quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A esquerda no limiar do século XXI



— um livro importante de Marta Harnecker

Por Miguel Urbano Rodrigues




Há muito que não lia um livro que me empurrasse para uma meditação tão profunda e complexa. Mas não é fácil definir a impressão por ele produzida. A palavra assombro talvez seja adequada. Não esperava nada daquilo quando iniciei a leitura. O desafio, entretanto, figura no titulo: "Haciendo posible lo imposible — La Izquierda en el umbral del siglo XXI " (1)

Como definir o gênero da obra? Trata-se simultaneamente de uma reflexão sobre acontecimentos da história contemporânea; de um ensaio político; e também de um manual para a acção revolucionária. O conteúdo está à altura do título. Na capa figura uma informação incomum: versão preliminar.

Porquê? A autora explica na introdução: esta edição é o resultado de diferentes versões que incorporaram ideias e sugestões de amigos e companheiros. Admite que da ampliação e aprofundamento dos temas tratados possa resultar «uma obra colectiva de grande envergadura e utilidade para a militância, tarefa a empreender em Cuba, onde estão as melhores fontes e condições para realizar esse trabalho». Em determinado «momento — esclarece — colocou-se-me o dilema de prosseguir durante uns anos aprofundando e ampliando o trabalho ou publicá-lo no estado atual, como um trabalho preliminar, inacabado, que servisse de instrumento para provocar o debate e me permitisse receber contribuições de muita gente, de muitos militantes que talvez não estejam dispostos a escrever, ou não saibam como fazê-lo, mas disponíveis com prazer para a discussão de um material já estruturado. Acabei, finalmente, por me inclinar para esta ultima opção e isso é o que apresento aqui, esperando poder publicar algo mais definitivo dentro de um ou dois anos. Numerei os parágrafos para facilitar as correções e sugestões». São 774 os parágrafos deste livro preliminar, simultaneamente ambicioso e modesto.

Marta Harnecker (MH) afirma que o seu livro diz respeito «à esquerda latino-americana e aos seus desafios atuais». Mas o seu trabalho transcende essa meta: interessa a toda a humanidade progressista, sem distinção de continentes, nacionalidades e opções partidárias.

A Primeira Parte é uma síntese de acontecimentos importantes que tiveram peso na história da América Latina (e não só ) desde a vitória da Revolução Cubana.
Na Segunda Parte, a autora procura iluminar o mundo da transição do milénio tal como o vê e sente no âmbito da revolução técnico-cientifica instrumentalizada pela globalização imperial e pela imposição do neoliberalismo como sistema hegemónico num contexto em que o controlo da informação proporciona um poder imenso.
Na Terceira Parte MH reflete sobre a posição em que se encontra a esquerda, mergulhada numa crise teórica, programática e orgânica. Assumindo a herança de Marx e reivindicando a atualidade do seu pensamento, a autora aborda a questão fulcral de uma alternativa ao neoliberalismo. Com modéstia, traz ao debate em torno da esquerda algumas ideias que lhe permitam reorganizar-se e enfrentar em melhores condições os grandes desafios do século XXI.

A palavra esquerda é em si mesma —ela não o desconhece — uma fonte de equívocos. Mas não há outra tão breve e útil para o debate que possa englobar o conjunto de forças e cidadãos progressistas que, a nível planetário, condenam a exploração do homem, repudiam o neoliberalismo e a sacralização do mercado e rejeitam o projecto de sociedade hoje imposto à humanidade.

Perguntará o leitor do "Avante!", não sem motivo, onde está aquilo que diferencia este livro de dezenas de outros sobre a mesma temática?

Em primeiro lugar no poder e na técnica da comunicação. A reflexão de MH sobre o passado recente e as sínteses a que procede bem como a muito cautelosa meditação em torno dos caminhos a percorrer (na busca de respostas à pergunta que fazer?) não são acadêmicas. Um dos segredos da autora consiste na fórmula que lhe permite utilizar uma linguagem extremamente simples, acessível a trabalhadores sem cultura para tratar temas muito complexos. Ela demonstra mais uma vez que as grandes questões que condicionam o futuro da humanidade podem ser tratadas, com rigor metodológico e alto conteúdo, como se fossem assuntos da vida quotidiana.
A estrutura do texto é inabitual, por simples. Impressiona a secura da linguagem. O discurso, quase sem imagens, é despojado de metáforas, frio na forma. O estilo está, afinal, na sua aparente ausência.
Outra das originalidades do livro é a forma como MH utiliza a documentação: No espaço de 143 páginas maneja uma bibliografia torrencial. Evitando sempre que possível intervir de maneira ostensiva, evitando interpretações subjectivas, ela transcreve, em centenas de parágrafos, trechos de diferentes autores que ora informam sobre a história, ora clarificam grandes problemas em debate, ora contribuem para uma melhor iluminação da sinuosidade das estratégias neoliberais, ora ajudam o leitor a caminhar pela sua mão no terreno movediço da procura de alternativas, ora o mergulham num mundo de indagações sobre a idéia de revolução, as relações entre organizações de vanguarda e o movimento popular e as motivações e formas da militância .

A seleção dos autores e dos trechos transcritos é obviamente fundamental no desenvolvimento desta obra atípica. Mas isso não significa que MH esteja sempre de acordo com as opiniões que cita. Com alguma freqüência servem para evidenciar discordâncias. Na fusão do que dizem autores muito diferentes e do que ela, MH, vai tentando colocar no tabuleiro em que as ideias são movidas como peças de xadrez, o livro adquire, pouco a pouco, uma estrutura sólida, torna-se lição e projecto.

MH confessa na Introdução que as leituras feitas para aprofundar os temas, em vez de a tranquilizarem a foram angustiando cada vez mais. O cepticismo e o catastrofismo da maioria dos historiadores e cientistas sociais contemporâneos tendem a apagar a esperança e a conduzir ao desespero, ou pelo menos a uma atitude de passividade como a de Eric Hobsbawm, um grande historiador que olha hoje para o mundo atual como se este fosse a estrela Sirius.

O leitor já terá compreendido que o livro de MH é polêmico do começo ao fim. Não vejo nisso defeito, mas uma virtude. Estamos, para mal da humanidade, pouco habituados a que a maioria dos intelectuais, num tempo dominado pelo poder da sociedade informacional (2), cultive a virtude revolucionária da autenticidade.

Talvez por isso mesmo, a Terceira Parte do livro, estuário natural das duas anteriores, é simultaneamente a mais importante e de certa forma a sua justificação, embora tenha sido a mais dolorosa para a autora e a mais difícil, porque a esquerda, no limiar do século XXI não se encontra em boas condições para enfrentar os grandes desafios resultantes da hegemonia desumana do neoliberalismo e do pensamento único. Essa esquerda, perplexa (e de fronteiras fluidas) tem pouco de gratificante a oferecer, e naquilo que pede — a revolução das mentalidades — esbarra em obstáculos mal estudados e em tendências imobilistas enraizadas.

MH não acredita que se possa compreender o mundo contemporâneo e partir daí para a busca de alternativas viáveis sem que a análise da realidade recorra ao instrumental cientifico de Marx não apenas como sociólogo e economista, mas sobretudo como historiador. Responsabilizar o marxismo pelo que aconteceu na URSS como faz a propaganda neoliberal é — sublinha — um absurdo tão grande como responsabilizar uma boa receita de cozinha quando o pudim se queima no forno.

Ninguém melhor do que Marx, insiste, elaborou uma critica tão profunda e acertada do capitalismo da sua época, ninguém como ele «foi capaz de vislumbrar para onde caminhava a humanidade submetida às relações capitalistas de produção». De certa maneira, ele «previu com um século de antecipação o processo de globalização que o mundo está a viver hoje».

Nas páginas de «La Izquierda en el umbral del siglo XXI», MH ilumina bem o caráter monstruoso do projecto neoliberal e do funcionamento das engrenagens de uma sociedade concebida para minorias onde o poder informacional desempenha um papel decisivo. Mas vai muito mais fundo do que o fizeram recentemente autores como Ignacio Ramonet e Viviane Forrester em livros de grande êxito editorial.

Porquê?

Ela não escreve como espectadora angustiada. A sua perspectiva é a de alguém que dedicou a vida ao trabalho militante da transformação revolucionária da sociedade. Não pode assim permanecer apenas no terreno do diagnóstico da crise civilizacional.

Creio que comunistas e progressistas de muitas tendências vão ler com emoção — discordando muitas vezes, porque o livro, repito, é sempre polêmico e desafiador — o que ela escreve sobre temas como os instrumentos políticos adequados aos novos desafios, os diferentes tipos de militância, o centralismo democrático na era neoliberal, os espaços para debate, a democracia nos partidos revolucionários, os quadros de direção, a relação entre partido e sindicatos e partido e massas, e os desafios no terreno eleitoral e na esfera institucional.

Incluo-me entre aqueles que consideram ser hoje muito mais difícil a opção revolucionaria do que noutras épocas, ao longo dos últimos dois séculos, porque tanto a atual geração como as próximas tem consciência de que não serão protagonistas de rupturas sociais que concretizem os ideais do socialismo.

Num encadeamento de idéias e factos fascinante, movendo-se de Marx a Fidel, de Lenine a Gramsci, de sociólogos da esquerda contemporânea a teóricos do neoliberalismo, entre as vitorias de movimentos revolucionários e derrotas do presente, MH, usando a palavra como pá e picareta de uma arquitetura simultaneamente simples e elaborada, empurra-nos sempre para o palco do grande desafio à imaginação e ao trabalho político: o que fazer ?

Não traz naturalmente propostas de soluções. Chama a atenção para muitas questões esquecidas ou subestimadas, ajuda a refletir na busca de caminhos, o que é muito, até porque não carrega certezas.

Nas últimas páginas recorda palavras de um grande revolucionário por as julgar adequadas à compreensão das dificílimas lutas que as forças progressistas terão de travar na próxima década: «para o verdadeiro revolucionário, o maior perigo, talvez o único, é exagerar o revolucionarismo, ignorar quais são os limites em que métodos revolucionários são adequados e eficazes». São de Lenine essas palavras, de enorme atualidade não obstante o contexto ser muito diferente daquele em que foram proferidas.

A nossa época é de desalento e confusão, de esperanças frouxas. Por isso mesmo é preciso ter sempre presente que as reformas pela via institucional não podem resolver problemas que exigem soluções revolucionárias. Mas com a atual relação de forças é também indispensável estar consciente de, perante a impossibilidade de assalto ao poder pela via insurrecional, não podemos abdicar da luta por reformas cujo conteúdo e alcance são incompatíveis com a lógica da engrenagem neoliberal.

Valorizando experiências muito importantes na área do Poder Local em cidades governadas por partidos de esquerda, MH alerta-nos para o trabalho pouco lembrado mas criador, que se pode desenvolver— a nível nacional — entre o terreno do legal e do ilegal, num campo que define como alegal, isto é, que abrange iniciativas que não são legais, mas também não são ilegais .


O livro de Marta Harnecker é sobretudo dirigido às esquerdas latino-americanas; mas tem, repito, valor universal. O belo antetítulo é esclarecedor. Os progressistas de todos os continentes compartilham o objectivo: tornar possível o impossível. Todas as revoluções orientadas para a construção de uma sociedade sem explorados têm de lutar contra o impossível aparente.

Será positivo, creio, que o livro de Marta Harnecker seja lido pela gente progressista de Portugal e que da terra do 25 de Abril lhe cheguem também sugestões que a ajudem a transformar em definitiva a versão preliminar .

Uma revolucionária chilena

Marta Harnecker é uma revolucionária de larga trajetória. Tornou-se famosa no final dos anos 60 quando, jovem, publicou um livro, "Os conceitos fundamentais do Materialismo Histórico" que cumpriu na América Latina o papel que a obra de Politzer desempenhou na Europa. Até hoje vendeu aproximadamente um milhão de exemplares (a editora Siglo XXI lançou 5l edições).
MH foi uma grande divulgadora do marxismo na América Latina. Muita gente que, pela complexidade do texto, resistia a ler "O Capital" sentiu-se atraída para o comunismo pela mão de Marta. O seu nome andava de boca em boca durante o governo da Unidade Popular. Na época ela militava no Partido Socialista (uma organização marxista que não se assemelhava minimamente à social democracia européia).
Não a encontrei nessa época no Chile. Creio que me parecia então um pouco esquerdista. Não lera com suficiente atenção os seus trabalhos. Somente vim a conhecê-la agora, em Havana, onde dirige o Centro de Investigações Memória Popular Latino-americana (MEPLA), uma ONG mobilizada para a recuperação da memória nevoenta de um continente imperializado. MH reside em Cuba desde o golpe de estado de Pinochet em l973. Chilena de origem alemã é uma mulher alta, loura, com uma figura elegante e uma distinção natural incomum. Não perdeu o doce sotaque chileno.
Conheço poucas pessoas que vivam como ela de modo tão absorvente para a transformação revolucionaria da vida. E, contudo, ela o faz na recusa de tudo o que possa desumanizar a maravilhosa aventura da existência individual. "O objectivo da revolução social — recorda — não é somente lutar para sobreviver, mas transformar a forma de viver". Por isso mesmo considera indispensável penetrar «no mundo da moral e do amor, a transformação directa e quotidiana do modo de viver, pensar e sentir».
Fazendo da teoria pratica, MH é uma pessoa realizada também no plano afetivo. Seu marido, Manuel Piñeiro — o famoso comandante Barba Roja da Sierra Maestra, há dias falecido num desastre de viação, era uma personagem carismática da Revolução Cubana. Tem uma filha de l8 anos, Camila, que tornou sua a mundividência dos pais .
Psicóloga, autora de vídeos originais sobre experiências comunitárias em Cuba, no Brasil, na Venezuela e no Uruguai, Marta Harnecker aparece aos leitores como uma socióloga não acadêmica que faz da militância, como intelectual revolucionária, um acto de coerência e de amor, no grande combate que deve ser a vida.

_______________

(l) - Editado pelo Centro de Investigaciones Memoria Popular Latinoamericana; La Habana, Cuba, l998
(2) - A expressão sociedade informacional parece ter sido criada pelo sociólogo espanhol Manuel Castells, (La Era de la información: la sociedad real, vol I, Alianza Ed, Barcelona) repetidamente citado por MH. A sociedade informacional seria uma forma especifica de organização social na qual a geração, o processamento e a transmissão da informação se convertem nas fontes fundamentais da produtividade e do poder.


«Avante!» Nº 1269 - 26.Março.98

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



ZZ - ESTUDAR SEMPRE

  • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
  • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
  • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
  • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
  • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
  • As armas de ontem, por Max Marambio,
  • BOLÍVIA jakaskiwa - Mariléia M. Leal Caruso e Raimundo C. Caruso
  • Cultura de Consumo e Pós-Modernismo - Mike Featherstone
  • Dissidentes ou mercenários? Objetivo: liquidar a Revolução Cubana - Hernando Calvo Ospina e Katlijn Declercq
  • Ensaios sobre consciência e emancipação - Mauro Iasi
  • Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araujo
  • Fenomenologia do Espírito. Autor:. Georg Wilhelm Friedrich Hegel
  • Fidel Castro: biografia a duas vozes - Ignacio Ramonet
  • Haciendo posible lo imposible — La Izquierda en el umbral del siglo XXI - Marta Harnecker
  • Hegemonias e Emancipações no século XXI - Emir Sader Ana Esther Ceceña Jaime Caycedo Jaime Estay Berenice Ramírez Armando Bartra Raúl Ornelas José María Gómez Edgardo Lande
  • HISTÓRIA COMO HISTÓRIA DA LIBERDADE - Benedetto Croce
  • Individualismo e Cultura - Gilberto Velho
  • Lênin e a Revolução, por Jean Salem
  • O Anti-Édipo — Capitalismo e Esquizofrenia Gilles Deleuze Félix Guattari
  • O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum - Antoine Compagnon
  • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
  • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
  • Os 10 Dias Que Abalaram o Mundo - JOHN REED
  • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
  • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
  • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
  • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
  • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
  • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
  • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
  • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
  • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira