As milhares de vítimas e centenas de mortos que amontoam-se como resultado do criminoso bombardeio e das incursões terrestres do Exército de Israel sobre a Faixa de Gaza não encontram justificativa frente à ação palestina através do Hamas, qualificada por Israel como terrorista. A única explicação para este hediondo massacre anunciado encontra-se no objetivo de Israel de anexar definitivamente a Faixa de Gaza ao seu território, e ajudar as Sete Irmãs do Petróleo a especularem com o preço do mesmo, obedecendo ao plano estratégico do imperialismo estadunidense para, a propósito deste conflito, ampliar sua ocupação na região, uma espécie de despedida do governo Bush no apagar das luzes de seu mandato nos EUA.
O castigo ao Povo Árabe por sua resistência à ocupação dos EUA no Iraque e no Afeganistão e mensagem de terror ao mundo, mostra que para além da mudança de governo naquele país, seu complexo industrial militar atuará autonomamente em todo mundo, pois por trás do poderio militar de Israel, da soberba de se sobrepor a todas as leis reguladoras das Relações Internacionais fixadas na ONU, seu Conselho de Segurança e dos países que condenam sua ação, está o respaldo dos Estados Unidos, sem ele a aventura israelense não se pronunciaria. A não intervenção das grandes potências diante deste crime contra a humanidade cometido por Israel torna-os cúmplices do genocídio e explica a ronda feita por Condoleeza Rice em ato de despedida por toda Europa e Oriente Médio, e a vingança de Bush pelas sapatadas recebidas no Iraque.
Não há razão com base na força militar do Hamas e sua capacidade de provocar danos e vítimas em Israel para o desprego da massiva força militar contra os palestinos. Israel repete o mesmo caminho dos Estados Unidos e usa a mesma justificativa para este hediondo crime: o combate ao terrorismo.
A Paz no Oriente Médio como demonstram as guerras no Iraque e no Afeganistão e tem demonstrado os 60 anos do conflito árabe-israelense não se logrará através da guerra imperialista de ocupação e punição. Isto apenas alimenta ainda mais o conflito na região elevando a ameaça de um conflito nuclear à humanidade. O sangue palestino que irriga a Faixa de Gaza fará germinar novas e novas gerações de combatentes pela causa de seu Povo.
O PCML – Brasil entende que o caminho para a Paz real no Oriente Médio é o reconhecimento pela comunidade internacional, a exemplo de 1948, do Estado Palestino, sem a castração de sua autonomia e livre desenvolvimento, a retirada imediata dos EUA do Iraque, Afeganistão e a formação de um Tribunal pela comunidade internacional que julgue e puna os crimes de guerra de Israel e dos Estados Unidos da América. Portanto, exigimos:
1 - Paralisação imediata dos ataques de Israel e sua retirada total da Faixa de Gaza;
2 - Reconhecimento internacional do Estado soberano Palestino;
3 – Formação de um Tribunal para julgar os crimes de guerra de Israel e dos EUA.
Viva o Povo Palestino e a Resistência dos Povos Árabes ao imperialismo!
Partido Comunista Marxista-Leninista (Brasil)
Apóiam esta nota:
Movimento Continental Bolivariano (Capítulo-Brasil)
Movimento Nacional de Luta Contra o Neoliberalismo
Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e Sociais (CEPPES)
Juventude 5 de Julho
Jornal INVERTA
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