BRASILEIROS POCOTÓ
"Você liga a televisão e não se conforma com o baixo nível da programação?
Abre o jornal e só encontra notícias superficiais e sensacionalistas?
Liga o rádio e parece que está ouvindo sempre a mesma música? ruim?
Chama um "profissional" para fazer um concerto em sua casa e o resultado é um desastre?
No trabalho, sente a solidão de não ter interlocutores?
As conversas são rasa, os temas superficiais?
Vê seus filhos decorando a mesma tabela periódica que você decorou anos atrás?
Você tem a sensação de que o Brasil está ficando burro?
Pois eu, sim! Daí esse livro.
Você pode gostar, pode detestar, não importa. Desde que reflita sobre nossas atitudes, para ter certeza de que não somos brassileiros pocotó."
O MNMB -Movimento Nacional pela Mediocrização do Brasil.
O Menemebê
Carinhosamente apelidada de Menemebê, essa organização teve suas origens obscuras, mas recebeu um impulso agressivo há 40 anos, com a expansão das mídias de massa, em particular da televisão.
Nesse período, o Menemebê cresceu numa velocidade impressionante, chegando forte e poderoso ao século XXI.
O mais curioso: sendo virtual, o Menemebê não tem endereço. Não tem telefone.
Não tem presidente ou diretores. Ninguém sabe onde fica ou se tem dono.
Mas tem, hoje, milhões de seguidores em todo o País. Mais que a somatória de todos
os movimentos religiosos. Mais que todas as torcidas de todos os times de futebol.
O Menemebê tem poder. Tem dinheiro.
E sua estratégia resume-se numa frase: "Agindo nos bastidores enquanto ninguém vê".
Você vai ao trabalho: tem Menemebê.
Você vai ao clube: tem Menemebê.
Você vai à igreja: tem Menemebê.
Você abre o jornal, liga o rádio ou a tevê e é só Menemebê.
E o mais curioso: as pessoas que trabalham pelo Menemebê, com raríssimas exceções,
não sabem disso. E nem é preciso ser sócio de carteirinha, atuante.
Basta ACEITAR as mediocridades que o Menemebê patrocina para dele fazer parte.
Quando descobri essa história, entendi o Brasil. E preciso dividir com vocês algumas
dicas.
O Menemebê está presente, quando:
...na lista das músicas mais tocadas, o Pocotó, o Bonde do Tigrão, o funk de baixaria,
os subpagodes, sertanejos pop e as coletâneas de novela;
...ligamos o televisor e vemos Faustão brigando com Gugu, Big Brother e as pegadinhas
de um malandro qualquer;
...vemos oito torcedores assistindo, num Pacaembu vazio, ao Palmeiras jogar contra
um certo Genésio Futebol Clube daquela cidade... (como é o nome mesmo?);
...vemos o nível dos políticos responsáveis por nosso futuro;
...a comida mais comida é um hambúrguer de fast food;
...os livros mais vendidos são de auto-ajuda, escritos por gurus de araque;
...a mulher mais desejada tem meio litro de silicone;
...um fabricante lança um novo produto e o concorrente baixa o preço. Em poucos
meses o produto vira commodity e ninguém mais ganha dinheiro produzindo;
...uma montadora, para lançar um carro mais barato, elimina o retrovisor lateral. Aí, a
outra elimina o acendedor de cigarros. A terceira, tira fora a tampa do porta-luvas, e
lança o processo de pioria contínua;
...um mecânico experimenta um produto de segunda, de procedência incerta, "mas
bem baratinho, dá para o gasto". Logo o mercado fica entupido de produtos que
colocam a segurança em risco;
...uma loja de varejo vende sem nota. E, logo, todo mundo está sonegando;
Nesse período, o Menemebê cresceu numa velocidade impressionante, chegando forte e poderoso ao século XXI.
O mais curioso: sendo virtual, o Menemebê não tem endereço. Não tem telefone.
Não tem presidente ou diretores. Ninguém sabe onde fica ou se tem dono.
Mas tem, hoje, milhões de seguidores em todo o País. Mais que a somatória de todos
os movimentos religiosos. Mais que todas as torcidas de todos os times de futebol.
O Menemebê tem poder. Tem dinheiro.
E sua estratégia resume-se numa frase: "Agindo nos bastidores enquanto ninguém vê".
Você vai ao trabalho: tem Menemebê.
Você vai ao clube: tem Menemebê.
Você vai à igreja: tem Menemebê.
Você abre o jornal, liga o rádio ou a tevê e é só Menemebê.
E o mais curioso: as pessoas que trabalham pelo Menemebê, com raríssimas exceções,
não sabem disso. E nem é preciso ser sócio de carteirinha, atuante.
Basta ACEITAR as mediocridades que o Menemebê patrocina para dele fazer parte.
Quando descobri essa história, entendi o Brasil. E preciso dividir com vocês algumas
dicas.
O Menemebê está presente, quando:
...na lista das músicas mais tocadas, o Pocotó, o Bonde do Tigrão, o funk de baixaria,
os subpagodes, sertanejos pop e as coletâneas de novela;
...ligamos o televisor e vemos Faustão brigando com Gugu, Big Brother e as pegadinhas
de um malandro qualquer;
...vemos oito torcedores assistindo, num Pacaembu vazio, ao Palmeiras jogar contra
um certo Genésio Futebol Clube daquela cidade... (como é o nome mesmo?);
...vemos o nível dos políticos responsáveis por nosso futuro;
...a comida mais comida é um hambúrguer de fast food;
...os livros mais vendidos são de auto-ajuda, escritos por gurus de araque;
...a mulher mais desejada tem meio litro de silicone;
...um fabricante lança um novo produto e o concorrente baixa o preço. Em poucos
meses o produto vira commodity e ninguém mais ganha dinheiro produzindo;
...uma montadora, para lançar um carro mais barato, elimina o retrovisor lateral. Aí, a
outra elimina o acendedor de cigarros. A terceira, tira fora a tampa do porta-luvas, e
lança o processo de pioria contínua;
...um mecânico experimenta um produto de segunda, de procedência incerta, "mas
bem baratinho, dá para o gasto". Logo o mercado fica entupido de produtos que
colocam a segurança em risco;
...uma loja de varejo vende sem nota. E, logo, todo mundo está sonegando;
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