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Quarta-feira
Ago 2012
Posted EUA, Internacional
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Com o título What is to be done … now, o estadunidense CounterPunch publicou ensaio no qual o filósofo político e escritor Andrew Levine evoca o clássico Que fazer?,
de Lênin, como referência para a busca de mudança real na situação
crítica que os EUA atravessam. Além de ser em si mesmo interessante, o
texto faz vir à memória a tese muito citada de Marx, endossada por
Lênin, de que a revolução socialista deveria ocorrer primeiro num país
capitalista desenvolvido. Como se sabe, Marx chegou a cogitar do
potencial revolucionário da Rússia czarista e Lênin não só o acompanhou
nessa indicação, como, chegado o momento, apostou todas as fichas nela,
em outubro de 1917. Mas ambos jamais deixaram de olhar com esperança
para a Europa Ocidental e os Estados Unidos. Quase cem anos e muitas
reviravoltas depois, retorna a cogitação sobre mudança revolucionária de
regime no centro mundial do capitalismo.
Longe de ser caso isolado, Andrew Levine reflete um estado de
inquietação que se alastra em seu país. Não apenas Michael Moore expõe
as mazelas do capitalismo – até há pouco sacrossanto – em seu país (Ver
aqui);
numerosas e expressivas vozes da esquerda o acompanham. E o debate já
chega à grande imprensa. Só por exemplo, veja-se o editorial publicado
pelo New York Times aqui, no qual os capitalistas são assimilados nada menos do que a psicopatas.
O artigo em CounterPunch está aqui e a tradução de Milton Nogueira está a seguir.
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