As bordas do copo manchadas de batom,
Roxas órbitas da noite dilaceram a mulher.
O último gole do entorpecente licor!
Ainda zumbem os sapateados,
As escadas risonhas do bordel!
As cadeiras, como corações, estão vazias;
O salão cheirando a bebida quente.
Da embriaguez,
flutua o cheiro nauseante dos cigarros.
A lágrima desliza lentamente
Como maça verde a ermo, mordida.
Sapatos rotos, meias rasgadas;
Vestido vermelho destinto e lantejoulas desajustadas.
Branca névoa e cinza, e tonta espiral;
Aflita mancha jovem que evapora ao alvorecer!
Voam seus lábios de amora,
Reminiscências de pêssego e gosto de sangue!
Água na boca engole o bálsamo da alma,
Ferida a passos rítmicos e latim.
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