Para visualizar o cartaz em tamanho real, clique na imagem. Conferência de István Mészáros em Fortaleza será trasmitida ao vivo pela internet Após se apresentar para mais de 900 pessoas que lotaram o Teatro TUCA, em São Paulo (08/06), e repetir a façanha em Salvador (13/06), o filósofo húngaro István Mészáros, considerado um dos principais teóricos marxistas vivos, está hoje (16/06) em Fortaleza para a conferência “Crise estrutural necessita de mundança estrutural”. A apresentação será transmitida ao vivo, a partir das 19h, aqui.
A última conferência de Mészáros no Brasil será no Rio de Janeiro, na próxima segunda-feira (20/06). Os encontros marcam o lançamento de três novos títulos da editora: o segundo volume de Estrutura social e formas de consciência, de Mészáros, o livro-homenagem István Mészáros e os desafios do tempo histórico (orgs. Ivana Jinkings e Rodrigo Nobile); e o número 16 da revista Margem Esquerda, publicação semestral de ensaios marxistas, que nesta edição traz entrevista com David Harvey, artigo de Alain Badiou e um artigo sobre a obra de Mészáros, entre outros. Todos os eventos são gratuitos. Confira a página oficial da visita de Mészáros no Brasil. Próximos eventos com Mészáros 16/06 | 19h - Fortaleza (CE) Mercado dos Pinhões Praça Visconde de Pelotas - CEP 60110-210 - Tel. (85) 3105-1569 Realização: Prefeitura de Fortaleza, Universidade Federal do Ceará, Escola Nacional Florestan Fernandes, Boitempo Editorial 20/06 | 18h - Rio de Janeiro (RJ) Auditório 11 - UERJ (Campus Maracanã) Rua São Francisco Xavier, 524 - CEP 20550-013, Maracanã - Tel. (21) 2334-0890 Realização: PPFH/UERJ, Flacso, LEMA-UFRJ, ADUFRJ, Boitempo Editorial |
Boitempo lança três livros durante visita de Mészáros Estrutura social e formas de consciência, volume II Subtítulo: A dialética da estrutura e da história Título original: Social structure and forms of consciousness : the dialectic of structure and history Autor: István Mészáros Tradução: Rogério Bettoni e Caio Antunes Páginas: 376 ISBN: 978-85-7559-176-5 Preço: R$ 56,00
Com o segundo volume de Estrutura social e formas de consciência, a grande obra do filósofo húngaro István Mészáros revela uma iluminadora sistematização metodológica da dialética da estrutura e da história, radicada na abordagem marxiana. Assim como Marx em sua época, Mészáros combate as mistificações da “ciência” submetida aos imperativos alienantes necessários à reprodução atual do capital. Enquanto a crítica de Marx fincou raízes na fase ascendente do sistema sociometabólico do capital – momento em que a apologética científica ainda conseguia velar tanto pelos progressos materiais que a sociedade do trabalho abstrato e alienado haveria de produzir como pelos princípios políticos conquistados pela revolução burguesa –, a radicalidade das análises de Mészáros emana do fato de que o capital enfrenta hoje seu processo descendente, uma crise estrutural que aciona seus limites mais absolutos e autodestrutivos. “O realismo da sua crítica revolucionária põe em necessária evidência o caráter irracionalista de qualquer forma de apologia ao sistema, desde os mais velhos aos mais novos estruturalistas, aqueles que aderem à estrutura social, cujo funcionamento Mészáros, assim como Marx, dedica toda uma vida a desvendar”, afirma a socióloga Maria Orlanda Pinassi.
A obra também desvenda uma profunda preocupação com as implicações práticas de longo alcance, e não apenas teóricas e acadêmicas, advindas da relação dialética entre estrutura e história. Para o autor, nenhuma melhoria significativa no tempo ainda disponível para a humanidade é possível sem a compreensão do verdadeiro caráter das determinações da ordem cada vez mais destrutiva de reprodução societal do capital. No horizonte do pensamento de Mészáros, o leitor encontra a necessidade da intervenção emancipadora dos seres humanos comprometidos nas tendências em desdobramento do desenvolvimento histórico. István Mészáros e os desafios do tempo histórico Organizadores: Ivana Jinkings e Rodrigo Nobile Autores: Vários Prefácio: Jorge Giordani Orelha: Isabel Rauber Páginas: 280 ISBN: 978-85-7559-141-3 Preço: R$ 43,00
Em homenagem à trajetória intelectual de um dos maiores pensadores marxistas da atualidade, a Boitempo publica István Mészáros e os desafios do tempo histórico, coletânea de ensaios de renomados intelectuais do Brasil e do exterior sobre os escritos fundamentais do filósofo húngaro. O livro traz as reflexões que resultaram da última visita de István Mészáros ao país, em 2009, quando foi tema do III Seminário Internacional Margem Esquerda e palestrou em universidades de oito cidades brasileiras, com público estimado de 4 mil pessoas. Figuram na lista 22 articulistas convidados a revelar o arcabouço intelectual mészáriano, de militância e comprometimento absoluto com uma mudança social radical da sociedade.
Organizados em dezoito mesas de debate que refletiram temas diversos (meio ambiente, educação, trabalho, alienação, financeirização, indústria bélica, entre outros) – sempre sob a perspectiva marxista e o legado de Mészáros –, intelectuais como Afrânio Mendes Catani, Brett Clark, Edmilson Costa, Emir Sader, François Chesnais, Giovanni Alves, Jesus Ranieri, John Bellamy Foster, Jorge Beinstein, Jorge Giordani, Maria Orlanda Pinassi, Miguel Vedda, Osvaldo Coggiola, Plínio de Arruda Sampaio Jr., Ricardo Antunes, Ricardo Musse, Roberto Leher, Rodrigo de Souza Dantas, Valério Arcary e Wolfgang Leo Maar desenvolveram discussões acerca da ideologia, do sistema do capital, de sua crise estrutural e sua necessária superação, alguns dos temas que compõem a presente obra. Revista Margem Esquerda 16 Autores: Vários Páginas: 160 ISSN:1678-7684 Preço: R$ 28,00
A nova edição da revista Margem Esquerda traz uma profunda análise, fruto de diferentes olhares dos principais pensadores marxistas brasileiros e internacionais, sobre os efeitos da crise de 2008-2009 que, ao contrário do que bradam políticos e empresários, não acabou nos Estados Unidos e em vários outros países e evidencia um processo sistêmico de rearranjo do capitalismo global. O entrevistado deste número é David Harvey, geógrafo inglês que investiga as dinâmicas geográficas da acumulação capitalista. Seu livro O enigma do capital, a ser lançado pela Boitempo, tornou-se referência aos interessados em entender a crise global sob a perspectiva do materialismo histórico não ortodoxo. A entrevista recupera a trajetória de Harvey, de sua infância aos projetos intelectuais mais recentes, e conecta seus conceitos clássicos, como acumulação por despossessão, a suas experiências de vida.
Também integra a edição o ensaio “Corpos, linguagem, verdades”, de Alain Badiou, que distingue o materialismo passivo de corpos aprisionados pela ideologia dominante do materialismo de corpos ativos na luta pela sustentação de uma verdade que não se deixa capturar pela linguagem do comum, do rotineiro. A emancipação feminina na obra de István Mészáros é o tema do texto de Demetrio Cherobini, a ser entendida como conquista de igualdade substantiva num processo de resistência às formas de sociabilidade do capitalismo. Na seção Documento, “Em memória da Comuna”, de Lênin, homenageia a revolta proletária parisiense de 1871.
O dossiê “Hegemonia norte-americana: Estado e perspectivas”, organizado por Emir Sader e Luiz Bernardo Pericás, discute-se o suposto declínio do poder estadunidense em análises de Alex Callinicos, José Luís Fiori e Guillermo Almeyra. A revista traz ainda a seção Debate, com um balanço do governo Lula por Emir Sader e Ricardo Antunes, em análises diametralmente opostas. Na seção de artigos, Slavoj Žižek explica a importância das revoltas atuais, como a primavera árabe, e os desafios da esquerda em tempos marcados pela ideologia liberal-vitimista que “reduz a política para evitar o pior, renunciar de todos os projetos positivos e perseguir a opção menos ruim”.
As imagens, sob curadoria do artista plástico Sérgio Romagnolo, são de Nelson Leirner. Polêmico, irreverente e provocador, Leirner marcou a cena artística brasileira dos anos 1960 ao contestar o circuito oficial das artes. A edição conta também com artigos de Carlos Eduardo Jordão, João Leonardo Medeiros, Guido Oldrini; resenhas de Fernando Marcelino, Lúcia Barroco, Silvio de Almeida e Camilo Caldas; o poema “Quando eu Deusa for”, de Fatima Naoot; além de notas de leitura de Silvia Adoue e Maria Orlanda Pinassi.
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