Em face do agravamento da situação do Povo Palestino nos territórios ocupados da Palestina e da necessidade de inscrevermos no quotidiano de cada um a luta de um povo que resisti, se formou em todas as partes do mundo comitês de solidariedade.
No dia 29 de Novembro lembramos da necessidade de reafirmarmos está solidariedade, destacando nesta lembrança que Gaza continua confinada , menos que um território , um presídio a céu aberto . Estado de exceção , povo sem direito de ir e vir . Povo sem direito à auto determinação , tutelado , vigiado , fichado como perigoso e terrorista . Crianças sem amanhã , crescendo no ódio. Cisjordânia encolhendo a cada dia , hoje , amanhã onde está o território para devolvermos ao seu povo uma Nação.
Entendemos que a questão Palestina é por demais sensível em tempos de engenharia política baseada em múltiplos interesses , onde o mais poderoso bélicamente ditam as regras e onde ao dominado cabe tão somente gestos reactivos a uma agressão que não pode ser respondida na mesma linguagem e tão pouco no mesmo campo.
Portanto nossa solidariedade ativa deve chamar atenção da população Gaúcha para a situação dos refugiados palestinos que vivem aqui no Rs em situação precária , devemos nos engajar nos esforços da 2ª Frotilha humanitária a Faixa de Gaza e tantas outras ações necessárias.
Mulheres israelenses ‘contrabandeiam’ palestinas em ato de desobediência civil
Guila FlintEm um ato premeditado de desobediência civil, mulheres israelenses violaram a chamada Lei de Entrada em Israel, que proíbe a entrada de palestinos, e "contrabandearam" mulheres palestinas para passear em Tel Aviv, expondo-se ao risco de uma pena de dois anos de prisão.
"Enquanto os israelenses, inclusive os colonos, podem circular livremente em toda a região, os palestinos ficam presos em enclaves cercados por muros e pontos de checagem", afirmou.
Segundo as autoridades israelenses, as restrições à entrada de palestinos em Israel têm o objetivo de evitar atentados.
A proibição tornou-se praticamente hermética durante a segunda Intifada (levante palestino) que começou no ano 2000, depois de uma série de atentados suicidas realizados em grandes cidades israelenses.
'Libertação'
Daphne, de 61 anos, contou que o passeio com as mulheres palestinas foi um dos dias "mais emocionantes e felizes" de sua vida.
"Senti uma sensação de libertação naquele dia", disse Daphne. "A ocupação e o enclausuramento da população palestina em enclaves na Cisjordânia me fazem sentir em uma prisão", disse.
"Desafiar a lei e trazer as mulheres palestinas para passear em Tel Aviv e ver o mar me fez sentir uma sensação de liberdade por um dia", disse.
"Acho que a ocupação coloca não só os palestinos, mas tambem nós, os israelenses, em uma prisão."
Artigo
O desafio à proibição generalizada à entrada de palestinos em Israel começou com um ato isolado da escritora Ilana Hamermann.
Em maio deste ano, a escritora, de 66 anos, publicou um artigo no jornal Haaretz, relatando que havia "contrabandeado" três mulheres palestinas, em seu carro, para dentro de Israel, e as levado para ver o mar em Tel Aviv.
"Eu já faço isso há muitos anos, 'contrabandeio' amigos palestinos pois não reconheço a legitimidade da ocupação, dos muros, das cercas e dos pontos de checagem que Israel instalou na Cisjordânia", disse Ilana à BBC Brasil.
"Essas limitações à liberdade dos palestinos não contribuem para a segurança dos israelenses, muito pelo contrário, acho que é essa política de ocupação que nos coloca em risco", afirmou.
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A operação foi cuidadosamente planejada e houve dois encontros preliminares com as mulheres palestinas, antes do passeio.
De acordo com Daphne, as mulheres palestinas, habitantes de duas aldeias próximas a Jerusalém, na Cisjordânia, sabiam que estavam assumindo o risco de serem presas pelas tropas israelenses.
Para conseguir passar pelos vários pontos de checagem no caminho, elas se disfarçaram de israelenses e não vestiram as roupas tradicionais palestinas, retirando inclusive o véu com o qual geralmente cobrem os cabelos.
"Para todas as mulheres envolvidas, tanto as israelenses como as palestinas, nosso passeio foi, antes de tudo, um ato politico", disse Daphne.
"Mas acabou sendo também um ato de prazer. Comemos juntas em um restaurante em Jaffa, fomos à praia de Tel Aviv, passeamos pela cidade e ao entardecer as levamos de volta para suas aldeias, passando por Jerusalém", conta.
Daphne relatou que, para as palestinas, o momento mais forte do passeio foi quando viram o mar pela primeira vez.
"A vida toda elas sofrem restrições à sua liberdade de movimentação, e ver aquela imensidão livre e sem fronteiras que é o mar gerou uma emoção e uma sensação de libertação, que só uma pessoa enclausurada pode sentir", afirmou.
Debate
Publicando esse ato de desobediência civil, as mulheres esperam gerar um debate na sociedade israelense sobre os limites da obediência e sobre o significado de leis que vigoram no país.
O grupo de direita Fórum Juridico em Prol da Terra de Israel entrou com uma queixa contra Ilana Hamermann junto à Procuradoria Geral da Justiça que, por sua vez, encaminhou o processo à policia.
A pena pela violação da Lei de Entrada em Israel pode chegar a dois anos de prisão.
As participantes israelenses estão dispostas a pagar o preço da violação da lei.
"Para isso estou disposta a ficar dois anos na prisão", afirmou Daphne.
Ilana e Daphne relataram que, desde a publicação do anúncio, receberam dezenas de telefonemas de outras mulheres israelenses, que querem participar do próximo "passeio".
"Depois da visita a Tel Aviv, as palestinas que participaram me disseram que milhares de palestinas estariam dispostas a fazer parte do próximo projeto, pois não aguentam mais a situação atual e querem aderir a atos de desobediência civil junto com mulheres israelenses", disse Ilana.
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