, por V. Bonotch-Bruevitch in Memórias Sobre Lenine
Praticamente tudo era feito a partir do zero no nosso país, que também precisava de novo escudo, nunca antes visto na história dos povos, pois tratava-se de criar as insígnias do primeiro Estado operário e camponês do mundo.
Nos princípios de 1918 foi-me entregue um esboço do escudo, que levei a Lenine sem mais tardar.
Ele estava no seu gabinete de trabalho a falar com Iakov Sverdlov, Feliks Dzerjinski e mais um grupo de camaradas. Coloquei o desenho em cima da secretária, diante dos seus olhos.
- Que é isto? O escudo? Vejamos, que a coisa tem interesse! Disse, já debruçado sobre o esboço.
Todos se lhe juntaram no exame ao projeto.
O desenho representava, em fundo vermelho,os raios cintilantes do sol nascente, tendo em volta espigas de trigo. Lá dentro havia uma foice e um martelo entrecruzados e uma espada apontava o seu gume para cima.
- Tem interesse, sim - disse Lenine. - Tem sentido, mas a espada está aqui para quê? Desviou a vista do desenho e olhou-nos todos. - Nós travamos combates, lutamos e não o deixaremos de fazer até reforçaramos a ditadura do proletariado e expulsarmos do nosso país os guardas brancos e as tropas intervencionistas . Mas a violência não se pode manter entre nós. Não aplicamos a política de conquistas, não agredimos , e sim, fazemos frente a agressões. A nossa guerra é defensiva e portanto, a espada não pode ser o nosso emblema.
Temos que a segurar firmemente para defendermos o nosso Estado proletário enquanto tivermos inimigos e formos agredidos, ou ameaçados, mas isso não significa que tal acontecerá para todo o sempre. Quando for proclamada pelo mundo afora a fraternidade dos povos, não precisaremos mais da espada. Ela deve, portanto, estar ausente do escudo do nosso Estado socialista... - E, pegando num lápis bem aparado, riscou a espada do desenho. - O resto serve. aprova-se o projeto e depois voltaremos a examiná-lo e a discutir a coisa no Conselho de comissários do Povo. Temos de o fazer sem mais tardar...
E pôs a sua assinatura no desnho.
O autor do projeto, que estivera com , prometeu trazer em breve outro esboço do escudo.
Quando o artista voltou a aparecer, estava no gabinete de Lenine o escultor e que, instalado no sofá e sem proferir palavra, fazia esboços de Lenine a trabalhar e a receber visistas. Andreev queria esculpir o busto de Lenine.
O pintor apresentou o novo projeto do escudo, do qual desaparecera a espada, que vinha agora encimado por uma estrela de cinco pontas.
Também Andreev examinou o desenho.
- Então, que acha? Perguntou-lhe Lenine.
- Muito bem, mas faltam umas coisinhas...
Pegando um lápis, Andreev fez logo, com a autorização do autor, um outro desenho. A gavela de trigo tornou-se mais espessa, os raios do sol mais brilhantes e o desenho todo, mais expressivo. A estrela ganhou grande vigor geométrico e ficou muito nítida a palavra de ordem " Proletários de todos os países, uni-vos!"
Aquele projeto do escudo da República Socialista Federativa Soviética da Rússia, feito com emendas de Lenine, foi definitivamente aprovado em 1918.
O escudo era compreendido por todos os trabalhadores, que faziam frente aos inimigos defendendo o Poder Soviético, um poder que era deles.
A estrela brilhante de cinco pontas tornou-se o emblema do Exército Vermelho.
Ele estava no seu gabinete de trabalho a falar com Iakov Sverdlov, Feliks Dzerjinski e mais um grupo de camaradas. Coloquei o desenho em cima da secretária, diante dos seus olhos.
- Que é isto? O escudo? Vejamos, que a coisa tem interesse! Disse, já debruçado sobre o esboço.
Todos se lhe juntaram no exame ao projeto.
O desenho representava, em fundo vermelho,os raios cintilantes do sol nascente, tendo em volta espigas de trigo. Lá dentro havia uma foice e um martelo entrecruzados e uma espada apontava o seu gume para cima.
- Tem interesse, sim - disse Lenine. - Tem sentido, mas a espada está aqui para quê? Desviou a vista do desenho e olhou-nos todos. - Nós travamos combates, lutamos e não o deixaremos de fazer até reforçaramos a ditadura do proletariado e expulsarmos do nosso país os guardas brancos e as tropas intervencionistas . Mas a violência não se pode manter entre nós. Não aplicamos a política de conquistas, não agredimos , e sim, fazemos frente a agressões. A nossa guerra é defensiva e portanto, a espada não pode ser o nosso emblema.
Temos que a segurar firmemente para defendermos o nosso Estado proletário enquanto tivermos inimigos e formos agredidos, ou ameaçados, mas isso não significa que tal acontecerá para todo o sempre. Quando for proclamada pelo mundo afora a fraternidade dos povos, não precisaremos mais da espada. Ela deve, portanto, estar ausente do escudo do nosso Estado socialista... - E, pegando num lápis bem aparado, riscou a espada do desenho. - O resto serve. aprova-se o projeto e depois voltaremos a examiná-lo e a discutir a coisa no Conselho de comissários do Povo. Temos de o fazer sem mais tardar...
E pôs a sua assinatura no desnho.
O autor do projeto, que estivera com , prometeu trazer em breve outro esboço do escudo.
Quando o artista voltou a aparecer, estava no gabinete de Lenine o escultor e que, instalado no sofá e sem proferir palavra, fazia esboços de Lenine a trabalhar e a receber visistas. Andreev queria esculpir o busto de Lenine.
O pintor apresentou o novo projeto do escudo, do qual desaparecera a espada, que vinha agora encimado por uma estrela de cinco pontas.
Também Andreev examinou o desenho.
- Então, que acha? Perguntou-lhe Lenine.
- Muito bem, mas faltam umas coisinhas...
Pegando um lápis, Andreev fez logo, com a autorização do autor, um outro desenho. A gavela de trigo tornou-se mais espessa, os raios do sol mais brilhantes e o desenho todo, mais expressivo. A estrela ganhou grande vigor geométrico e ficou muito nítida a palavra de ordem " Proletários de todos os países, uni-vos!"
Aquele projeto do escudo da República Socialista Federativa Soviética da Rússia, feito com emendas de Lenine, foi definitivamente aprovado em 1918.
O escudo era compreendido por todos os trabalhadores, que faziam frente aos inimigos defendendo o Poder Soviético, um poder que era deles.
A estrela brilhante de cinco pontas tornou-se o emblema do Exército Vermelho.
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