Por Runildo Pinto
A redução da idade penal tem dois pontos de interesse fundamentais. O primeiro é a criminalização da pobreza e o segundo está no interesse capitalista em fazer da população prisional negócios lucrativos.
A redução da idade penal tem dois pontos de interesse fundamentais. O primeiro é a criminalização da pobreza e o segundo está no interesse capitalista em fazer da população prisional negócios lucrativos.
Com a redução vem embutida uma visão neoliberal de fazer de todas as
instâncias da vida social mercadoria, negócios altamente lucrativos.
O Estado vai construir presídios e privatizá-los e ou contratar
consórcios privados nacionais e internacionais que construa e os
administre. Esse é o ponto fundamental das propostas conservadoras
encampadas pelos neoliberais e pelo parlamento brasileiro que prepara o
campo para uma ingerência do capital internacional em todas as
capilaridades da sociedade brasileira, de forma gerar o maior lucro
possível.
O BRasil prepara através do "tal ajuste econômico" do
governo do PT, do parlamento e num ato contínuo, a conspiração de fora e
por dentro para ascensão do PSDB ao governo federal (não é por acaso
que o primeiro presídio privado do país foi inaugurado em Minas
Gerais)*, o que vai acelerar a entrega dos nossos recursos naturais,
criando um espaço mercadológico amplo, geral e irrestrito;
principalmente para beneficio dos EUA que vem atacar a biodiversidade,
petróleo, água e etc... Impor a lógica do capital predador para
satisfazer suas necessidades de domínio mundial e manter a produção que
carece de matérias primas em um pais que já poluiu tudo, que gasta em
torno de 25 milhões de barris de petróleo dia e produz 6 milhões de
barris dia, em declínio e possui a maior população carcerária do mundo -
a cada 100 (cem) pessoas nos EUA, 1 (uma) esta na prisão privada.
A conclusão dessa situação é que devemos nos organizarmos para uma
resistência ferrenha para mantermos a dignidade da nossa Pátria. A
primeira atitude é combater a nossa burguesia que prepara o terreno para
o império do norte usufruir de nossas riquezas e precarizar a vida no
Brasil. A segunda luta, tão fundamental como a primeira, é termos o
espírito internacionalista e lutarmos pela paz na Colômbia porque é
deste país que os interesses dos EUA se irradia para toda a América
Latina, "por bem ou por mal". O por "bem", significa a entrega do país
aos interesses internacionais, por livre espontânea vontade da burguesia
nacional que historicamente é dependente do capital internacional,
portanto uma burguesia submissa e entreguista tradicionalmente. Por
"mal", vocês podem imaginar o que seja. Nesse sentido, se ficarmos
passivos e deixar a burguesia entregar o país, o bicho pega, se
resistirmos o bicho come. A dignidade da classe trabalhadora está em
jogo aqui, o nosso papel, a nossa ação a construir aqui, fundamental, é o
combate contra a burguesia nacional e contra o império norte-americano.
Não temos saída. Temos que evitar a barbárie, na luta por civilização. A
questão é: civilização ou barbárie.
* foto: em Minas Gerais, o primeiro presídio privado do Brasil.
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