderes sindicales no consiguieron informar a lo largo de ese proceso fue de que la reforma aniquilaría esos aumentos cuando la edad de jubilación llegara. La huelga que se había iniciado como una lucha contra la reforma terminó con la presentación de tablas de reajustes salariales. Por si con esto no bastara, la reforma garantizó la entrada de los fondos de pensiones, obligando a las y los trabajadores que ganaban más de 2 300 reales (cerca de mil euros) a optar por esa alternativa de riesgo.

Más tarde, en 2005, toda esa operación para aprobar la reforma estalló con el escándalo del mensalão [1], que demostró que el Gobierno había comprado el voto de gran parte de las y los parlamentarios para que fuesen favorables al proyecto. También más tarde, fueron los socios políticos de Lula los que asumieron la dirección de las empresas de fondos de pensiones, como ha denunciado el periodista Ranier Bragon [2]: “El ADN político de los 43 directivos de los grandes fondos de pensión estatales brasileños muestra una fuerte relación con partidos políticos, notablemente el PT. (…) Siete de los diez directores de los mayores fondos son del PT”.

Necesidad de articulación

Las entidades que operaran en la huelga contra la reforma de la Seguridad Social entendieron que era necesaria una forma de articulación nacional para dar salida a las luchas. Empezó entonces un proceso de construcción de lo que se conoció como Coordinación Nacional de Luchas, la Conlutas. Esta coordinación realizó encuentros nacionales y apuntó nuevas estrategias para la defensa de las y los trabajadores. Durante la huelga todo funcionó muy bien, pero, tan pronto terminó el movimiento, incluso esa coordinación empezó a dar señales de desintegración. La dirección, hegemonizada por el Partido Socialista de los Trabajadores de Brasil (PSTU), encontraba oposición por parte de otras fuerzas, e incluso dentro de ese incipiente espacio de lucha creado con la huelga la división estalló.

El Gobierno atacó la lucha sindical con otro golpe certero. Creó el Foro Nacional del Trabajo y Empleo (FNTE), un espacio que reunió trabajadores, gobierno y patrones, al mejor estilo de la conciliación de clases. La idea era discutir conjuntamente las estrategias para una convivencia pacifica entre capital y trabajo, forzando la creación de una reforma sindical. La propuesta de reforma que se gestionó en el FNTE acabó enlazando fuertemente el mundo sindical al Estado y las centrales sindicales fueron legalizadas, teniendo que cumplir con una serie de requisitos para garantizar la representación de las y los trabajadores. Es decir, el Estado y los patrones definieron juntos las reglas para la organización de los trabajadores, cosa que en gobiernos anteriores habría puesto al movimiento sindical entero en las calles. Apenas algunas entidades ligadas a la Conlutas clamaron contra ello.

La universidad

Aún en el seno de las reformas (o contrarreformas) el Gobierno decidió atacar a la universidad y, con eso, disparar mortalmente a uno de los movimientos más fuertes en el país: el de las personas docentes y técnicos-administrativos de las universidades. El gobierno creó el Programa Universidad para Todos (Prouni), una propuesta que garantizaba la renuncia fiscal para las universidades privadas, en caso que ellas ofrecieran becas a jóvenes provenientes del sistema público.

Esta política sirvió como propulsor de propaganda del Gobierno, que ganó las mentes de las familias empobrecidas. Para hacernos una idea, sólo en 2010, según el Ministerio de Educación, el Prouni concedió 241 273 becas de estudio para estudiantes empobrecidos, y apenas la mitad de ellas fueron integrales, lo que significa que más de 100 mil estudiantes aún tuvieron que encontrar formas de asumir el pago de las mensualidades.

Con esas becas, el Gobierno dejó de recaudar en impuestos (renuncia fiscal de las universidades privadas) unos 105 millones de reales, “un coste muy bajo”, según el Ejecutivo. Sin embargo, con ese monto para la iniciativa privada, las universidades públicas habrían podido suplir una demanda de más de 400 mil plazas, todas públicas, sin costes para las y los estudiantes. Pero no se logró. El Gobierno debilitó las instituciones federales de enseñanza y salvó de la ruina a las universidades privadas. Además, el sindicato nacional del profesorado terminó dividido en dos instituciones distintas, y el de los técnicos y administrativos gravemente desintegrado.

El conflicto agrario

En el campo popular esa división también acabó por explicitarse. El Movimiento de los Trabajadores Sin Tierra (MST), por ejemplo, se quedó en silencio largo tiempo, en defensa de Lula. Durante las primeras reformas no hubo mucho apoyo, apenas algunos líderes aislados. Sólo más tarde, ya en el segundo mandato, el MST empezó a hacer críticas porque el Gobierno avanzó poco en la reforma agraria. En el campo de las desapropiaciones de tierra para los trabajadores el número fue menor que durante el Gobierno de Cardoso. El Gobierno dice que aumentaron las desapropiaciones en un 120 por ciento, pero conforme al estudio de Ariovaldo Umbelino de Oliveira [3], apenas un tercio de ese total sería de asentamientos nuevos.

