A seguir, leia análise da cobertura da mídia no Rio Grande do Sul.
ANÁLISE DA MÍDIA NA SEMANA
Ref.: Denúncias do relatório e ata do Ministério Público.
- Jornais: A Zero Hora tratou o tema no contexto da posse oficial do Comandante Mendes, pivô das denúncias de violência na Brigada Militar. No texto, a Zero Hora tenta construir a seguinte idéia: O Coronel rebateu as denúncias, a visita dos senadores foi frustrada, a audiência é um movimento político da oposição, o coronel teve apoio de outras autoridades. O jornal não voltou ao tema nos outros dias. O autor da matéria é Humberto Trezzi, jornalista das editorias de segurança e questão agrária, que tem publicado reportagens em defesa da Brigada e do Coronel. As fontes são o próprio Coronel e o Ouvidor-Agrário Adão Paiane.
No Correio do Povo, a repercussão foi mais positiva. O jornal considerou a denúncia, “uma bomba”. Mas não retornou ao tema em outras edições.
- Rádio: Inicialmente, houve baixa repercussão. A partir da tarde, a Rádio Gaúcha (RBS) passou a dar espaço para o promotor que escreveu o relatório Gilberto Thuns, que praticamente falou sozinho no primeiro dia, sem contraponto. Somente hoje (26), o Dr. Jacques Alfonsin foi ouvido apresentando um contraponto na emissora. Houve pouco interesse pela Rádio Guaíba (Record) e um espaço significativo na Band, com espaço para contraponto.
- TV: Logo no primeiro dia, conseguimos contraponto no SBT. Somente hoje, foi possível na Bandeirantes. Na Record, uma entrevista marcada para hoje foi adiada. Na RBS TV, novamente foi dada visibilidade ao promotor Gilberto Thuns. No programa de debate “Conversas Cruzadas” (TV Com/RBS), o promotor foi escalado para debater com Dr. Jacques, além de outro promotor e o deputado Raul Pont. O debate, como sempre, foi tendencioso, intercalado por “opiniões” colhidas na rua desfavoráveis ao MST.
- Internet: No clicrbs, houve omissão da realização da audiência da parte da manhã, citando apenas a audiência com o Mendes, na mesma forma como seria publicada no dia seguinte na Zero Hora. Nos sites alternativos e blogs, há empate. Nos blogs direitosos, a notícia do relatório foi bem aplaudida e nos blogs de esquerda a posição do MP foi condenada como uma ação que remete à ditadura, além da crítica no bojo do Governo Yeda.
- Conclusão: Há uma construção por parte do grupo RBS em legitimar o relatório, como se a repressão ao MST fosse um desejo da população e como se a ação do MP fosse legal. Para isso, foi destacado o próprio promotor que elaborou o relatório. De maneira geral temos conseguido apresentar nossa posição em algumas rádios e TVs, além da internet. A escolha do Dr. Jacques como porta-voz tem sido positivo, porque leva as questões também para o terreno jurídico, além do político. O discurso dos porta-vozes do Movimento (Cerdenir e Ana) tem sido unitário.
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