quarta-feira, 31 de março de 2010

EM DEFESA DE CUBA SOCIALISTA

EM DEFESA DE CUBA SOCIALISTA

Vamos divulgar as ações do povo cubano em defesa de sua revolução!

Leia e divulgue o Blog: somostodospalestinos.blogspot.com

Os meios de desinformação dos países ocidentais, partidários do capitalismo selvagem, falam da dura repressão às “Damas de branco”. Vejamos os vídeos e comparemos os métodos repressivos em ambos sistemas.


Lições de direitos humanos para Cuba.

Repressão em Cuba: Mulheres Desarmadas. Este método sangrento de atuar por parte da tirania, constitui uma grave violação aos direitos humanos e à integridade física do pacífico manifestante mercenário e contra-revolucionário. Devem aprender esta outra modalidade de dissolver manifestações, indubitavelmente muito mais democrática e garantida, já que é sistematicamente aplicada pela (s) polícia (s) europeia (s).

http://www.youtube.com/watch?v=BHQvyifbRfw

2) A seguir, o exemplo da União Europeia

http://www.youtube.com/watch?v=QEUL8B8tADk

3) Prática de tortura

http://www.youtube.com/watch?v=Vr1iGB3grlM

Cubanos apoiam a Revolução ante provocação contra-revolucionária



Havana, 18 de Março (PL)

Habitantes de bairros da capital reafirmaram hoje o respaldo à Revolução Cubana e aos seus principais dirigentes, como resposta a uma nova provocação de grupelhos contra-revolucionários.


Desde o início da semana, as auto-denominadas Damas de Branco, estimuladas pela mais recente campanha anti-cubana proveniente de Washington e de países da Europa ocidental, vem tentando protagonizar ações desestabilizadoras nas igrejas e ruas da cidade.

A tática usada pelos provocadores foi o protesto contra as supostas violações dos direitos humanos e a falta de liberdade no país caribenho. As manifestações contaram com a presença de diplomatas norte-americanos e europeus. Não houveram incidentes nas manifestações.


Nesta quinta-feira, os integrantes do reduzido grupo contra-revolucionário percorreram as principais ruas dos municípios da Havana Velha e Centro.


Centenas de cidadãos reiteraram o apoio às autoridades cubanas frente a ação do grupelho, entre eles Gladys González, que lembrou como as autoridades policiais e do Ministério do Interior se preocupam com a segurança e protegem “para que nada aconteça aos manifestantes”.

Vários funcionários diplomáticos assistiram à nova atividade provocadora, entre eles Ingeman Cedeber, encarregado dos negócios da embaixada sueca, Volker Pellet, conselheiro da sede alemã e Lowell Dale Lawton, segundo secretário político-econômico da Seção de Interesses dos Estados Unidos em Cuba (SINA).


Lawton se negou a fazer declarações ao ser abordado pela Prensa Latina. O periódico buscava conhecer o porquê do interesse da SINA em participar deste tipo de ato.


Ao mesmo tempo, o auto-intitulado jornalista das Dama de Branco, respondeu que os representantes diplomáticos se encontravam ali “monitorando a situação”.


Damas de branco recebem resposta popular: Esta rua é de Fidel...!

http://www.youtube.com/watch?v=Flsj3-w7wjo

Funcionário dos EUA em ação contra-revolucionária em Cuba




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Dois diplomatas da Seção de Interesses dos Estados Unidos (SINA), em Havana, acompanharam um ato provocador contra-revolucionário. Os diplomatas são Lowell Dale Lawton, segundo secretário político da SINA, e Kathleen Duffy, assistente da área político-econômica dessa mesma instituição. Volker Pellet, conselheiro da Embaixada da Alemanha em Cuba, e Chris Stimpson, diplomata britânico, que oferecia declarações à imprensa internacional contra o governo cubano quando foi abordado por manifestantes, sendo protegido por policiais cubanos, também estiveram presentes.

Um funcionário da Seção de Interesses dos Estados Unidos (SINA), em Havana, participou hoje de um novo ato de provocação contra-revolucionária na capital.


Lowell Dale Lawton, segundo secretário político-econômico da SINA, assistiu a uma missa numa igreja no bairro de Párraga, junto com integrantes das auto-denominadas Damas de Branco. Ao finalizar a liturgia, saíram às ruas para protestar contra supostas violações de direitos humanos em Cuba.


O diplomata norte-americano misturou-se às manifestantes e percorreu todo o trajeto do ato provocador, que foi rechaçado de maneira espontânea por populares.


Na véspera, dois representantes das embaixadas da Alemanha e da República Checa participaram de um ato similar, em aberta colaboração com os grupelhos contra-revolucionários, organizados e financiados pelos Estados Unidos e algumas nações europeias.


A Prensa Latina constatou que as integrantes do grupo contra-revolucionário não foram arrastadas, e sim evacuadas para evitar incidentes violentos.


Estas ações de provocação em Cuba, com a presença de diplomatas norte-americanos e de países da Europa Ocidental, possuem lugar em meio a uma campanha de corporações midiáticas contra a Ilha. Esta campanha foi intensificada a partir de 10 de março, quando o Parlamento Europeu adotou uma resolução de condenação pelas supostas violações aos direitos humanos.