Lo que sí continuó de forma sistemática fue la violencia en el campo. Según la Comisión Pastoral de la Tierra (CPT), los intentos de asesinato pasaron de 44 en 2008 a 62 en 2009; las amenazas de muerte de 90 a 143; y el número de personas presas en los conflictos de tierra aumentó de 168 a 204. En el año 2008 se registraron 9 077 familias desalojadas, subiendo a 12 388 en 2009. También aumentó el número de familias amenazadas por pistoleros, de 6.963 a 9 031. Esos datos provocaron que el MST empezara a bosquejar una reacción.

Otras batallas

Las demás batallas del país, como la que exigía la no transposición del Río San Francisco, o la construcción de la presa de Belo Monte, fueron y siguen siendo luchas aisladas, poco difundidas y sin articulación nacional. Como las centrales sindicales están desintegradas y, en su mayoría, enlazadas con el Gobierno, no existe un movimiento que informe y organice la resistencia. Todo queda desagregado, sin fuerza. En el norte, el movimiento indígena intenta avanzar en sus demandas contra la presa de Belo Monte, por la demarcación de las tierras y contra la invasión de tierras ya demarcadas, pero, igualmente, acaba haciendo una lucha sin resonancia.

En lugares como São Paulo, el movimiento de familias sin-techo fue bastante fuerte durante el Gobierno de Lula, con muchas acciones y grandes resistencias. También el movimiento por el transporte público movilizó multitudes, pero sin la articulación necesaria para incendiar el país entero. La Central de Movimientos Populares, que tuvo una importancia capital en la articulación de las luchas durante el Gobierno de Cardoso y que, junto con el Jubileu Sul (Jubileo Sur), organizó nacionalmente la lucha contra la deuda externa, tampoco consiguió aunar los movimientos en luchas nacionales a lo largo del Gobierno Lula.

Según un informe del Ministerio de Hacienda [4], el país tiene una deuda interna de un trillón y 628 billones de reales (cerca de 708 billones de euros). Pocas son las entidades que hablan sobre eso y proponen luchas contra esa sangría de la economía nacional. Tampoco se consigue llegar a la opinión pública pues las informaciones apenas circulan en algunos foros.

Dilma y sus retos

Ahora, en 2011, la presidenta Dilma Roussef, también del PT, inicia su mandato con la restructuración ortodoxa de todo el personal del área de economía. Ya ha anunciado un recorte de 50 billones en el presupuesto del país y todos saben de donde saldrá: salud, educación, seguridad, vivienda, cultura, ciencia y tecnología. Proyectos como la Bolsa Familiar, que garantiza una renta mínima (140 reales, cerca de 60 euros) a casi 12 millones de familias, son importantes, pero no dejan de ser paliativos. No existen en el Gobierno propuestas de emancipación real para las personas más pobres. Aun así, en el inicio de este año, con tantas medidas de recesión, todavía son pocos los movimientos de lucha. Si algo se mueve en Brasil, esos son los pequeños y puntuales movimientos que no han conquistado aún una articulación capaz de dar cuenta de una lucha unificada en el país.

Para algunos analistas, como el profesor de Economía Nildo Ouriques, será preciso que la crisis se instale con más concreción para que los movimientos sociales den inicio a un proceso unificado de lucha efectiva en las calles. Pero, aunque eso suceda, sin una propuesta nacional y revolucionaria que pueda organizar esas luchas, las acciones seguirán siendo puntuales e inocuas del punto de vista de la transformación. Por ahora no se vislumbra en el horizonte la posibilidad de una acción coordinada. Falta preparación de las y los líderes y un proyecto unificador para que trabajadores, movimientos sociales y sindicatos puedan entrar, finalmente, en el rol de las grandes transformaciones que ya se construyen en otros países de Latinoamérica.

Elaine Tavares es periodista e investigadora del Instituto de Estudios Latinoamericanos de la Universidad Federal de Santa Catarina (IELA ), Brasil.

Traducido para Pueblos por Laura Daudén, periodista y colaboradora de Pueblos.

Este artículo ha sido publicado en el nº 46 de la Revista Pueblos, segundo trimestre de 2011.

Notas

[1] El esquema de compra de votos de congresista quedó conocido como “mensalão” porque hace referencia a las mensualidades que se pagaban para la aprobación de proyectos.

[2] “Maioria dos diretores de fundos de pensão é ligada ao PT”, 08/03/2009. Ver en: www.conjur.com.br.

[3] “Incra infla números de reforma agrária”, 28/02/2011. Ver en: www.istoedinheiro.com.br.

[4] Relatório Mensal da Dívida Pública Federal . Pueden consultarse en www.tesouro.fazenda.gov.br.

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Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
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Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



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  • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
  • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
  • Os 10 Dias Que Abalaram o Mundo - JOHN REED
  • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
  • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
  • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
  • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
  • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
  • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
  • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
  • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
  • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira