Exilado no México após o ataque ao quartel do Exército de Moncada, em dois de dezembro de 1956 Fidel Castro partiu para Cuba no iate Granma com outros 82 revolucionários, incluindo Che Guevara. Pegos de surpresa por um ataque das tropas de Batista, poucos conseguiram escapar para a Sierra Maestra, onde passaram a organizar sua guerrilha. As miseráveis condições de vida do povo e a corrupção e a repressão crescentes deram ânimo à luta. O exército rebelde, que incluía agricultores, estudantes, mulheres e desertores do Exército regular, derrotou as tropas de Batista após dois anos de lutas.
As Etapas da Guerra
O avanço de duas colunas de guerrilheiros a partir de Sierra Maestra - uma liderada por Che Guevara e Camilo Cienfuegos rumo a oeste (outubro de 1958), a outra por Raúl Castro rumo a Guantánamo - marcou o clímax da luta dos revolucionários. Após a batalha de Santa Clara, conquistada pelas tropas de Guevara no final de dezembro, Batista fugiu para Santo Domingo. Em 1º de janeiro de
Os Heróis da Revolução
O sucesso da revolução pode ser explicado em parte pela estatura moral dos heróis que a lideraram, em parte pela unidade do movimento - toda uma população estava determinada a obter liberdade. Após a entrada triunfal em Havana, os líderes revolucionários receberam a incumbência de realizar seus objetivos: reorganizar a agricultura do país, afligida pelos entraves das grandes propriedades e da monocultura; combater o analfabetismo e o desemprego; promover a industrialização; construir casas, escolas e hospitais. Fidel Castro tornou-se primeiro-ministro e Che Guevara foi nomeado ministro da Indústria e presidente do Banco Nacional. A revolução prosseguiu, com seus heróis e ideais.
Ernesto "Che" Guevara era um argentino que encontrou Fidel no México. Despretensioso, direto e ascético, além de um idealista sem concessões, ele acreditava que o Terceiro Mundo só podia ser libertado pela luta armada.
Camilo Cienfuegos, um comandante cuja coragem tornou-se lendária, era uma pessoa franca, espontânea, com grande senso de humor. Teve papel crucial na luta armada, mas fez parte do governo apenas por um breve período. Desapareceu em 29 de outubro de 1959, quando voltava em seu pequeno avião de uma viagem de inspeção a Camagüey, e nunca mais foi visto.
Frank País, chefe do Movimento 26 de Julio, foi incumbido de organizar uma revolta em Santiago de Cuba que coincidiria com o desembarque do Granma. Mas devido ao atraso no desembarque a revolta foi sufocada. País morreu em Santiago em 30 de julho de 1957, numa emboscada preparada pelo chefe da polícia.
Raúl Castro, irmão de Fidel, um dos sobreviventes do ataque ao quartel de Moncada e do desembarque do Granma, participou da guerrilha e tornou-se membro do governo, adotando postura radical. Como ministro da Defesa, assinou com Khruschov o tratado para instalação de mísseis nucleares em Cuba, que levou à crise de 1962.
Fidel Castro, um dos estrategistas da guerrilha revolucionária. Fidel, grande orador e político, o Líder Máximo e um patriota sem concessões, personificaram o Estado cubano. Como escreveu Alejo Carpentier, "ele cumpriu o que José Martí havia prometido". Nascido em 13 de agosto de 1926 em Mayarí, leste de Cuba, filho de imigrantes espanhóis, estudou com os jesuítas e graduou-se em Direito. Começou a lutar pela causa ainda na universidade.
Guillermo García Morales foi um dos primeiros camponeses cubanos a aderir à guerra revolucionária do Movimento 26 de Julio. Guerrilheiro na Sierra Maestra junto com Fidel, foi nomeado Comandante da Revolução por seus destacados serviços.
Célia Sánchez Manduley abraçou a causa revolucionária ainda bem jovem e lutou na Sierra Maestra. Braço direito e companheira de Fidel Castro, depois de 1959 ela ocupou importantes cargos políticos. Célia Sánchez morreu de câncer em 1980, ainda jovem.
Hasta
Belo Horizonte, 1° de janeiro de 2009
Colaboração : Telma Araújo
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