Estimados companheiros e companheiras,
Ontem, dia 12 de fevereiro chegamos no Haiti. Viemos com a força aérea venezuelana, entre as comidas, água e equipamentos de ajuda humanitária. Fomos muito bem recebidos pela embaixada e Exercito da Venezuela, que está com grande apreço e ansiedade pela nossa tarefa, apesar de pouco conhecimento sobre nossos objetivos. Têm urgencia em produzir com agilidade e apresentar resultados rapidamente... A Venezuela trabalha com 4 frentes aqui no Haiti: Missao Saúde, Protecao civil, Militares e Embaixada. Com a nossa chegada, hoje se incorporou mais uma frente: Agricultura.
As primeiras impressões: o domínio é generalizado dos EUA. No aeroporto tudo é controlado por eles. Somente entra e sai o que eles permitem. Segundo os compas da Venezuela, se alguma coisa fica no aeroporto por algum tempo, sem a supervisão de alguém, os EUA tratam logo de pegar e dão um fim, ninguem sabe pra onde vai. É bastante inseguro o translado via aeroporto, precisa ter um acompanhamento minucioso.
A Minustha somente é vista na saída do aeropoto, depois dos americanos fortemente armados. Chega a ser ilário o desnível entre a tecnologia e aparatos do exercito americano e os demais. Nas ruas são inúmeros os caminhões com as tropas da ONU (minustha), andam em grupos de 4 a 5 caminhoes com homens armados.
Nas ruas de Porto Príncipe o que se vê são gigantescos acampamentos, em barracas extremamente frágeis, ao lado dos amontoados de escombros. É comum ver algumas esquinas com filas, ali provavelmente estão dando alguma coisa. Não se vê violência nas ruas, o povo aparenta tranquilidade. Por alguns cantos o povo esta dancando, cantando, rezando...
O calor é demasiado, a comida é pouca, o idioma é bastante diferente... Bem, aqui estamos. A sensacao é de muita forca, perspecivas e esperanca com o trabalho, apesar de já sabermos que nossa tarefa nao será fácil. É preciso ter o coracao quente, mas a cabeca necessariamente precisa estar fria. Sem sua propria autonomia o povo do Haiti, assim como qualquer povo, nao caminhará muito longe.
Forte abraço
Dayana
Viva a solidariedade entre os povos!!!
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