As multidões de homens e mulheres, de diferentes idades, que saíram às ruas, responderam com palavras de ordem e exclamações de apoio à Revolução e aos seus principais dirigentes.

Enérgica resposta popular em Cuba à provocação contra-revolucionária


Mercenários castristas. Não confundir com o povo cubano...

Havana, 16 de março (PL)


Uma nova provocação contra-revolucionária foi respondida hoje, nesta capital, com gritos de “Viva Fidel!”, “Abaixo aos vermes!” e “Esta rua é do povo!”.

Os grupelhos internos, alicerçados pela mais recente campanha anti-cubana, pretendem chamar a atenção para levar ao mundo a mensagem de que em Cuba se violam os direitos humanos e que não há liberdade.

"Isto já está cansando", comentava um colega de uma mídia estrangeira, habilitado em Havana, que disse sentir-se “cansado” de ver “tanto descaramento”.

Otoniel Díaz Trujillo, vizinho do bairro do Centro, definiu que a única coisa que defendem “é o dinheiro que mandam dos Estados Unidos todos os meses, porque vivem disso e ninguém ali trabalha”.

Integrantes das auto-denominadas Dama de Branco encabeçaram uma manifestação nas ruas de Havana, depois de sair de “uma missa” numa igreja na capital, na qual também estavam diplomatas estrangeiros.

A manifestação permaneceu uma interrogação para os transeuntes. Eles se perguntavam do que se tratava aquilo ou simplesmente ignoravam a manifestação, até o momento em que se sentiram lesionados em seu patriotismo.

Homens e mulheres, que a essa hora estavam em seus locais de trabalho, saíram para rechaçar a ofensa.

"Vocês são umas poucas. Nós somos milhões!", surgia uma voz entre a multidão. Ao mesmo tempo, começavam os hinos revolucionários.

Todavia, ambos funcionários das embaixadas da Alemanha e da República Checa asseguravam à Prensa Latina que somente participavam no ofício religioso. No entanto, pode-se confirmar que seguiram, à distância, todo o percurso da manifestação, do início ao fim.

Na semana passada, o Parlamento Europeu, num “consenso”, emitiu a absurda e hipócrita condenação contra Cuba, em matéria de direitos humanos, por conta da morte de um preso comum vinculado à contra-revolução interna.

Recentemente, o governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, destinou outros 20 milhões de dólares para a subversão contra a nação antilhana.

A estratégia política de reverter o projeto social inciado pelo povo cubano em janeiro de 1959, cresce. Incomoda aos “amos” esse crescimento. Dessa maneira, mandam e estimulam, através de financiamento das atividades, as Damas de Branco e outras espécies de grupelhos...

Cubanos repudiam manifestação de grupelho contra-revolucionário

http://www.youtube.com/watch?v=ED_R3LEaASI

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[Vídeo] Cuba: La calle es nuestra, es de la revolución han recordado hoy miles de habaneros a la gusanera

Solidariedade com Cuba! As Damas de Branco passam novamente pelas ruas de Havana sob a supervisão de diplomatas da SINA e da União Europeia. São estes estrangeiros que pagam as festas, as roupas e as flores.

Aumentam as hostilidades contra Cuba: Posições e declarações

Lohania Aruca Alonso ...Reclamo uma maior responsabilidade, aprofundamento na argumentação e a visibilidade de uma consciência política e patriótica que esteja a altura de nossa história...

Cuba, os presos e as damas de branco

Narciso Isa Conde| República Dominicana. Vem se desatando contra Cuba uma feroz campanha encadeada pelo poder midiático dos EUA e a UE. É inegável que os inimigos da revolução sabem manipular seus erros e as limitações estruturais.

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¿Disidentes o traidores?







Por Atilio A. Boron

http://www.atilioboron.com/2010/03/23.html

Hola, el debate en torno a los "disidentes cubanos" adquiere cada vez mayor intensidad. A continuación, unas reflexiones en torno a tan candente tema. Una versión resumida de este artículo fue publicada en el día de hoy en el diario Página/12 de Buenos Aires. En lo que sigue, la versión íntegra.

La “prensa libre” de Europa y las Américas –esa que mintió descaradamente al decir que existían armas de destrucción masiva en Iraq o que calificó de “interinato” al régimen golpista de Micheletti en Honduras- ha redoblado su feroz campaña en contra de Cuba. Se impone, por lo tanto, distinguir entre la razón de fondo y el pretexto. La primera, y que establece el marco global de esta campaña, es la contraofensiva imperial desencadenada desde los finales de la Administración Bush y cuyo ejemplo más rotundo fue la reactivación y movilización de la IV Flota. Contra los pronósticos de algunos ilusos esta política, dictada por el complejo militar-industrial, no sólo se continuó sino que se profundizó mediante el reciente tratado firmado por Obama y Uribe mediante el cual se concede a los Estados Unidos el uso de por lo menos siete bases militares en territorio colombiano, inmunidad diplomática para todo el personal estadounidense afectado a sus operaciones, licencia para introducir o sacar del país cualquier clase de cargamento sin que las autoridades del país anfitrión puedan siquiera tomar nota de lo que entra o sale y el derecho de los expedicionarios norteamericanos a ingresar o salir de Colombia con cualquier carnet que acredite su identidad. Como si lo anterior fuera poco, la política de Washington reconociendo la “legalidad y legitimidad” del golpe de estado de Honduras y las fraudulentas elecciones subsecuentes es una muestra más de la perversa continuidad que liga las políticas implementadas por la Casa Blanca, con independencia del color de la piel de su principal ocupante. Y en esa contraofensiva general del imperio, el ataque y la desestabilización de Cuba juega un papel de gran importancia.

