, por Runildo Pinto
porto alegre 04012008
Enxergo
semáforos e sinais acústicos,
multidões
a ressoarem-indiferentes,
sirenes e sol a zênite;
A velha chinesa
sentada à calçada
abana seu leque.....
O fluido quente,
gasoso
faz do momento acrobata
um elegíaco
em sopro de flauta que dista
Um corpo alongado
amparando a obra
sem apetite
e sentido à visão
A chinesa calada
geme, maledicente.
Conserva-se
no leque chinês
Moldada e cozida
no asfalto e o sólido limitado,
salva-se à mão dolorida
em movimento,
único equilíbrio.
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