(AFP)
BOGOTÁ, Colômbia — A ex-senadora Piedad Córdoba, mediadora na libertação de vários sequestrados da guerrilha das Farc, decidiu sair da Colômbia por ameaças a sua vida, anunciou o congressista Iván Cepeda, membro da ONG Colombianos e Colombianas pela Paz, liderada pela política.
"Ela disse que recebeu informação sobre um plano para assassiná-la, com caráter iminente. Assim, com a situação, nos comunicou à noite que deixaria o país", disse Cepeda, representante da Câmara, a rádios de Bogotá.
Segundo o político, membro do Polo Democrático Alternativo (PDA), Córdoba "afirma que as ameaças contra ela aumentaram a partir de todas as polêmicas com o ex-presidente Alvaro Uribe" (2002-2010).
O anúncio sobre a eventual saída da ex-senadora, que não foi confirmado por ela nem por algum organismo de segurança, foi feito poucas horas depois de Uribe, do qual Córdoba é grande antagonista, comparecer a uma comissão da Câmara que faz uma investigação preliminar sobre um escândalo de escutas ilegais em seu governo.
Durante o depoimento, o ex-presidente reiterou que informações encontradas em computadores das Farc mostram os vínculos entre a ex-senadora e o grupo rebelde.
O advogado de Córdoba, Luis Guillermo Pérez, confirmou a jornalistas as ameaças contra sua cliente, que segundo ele são constantes.
Desde 2007 Córdoba, do Partido Liberal, participou como mediadora na libertação de pelo menos 20 sequestrados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
Córdoba foi destituída pelo Congresso em novembro de 2010, depois de ter os direitos políticos cassados por 18 anos pela Procuradoria (Ministério Público), que considerou que ela havia extrapolado em suas funções como mediadora.
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