Estas son las razones de fondo. Pero el pretexto para este relanzamiento fue el fatal desenlace de la huelga de hambre de Orlando Zapata Tamayo, potenciado ahora por idéntica acción iniciada por otro “disidente”, Guillermo Fariñas Hernández y que será seguida, sin duda, por las de otros partícipes y cómplices de esta agresión. Como es bien sabido, Zapata Tamayo fue (y sigue siendo) presentado por esos “medios de desinformación de masas-como adecuadamente los calificara Noam Chomsky- como un “disidente político” cuando en realidad era un preso común que fue reclutado por los enemigos de la revolución y utilizado inescrupulosamente como un mero instrumento sus proyectos subversivos. El caso de Fariñas Hernández no es igual, pero aún así guarda algunas similitudes y profundiza una discusión que es imprescindible dar con toda seriedad.

Es preciso recordar que estos ataques tienen una larga historia. Comienzan desde el triunfo mismo de la revolución pero, como política oficial y formal del gobierno de Estados Unidos se inician el 17 de Marzo de 1960 cuando el Consejo de Seguridad Nacional aprueba el “Programa de Acción Encubierta” contra Cuba propuesto por el entonces Director de la CIA, Allen Dulles. Parcialmente desclasificado en 1991, ese programa identificaba cuatro cursos principales de acción, siendo los dos primeros “la creación de la oposición” y el lanzamiento de una “poderosa ofensiva de propaganda” para robustecerla y hacerla creíble. Más claro imposible. Tras el estruendoso fracaso de estos planes George W. Bush crea, dentro del propio Departamento de Estado, una comisión especial para promover el “cambio de régimen” en Cuba, eufemismo utilizado para evitar decir “promover la contrarrevolución”. Cuba tiene el dudoso privilegio de ser el único país del mundo para el cual el Departamento de Estado ha elaborado un proyecto de este tipo, ratificando de este modo la vigencia de la enfermiza obsesión yankee por anexarse a la isla y, por otro lado, lo acertado que estaba José Martí cuando alertó a nuestros pueblos sobre los peligros del expansionismo norteamericano. El primer informe de esa comisión, publicado en 2004, tenía 458 páginas y allí se explicitaba con gran minuciosidad todo lo que se debía hacer para introducir una democracia liberal, respetar los derechos humanos y establecer una economía de mercado en Cuba. Para viabilizar este plan se asignaban 59 millones de dólares por año (más allá de los que se destinarían por vías encubiertas), de los cuales 36 millones estarían destinados, según la propuesta, a fomentar y financiar las actividades de los “disidentes”. Para resumir, lo que la prensa presenta como una noble y patriótica disidencia interna parecería más bien ser la metódica aplicación del proyecto imperial diseñado para cumplir el viejo sueño de la derecha norteamericana de apoderarse definitivamente de Cuba.

Dicho lo anterior se impone una precisión conceptual. No es casual que la prensa del sistema hable con extraordinaria ligereza acerca de los “disidentes políticos” encarcelados en Cuba. Pero, ¿son “disidentes políticos” o son otra cosa? Sería difícil de decir que todos, pero con toda seguridad la mayoría de quienes están en prisión no se encuentran allí por ser disidentes políticos sino por una caracterización mucho más grave: “traidores a la patria.” Veamos esto en detalle. En el célebre Diccionario de Política de Norberto Bobbio el politólogo Leonardo Morlino define al disenso como “cualquier forma de desacuerdo sin organización estable y, por tanto, no institucionalizada, que no pretende sustituir al gobierno en funciones por otro, y tanto menos derribar el sistema político vigente. El disenso se expresa sólo en el exhortar, persuadir, criticar, hacer presión, siempre con medios no violentos para inducir a los decision-makers a preferir ciertas opciones en lugar de otras o a modificar precedentes decisiones o directivas políticas. El disenso nunca pone en discusión la legitimidad o las reglas fundamentales que fundan la comunidad política sino sólo normas o decisiones bastante específicas.” (pp. 567-568) Más adelante señala que existe un umbral el que, una vez traspasado, convierte al disenso, y a los disidentes, en otra cosa. “El umbral es cruzado cuando se ponen en duda la legitimidad del sistema y sus reglas del juego, y se hace uso de la violencia: o cuando se incurre en la desobediencia intencional a una norma; o, por fin, cuando el desacuerdo se institucionaliza en oposición, que puede tener entre sus fines también el de derrumbar el sistema.” (p. 569) En la extinta Unión Soviética dos de los más notables disidentes políticos, y cuyo accionar se ajusta a la definición arriba planteada, fueron el físico Andrei Sakharov y el escritor Alexander Isayevich Solzhenitsyn; Rudolf Bahro lo fue en la República Democrática Alemana; Karel Kosik, en la antigua Checoslovaquia; en los Estados Unidos sobresalió, al promediar el siglo pasado, Martin Luther King; y en el Israel de nuestros días Mordekai Wanunu. científico nuclear que reveló la existencia del arsenal atómico en ese país y por lo cual se lo condenó a 18 años de cárcel sin que la “prensa libre” tomara nota del asunto.

