Por, Runildo Pinto- 15/01/2011
Não se debruce sobre as palavras
Elas, as palavras
Nascem embarcadas.
Navegam sobre artérias,
Criam-se num mar de sangue!
Vivem no plexo febril dos indomados.
Não se debruce sobre as palavras
Elas podem hibernar numa caverna escura e fria,
Não são como ursos, por que são inquietações;
Como florestas: abrigam procedências,
Galhos que se movem em sons enigmáticos,
Principalmente à noite. E o húmus?
Não se debruce sobre as palavras
Elas não emprestam nada,
Representam a pedra rolando esôfago abaixo
Em categoria e direção.
O encéfalo ao luar arrebata!
Não se debruce sobre as palavras
Elas têm o movimento que se eleva da terra
Não vivem à sombra,
Se não tem consciência, morrem!
Somente a arte lhes dá vida, a saber: o Amor é erudito!
Portanto, busque o conjunto dessa expressão
Não se debruce sobre as palavras
Ouse atravessar o deserto até elas,
Destrua as asas do indiferentismo!
Deixe-as sofrerem de uma saudável insônia
Elas dão o sentido histórico da identidade
Em uma casa tomada.
Não se debruce sobre as palavras
Sem elas não viverás, nem sobreviverás, apenas passarás!
Serás conduzido, sem uso estabelecido e sem legado.
Voarás pelas ventas do dinossauro e nascerás nunca!
Há! Se a esperança fosse à fertilidade do caráter na escrita clássica.
Insignes! Somente no seio do povo, em paisagens rebeldes constroem a liberdade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário