terça-feira, 30 de março de 2010

Quem são e por que lutam os “dissidentes” cubanos


Por Osvaldo Bertolino

A foto acima está correndo o mundo pela mídia para ilustrar a “repressão” às “Damas de Blanco” ontem na cidade de Havana, em Cuba. A manipulação é flagrante. Observe que as pessoas que não estão de branco não são mostradas. As legendas e as matérias dizem apenas que são políciais, agredindo manifestantes pacíficos. Podem até ser policiais — vamos admtir essa hipótese para não sermos tão rigorosos com os manipuladores. Mas a mensagem ignora que uma multidão de cubanos — cerca de 400 “partidários do regime”, segundo a mídia torpe — enfrentou as manifestantes. De onde surgiram essas “Damas”? Vejamos.

Em meados de 2002, um sujeito astuto desembarcou em Havana, vindo dos Estados Unidos, pisando macio como se estivesse de sandálias de veludo. Atendia pelo nome de James Cason e em setembro daquele mesmo ano seria anunciado como o novo chefe do Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Cuba. Era amigo de longa data de Otto Reich, o comandante das operações da “guerra suja” travada contra a Revolução Sandinista na Nicarágua. Ali, os dois atuaram juntos. Reich era o responsável por redigir proclamações e manifestos em nome dos grupos organizados por eles e que empreendiam a “guerra suja”. Cason atuava como recrutador de mercenários.

Com o caso “Irã-Contras”, um escândalo de corrupção e tráfico de armas para financiar os “contras” nicaragüenses, ambos foram afastados das operações por decisão do Senado dos Estados Unidos. Reich ficou atuando nas sombras até que em um momento de recesso do Congresso, já no governo do ex-presidente George W. Bush, foi nomeado subsecretário de Estado para Assuntos da América Latina. E uma de suas primeiras providências foi a de enviar Cason a Cuba para “sondar o terreno”.

Viagens de exploração

O momento era delicado para a ilha socialista. O governo dos Estados Unidos trabalhava febrilmente para convencer o mundo que um “eixo do mal” preparava ações para atacar o império. E, para se defender, a melhor defesa seria o ataque. O Iraque foi o primeiro país a entrar na alça de mira de Bush — a invasão do país começou no dia 19 de março de 2003. Cuba poderia ser a próxima vítima a qualquer momento.

Em setembro de 2002, antes de assumir oficialmente a chefia do Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Cuba, Cason fez algumas viagens de exploração pelo país. Fez contatos, propostas e muitas reuniões. Com as informações levantadas, montou um plano de ação. A primeira atividade foi a convocação de uma manifestação para o dia 24 de fevereiro de 2003, quando se comemora na ilha o início da última guerra de independência contra a Espanha, em 1895. O ato ocorreu no apartamento de Martha Beatriz Roque — organizadora do grupo “Damas de Blanco” e conhecida mercenária cubana —, em Havana, com a presença de cerca de 30 pessoas. Tudo feito às claras, com declarações públicas.

Liberdade e justiça

Em uma entrevista coletiva, Cason anunciou o plano de intensificar os esforços pela “transição democrática” em Cuba e pronunciou verdadeiros impropérios contra o líder revolucionário e então presidente cubano, Fidel Castro. Quando um jornalista lhe perguntou se a sua presença no ato não confirmava a denúncia do governo cubano de ingerência em assuntos internos, Cason disse: “Não, porque acredito que aqui convidaram todo o corpo diplomático e, como convidado, não tenho medo.”

Em seguida ele revelou a verdadeira intenção da reunião. “Infelizmente, o governo cubano, esse sim, tem medo. Medo da liberdade de consciência, da liberdade de expressão, medo dos direitos humanos. Os grupos (de “dissidentes” organizados por ele) estão demonstrando que há cubanos que não têm medo”, disse. E finalizou a declaração: “Estou aqui como convidado e vou percorrer todo o país, visitando todas as pessoas, que, sim, querem liberdade e justiça.”

Invasão do país

Os cubanos presentes eram pessoas que os norte-americanos capturavam no mar e mandavam de volta à ilha — geralmente com antecedentes criminais ou com problemas legais que as impedem de serem enquadradas nas regras para um visto de saída conforme o acordo migratório entre Cuba e Estados Unidos. Cason agrupou essas pessoas em uma “organização de ex-balseiros” e deu-lhes a denominação de “dissidentes”. Outro grupo foi organizado como “jornalistas independentes”.

Logo depois da reunião, Cason viajou para Miami — onde intensificou os ataques a Cuba e a Fidel Castro. Nos dias seguintes, ele fez um intenso vai-e-vem entre Havana e Miami. E sempre concedia entrevista coletiva, matéria-prima que alimentou uma onda anticubana ignominiosa pela mídia. O objetivo era provocar a sua expulsão ou algum outro tipo de atrito para criar um fato que justificaria a invasão do país. O assunto foi debatido pela Assembléia Nacional cubana, que chegou à conclusão de que o país estava diante de uma armadilha.

Celas solitárias

Outra medida que complementaria o plano Reich-Cason foi a transferência dos “Cinco Heróis da República” cubanos, presos nos Estados Unidos quando estavam em missão para combater o terrorismo contra a ilha, para unidades especiais, no dia 6 de março de 2003. Foram tomadas medidas rigorosas contra eles, como o confinamento em celas solitárias. No dia 10 de março, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba entregou uma nota diplomática de protestos a Cason.

A situação já havia chegado a um ponto crítico. No dia 12 de março de 2003, foi realizada, na residência de Cason em Havana, uma atividade com 18 “dissidentes”. No dia 14, o grupo votou a se reunir. E, desde então, passaram a se encontrar regularmente. A invasão do Iraque estava próxima. E uma atmosfera de guerra tomou conta do país.

Tensa negociação

Duas horas antes de começar a invasão do Iraque, no dia 19 de março de 2003, um avião da ilha da Juventude, fazendo a última viagem di dia, foi seqüestrado por seis pessoas e desviado para os Estados Unidos com mais um grupo de “dissidentes” a bordo, onde receberam permissão para ficar em virtude da imoral Lei de Ajuste Cubano. Os demais passageiros foram incitados e ficar e, diante da recusa, foram hostilizados e devolvidos a Cuba.

No dia 31 de março de 2003, outro avião foi seqüestrado, com 45 passageiros a bordo. O líder dos seqüestradores anunciou que desviaria o vôo para Miami, mas o combustível não dava. O avião pousou na ilha da Juventude e iniciou-se uma tensa negociação, comandada pessoalmente por Fidel Castro. O próprio piloto se recusava a voar, indignado com a ousadia dos “dissidentes”. Foi preciso uma longa conversa de Fidel Castro para convencê-lo a levar o avião para as Bahamas.

Pena capital

No dia seguinte, 1º de abril, na baía de Havana, houve o seqüestro de uma embarcação cheia de passageiros — alguns, turistas — por um grupo de onze ou doze “dissidentes”. De novo, Fidel Castro comandou pessoalmente as negociações, que resultaram na prisão do chefe dos sequestradores e na liberação da embarcação. Duas turistas francesas se jogaram na água. Na distração do líder do bando, um membro do Ministério do Interior que estava a bordo se atracou com ele e o dominou.

Diante da situação, a Assembléia Nacional aprovou a aplicação de penas previstas na legislação do país, de acordo com decisões da Justiça. Três “dissidentes” receberam a pena capital. Outros tantos foram apenados de acordo com os mais rígidos preceitos do Estado de Direito e das regras judiciais internacionais. Logo em seguida, começou a campanha internacional da direita pela libertação dos “presos políticos”, que tem nas “Damas de Blanco” um de seus pontos de apoio.

Emocionado, Fidel Castro falou da situação em Cuba em discurso no 1º de Maio de 2003.

Com informações dos livros “Biografia a duas vozes” e “Os dissidentes”

http://www.youtube.com/watch?v=NBTa7_mnkQg&feature=player_embedded

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por que Zurdo?

O nome do blog foi inspirado no filme Zurdo de Carlos Salcés, uma película mexicana extraordinária.


Zurdo em espanhol que dizer: esquerda, mão esquerda.
E este blog significa uma postura alternativa as oficiais, as institucionais. Aqui postaremos diversos assuntos como política, cultura, história, filosofia, humor... relacionadas a realidades sem tergiversações como é costume na mídia tradicional.
Teremos uma postura radical diante dos fatos procurando estimular o pensamento crítico. Além da opinião, elabora-se a realidade desvendando os verdadeiros interesses que estão em disputa na sociedade.

Vos abraço com todo o fervor revolucionário

Raoul José Pinto



ZZ - ESTUDAR SEMPRE

  • A Condição Pós-Moderna - DAVID HARVEY
  • A Condição Pós-Moderna - Jean-François Lyotard
  • A era do capital - HOBSBAWM, E. J
  • Antonio Gramsci – vida e obra de um comunista revolucionário
  • Apuntes Criticos A La Economia Politica - Ernesto Che Guevara
  • As armas de ontem, por Max Marambio,
  • BOLÍVIA jakaskiwa - Mariléia M. Leal Caruso e Raimundo C. Caruso
  • Cultura de Consumo e Pós-Modernismo - Mike Featherstone
  • Dissidentes ou mercenários? Objetivo: liquidar a Revolução Cubana - Hernando Calvo Ospina e Katlijn Declercq
  • Ensaios sobre consciência e emancipação - Mauro Iasi
  • Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araujo
  • Fenomenologia do Espírito. Autor:. Georg Wilhelm Friedrich Hegel
  • Fidel Castro: biografia a duas vozes - Ignacio Ramonet
  • Haciendo posible lo imposible — La Izquierda en el umbral del siglo XXI - Marta Harnecker
  • Hegemonias e Emancipações no século XXI - Emir Sader Ana Esther Ceceña Jaime Caycedo Jaime Estay Berenice Ramírez Armando Bartra Raúl Ornelas José María Gómez Edgardo Lande
  • HISTÓRIA COMO HISTÓRIA DA LIBERDADE - Benedetto Croce
  • Individualismo e Cultura - Gilberto Velho
  • Lênin e a Revolução, por Jean Salem
  • O Anti-Édipo — Capitalismo e Esquizofrenia Gilles Deleuze Félix Guattari
  • O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum - Antoine Compagnon
  • O Marxismo de Che e o Socialismo no Século XXI - Carlos Tablada
  • O MST e a Constituição. Um sujeito histórico na luta pela reforma agrária no Brasil - Delze dos Santos Laureano
  • Os 10 Dias Que Abalaram o Mundo - JOHN REED
  • Para Ler O Pato Donald - Ariel Dorfman - Armand Mattelart.
  • Pós-Modernismo - A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio - Frederic Jameson
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira
  • Simulacro e Poder - uma análise da mídia, de Marilena Chauí (Editora Perseu Abramo, 142 páginas)
  • Soberania e autodeterminação – a luta na ONU. Discursos históricos - Che, Allende, Arafat e Chávez
  • Um homem, um povo - Marta Harnecker

zz - Estudar Sempre/CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, FILOSOFIA E ECONOMIA POLÍTICA

  • A Doença Infantil do Esquerdismo no Comunismo - Lênin
  • A História me absolverá - Fidel Castro Ruz
  • A ideologia alemã - Karl Marx e Friedrich Engels
  • A República 'Comunista' Cristã dos Guaranis (1610-1768) - Clóvis Lugon
  • A Revolução antes da Revolução. As guerras camponesas na Alemanha. Revolução e contra-revolução na Alemanha - Friedrich Engels
  • A Revolução antes da Revolução. As lutas de classes na França - de 1848 a 1850. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. A Guerra Civil na França - Karl Marx
  • A Revolução Burguesa no Brasil - Florestan Fernandes
  • A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky - Lênin
  • A sagrada família - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Antígona, de Sófocles
  • As tarefas revolucionárias da juventude - Lenin, Fidel e Frei Betto
  • As três fontes - V. I. Lenin
  • CASA-GRANDE & senzala - Gilberto Freyre
  • Crítica Eurocomunismo - Ernest Mandel
  • Dialética do Concreto - KOSIK, Karel
  • Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico - Friedrich Engels
  • Do sonho às coisas - José Carlos Mariátegui
  • Ensaios Sobre a Revolução Chilena - Manuel Castells, Ruy Mauro Marini e/ou Carlos altamiro
  • Estratégia Operária e Neocapitalismo - André Gorz
  • Eurocomunismo e Estado - Santiago Carrillo
  • Fenomenologia da Percepção - MERLEAU-PONTY, Maurice
  • História do socialismo e das lutas sociais - Max Beer
  • Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels
  • MANUAL DE ESTRATÉGIA SUBVERSIVA - Vo Nguyen Giap
  • MANUAL DE MARXISMO-LENINISMO - OTTO KUUSINEN
  • Manuscritos econômico filosóficos - MARX, Karl
  • Mensagem do Comitê Central à Liga dosComunistas - Karl Marx e Friedrich Engels
  • Minima Moralia - Theodor Wiesengrund Adorno
  • O Ano I da Revolução Russa - Victor Serge
  • O Caminho do Poder - Karl Kautsky
  • O Marxismo e o Estado - Norberto Bobbio e outros
  • O Que Todo Revolucionário Deve Saber Sobre a Repressão - Victo Serge
  • Orestéia, de Ésquilo
  • Os irredutíveis - Daniel Bensaïd
  • Que Fazer? - Lênin
  • Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda
  • Reforma ou Revolução - Rosa Luxemburgo
  • Revolução Mexicana - antecedentes, desenvolvimento, conseqüências - Rodolfo Bórquez Bustos, Rafael Alarcón Medina, Marco Antonio Basilio Loza
  • Revolução Russa - L. Trotsky
  • Sete ensaios de interpretação da realidade peruana - José Carlos Mariátegui/ Editora Expressão Popular
  • Sobre a Ditadura do Proletariado - Étienne Balibar
  • Sobre a evolução do conceito de campesinato - Eduardo Sevilla Guzmán e Manuel González de Molina

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA

  • 1984 - George Orwell
  • A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
  • A Espera dos Bárbaros - J.M. Coetzee
  • A hora da estrela - Clarice Lispector
  • A Leste do Éden - John Steinbeck,
  • A Mãe, MÁXIMO GORKI
  • A Peste - Albert Camus
  • A Revolução do Bichos - George Orwell
  • Admirável Mundo Novo - ALDOUS HUXLEY
  • Ainda é Tempo de Viver - Roger Garaud
  • Aleph - Jorge Luis Borges
  • As cartas do Pe. Antônio Veira
  • As Minhas Universidades, MÁXIMO GORKI
  • Assim foi temperado o aço - Nikolai Ostrovski
  • Cem anos de solidão - Gabriel García Márquez
  • Contos - Jack London
  • Crime e castigo, de Fiódor Dostoiévski
  • Desonra, de John Maxwell Coetzee
  • Desça Moisés ( WILLIAM FAULKNER)
  • Don Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes
  • Dona flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
  • Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
  • Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago
  • Fausto - JOHANN WOLFGANG GOETHE
  • Ficções - Jorge Luis Borges
  • Guerra e Paz - LEON TOLSTOI
  • Incidente em Antares, de Érico Veríssimo
  • Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
  • O Alienista - Machado de Assis
  • O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez
  • O Contrato de Casamento, de Honoré de Balzac
  • O Estrangeiro - Albert Camus
  • O homem revoltado - Albert Camus
  • O jogo da Amarelinha – Júlio Cortazar
  • O livro de Areia – Jorge Luis Borges
  • O mercador de Veneza, de William Shakespeare
  • O mito de Sísifo, de Albert Camus
  • O Nome da Rosa - Umberto Eco
  • O Processo - Franz Kafka
  • O Príncipe de Nicolau Maquiavel
  • O Senhor das Moscas, WILLIAM GOLDING
  • O Som e a Fúria (WILLIAM FAULKNER)
  • O ULTIMO LEITOR - PIGLIA, RICARDO
  • Oliver Twist, de Charles Dickens
  • Os Invencidos, WILLIAM FAULKNER
  • Os Miseravéis - Victor Hugo
  • Os Prêmios – Júlio Cortazar
  • OS TRABALHADORES DO MAR - Vitor Hugo
  • Por Quem os Sinos Dobram - ERNEST HEMINGWAY
  • São Bernardo - Graciliano Ramos
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • VINHAS DA IRA, (JOHN STEINBECK)

ZZ - Estudar Sempre/LITERATURA GUERRILHEIRA

  • A Guerra de Guerrilhas - Comandante Che Guevara
  • A montanha é algo mais que uma imensa estepe verde - Omar Cabezas
  • Da guerrilha ao socialismo – a Revolução Cubana - Florestan Fernandes
  • EZLN – Passos de uma rebeldia - Emilio Gennari
  • Imagens da revolução – documentos políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos 1961-1971; Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira de Sá
  • O Diário do Che na Bolívia
  • PODER E CONTRAPODER NA AMÉRICA LATINA Autor: FLORESTAN FERNANDES
  • Rebelde – testemunho de um combatente - Fernando Vecino Alegret

ZZ- Estudar Sempre /GEOGRAFIA EM MOVIMENTO

  • Abordagens e concepções de território - Marcos Aurélio Saquet
  • Campesinato e territórios em disputa - Eliane Tomiasi Paulino, João Edmilson Fabrini (organizadores)
  • Cidade e Campo - relações e contradições entre urbano e rural - Maria Encarnação Beltrão Sposito e Arthur Magon Whitacker (orgs)
  • Cidades Médias - produção do espaço urbano e regional - Eliseu Savério Sposito, M. Encarnação Beltrão Sposito, Oscar Sobarzo (orgs)
  • Cidades Médias: espaços em transição - Maria Encarnação Beltrão Spósito (org.)
  • Geografia Agrária - teoria e poder - Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki (orgs.)
  • Geomorfologia - aplicações e metodologias - João Osvaldo Rodrigues Nunes e Paulo César Rocha
  • Indústria, ordenamento do território e transportes - a contribuição de André Fischer. Organizadores: Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski e Eliseu Savério Spósito
  • Questões territoriais na América Latina - Amalia Inés Geraiges de Lemos, Mónica Arroyo e María Laura Silveira