La disidencia cubana, a diferencia de lo ocurrido con Sakharov, Solzhenitsyn, Bahro, Kosik, King y Wanunu, se encuadra en otra figura jurídica porque su propósito es subvertir el orden constitucional y derribar al sistema. Además, y este es el dato esencial, pretende hacerlo poniéndose al servicio de una potencia enemiga, Estados Unidos, que hace cincuenta años agrede por todos los medios imaginables a Cuba con un bloqueo integral (económico, financiero, tecnológico, comercial, informático), con permanentes agresiones y ataques de diverso tipo y con una legislación migratoria exclusivamente desarrollada (la “Ley de Ajuste Cubano”) para la isla y que estimula la migración ilegal a Estados Unidos poniendo en peligro la vida de quienes quieren acogerse a sus beneficios. Mientras Washington levanta un nuevo muro de la infamia en su frontera con México para detener el ingreso de inmigrantes mexicanos y a los procedentes de Centroamérica, concede todos los beneficios imaginables a quienes, viniendo de Cuba, pongan pie en su territorio. Quienes reciben dinero, asesoría, consejos, orientaciones de un país objetivamente enemigo de su patria y actúan en congruencia con su aspiración de precipitar un “cambio de régimen” que ponga fin a la revolución, ¿pueden ser considerados “disidentes políticos”?

Para responder olvidémonos por un momento de las leyes cubanas y veamos lo que establece la legislación en otros países. La Constitución de Estados Unidos fija en su Artículo III, Sección 3 que “El delito de traición contra los Estados Unidos consistirá solamente en tomar las armas contra ellos o en unirse a sus enemigos, dándoles ayuda y facilidades.” La sanción que merece este delito quedó en manos del Congreso; en 1953 Julius y Ethel Rosenberg fueron ejecutados en la silla eléctrica acusados de traición a la patria por haberse supuestamente “unido a sus enemigos” revelando los secretos de la fabricación de la bomba atómica a la Unión Soviética. En el caso de Chile, el Código Penal de ese país establece en su Artículo 106 que “Todo el que dentro del territorio de la República conspirare contra su seguridad exterior para inducir a una potencia extranjera a hacer la guerra a Chile, será castigado con presidio mayor en su grado máximo a presidio perpetuo. Si se han seguido hostilidades bélicas la pena podrá elevarse hasta la de muerte.” En México, país que ha sido víctima de una larga historia de intervencionismo norteamericano en sus asuntos internos, el Código Penal califica en su artículo 123 como delitos de traición a la patria una amplia gama de situaciones como realizar “actos contra la independencia, soberanía o integridad de la nación mexicana con la finalidad de someterla a persona, grupo o gobierno extranjero; tome parte en actos de hostilidad en contra de la nación, mediante acciones bélicas a las órdenes de un estado extranjero o coopere con este en alguna forma que pueda perjudicar a México; reciba cualquier beneficio, o acepte promesa de recibirlo, con en fin de realizar algunos de los actos señalados en este artículo; acepte del invasor un empleo, cargo o comisión y dicte, acuerde o vote providencias encaminadas a afirmar al gobierno intruso y debilitar al nacional.” La penalidad prevista por la comisión de estos delitos es, según las circunstancias, de cinco a cuarenta años de prisión. La legislación argentina establece en el artículo 214 de su Código Penal que “Será reprimido con reclusión o prisión de diez a veinticinco años o reclusión o prisión perpetua y en uno u otro caso, inhabilitación absoluta perpetua, siempre que el hecho no se halle comprendido en otra disposición de este código, todo argentino o toda persona que deba obediencia a la Nación por razón de su empleo o función pública, que tomare las armas contra ésta, se uniere a sus enemigos o les prestare cualquier ayuda o socorro.”

No es necesario proseguir con esta somera revisión de la legislación comparada para comprender que lo que la “prensa libre” denomina disidencia es lo que en cualquier país del mundo -comenzando por Estados Unidos, el gran promotor, organizador y financista de la campaña anticubana- sería caratulado lisa y llanamente como traición a la patria, y ninguno de los acusados jamás sería considerado como un “disidente político.” En el caso de los cubanos, la gran mayoría de los llamados disidentes (si no todos) están incursos en ese delito al unirse a una potencia extranjera que está en abierta hostilidad contra la nación cubana y recibir de sus representantes -diplomáticos o no- dinero y toda suerte de apoyos logísticos para, como señala la legislación mexicana, “afirmar al gobierno intruso y debilitar al nacional.” Dicho en otras palabras, para destruir el nuevo orden social, económico y político creado por la revolución. No sería otra la caracterización que adoptaría Washington para juzgar a un grupo de sus ciudadanos que estuviera recibiendo recursos de una potencia extranjera que durante medio siglo hubiese acosado a los Estados Unidos con el mandato de subvertir el orden constitucional. Ninguno de los genuinos disidentes arriba mencionados incurrieron en sus países en tamaña infamia. Fueron implacables críticos de sus gobiernos, pero jamás se pusieron al servicio de un estado extranjero que ambicionaba oprimir a su patria. Eran disidentes, no traidores.

* Una versión abreviada de este artículo fue publicada por Página/12 (Buenos Aires) el 23 de Marzo de 2010.

Outras verdades: O terrorismo midiático contra Cuba

A “greve de fome” e a morte de Orlando Zapata desencadearam uma nova onda midiática contra Cuba. Jornalões decadentes e poderosas redes de televisão dos EUA e da Europa deflagraram a ofensiva e logo foram seguidos servilmente pelos barões da mídia colonizada do Brasil. Quase todos os dias, Estadão, Folha e Globo lotam páginas para satanizar o regime cubano, tentando fazer a cabeça dos tais “formadores de opinião”. Já as emissoras de televisão, em especial a TV Globo, massificam o terrorismo midiático para milhões de inocentes telespectadores.

A hipocrisia da mídia é repugnante. Ela tem o cinismo de transformar um deliquente comum em preso político. Zapata, o novo herói do imperialismo e da mídia, nunca sequer figurou na lista de “prisioneiros de consciência” do Conselho de Direitos Humanos da ONU, sempre tão rigoroso contra Cuba. Seus problemas com a justiça cubana eram antigos e sua folha corrida era imensa: “violação de domícilio” (1993), “lesões menos graves”, “furto”, “porte de arma branca”, “fratura do crânio de uma vítima com uso de machado” (2000) e “perturbação da ordem pública” (2002).

“Milagrosa metamorfose” de Zapata

Apesar dos crimes comuns, a justiça cubana ainda permitiu que Zapata fosse libertado sob fiança em março de 2003. Poucos meses depois, ele cometeria novos crimes, sendo detido e condenado a três anos de prisão. Mas a sentença foi dilatada devido à péssima conduta na cadeia. Foi neste período que o delinqüente comum foi abordado pela chamada “dissidência cubana”, financiada pelo Departamento de Estado dos EUA e pelas fundações de fachada da CIA.

Como relata o sociólogo Atílio Borón, “é neste marco que se produz sua milagrosa metamorfose: o meliante repetidamente encarcerado por cometer numerosos delitos comuns se converte em um ardente cidadão que decide consagrar sua vida à promoção da ‘liberdade’ e da ‘democracia’ em Cuba. Espertamente recrutado por setores da ‘dissidência política’ cubana, sempre desejosa de conta com um mártir em suas esquálidas fileiras, impulsionaram-o irresponsavelmente e com total desprezo pela sua pessoa a levar adiante uma greve de fome até o final”.

Mentiras sobre presos e torturados

A sua lamentável morte, ocorrida apesar dos esforços dos médicos cubanos para evitá-la, deu a senha para a nova ofensiva midiática contra a ilha rebelde. A desinformação é total. Fala-se em milhares de presos políticos e torturados em Cuba. Pura mentira. Até suspeitas ONGs de direitos humanos reconhecem que há “menos de 50 prisioneiros de consciência” no país – bem menos do que os 7.500 da Colômbia, que a mídia omite. Elas também nunca registraram casos de torturas em Cuba – a não ser na base militar dos EUA em Guantánamo, famosa por suas barbáries.

Além disso, a maioria dos “presos políticos cubanos” tem notórios vínculos com o imperialismo, recebe dólares da CIA e freqüenta assiduamente o Escritório de Interesses dos EUA em Havana. Em qualquer outro país, eles seriam condenados por alta traição. O Código Penal dos EUA, por exemplo, prevê pena de 20 anos para que proponha a derrubada do governo constitucional; de 10 anos de prisão para quem emita “falsas declarações com o objetivo de atentar contra os interesses da nação”; e de três anos para quem “mantenha relação com governos estrangeiros”.

O medo da revolução cubana

O veneno midiático contra Cuba, inclusive o destilado pela colonizada mídia nativa, tem vários motivos. Ela não tolera que esta ilha rebelde resista a 50 anos de criminiso bloqueio econômico, que já resultou em bilhões de prejuízos ao povo cubano. Ela não compreende porque mais de 640 tentativas de assassinato do líder da revolução, Fidel Castro, tenham falhado. Ela quer apagar os exemplos cubanos, que ainda animam as lutas de povos de vários países com as suas avançadas políticas sociais, sua heróica defesa da soberania nacional e sua solidariedade internacionalista.

Em síntese, como aponta Azaela Robles num didático artigo no sítio Rebelión, a mídia burguesa não aceita as conquistas da revolução cubana. “No autoproclamado ‘mundo livre’ (o mundo que sofre no sistema capitalista), a cada sete segundos uma criança de menos de dez anos morre de fome. Nenhuma delas é cubana. Segundo a FAO, 842 milhões de pessoas sofrem de desnutrição crônica. Nenhuma delas é cubana. No ‘mundo livre’, 200 milhões de crianças vivem e dormem nas ruas. Nehuma delas é cubana... Anualmente, quase dois milhões de jovens morrem no mundo somente por falta de água potável e saneameno básico. Nenhum morre em Cuba por esta causa”.

Manifesto “em defesa de Cuba”

Diante deste brutal terrorismo midiático, os movimentos sociais e as forças progressistas devem erguer a sua voz em defesa da soberania cubana e contra os novos intentos desastabilizadores do imperialismo. Como afirma o manifesto “Em defesa de Cuba”, assinado por intelectuais, artistas e lutadores sociais que integram a Rede Mundial em Defesa da Humanidade (RDH), é urgente se contrapor a esta nova ofensiva do imperialismo e de sua mídia venal.

“Pretender justificar a intromissão nos assuntos políticos internos do povo cubano manipulando midiaticamente o caso Orlando Zapata – deliquente comum e não um preso político – coincide com as políticas contra-insurgentes que se aplicam na América Latina para deter os processos de transformação emancipadora em curso na região... Ela se soma ao criminoso bloqueio imposto ao povo cubano pelo simples fato dele não aceitar imposições e defender o direito a decidir seu destino com dignidade e independência”, afirma o manifesto, que continua aberto às adesões.


terça-feira, 30 de março de 2010

A demonização de Cuba: uma guerra política e cultural


Em política, a única vitória possível é cultural. O restante pode ser chamado de ocupação, asfixia, imposição; todas variações que postergam a vitória do suposto derrotado. Por isso, os ideológos da direita se lançaram de corpo e alma em uma guerra cultural contra Cuba que envolve todos os meios, aspectos e recursos. Uma guerra que não busca nem pede verdades ou princípios: uma guerra para reverter convicções e sentimentos, que se apóia na força dos meios de comunicação. O artigo é de Enrique Ubieta Gómez, na estréia da parceria entre a Carta Maior e o Rebelión. Enrique Ubieta Gómez - Rebelión

O principal obstáculo do imperialismo para derrotar a Revolução Cubana não é militar nem econômico, mas sim moral. De alguma forma “inexplicável”, Cuba conserva o prestígio internacional e o consenso interno, apesar do desgaste de meio século sob os efeitos de um implacável bloqueio e de uma contínua campanha midiática,apesar da derrubada – há 20 anos – e do descrédito de um “campo socialista” do qual hoje se enumeram as manchas e se ignora a luz.



Os ideólogos da direita sabem que esse prestígio moral invalidaria qualquer vitória militar ou econômica sobre a ilha. Em política, a única vitória possível é cultural. O restante pode ser chamado de ocupação, asfixia, imposição; todas variações que postergam a vitória do suposto derrotado. Por isso, eles se lançaram de corpo e alma em uma guerra cultural que envolve tudo. Uma guerra que não busca nem pede verdades ou princípios: uma guerra para reverter convicções e sentimentos, que se apóia na força dos meios de comunicação. Ou por acaso a demonização da cultura árabe – povo que vive sobre grandes reservas de petróleo – não antecede e acompanha a guerra de extermínio que sofrem seus estados “desobedientes”? Lançar-se de corpo e alma significa que esses ideólogos devem repetir sem ruborizar e sem piscar, que Che Guevara, o guerrilheiro heróico, foi um assassino: que Batista, o assassino, foi na realidade um bom governante; que Cuba, a nação que mais vidas salvou no mundo – incluindo a de seus inimigos -, desfruta da morte.



O governo de Obama é um excelente porta-aviões para bombardeios ideológicos: um rosto negro, um perfil intelectual, um sorriso sedutor. Um enorme e moderno navio de guerra que assume ares de cruzeiro, que finge não atacar: para isso aí estão seus aviões e os pilotos que às vezes decolam à noite, enquantoo capitão dorme. O certo é que a onde de desrespeitos coletivos que Obama encontrou em seu pátio latinoamericano era tão colossal, que a guerra não podia absolutamente ser resolvida unicamente pela via da força. Não digo que sem a forma, mas que não só pela força. Era imprescindível um golpe de Estado pedagógico – e para isso escolheu-se o elo mais débil, Honduras -, mas um golpe que fosse acompanhado de justificativas (supostamente) legais, de trâmites burocráticos, de condenações públicas e de apertos de mãos privados.



Um novo conceito para legitimar culturalmente certos golpes de Estado: no futuro a democracia deixará de existir se a maioria do povo expressa eleitoralmente sua inconformidade com uma legislação que garanta os interesses imperialistas. E será legítimo o uso da força, a dos militares claro, não a do povo. Os líderes sindicais que “o governo de fato” – o que deu o golpe e que acaba de auto-eleger-se em estado de sítio – assassina todos os dias parecem não importar a ninguém. Mas os objetivos mais importantes da guerra cultural são dois: Cuba e Venezuela.



Foi talvez em Trinidad Y Tobago onde Obama compreendeu que o prestígio de Cuba era imenso. Ao término daquela Cúpula, na qual estreava seu sorriso, falou da “utilização” do internacionalismo médico da Revolução Cubana com supostos fins propagandísticos. Esse prestígio é algo que atormenta os ideólogos da direita, que sonham com a deserção de todos os médicos cubanos. El país, órgão da transnacional PRISA na Espanha, qualifica a esquerda que apóia Cuba de stalinista e nostálgica. Nossos pequenos ideólogos de Miami, México ou Barcelona, tratam de esclarecer, com pretensões acadêmicas, as razões dessa simpatia internacional e organizam cartas de condenação que levam de porta em porta. Usam todas as armas para dissuadir os solidários com essa experiência, incluindo aí a chantagem política e, se necessário, o fuzilamento midiático. A guerra é à morte.



Os diplomatas dos EUA e de alguns países europeus servidores de sua política já não se escondem em Cuba; caminham sem pudor entre os dissidentes que constroem e financiam. Usurpam os símbolos da Revolução, da esquerda, e os preenchem de conteúdo contra-revolucionário; plagiam as Mães da Praça de Maio – aquelas que sempre desprezaram e combateram – para construir as Damas de Branco. São ingredientes para um bom coquetel: mulheres debilitadas e acompanhantes, roupa branca (além do símbolo da paz, em Cuba essa cor adquire outros significados religiosos, para nada católicos), gladíolos, missas católicas. O que importa é o enquadramento da câmera. Entre com a moldura, que eu faço a guerra, dizia Hearst em 1898; ou, em termos atuais, construa o set e filme a cena – ou dê uma “tweetada” se preferir – que eu escrevo o roteiro.



Demonizar Cuba. Fazer com que as crianças das escolas espanholas sintam pena das crianças cubanas, escolarizadas, saudáveis, como poucas na América Latina. Fazer com que os cidadãos honestos que só têm tempo para sobreviver em meio a uma crise econômica que ameaça sua tranqüilidade primeiro-mundista, se compadeçam dos cubanos, mais pobres, é certo, e, no entanto, mais protegidos, e, apesar de tudo, mais livres como seres humanos. Que olhem para Cuba e se desinteressem pelo que ocorrem no Iraque, na Palestina ou na América Latina, ou na Espanha. Que convertam a ALBA – esse maravilhoso sistema de solidariedade entre povos – em um empório de obscuros interesses ideológicos. O difícil, porém, é que uma operação cultural de caráter midiático possa superar ou reverter a vivência de centenas de milhares de latinoamericanos, de africanos, asiáticos, norte-americanos e europeus, que já receberam a solidariedade cubana e venezuelana. O difícil é ocultar o sol com um dedo, principalmente quando esse dedo carrega o anel imperial.



(*) Enrique Ubieta Gómez é jornalista e escritor, editor do blog La Isla Desconocida.


Quem são e por que lutam os “dissidentes” cubanos


Por Osvaldo Bertolino

A foto acima está correndo o mundo pela mídia para ilustrar a “repressão” às “Damas de Blanco” ontem na cidade de Havana, em Cuba. A manipulação é flagrante. Observe que as pessoas que não estão de branco não são mostradas. As legendas e as matérias dizem apenas que são políciais, agredindo manifestantes pacíficos. Podem até ser policiais — vamos admtir essa hipótese para não sermos tão rigorosos com os manipuladores. Mas a mensagem ignora que uma multidão de cubanos — cerca de 400 “partidários do regime”, segundo a mídia torpe — enfrentou as manifestantes. De onde surgiram essas “Damas”? Vejamos.

Em meados de 2002, um sujeito astuto desembarcou em Havana, vindo dos Estados Unidos, pisando macio como se estivesse de sandálias de veludo. Atendia pelo nome de James Cason e em setembro daquele mesmo ano seria anunciado como o novo chefe do Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Cuba. Era amigo de longa data de Otto Reich, o comandante das operações da “guerra suja” travada contra a Revolução Sandinista na Nicarágua. Ali, os dois atuaram juntos. Reich era o responsável por redigir proclamações e manifestos em nome dos grupos organizados por eles e que empreendiam a “guerra suja”. Cason atuava como recrutador de mercenários.

Com o caso “Irã-Contras”, um escândalo de corrupção e tráfico de armas para financiar os “contras” nicaragüenses, ambos foram afastados das operações por decisão do Senado dos Estados Unidos. Reich ficou atuando nas sombras até que em um momento de recesso do Congresso, já no governo do ex-presidente George W. Bush, foi nomeado subsecretário de Estado para Assuntos da América Latina. E uma de suas primeiras providências foi a de enviar Cason a Cuba para “sondar o terreno”.

Viagens de exploração

O momento era delicado para a ilha socialista. O governo dos Estados Unidos trabalhava febrilmente para convencer o mundo que um “eixo do mal” preparava ações para atacar o império. E, para se defender, a melhor defesa seria o ataque. O Iraque foi o primeiro país a entrar na alça de mira de Bush — a invasão do país começou no dia 19 de março de 2003. Cuba poderia ser a próxima vítima a qualquer momento.

Em setembro de 2002, antes de assumir oficialmente a chefia do Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Cuba, Cason fez algumas viagens de exploração pelo país. Fez contatos, propostas e muitas reuniões. Com as informações levantadas, montou um plano de ação. A primeira atividade foi a convocação de uma manifestação para o dia 24 de fevereiro de 2003, quando se comemora na ilha o início da última guerra de independência contra a Espanha, em 1895. O ato ocorreu no apartamento de Martha Beatriz Roque — organizadora do grupo “Damas de Blanco” e conhecida mercenária cubana —, em Havana, com a presença de cerca de 30 pessoas. Tudo feito às claras, com declarações públicas.

Liberdade e justiça

Em uma entrevista coletiva, Cason anunciou o plano de intensificar os esforços pela “transição democrática” em Cuba e pronunciou verdadeiros impropérios contra o líder revolucionário e então presidente cubano, Fidel Castro. Quando um jornalista lhe perguntou se a sua presença no ato não confirmava a denúncia do governo cubano de ingerência em assuntos internos, Cason disse: “Não, porque acredito que aqui convidaram todo o corpo diplomático e, como convidado, não tenho medo.”

Em seguida ele revelou a verdadeira intenção da reunião. “Infelizmente, o governo cubano, esse sim, tem medo. Medo da liberdade de consciência, da liberdade de expressão, medo dos direitos humanos. Os grupos (de “dissidentes” organizados por ele) estão demonstrando que há cubanos que não têm medo”, disse. E finalizou a declaração: “Estou aqui como convidado e vou percorrer todo o país, visitando todas as pessoas, que, sim, querem liberdade e justiça.”

Invasão do país

Os cubanos presentes eram pessoas que os norte-americanos capturavam no mar e mandavam de volta à ilha — geralmente com antecedentes criminais ou com problemas legais que as impedem de serem enquadradas nas regras para um visto de saída conforme o acordo migratório entre Cuba e Estados Unidos. Cason agrupou essas pessoas em uma “organização de ex-balseiros” e deu-lhes a denominação de “dissidentes”. Outro grupo foi organizado como “jornalistas independentes”.

Logo depois da reunião, Cason viajou para Miami — onde intensificou os ataques a Cuba e a Fidel Castro. Nos dias seguintes, ele fez um intenso vai-e-vem entre Havana e Miami. E sempre concedia entrevista coletiva, matéria-prima que alimentou uma onda anticubana ignominiosa pela mídia. O objetivo era provocar a sua expulsão ou algum outro tipo de atrito para criar um fato que justificaria a invasão do país. O assunto foi debatido pela Assembléia Nacional cubana, que chegou à conclusão de que o país estava diante de uma armadilha.

Celas solitárias

Outra medida que complementaria o plano Reich-Cason foi a transferência dos “Cinco Heróis da República” cubanos, presos nos Estados Unidos quando estavam em missão para combater o terrorismo contra a ilha, para unidades especiais, no dia 6 de março de 2003. Foram tomadas medidas rigorosas contra eles, como o confinamento em celas solitárias. No dia 10 de março, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba entregou uma nota diplomática de protestos a Cason.

A situação já havia chegado a um ponto crítico. No dia 12 de março de 2003, foi realizada, na residência de Cason em Havana, uma atividade com 18 “dissidentes”. No dia 14, o grupo votou a se reunir. E, desde então, passaram a se encontrar regularmente. A invasão do Iraque estava próxima. E uma atmosfera de guerra tomou conta do país.

Tensa negociação

Duas horas antes de começar a invasão do Iraque, no dia 19 de março de 2003, um avião da ilha da Juventude, fazendo a última viagem di dia, foi seqüestrado por seis pessoas e desviado para os Estados Unidos com mais um grupo de “dissidentes” a bordo, onde receberam permissão para ficar em virtude da imoral Lei de Ajuste Cubano. Os demais passageiros foram incitados e ficar e, diante da recusa, foram hostilizados e devolvidos a Cuba.

No dia 31 de março de 2003, outro avião foi seqüestrado, com 45 passageiros a bordo. O líder dos seqüestradores anunciou que desviaria o vôo para Miami, mas o combustível não dava. O avião pousou na ilha da Juventude e iniciou-se uma tensa negociação, comandada pessoalmente por Fidel Castro. O próprio piloto se recusava a voar, indignado com a ousadia dos “dissidentes”. Foi preciso uma longa conversa de Fidel Castro para convencê-lo a levar o avião para as Bahamas.

Pena capital

No dia seguinte, 1º de abril, na baía de Havana, houve o seqüestro de uma embarcação cheia de passageiros — alguns, turistas — por um grupo de onze ou doze “dissidentes”. De novo, Fidel Castro comandou pessoalmente as negociações, que resultaram na prisão do chefe dos sequestradores e na liberação da embarcação. Duas turistas francesas se jogaram na água. Na distração do líder do bando, um membro do Ministério do Interior que estava a bordo se atracou com ele e o dominou.

Diante da situação, a Assembléia Nacional aprovou a aplicação de penas previstas na legislação do país, de acordo com decisões da Justiça. Três “dissidentes” receberam a pena capital. Outros tantos foram apenados de acordo com os mais rígidos preceitos do Estado de Direito e das regras judiciais internacionais. Logo em seguida, começou a campanha internacional da direita pela libertação dos “presos políticos”, que tem nas “Damas de Blanco” um de seus pontos de apoio.

Emocionado, Fidel Castro falou da situação em Cuba em discurso no 1º de Maio de 2003.

Com informações dos livros “Biografia a duas vozes” e “Os dissidentes”

http://www.youtube.com/watch?v=NBTa7_mnkQg&feature=player_embedded

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



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